𓂃ˑ ֗ 𝟎𝟎𝟓 ━━ 𝕭rigas, 𝕱lechas & 𝕻rimeiro 𝕭eijo

𝕴vy 𝕵ones 𝕻ov's

ֶָ֢ 𖦹 ⋆ ࣪ ִֶָ 🏴‍☠️ °𓂃 𝕬pós a briga com
Félix, e eu lembrar de. . . Tudo oque aconteceu naquela mesma época, eu voltei ao acampamento de Pan, para sua cabana para ser mais específica.

Antes de entrar, respirei fundo, pensando se eu deveria mesmo fazer isso.

Quando entrei, vi o ruivo sentado na cama, me encarando.

─ Vamos conversar. ─ Ele disse, com os braços cruzados enquanto eu me aproximava.

─ Sobre o que ? ─ Perguntei, me sentando ao seu lado.

─ Liam Dawson. ─ Meu coração apertou, e eu engoli a seco.

─ O que tem ele ?

─ O que ele significava pra você ? ─ Ele perguntou, hesitando um pouco. O brilho em seus olhos tinha um fundo de ciúmes.

─ Eu não acho que seja da sua conta, Pan.

─ Ivy, você não pode ignorar isso. Se permita sentir a dor, sofra seu luto. Eu não gosto de falar o nome dele, mas talvez por você eu fale. — Ele disse ─ Eu não posso mudar o que aconteceu com Liam, mas posso estar com você enquanto você lamenta a perda.

─ Pan. . . ─ Tentei, mas um nó se formou em minha garganta, e uma lágrima escorreu.

Peter não disse nada, apenas me puxou para um abraço, me apertando levemente, me confortando em seus braços.
Ele acariciou meu cabelo, enquanto eu chorava.

─ Eu sei que você sente falta dele, Ivy, você. . . O amou. ─ Ele hesitou em dizer "o amou" ─ Mas, vai ter que superar algum dia. E, eu não vou perder você para um fantasma loiro. ─ Ele sussurrou.

Meu coração bateu forte, minhas bochechas avermelharam, eu não esperava isso.

─ Peter. . . ─ Tentei novamente.

─ Shh. . . Não diga nada, minha ruiva. ─ Ele continuou com as carícias.

Ficamos por um tempo no abraço, enquanto eu pensava em todos os nossos ─ Meus e de Liam - momentos juntos.

O silêncio na cabana foi preenchido apenas pelos sons suaves das árvores ao redor e pelos meus choros baixos. Eu não conseguia encontrar palavras para responder a Peter, então simplesmente deixei que ele me segurasse.

O calor de seus braços me fez sentir uma segurança que eu não sentia há muito tempo. Ainda assim, a menção de Liam trazia memórias que eu havia enterrado, memórias que agora voltavam como ondas fortes, ameaçando me afogar.

─ Não é tão fácil, Pan. ─ Murmurei, minha voz baixa. - Ele era mais do que. . . Apenas um pirata da minha tripulação e de meu pai.

Peter não respondeu de imediato. Ele apenas continuou a acariciar meu cabelo, esperando pacientemente enquanto eu lutava para encontrar as palavras certas.

— Ele era meu melhor amigo. — Finalmente, as palavras saíram, e senti meu peito se apertar. — Eu o amei. . . Mas não de uma forma simples. Ele era tudo o que eu tinha quando o mundo parecia desmoronar. E, de repente, ele. . . Ele simplesmente se foi.

A confissão me deixou vulnerável, como se eu tivesse arrancado uma parte de mim e exposto para Peter.

— Ivy. . .- Ele disse meu nome com uma delicadeza incomum para ele. — Eu não quero que você pense que precisa escolher entre o passado e o presente.

Levantei minha cabeça para olhar para ele, surpresa com suas palavras.

— Eu só quero que você saiba que, mesmo com todas as suas partes quebradas, eu estou aqui. Não para consertar você, mas para segurar os pedaços junto de você, se você deixar.

Suas palavras eram realmente sinceras.

— Peter, eu. . . — Comecei, mas ele colocou um dedo levemente sobre meus lábios.

— Você não precisa dizer nada agora, linda.

Fechei os olhos, permitindo-me apenas sentir o momento. Mesmo que meu coração ainda estivesse dividido entre o passado — Liam — e o presente — Peter —, naquele instante, eu me permiti descansar no presente. Nos braços de Pan.

𝕬uthors & 𝕹arrators ( 𝕸aymay & 𝕶ie )

Nos braços de Pan, a ruiva acabou dormindo com lágrimas no rosto.
Peter enxugou as lágrimas com os dedos e deitou garota na cama.

Logo, Peter saiu da cabana e foi até um canto aberto da floresta, onde os Meninos Perdidos estavam.

Recapitulando para vocês: Baelfire 𝘭𝘦𝘷𝘰𝘶 𝘶𝘮 𝘵𝘪𝘳𝘰 𝘥𝘦 𝘛𝘢𝘮𝘢𝘳𝘢, 𝘮𝘢𝘴 não morreu, ele foi levado para a Floresta Encantada, 𝘦 deu um jeito de ir para a Terra do Nunca para ajudar Emma a salvar Henry. Então, Bae e Rumple se encontraram e se uniram para acabar com Pan e recuperar Henry e Ivy.

De repente, uma fumaça roxa surgiu, colocando todos, incluindo Henry, que estava lá, para dormir em sono profundo.
Adivinhe quem fez o feitiço do sono ? Ele mesmo. Rumplestilskin.

— Temos um convidado ! — Ele sorriu, levantando-se da pedra que estava sentado. — Alguém que sabe o quanto eu gosto de adivinhações. Quem poderia ser ? — Perguntou, já sabendo da resposta. — Acho que. . . — Ele levantou uma das mãos e acendeu a fogueira. — O senhor das trevas. — Sorriu mais largo, enquanto Baelfire passava pelas árvores, indo para algumas árvores atrás de Pan. — Veio salvar Henry e a Rainha da Terra do Nunca, não é, amigo ? O senhor das Trevas pronto para se sacrificar pela familia, e pela família do ex-amante da sua primeira mulher. Falando em familia, pode sair daí, Baelfire. — Bael saiu das árvores, a besta apontada para Pan.

A meio disso, Ivy acabou acordando e estava a procura de Pan.

— É Neal agora. — Corrigiu, se aproximando.

— Novo nome, mesmos truques. — Pan riu. — É bonito ver pai e filho trabalhando junto, ainda mais depois de você ter abandonado ele, não é, Rumple ? É uma verdadeira reunião de família.. — Riu.

— O que está esperando ? — Rumple murmurou para Baelfire.

— Deixa comigo. — Atirou a flecha.

Antes que Pan fizesse algo, Ivy, segurou a flecha antes que ela atingisse Pan.

— O que está acontecendo aqui !? — A ruiva exclamou, largando a flecha  — Crocodilo ?Bae ? Você não estava morto ? — Perguntou confusa, mas então, uma magia roxa surgiu pelo corpo todo da garota.

Merda, tinha tinta de lula no corpo da flecha.

— Ivy !? — Bae, Rumple, e Pan exclamaram na mesma hora. Eles não estavam esperando que a ruiva aparecesse agora.

Como o plano de atirar em Pan falhou, Rumple pegou a besta e atirou nele novamente, que, por estar olhando para Ivy, ainda em choque por ela ter o salvado, acertando seu peito em cheio.
O ruivo gritou de dor, e acabou caindo de joelhos.

— Peter ! — A ruiva gritou.

— Desculpe, Pirata. — Rumple disse, segundos antes de jogar um feitiço do sono em Ivy. — Pega o Henry, eu pego a pirata.

— Largue a minha Ivy ! —  Exclamou, a voz do ruivo falhando, enquanto Baelfire pegava Henry no colo, e Rumplestilskin apoiava o braço de Ivy em volta de seu pescoço. — Tem certeza que está salvando Henry, Bael ? — Perguntou com sua voz trêmula e falhando, enquanto sorria, seu sangue escorria na terra úmida.

— O que é pior que ele estar com você, e a Sete Mares do seu lado ? — Perguntou.

— Por que não pergunta ao seu pai ? — Disse o ruivo, ainda de joelhos. — As vezes, quem devemos temer são aqueles mais próximos.

— Do que ele está falando ? — Baelfire perguntou, confuso.

— Não dê ouvidos à Pan.

— Ainda não contou para ele ? — O ruivo perguntou.

— Contou o quê ?

— Sobre a profecia, é claro.

— Que profecia ? Como assim ?

— A profecia que diz que você foi enganado. — Sorriu — Seu pai não está aqui para salvar Henry e a minha Ivy, não. Está aqui para matar seu filho.

Eles apenas saíram de lá, carregando Ivy e Henry para longe.
Baelfire deitou Henry na terra, enquanto Rumplestilskin fazia o mesmo com a pirata.

— Do que o Pan estava falando ?

— Não liga pra ele. — O senhor das trevas respondeu, pegando madeiras para criar uma fogueira.

— Ele disse que você ia matar o Henry !

— Ele faz jogos, jogos mentais ! O importante é que pegamos o menino e a pirata, e escapamos dele.

— Onde estamos ?

— Do outro lado da ilha. — Acendeu a fogueira com magia. — Estamos seguros aqui por enquanto. — Baelfire foi em direção à pirata e o filho.

— É Neal ! — Gritou. — Para de se esquivar e me diga o que está acontecendo!

— Havia uma vidente. . . Ela me disse uma profecia. Um menino me ajudaria a me reunir com você. E esse menino. . . Seria a minha ruína.

— O Henry ?

— Eu não sabia que ele seria meu neto. Até te encontrar e descobrir que era o pai dele.

— Você planeja se livrar dele... Não importa quem ele fosse, não é ? Pra enganar o destino, e fugir da profecia ? Seu desgraçado, cretino, sem coração. Você ia matá-lo. . .

— Ia. — Uma lágrima escorreu do olho do Senhor das Trevas.

— Vá embora. Fique longe dele!

E isso continuou por uns minutos. A discussão fez com que Baelfire pegasse Henry no colo, e apoiasse Ivy em seu ombro, enquanto segurava sua cintura, e ir para longe.

Baelfire entrou mata adentro, chegando em um lugar afastado e aberto, deitou Henry e Ivy cuidadosamente na terra e olhou ao redor.

— Emma ? — Perguntou ao ouvir um barulho.

— Você estava quase encontrando ela. — Pan afirmou, aparecendo nas suas costas. — Que decepção, pensei que tinha te ensinado melhor. Não invada um lugar sem saber como sair. — Os Meninos Perdidos apareceram.

— Vou me lembrar da próxima vez.

— Não vai ter próxima vez. Mas não se culpe. — Pan disse, enquanto Félix pegava Henry no colo, e Devin, outro menino perdido, Ivy. — Seu pai poderia tê-lo protegido. Mas quem poderia proteger Henry dele ? É como estar entre a cruz e a espada.

— Eu vou pegar meu filho e a minha melhor amiga de volta. Custe o que custar.

— Você não está entendendo. . . Esse não é o problema. Você leva eles, eu pego eles de volta. Esse é o jogo. — Sorriu. — Não, garoto. O seu problema é que não tem como sair da Terra do Nunca. Ninguém sai desta ilha sem que eu deixe.

— Eu já saí uma vez. — Baelfire sorriu vitorioso.

— É mesmo? Veja onde você está agora. Parece que nunca saiu.

— Tá dizendo que me deixou sair ?

— Estou dizendo que todos estão onde eu bem quero agora. — Henry e Ivy se mexeram um pouco, mostrando que estavam prestes a acordar. — Pense nisso. Sabe onde buscá-los. — Dois Meninos Perdidos seguraram os braços de Baelfire, enquanto Devin e Félix levavam Henry e Ivy.

— Não ! Henry ! Ivy ! — Gritou.

— Não se preocupe, não vai durar muito tempo. Só até eu recomeçar o jogo. O jogo está prestes a mudar. — Ele disse sério, indo atrás de Félix e Devin.

Um pequeno tempo passou, e eles já estavam longe. Os Meninos Perdidos dançavam ao redor da fogueira, Henry e Ivy haviam acabado de acordar.

— O que aconteceu ? — Henry perguntou, enquanto Ivy encarava Pan com a sobrancelha levemente erguida, já sabendo de tudo o que aconteceu.

Peter a encarou de volta com um olhar ameaçador, como se dissesse "Não diga nada."

— Eu já venho, Ivy, querida, vamos conversar a sós. — O ruivo sorriu e estendeu a mão.

Ivy não disse nada e pegou sua mão, eles foram para um canto longe de Henry.

— Desculpe, mas não se preocupe, não vai doer. — Ele sorriu, fazendo a ruiva ficar confusa.

— O que ? — Iria dizer, mas Pan apagou a memória dela, só a de curto prazo. Ou seja, a garota esqueceu que Baelfire estava vivo. — O que houve ? — Ela sorriu.

— Venha, vou te explicar e explicar a Henry. — Ele sorriu torto, pegando a mão de Ivy e a levando para onde Henry estava.

— Não me respondeu, o que houve ? — Henry perguntou novamente.

— Vocês adormeceram.

— Nós dormimos ? — Perguntou.

— Não se preocupem, foi só uma soneca. Ainda é cedo.

— Espere, eu me lembro de uma coisa..  . — Disse Henry.

— Meu pai. . . Quando eu estava dormindo. . . Posso jurar que ouvi ele me chamando e chamando Ivy. . .

— É mesmo? — Perguntou o ruivo.

— Impossível, Henry, seu pai. . . Meu amigo. . . Está morto.

— Sinto muito, queridos. — Soou tristonho.

Pan é um ótimo mentiroso, mas Ivy é mais. E ela podia ter certeza que algo estava errado, uma memória faltando, mas o que seria? E esse olhar e jeito de Pan. . .
Ela sabia que algo estava diferente, alguma mentira estava em jogo.

Pan deu um discurso de sonhos, etc. Algo bem mentiroso e bobo.

— Quero tocar uma música, uma música pro nosso convidado de honra, e para a futura rainha da Terra do Nunca. — Sorriu e começou a tocar a flauta.

Diferente da outra vez, Henry conseguiu a ouvir.
"Mas é claro, ele não é surdo."
Não é essa a questão. A flauta de Peter Pan, o flautista, só pode ser escutada por certas pessoas. Garotos e garotas que se sentem perdidos, abandonados, solitários.

— Desculpe, Pan, não estou ouvindo nada. — Ivy disse, confusa, enquanto Henry ia dançar como um Menino Perdido.

— O que ?

— É, não estou ouvindo.

— Essa flauta só pode ser escutada por certas pessoas, princesa.

— Como quem ?

— Logo vai saber, eu prometo. Agora, vá se deitar, sei que amanhã é um dia bem especial para você. — Ele sorriu.

Amanhã, 30 de novembro, é o aniversário de 18 anos da Ivy.

A ruiva sorriu de volta, e se arriscou a dar um beijo na bochecha de Pan.
O garoto a olhou meio envergonhado, ele não estava esperando, então, Ivy foi para a cabana, desaparecendo na mata e deixando Pan e o resto.


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À meio do caminho para a cabana de Pan, ouvi um barulho nas árvores e me armei.

— Quem está aí ?! — Exclamei.

Rumplestiltskin emergiu das sombras, um sorriso frio e malicioso no rosto. Mas que diabos ele estava fazendo aqui ? Ele não deveria estar em Storybrooke ?

— Desculpe, pirata, mas eu preciso ter o prazer de ver meu pai desesperado.

— Quem é seu pai, e o que você vai fazer?! — Perguntei.

O crocodilo apenas sorriu.
Antes que eu pudesse reagir, ele ergueu a mão, e uma dor avassaladora tomou conta de mim. Era como se meu corpo estivesse sendo esmagado por dentro, uma pressão insuportável que me fez cair de joelhos.

Mas, antes que pudesse juntar as peças, outro grito escapou da minha garganta. A dor era insuportável, e meus dedos cravavam no chão na tentativa de suportá-la, eu estava de joelhos.

— PARE ! — Gritei, desesperada.

Então, ouvi passos apressados vindo na nossa direção. Peter emergiu da floresta como uma tempestade no mar, o rosto exalando de raiva ao me ver ajoelhada, lutando contra o feitiço de Rumplestilskin.

— Rumple, pare com isso ! — Ele exclamou, sua voz grave e cheia de autoridade.

— Ah, pai, que adorável surpresa. — O crocodilo riu, um som gélido e cruel. - Achei que demoraria mais para aparecer.

— Solte-a ! — Peter ordenou, dando um passo à frente.

— E por que eu faria isso ? — Rumple inclinou a cabeça, observando Peter com um olhar divertido. — Você a ama tanto assim ?

Peter o encarou, seus olhos indo até mim por um instante, o sofrimento no meu rosto parecendo pesar em seus ombros. Ele deu um passo mais próximo, mas parou quando Rumple levantou a mão.

— Se você der mais um passo, pai, ela sentirá dores que nunca imaginou possíveis.

— Rumple, estou avisando. . . Pare com isso, ou vai se arrepender. — Ele olhou para mim, eu senti.

Outro gemido de dor escapou de meus lábios.

A dor é insuportável, é como se meu corpo inteiro estivesse pegando fogo, e ao mesmo tempo, é como a dor de várias espadas entrando em minha barriga ao mesmo tempo.

— De joelhos. — Rumple disse, totalmente sério e malicioso. — Fique de joelhos. Ou eu mato a pirata. — Meu coração gelou, e outro grito saiu da minha boca, Rumplestilskin havia deixado a dor ainda mais intensa, dessa vez, sua magia fazia um corte em meu estômago, lentamente, como se usasse uma lâmina afiada e gelada.

Peter respirou fundo, hesitando por um instante, e então abaixou a cabeça. Quando ergueu o olhar novamente, havia uma determinação feroz em seus olhos.

— Tudo bem. Você venceu, apenas pare com isso. — Rumplestilskin riu vitorioso enquanto Peter ficava de joelhos na frente dele.

— Peter, não ! — Gritei, minha voz abafada pela dor e gritos.

Rumple o encarou, surpreso por um momento, e então riu novamente.

— Isso foi mais fácil do que eu esperava.

Peter o ignorou, os olhos fixos em mim enquanto eu lutava para respirar.

— Você me tem onde quer. Agora, deixe-a ir.

Rumple hesitou, parecendo duvidar de suas opções. Com um movimento de mão, a dor desapareceu tão abruptamente quanto começou. Meu corpo cedeu, e eu caí no chão, ofegante, aliviada por finalmente estar livre.

Peter correu até mim, segurando meu rosto entre as mãos com cuidado.

— Ivy, você está bem ? — Sua voz estava carregada de preocupação.

— Peter. . . — Murmurei, meus olhos escuros cheios de lágrimas, como uma noite chuvosa, encontrando os lindos olhos verdes dele.

Rumple nos observou com um sorriso satisfeito, antes de desaparecer em uma nuvem de fumaça. Sua risada ecoou pela floresta, deixando apenas nós dois ali, sozinhos.

— Desgraçado, eu juro que ele vai sofrer por isso, Ivy, eu juro. — Peter se levantou rapidamente, seus dentes cerrados e seu punho fechado com força.

— Não ! Por favor. . . Não precisa. . . — Gritei, o impedindo.

— Como você ainda pede para que eu não o machuque? Ivy, ele quase te matou!

— Ele é seu filho. Não se preocupe, eu darei um jeito dele pagar por me fazer sangrar e sentir tamanha dor. — Levantei determinada, porém ainda meio fraca, meu sangue escorria pelo vestido branco que eu vestia.

Peter estendeu as mãos para me segurar, seus olhos verdes como esmeraldas brilhavam com uma mistura de preocupação e raiva.

— Ivy, você está sangrando. — Ele disse, a voz mais suave agora.

— Eu vou ficar bem. — Respondi, tentando me equilibrar enquanto segurava o corte no meu estômago.

— Não, você não vai. — Ele me pegou nos braços sem pedir permissão, ignorando qualquer protesto. — Eu não vou deixar você sozinha. Não agora.

Minha respiração estava irregular, e o calor do sangue no meu vestido fazia eu me sentir tonta. Apesar de tudo, tentei sorrir para ele.

— Você se ajoelhou por mim. — Minha voz saiu quase como um sussurro. — Nunca pensei que veria Peter Pan fazer isso por alguém.

Ele parou por um instante, o olhar fixo no meu rosto.

— Eu faria isso mil vezes, se fosse para salvar você. — Ele admitiu, a sinceridade em sua voz me pegando de surpresa. — Você acha que vou deixar alguém como Rumple tirar você de mim ?

Meus olhos ardiam com as lágrimas que eu segurava, mas uma delas escapou, traçando um caminho quente pela minha bochecha.

— Peter, eu. . . — Antes que eu pudesse terminar, minha visão ficou escura, e meu corpo cedeu.

— Ivy ! — Ele gritou, tomado pelo desespero.

A última coisa que senti foi o calor dos braços dele me envolvendo, antes de desmaiar.

Quando recuperei a consciência, estava em um lugar diferente. A cabana de Pan. O ambiente tinha um cheiro leve de árvores e terra.

Abri os olhos lentamente, a visão ajustando-se à luz suave. Peter estava sentado ao meu lado, com o olhar fixo em algo distante. Quando percebeu meu movimento, ele se virou imediatamente, e a tensão em seu rosto relaxou.

— Finalmente. — Ele murmurou, inclinando-se para mais perto. — Você me assustou.

— Eu assustei você ? — Tentei brincar, mas minha voz estava fraca. — Achei que você não se assustasse com nada.

— Bem, talvez eu tenha algumas exceções. — Ele respondeu, o tom mais suave do que eu esperava. — E você é uma delas.

Meu coração deu um salto, mas a dor em meu estômago rapidamente trouxe minha atenção de volta à realidade. Tentei me sentar, mas um puxão gentil no meu ombro me impediu.

— Não. Fique deitada. — Ele ordenou, os olhos firmes, mas com um toque de preocupação. — Você ainda está se recuperando.

— Eu já passei por coisas piores no Jolly Roger. — Respondi, tentando soar confiante, mas a careta que fiz ao me mexer me traiu.

Peter bufou, cruzando os braços.

— Claro. E quase morrer está no topo da sua lista de hobbies ?

— Só quando tem magia envolvida. — Respondi com um sorriso cansado.

Ele não riu. Em vez disso, suspirou, passando a mão pelos cabelos bagunçados.

— Rumple foi longe demais dessa vez. Eu não vou deixar isso passar.

— Peter. . . — Minha voz soou mais séria agora. — Não quero que você se machuque por minha causa.

— E eu não vou deixar ninguém machucar você. — Ele rebateu rapidamente, os olhos fixando-se nos meus. — Você acha que pode resolver tudo sozinha, mas não dessa vez. Não enquanto eu estiver aqui.

O peso de suas palavras fez meu peito apertar. Havia uma intensidade nos olhos dele que era difícil de ignorar, um sentimento que ele raramente deixava transparecer.

— Por que você faz isso, Peter ? Por que se importa tanto comigo ? — Perguntei, as palavras escapando antes que eu pudesse detê-las.

Ele hesitou por um momento, como se buscasse as palavras certas.

— Porque você significa mais para mim do que qualquer outra coisa nesse maldito mundo. — Ele respondeu finalmente, a sinceridade em sua voz me deixando surpresa. — E eu não vou perder você.

Fiquei em silêncio, incapaz de responder. Não sabia o que dizer diante de algo tão real.

Peter se deitou ao meu lado e me puxou gentilmente para deitar minha cabeça em seu peito. Minhas bochechas coraram, mas eu me permiti ficar em seus braços.

Enquanto estávamos deitados, senti o calor do peito de Peter contra a minha bochecha, e o som ritmado do coração dele me trouxe uma paz que eu não sentia há muito tempo. Ele traçava círculos suaves com os dedos nas minhas costas, um gesto tão delicado que parecia contradizer completamente sua personalidade, geralmente fria.

Meu coração batia mais rápido a cada segundo que passava, e eu sabia que não era apenas por causa da dor ou do que tinha acontecido com Rumple. Era por ele. Pelo que ele fazia comigo.

— Peter. . . — Murmurei, levantando um pouco a cabeça para olhar para ele.

Ele encontrou meu olhar, e naquele momento, parecia que o mundo inteiro havia parado. Os olhos verdes dele estavam tão próximos, brilhando com uma intensidade que me fazia esquecer tudo ao nosso redor.

— O que foi, pirata ? — Ele perguntou, um leve sorriso em seus lábios.

Tentei encontrar as palavras, mas nada parecia ser suficiente. Em vez disso, segui o impulso que estava crescendo dentro de mim desde o momento em que ele me segurou na floresta. Sem pensar duas vezes, levantei um pouco mais e pressionei meus lábios nos dele.

No início, ele pareceu surpreso, mas logo seus braços me envolveram, puxando-me para mais perto. O beijo era quente, suave e ao mesmo tempo cheio de paixão. Suas mãos seguraram meu rosto com cuidado, como se eu fosse algo precioso que ele nunca quis perder.

O mundo desapareceu, e por um instante, não havia dor, medo ou ameaças. Apenas nós dois. O gosto dele era uma mistura de aventura e perigo, algo que me fazia querer mais, apesar de tudo.

Quando finalmente nos afastamos, apenas o suficiente para que nossos olhares se encontrassem novamente, ele sorriu daquele jeito travesso que era tão característico dele.

— Isso foi inesperado. — Ele brincou, embora sua voz estivesse rouca, carregada de emoção.

Eu ri baixinho, tentando ignorar o calor que subia pelas minhas bochechas.

— Achei que você fosse gostar de surpresas. — Respondi, minha voz mais confiante.

— De você, eu gosto de tudo. — Ele disse, sem hesitar, seus olhos fixos nos meus.

Senti meu coração derreter com a sinceridade em sua voz. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me puxou para outro beijo, mais intenso do que o primeiro, como se quisesse me mostrar tudo o que sentia.

E naquele momento, percebi que, apesar de todas as diferenças, perigos e barreiras, estar com Peter Pan era onde eu realmente queria estar.


━━━━ . ˙. 🏴‍☠️ 𓏲 ᝯׁ֒մɾíօsíժαժҽ : 𝕴vy finalmente está começando a se permitir a viver um outro romance, após o relacionamento com Liam.

୨🏴‍☠️‧₊˚ 𝟎 𝟎 𝟏 ━━ 𝑶iie meus Meninos Perdidos ! Feliz ano novo (super atrasado)! 🤍

୨🏴‍☠️‧₊˚ 𝟎 𝟎 𝟐 ━━ 𝑬u sei que demorou MUITO pra sair o quinto capítulo (esse), mas recompensa vocês no tamanho do capítulo, 3900(r alguns quebrados) palavras !

୨🏴‍☠️‧₊˚ 𝟎 𝟎 𝟑 ━━ 𝑶iie aqui quem fala é a maymay e vai acontecer mta coisa nesse novo capítulo.

୨🏴‍☠️‧₊˚ 𝟎 𝟎 𝟒 ━━ 𝑻ô sentindo cheiro de romance no ar !

୨🏴‍☠️‧₊˚ 𝟎 𝟎 𝟓 ━━ 𝑲ie de volta ! Finalmente o primeiro beijo veio ein !

୨🏴‍☠️‧₊˚ 𝟎 𝟎 𝟔 ━━ Ansiosa pra ver a reação de vcs nos próximos capítulos, enfim, espero que estejam gostando da fic, não se esqueçam de votar, e até o próximo capítulo ! 💗

XOXO, Kie 💋

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