10.

alerta de capítulo ENORME
aprox. 3000 palavras.

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MINHA TIA CAMINHAVA AFOITA na cozinha do seu pequeno chalé, enquanto meu primo, calmamente, fervia um pouco de água para nosso chá, ato esse que eu precisei ficar monitorando de perto para que ele não fosse capaz de esquecer da água e torrar a panela. Salém, o gato, miava como se tivesse visto um espírito, olhando para uma parede aleatória.

— O que foi, Salém? — Peguei o familiar de minha tia, acariciando seus pelos negros. Ele era bem pesadinho, tia Morgan estava alimentando bem esse pestinha.

Salém voltou a miar, e eu, tentei entender o que ele queria dizer. Bruxas, muitas vezes, possuem a habilidade de se comunicar com seus familiares, mas esse gato era tão mal-humorado e assustado que eu mal conseguia entender o que ele queria dizer.

" O pescador que foi morto há pouco tempo, Jennie! ", Ele miava, parecendo apavorado. " A cova dele está vazia! "

Eu dei um pulo. Então era por isso que a Tia Morgan parecia que tinha visto uma assombração. O cemitério atrás de casa...

— Tia Morgan — eu disse, minha voz trêmula. — Salém está falando sobre o pescador que foi morto. Ele disse que a cova dele está vazia.

Minha tia parou de caminhar e se virou para mim, os olhos arregalados de preocupação. Ela sabia, mas ela parecia mais desesperada do que eu.

— Isso não é bom, Jennie... — ela respondeu, a voz grave e um pouco trêmula. — Precisamos descobrir o que está acontecendo.

— Concordo, mãe. — Bangchan acrescentou, finalmente tirando a panela do fogo antes que ela queimasse. Ao menos a nossa cozinha não iria estar em chamas. — Mas nós temos que ser cuidadosos. Não sabemos com o que estamos lidando...

Sentamos à mesa, o chá esfriando esquecido em nossas mãos. Cada um de nós parecia perdido em pensamentos, buscando respostas para o mistério que se desdobrava diante de nós. Eu engoli seco, raciocinando aquilo. Céus, como essa cidade me dava medo.

— Nós precisamos ir ao cemitério — sugeri. — Verificar com nossos próprios olhos o que está acontecendo lá. Já é a terceira vez que acontece algo e nós não fazemos nada! Precisamos reagir!

Minha tia me olhou de canto do olho, mas concordou com um aceno de cabeça, os olhos ainda cheios de preocupação. Ela já tinha reunido algumas ervas, as quais ela julgava necessárias para nossa proteção, mesmo eu tendo a dito que era perfeitamente capaz de criar uma barreira. E depois a teimosa sou eu...

— Sabe... podíamos chamar o Taehyung. — Sugeri, me virando para Bangchan, que me olhou com uma expressão confusa.

Christopher já havia me visto conversando algumas poucas vezes com ele ao fim das aulas, bem como depois da nossa primeira aula de biologia, onde ele me fez crer veemente que eu cheirava mal.

— Taehyung? A família Kim tem ligação com isso? — Minha tia perguntou, seus olhos se arregalando ainda mais.

Eu jurava que eles poderiam pular para fora a qualquer segundo. Ela se aproximou de mim, sobre a mesa de madeira.

— Não, tia! Quer dizer... a família dele sabe um pouco... sobre as mortes que vem acontecendo...

Ela ergueu uma sobrancelha, cruzando os olhares com o Chan, mas com uma leve relutância aceitou, concordando com a cabeça. Sinceramente, eu imaginei que seria mais difícil, mas considerando como ela defendia a família Kim com unhas e dentes, foi previsível.

Eu corri para o meu quarto, discando o número da casa deles depois de ter procurado no velho catálogo da cidade. Coloquei o telefone fixo pesado sobre minha orelha, enrolando o fio no meu dedo.

— Atende, atende, atende, por favor... — Eu repetia comigo mesma, sentindo meu coração bater mais forte em ansiedade, os bipes continuando até que eu ouvi um "alô?" do outro lado da linha. Eu senti que havia voltado a respirar.

— Quem fala? — Uma voz masculina respondeu, um dos irmãos que eu ainda não havia falado.

— É... a Jennie. Preciso muito do Taehyung... Quem fala? — Perguntei de volta, só pra confirmar se havia discado o número corretamente.

— Kim Yoongi. — Ele respondeu, simples e afastou o telefone da orelha, praticamente o jogando para Taehyung. Eu pude ouvir ele murmurar "É a Mikaelson" ao fundo.

— Bruxinha? — A voz de Taehyung finalmente ecoou pelo telefone, chamando pelo apelido que ele me deu a pouco tempo e eu senti um alívio imediato, como se eu pudesse enfim me acalmar com a sua voz. Céus, se ele não atendesse acho que eu jogaria um tijolo nele.

— Taehyung, nós precisamos muito da sua ajuda... Algo de muito estranho está acontecendo no cemitério. — Comecei. — A cova daquele pescador que foi morto recentemente está vazia. A sua família poderia nos dar reforços? Acho que aquele homem de cabelo vermelho tem algo a ver com isso... — Expliquei rapidamente, tentando controlar a ansiedade na minha voz. Eu praticamente cuspi as palavras nele, precisei me controlar para não atropelar a mim mesma.

— Estou indo, Jennie. — ele respondeu sem hesitar. — Mantenha a calma e espere por mim, bruxinha.

Desliguei o telefone, sentindo meu coração bater mais rápido do que nunca. Pousei a mão sobre o peito, a fim de me acalmar e voltei para a cozinha, onde o Bangchan e a minha tia ainda estavam esperando, suas expressões ansiosas pela minha resposta.

— A família Kim está vindo — anunciei. — Eles devem chegar daqui a pouco.


Não demorou muito para que os carros da família de Taehyung aparecesse, trazendo consigo o Doutor Seokjin, a sua bela esposa Seraphine e os filhos, Namjoon, Jungkook, Jimin, Hoseok e Yoongi. Seus rostos mostravam uma mistura de preocupação e determinação ao ouvir sobre a cova vazia do pescador, os olhos dourados. Certamente aquilo era coisa de vampiro, pude confirmar quando Taehyung se aproximou de mim, seu olhar verificando meu rosto como se procurasse algum mínimo sinal de algo errado ali.

Confesso que a sua preocupação fazia meu coração bater mais rápido, por mais que eu ainda estivesse desconfiada sobre ele.

— Isso é bem sério... — Seokjin disse, referindo-se a Tia Morgan, que concordava instintivamente. — Precisamos investigar isso imediatamente.

Seraphine se aproximou de minha tia, a tomando em um abraço. Eu me perguntei se elas já se conheciam de algum lugar antes... a diferença de idade delas era bem nítida para serem íntimas. Iria descobrir aquilo depois.

Enquanto a família Kim se preparava, eu me aproximei de Bangchan, que me lançou um olhar protetor. Eu sabia que tudo estava um caos, mesmo assim.

— Vou cuidar de você, borboletinha. — ele disse, sua voz firme. — Não se preocupe...

Sentir o apoio de Bangchan era extremamente reconfortante, mas eu não conseguia afastar a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer. Taehyung estava do meu lado, e parecia ser capaz de ler meus pensamentos o tempo todo, pois quando senti que meu coração podia pular pela boca, ele me puxou para perto de si, tentando me reconfortar.

Mas foi aí que meu coração quase parou mesmo. E ele riu.

Maldito sorriso quadrado. Maldito Taehyung. Eu não vou me deixar levar assim, não mesmo.

— Se acalme, minha bruxinha... — Ergui o olhar para ele, que parecia me provocar.

— Eu estou muito calma, sugador de sangue! — rebati, tentando esconder o sorriso que ameaçava surgir.

Bangchan se aproximou, colocando-se entre nós.

— Escute aqui, se você deixar minha prima com uma marca de mordida, seu sanguessuga, você vai se ver comigo... — Ele disse, confirmando minha teoria de que ele sabia tudo. Idiota!

Taehyung apenas riu, inclinando-se para sussurrar em meu ouvido.  — Ele é engraçado, não é?

Eu me segurei para não rir, mas não pude evitar que um sorriso escapasse.

— Ei, eu ouvi isso! — disse Bangchan, os olhos estreitados.

Taehyung deu de ombros, ainda sorrindo. — Relaxe, Bangchan. Estou apenas brincando. Nunca faria nada que a Jennie não quisesse.

Bangchan olhou de um para o outro, finalmente soltando um suspiro. — Certo, mas estou de olho em você.

— E a gente precisa ter uma conversa depois! — Conclui, me referindo ao meu primo.

A tensão no ar diminuiu um pouco, e eu senti que, apesar das provocações, ambos estavam comprometidos em me proteger.

Seraphine e Seokjin se aproximaram, interrompendo nosso momento.

— Vamos, temos muito trabalho a fazer — disse Seokjin, sua voz firme.

O ar parecia mais frio e pesado conforme nos aproximávamos do local. As árvores balançavam suavemente ao vento, seus galhos criando sombras inquietantes e apavorantes no chão. Nós nos aproximamos da cova do pescador, e o meu coração disparou ao ver que Salém estava certo: a cova estava realmente vazia.

— Credo... — Hoseok murmurou, chutando algumas pedrinhas no caminho.

Naturalmente, a minha tia Morgan, Seraphine e Seokjin começaram a investigar a área ao redor da cova, usando suas habilidades para procurar pistas, e, em meio a isso, Taehyung se aproximou de mim, seus olhos preocupados encontrando os meus.

— Você está bem? Parece estar ansiosa. — ele perguntou, sua voz suave.

Antes que eu pudesse responder, Bangchan se interpôs mais uma vez entre nós, o rosto rígido de ciúme e preocupação.

— Ela está bem. E eu estou aqui para protegê-la, Taehyung. — ele disse, o tom mais duro do que o habitual.

O vampiro franziu a testa, mas não recuou.

— Eu também estou aqui para ajudar, Christopher. Precisamos trabalhar juntos nisso e se ajudar.

A tensão no ar era visível, e eu podia sentir o conflito entre os dois. Bangchan sempre foi protetor comigo, mas a presença de Taehyung a fim de me proteger parecia amplificar seus sentimentos.

— Por favor, parem — eu disse, minha voz trêmula. — Temos coisas mais importantes para nos preocupar agora.

Eles trocaram olhares por mais alguns segundos antes de finalmente se afastarem, embora a tensão entre eles ainda fosse evidente. Esperava que meu primo não fizesse farofa de vampiro mais tarde.

— Tem algo muito errado aqui — Seraphine disse, seus olhos brilhando com uma luz sobrenatural. — Sinto uma energia antiga e sombria...

Seokjin concordou, olhando para o buraco vazio com uma expressão grave. — Precisamos descobrir o que aconteceu e rápido. Isso pode ser apenas o começo de uma tragédia.

Eu me virei para Bangchan, que estava mais tenso do que nunca. Seus olhos seguiam cada movimento de Taehyung, e eu sabia que ele estava lutando contra seus próprios sentimentos de ciúme e preocupação.

— Jennie, fique perto de mim — Taehyung disse suavemente, suas mãos segurando as minhas com firmeza. — Não saia do meu lado, certo?

Antes que eu pudesse responder ou reagir, algo estranho aconteceu. Um som baixo e gutural veio da cova, como se algo estivesse se movendo lá dentro. Todos nós congelamos, os olhos fixos na escuridão.

— O que foi isso? — Jungkook perguntou, seu corpo assumindo uma postura defensiva.

— Eu não sei! — Hoseok parecia quase pular nos braços de Yoongi, amedrontado.

De repente, uma figura apareceu na borda da cova. Era o pescador, mas algo estava terrivelmente errado. Sua pele estava pálida e seus olhos brilhavam com uma luz vermelha intensa. Ele não parecia humano, mas seus olhos pareciam diferentes dos da família Kim.

— Ele está... vivo? O que é isso? — Eu sussurrei, sem conseguir acreditar no que estava vendo.

— Não exatamente — Seokjin respondeu, sua voz baixa e cheia de preocupação. — Ele foi reanimado por magia negra. Alguém está manipulando os mortos...

Taehyung me puxou para trás, mantendo-me protegida enquanto a família Kim se preparava para enfrentar a ameaça. A tensão entre ele e Bangchan era imensa, parecia que eles queriam se comer vivos, mas naquele momento, ambos sabiam que precisavam trabalhar juntos para me manter segura, e manter a cidade segura, consequentemente.

— Jennie, fique atrás de nós — Namjoon ordenou, sua voz firme e autoritária. — Vamos cuidar disso. Não se esgote por enquanto.

Eu me afastei lentamente, tentando processar o que estava acontecendo. O pescador reanimado começou a se mover, seus movimentos erráticos e desumanos. Seokjin, Seraphine e minha tia Morgan começaram a lutar, tentando conter a criatura.

Eu me perguntava como se matava um vampiro, que, teoricamente já estaria morto. Minha garganta parecia se fechar, queria muito chorar naquele instante, mas precisava ser forte. Taehyung me olhava, como se pudesse ver através de meus olhos toda aquela tensão. Ele afagou meus cabelos.

— Mantenha a calma... estamos aqui para te proteger.

Sorri leve, concordando.

— O clã Hwang... provavelmente estão em posse de algumas bruxas... — Seokjin disse, se virando para sua família enquanto eles avançavam contra o vampiro recém-nascido.

Eles haviam se organizado de modo que Hoseok, Bangchan e Taehyung ficaram de guarda, prontos para agir se necessário enquanto os outros estavam lutando na linha de frente. A tensão entre eles ainda era evidente, mas por um momento, eles colocaram suas diferenças de lado para me proteger, enquanto Hoseok era um alívio cômico.

— Jennie... — Bangchan disse, seus olhos fixos na criatura. — Não importa o que aconteça, eu não vou deixar nada acontecer com você.

Eu sabia que ele estava falando sério, mas também sabia que Taehyung compartilhava do mesmo sentimento. Aquela fala era como uma provocação para realmente entender das intenções do vampiro, e eu sabia.

A luta entre a família Kim e o pescador reanimado se intensificou. Minha tia lançava feitiços de contenção, enquanto Seraphine tentava descobrir a origem da magia negra que animara o corpo, canonizando uma energia da qual eu nunca vi antes. Jungkook, Jimin, Yoongi e Namjoon cercavam o pescador, seus movimentos rápidos e coordenados.

— Isso é insano — murmurei, incapaz de desviar o olhar.

— Sei que está tensa, Jennie, mas tente ficar a salvo. — Taehyung disse, sua voz baixa e tranquilizadora. — Nós vamos resolver isso.

De repente, o pescador deu um grito gutural, sua força aumentando. Ele conseguiu quebrar a barreira mágica da minha tia e avançou em nossa direção. Bangchan, Hoseok e Taehyung entraram em ação, movendo-se rapidamente para interceptá-lo.

Meu primo atacou primeiro, usando suas habilidades para tentar derrubar o pescador. Taehyung logo o seguiu, seus movimentos graciosos e precisos, mas a criatura parecia mais forte do que esperávamos.

— Arranquem a cabeça dele logo! — gritou Namjoon, sua voz cheia de urgência.

— Temos que acabar com isso agora! — acrescentou Jungkook, seus olhos fixos na criatura.

Eu me afastei mais, tentando me manter fora de perigo. Mas algo dentro de mim sentia a necessidade de ajudar, de fazer algo mais do que apenas observar. Eu queria ser útil, mesmo que isso gastasse todas as minhas energias.

Foi então que senti uma mão fria tocar meu ombro. Virei-me rapidamente e vi a graciosa Seraphine ao meu lado, seu rosto calmo e sereno apesar do caos ao nosso redor.

— Querida, você tem um poder dentro de você. Você pode nos ajudar — ela disse, sua voz suave mas firme. — Confie em si mesma e não tenha medo. Você é tão forte quanto todos nós aqui.

Eu engoli em seco, sentindo meu coração acelerar. Com um aceno de cabeça, decidi tentar. Concentrei-me, tentando acessar a energia dentro de mim, a mesma que eu sabia estar lá desde que descobri sobre meus poderes.

— Vamos, bruxinha... Você consegue! — Taehyung disse, seus olhos encorajando-me.

Fechei os olhos e deixei a energia fluir. Senti uma onda de calor percorrer meu corpo, e quando abri os olhos novamente, vi uma luz suave irradiando de minhas mãos. Com um gesto decidido, direcionei a energia para o pescador.

A luz atingiu a criatura, que gritou em agonia, sua pele começando a queimar sob a influência da magia. Hoseok e Yoongi aproveitaram a oportunidade para arrancar a cabeça do vampiro recém-criado, e juntos, conseguimos dar um fim ao corpo reanimado.

O silêncio caiu sobre o cemitério. Todos nós respiramos aliviados, mas sabíamos que isso era apenas o começo de algo enorme.

— Precisamos descobrir quais as intenções reais do Clã Hwang. — disse Seokjin, sua voz sombria.

— E rápido — acrescentou Seraphine, olhando para a cova vazia. — Há mais coisas sombrias em movimento do que imaginamos...

Eu me virei para Taehyung, que me abraçou apertado. Bangchan se aproximou, sua expressão ainda protetora, mas com um toque de alívio.

— Você foi incrível, minha bruxinha... — ele disse, seu tom sincero.

Eu sorri, embora soubesse que a verdadeira batalha ainda estava por vir. A família Kim e minha tia Morgan começariam a investigar, e eu estaria ao lado deles, pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse.

— E agora solta minha prima, cara. — Bangchan terminou, encarando Taehyung com uma expressão ciumenta.

Taehyung soltou meus ombros, relutante.

— Qual foi, não posso nem dar apoio pra ela? — Perguntou, fazendo eu rir.

— Dê apoio de outro jeito. — Ele cruzou os braços, ciumento.

— Foi usada magia negra para reviver o pescador. — Seokjin começou, cruzando os braços. — A ameaça de Hyunjin está ainda mais forte.

Aquele era o homem de cabelos vermelhos? Hyunjin?

O Taehyung olhou em meus olhos, concordando. Como raios ele sabia o que eu estava pensando?

— Sou um telepata. — Ele respondeu, me olhando com um sorrisinho. — Cada vampiro de nosso clã possui uma habilidade especial.

Eu fiquei paralisada por um momento, tentando processar a informação. Taehyung era um telepata?! Isso explicava como ele sempre parecia saber o que eu estava sentindo ou pensando.

— Isso é... muito útil — eu disse, tentando manter a compostura. — Mas, por favor, respeite minha privacidade!

Taehyung assentiu, seu sorriso murchando um pouco. — Desculpe, Jennie. Vou tentar não invadir seus pensamentos sem sua permissão.

Bangchan ainda mantinha uma expressão de desconfiança, mas desviou o olhar para Seokjin, que estava começando a delinear os próximos passos.

— Precisamos reunir todas as informações que temos sobre Hyunjin — Seokjin continuou. — Seraphine, você e Morgan podem rastrear a origem da magia negra? Precisamos saber quem está por trás disso e como podemos detê-los.

Seraphine e minha tia trocaram olhares e assentiram. — Vamos começar imediatamente. — disse minha tia Morgan. — Jennie, precisamos do seu apoio também. Seu poder é valioso, querida. Só precisa tentar controlar-se para não gastar toda a sua energia de uma vez. Lembre de nossos treinamentos.

— Claro, tia. — Respondi, tentando mostrar confiança. — Quero ajudar no que for preciso.

Enquanto Seraphine e minha tia começavam a montar um círculo de invocação para rastrear a magia, Hoseok, Namjoon, Jimin, Jungkook e Yoongi se espalharam para garantir que o perímetro estava seguro. Bangchan permaneceu perto de mim, sua preocupação ainda evidente.

— Jennie, você sabe que se precisar de ajuda vai nos falar, certo? — ele disse, seu tom mais suave. — Estamos todos aqui para te apoiar.

Eu sorri para ele, tocando seu braço. — Eu sei, Bangchan. E agradeço por isso. Mas sinto que preciso fazer minha parte. Você precisa se preocupar menos comigo, bobão. Eu já tenho dezessete anos!

Enquanto Seraphine e minha tia começavam seu ritual, senti uma onda de energia mágica no ar. As palavras antigas que elas entoavam ressoavam pelo cemitério, e eu podia ver uma luz azulada emanando do círculo de invocação.

— Concentre-se, Jennie — Seraphine disse, sem interromper o cântico. — Sinta a energia e deixe-a fluir através de você. Você é mágica.

Fechei os olhos e fiz o que ela disse. Senti a energia mágica me envolvendo, uma sensação quente e reconfortante. Quando abri os olhos novamente, vi que a luz azulada estava mais intensa, pulsando com poder.

— Conseguimos — minha tia disse, sua voz cheia de determinação. — Temos uma pista. A magia negra está sendo canalizada de uma localização específica.

Seraphine assentiu. — Precisamos seguir essa trilha. Jennie, você vem conosco. Taehyung, Bangchan, Hoseok, vocês também.

Eu assenti, sentindo uma mistura de excitação e nervosismo. Estávamos um passo mais perto de descobrir a verdade. E eu estava pronta para enfrentar qualquer desafio ao lado daqueles que se importavam comigo.

— Vamos acabar com isso — disse Bangchan, seu rosto determinado.

— Juntos — acrescentou Taehyung, lançando-me um olhar encorajador.

— Mas eu ainda estou de olho em você. — Meu primo acrescentou, dando um passo para trás.

Taehyung riu, me trazendo para perto de si outra vez. — Eu não esperaria nada diferente, Christopher.

Com um último olhar para a cova vazia, nos preparamos para seguir a pista. A verdadeira batalha estava apenas começando, e eu sabia que, com meus amigos e família ao meu lado, poderíamos enfrentar qualquer coisa.

taennie finalmente tá começando a andar!
me digam o que acharam :) confesso que não curti muito não, mas ainda vão ter algumas reviravoltas chegando, se preparem!

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