ㅤㅤ ㅤㅤ XX. welcome to the marriage.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚒𝚜: 

I. bem vindos ao terceiro ato de WTD. esse capítulo é o único desse ato que vai ser tranquilo, legal e fofo, focado nos nossos pais (henry e theo), fds amo esses gays. o resto, vai ser só desgraça atrás de choro, depressão, caos e trevas, então aproveitem vius.

II. alguns dados/faceclaims que achei legal colocar para que tenham uma melhor imaginação com os personagens deste capítulo:

𖡼 ָ࣪ [nina dobrev] ᵎᵎ ˎˊcomo˗ 𖧧“
˖ャELIZABETH BÁTHORY ₊𓈈

outros menos relevantes:

⭒ࣲຸ ᮥ ʾʾ Emilia Clarke como Aaliyah Rüdiger von Starhemberg.៵︫ ︫↓᪶ ᪶☄
⭒ࣲຸ ᮥ ʾʾAlexander Ludwig como Elliot Rüdiger von Starhemberg.៵︫ ︫↓᪶ ᪶☄

III. é isso, votem de começo e comentem ao longo do capítulo!

— de: Henry Emily

Mesmo que tivéssemos nos encontrado numa rua lotada em 1944
E você estivesse indo lutar na guerra
Você ainda teria sido meu, nós teríamos sido atemporais
Eu teria lido suas cartas de amor todas as noites
E rezado a Deus para você voltar bem para casa
E você teria ficado bem, nós teríamos sido atemporais

— para: Theodore Kingslon

timeless, TAYLOR SWIFT!

𔖳﹙‣ࣰ𖥣᤺ →𝕨𝕖𝕝𝕔𝕠𝕞𝕖 𝕥𝕠 𝕕𝕠𝕝𝕝𝕙𝕠𝕦𝕤𝕖  ⍰ ׁ ۪
𖥻݁ ⟩ﹴ 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗿: -𝗌𝗅𝗒𝗍𝗁𝖾𝗉𝗋𝗈𝗇𝗀𝗌 ↑ꞌꞋ̸📑ۛ͟ ⸯ̳
✶ ׅ ゜᮫( O CASAMENTO ) 𔓐 ⋆ 𔒅
──۠─᮫֩ ⑇⃫ֳ  ៹۠🗒️۪ܺ #𝘤𝘢𝘱. vinte ๋⇑ܸ 20 ◹

THEODORE NUNCA FOI ALGUÉM para acreditar em qualquer romance. O tempo que usa-se para pensar depois de uma situação traumática sempre é muito lembrado futuramente. É isso que nos move quando estamos perto de cometer o mesmo erro duas ou mais vezes. Algumas pessoas pensam que o tempo pode curar, que após anos não se sinta mais assim. Para ele não. Sempre soube que após a morte de Elliot que jamais iria querer qualquer interesse amoroso a longo prazo.

Seu sobrenome não vinha de uma mera coincidência. Ele era filho — não legítimo — do rei da Hungria junto da maior assassina em série que já havia pisado nesta terra: Elizabeth Báthory. Em si, todo o casamento era uma enorme farça. Os pais do rei queriam que ele se casasse com alguém importante para manter o legado e o homem não queria nenhuma mulher, porém, isso sempre foi considerado imperdoável. A família Báthory sempre foi influente em todas as decisões da monarquia e por toda a importância dela, Elizabeth foi a principal escolha. Com sua arte de manipulação conseguiu ser com que fosse a rainha que mais mandasse no país.

O fato complicado é que o rei não podia ter filhos por ser estéril. Entretanto, para Elizabeth, ninguém jamais poderia saber disso, então arquitetou um plano. Ela precisava de filhos para que seu objetivo além da escala natural ascendesse. Fingiu contratar uma bruxa, uma de suas amigas que havia ensinado a arte da matança, para que curasse a infermidade de seu marido, e nesse tempo, acabou se deitando com outro homem, um brasileiro, que assim como a "bruxa", a ensinou o que sabia sobre o mundo sobrenatural.

E dessa forma Theo veio ao mundo, de formas sujas e aproveitadoras de sua mãe. Elizabeth empenhou-se ao máximo em criá-lo do jeito dela. Não como uma mãe deveria fazer, e sim como a assassina que era. Báthory era cruel. Usava suas serviçais de escrava e quando decidia que não era mais útil, retirava todo o seu sangue; na maioria dos casos bebia, até que o pai verdadeiro de Theo deu a ideia de que com o sangue banhado em sua pele, poderia rejuvencer, e uma prepotente e luxuosa dama não pôde negar testar, e embora soubesse que era falho, não parou. Assim que o garoto foi criado.

Assim como Michael Afton séculos depois, sempre matou pessoas desde a infância por conta de seu parentesco psicopata. Nunca gostou, mas com o tempo, apenas não ligava sobre como seus dentes ou sua faca entraria nas vítimas selecionadas de Elizabeth.

Era o único filho do rei e da rainha, então quando o homem adoeceu por uma terrível doença, Theodore teve que se tornar Rei da Hungia. Imaginou que era ruim, porém as responsabilidades daqueles que estão no topo nunca serão fáceis, e a pior parte era como tinha que se mostrar ao público. Nunca foi extrovertido para que as pessoas gostassem dele, então levou bastante repreensão de sua mãe até que aprendesse a manipular com palavras, gestos, e quando não era possível, telepatia. Assim que conseguiu a habilidade de ler pensamentos. Fora ensinado pela "bruxa" sob mando de Báthory.

Seu pesadelo começou quando foi forçado a se casar tal como seu pai. Elizabeth pensou grande, já sabendo que seu filho não era hétero, e entrou em contato com os austríacos, país também da Europa. Não demorou até que encontrasse uma esposa ideal a Theodore.

Aaliyah Rüdiger von Starhemberg era a mulher, e apesar do enorme trava-lingua, não tinha nenhuma característica que temia encontrar. Era a garota mais gentil que havia visto em todos os seus trinta tortuosos anos de vida. Não durou muito tempo a perceber — pelo fato de nunca querer o beijar além do público, e olhares a outras mulheres — que era o mesmo que ele: homossexuais, termo ainda nem inventado na época. Chamavam apenas de abominação e coisa do diabo.

Aaliyah conquistou sua amizade verdadeira quando apresentou seu irmão gêmeo a ele. Elliot Rüdiger von Starhemberg foi um garoto que Theodore correu atrás, por incrível que parece. Um loiro que adorava provocar o rei para seus joguinhos era difícil de não se apaixonar. Aquele período de dois anos em que a mulher encobria o caso do marido e do irmão enquanto conseguia fisgar algumas mulheres.

Tornaram-se um trio de farsas. O rei deitando-se com o irmão da rainha, e esta, com a boca enfiada sobre os vestidos sedosos de mulheres casadas da Hungria.

Foi ótimo até Elizabeth Báthory descobrir. Não tinha nada a ganhar entregando todo o caso dos três, porém, nunca gostou de Aaliyah ou de qualquer pessoa que se aproximasse de Theo, até mesmo o próprio pai. Tinha um ciumes doentio pelo garoto. Na mente psicopata, Theo foi a única pessoa que chegou mais próxima de amor, e por isso não deixava mais ninguém sentir isso por ele. Em sua cabeça, apenas ela poderia.

Os dois irmãos, Aaliyah e Elliot foram enforcados em praça pública e Theo fora obrigado a assistir a cena, mesmo que tivesse lutado com todos seus recursos para que não acontecesse. Nada adiantou, porque William Afton, ou Hades, poderia ter sido o pior homem que já pisou naquela terra, porém, a Condessa Sangrenta, ou Elizabeth Báthory, foi a pior mulher. Faziam o mal com a justificativa de um plano egoísta, ferindo todos em seus caminho, incluindo seus próprios filhos, a quem deviam amar, independente de tudo.

Com uma vida arruinada, Theo não viu mais nenhum sentido na vida e na depressão do afogamento, de uma banheira que refletia a riqueza que nadou durante sua vida inteira, que não ajudaram em nada a impedir que tudo ruisse, sua vida humana chegou ao fim.

Ou era o que esperava.

Óbvio que Elizabeth não o deixaria morrer assim, e retornou, contudo, sem se importar com absolutamente nada, finalmente concretizando o maior objetivo da rainha do sangue.

Theodore foi expurgado de todos os registros da história da Hungria quando os moradores perceberam que um suicídio após os casos de caso homoafetivo serem mortos — ao qual Elizabeth conseguiu manipular todos de que Elliot e Aaliyah haviam jogado um feitiço em seu precioso filho —, comprovava a mentira da rainha, e um rei homossexual não poderia ser conhecido por ninguém que viria depois.

Mas ele se vingou, de todos aqueles que o julgaram tanto. O demônio Carmesin foi um marco no país inteiro, causando caos e marcas de mordida e ausência de sangue em todos. Não deixou nenhum homofóbico escapar, e como naquele tempo quase todos eram, foi uma festa bem sangrenta.

Antes de seus sentimentos retornarem, fato impossível de evitar, ele mostrou a verdade sobre sua mãe ao mundo. Nenhuma manipulação foi o bastante quando a revolta para sua morte em praça pública acontecesse. A pior parte era saber que toda a elite possuia conhecimento sobre, porém não dava a mínima por Báthory ser rica e influente, enquanto suas vítimas eram garotas escravas, em suma maioria negras, vistas abaixo da sociedade.

Ele estava infiltrado como o executor de Elizabeth. O sorriso debochado de seu próprio filho foi a última coisa que seu corpo humano viu antes das chamas carbonizarem ele.

Infelizmente, ela era mais inteligente que sua criação. Theo, de forma inconsciente fez exatamente o que a Condessa queria.

No inferno, manipuladora como era, rapidamente conquistou um espaço lá para não ser apenas jogada no esquecimento de algum domínio que prevalecesse seus crimes. Com seu poder, esperou a hora certa para apunhalar seu pai, Ares, e o trancafiar, sem nenhuma habilidade, no fim de umas das piores prisões do inferno, para nunca mais sair. Dessa forma, tornou-se rainha do décimo reino.

A primeira coisa que fez ao se sentar no trono que a dava poder além de coisas naturais, foi recuperar seu filho para si. A torturou do jeito dela, não o machucando fisicamente mas psicológicamente. Aprisionado num lugar onde havia apenas dor para todos os lados o faria pior do que qualquer dedo arrancado. Ela o queria, de forma obcecada, que Theo estivesse com ela em todos os momentos, e só não abusou do próprio, pois ainda era espertonpara saber sair de situações assim. Aquela mulher era um monstro por completo, Theo via. As coisas que fazia com as almas por pura diversão eram tão nauseantes quanto brutais.

E mais de duzentos anos tendo que passar por isso, a história chegou em Katharina Respreton. A primeira — e última — filha de Elizabeth criada para as competições dos reis do inferno.

Ele ganhou passe livre de sua mãe para cuidar de sua irmã mais nova de longe. Conseguia proteger a garota dos ataques de outros reis, afinal, não teria como Elizabeth ganhar caso sua criação fosse destruída. Era bem comum a morte de Iluminados precocemente. Por isso seus pais poderosos tinham que mandar serviçais do inferno para os proteger até certa idade onde, morrendo, não seria algo ruim a eles.

E quando chegou nessa fase de Katharina, Theo não conseguiu impedir a morte da garota em decorrência dos exorcismos da igreja fanática. Báthory não deixou, contudo, Katy pôde se vingar de todos eles quando sua mãe verdadeira a ressuscitou e pode finalmente assumir o manto de Senhora Vampira que assombrou o Brasil pelo fim do século XIX.

Theo não deixou que se estendesse tanto quando a sua matança há duzentos anos. Ao invés disso, contou a verdade por trás da manipulação da rainha. Elizabeth, desconfiada da aproximação dos dois, muito por ciúmes, mandou que prendessem seu mais velho nas masmorras do castelo.

Katharina aprendeu a ser uma manipuladora ágil para não levantar suspeitas de uma das que carregavam esse título tão bem. Deu certo a longo prazo, e todo tempo que tinha usava para ir até a cela de Theo pedir ensinamentos sobre seu poder, e como despertar o seu Demonialies — a habilidade única que todo Iluminado, Rei ou demônio poderia adquirir caso treinasse e conectasse com seu interior maligno e benigno em conjunção.

Demorou cerca de um ano para Katharina despertar o seu, ainda sendo um tempo muito bom, tendo em vista que o de Theo foi três. Os dois estando tão poderosos com tais poderes, conseguiram acabar com o reinado de Elizabeth Báthory, e mesmo que o mais velho tenha sido o gênio por trás de todo o plano que os deu a vitória, e até uma pouca ajuda em combate, sem o Demonialies de Katharina, jamais teriam conseguido. O poder que a mulher demonstrou junto a sua habilidade tão massante de destrutiva, não deu nenhuma chance a ex-rainha. Quando acabou, Theo proibiu sua irmã de usar aquele poder em qualquer situação pelo perigo fora do racional que poderia representar a qualquer criatura existente.

Mesmo que no contrato falasse que Katharina e Theo devessem ser os reis em conjunto do décimo reino, acabou que a maior parte ficava para o mais velho. Katy odiava e sempre dava um jeito de escapar, deixando toda a responsalidade com quem já tinha experiência com Monarquia — um sistema podre, aliás. Assim foi que ela o deixou por mais de um ano lá enquanto se aventurava com os Emily na terra.

Deixou um demônio de confiança — não que algum tivesse muita — para que cuidasse dos assuntos que ele deveria, e então foi até a terra saber qual era o paradeiro de sua irmã. Não pôde se surpreender mais ao ver que estava não com, mas envolvida com dois dos Iluminados mais raros e poderosos.

O primeiro reino não participava da competição, afinal, sei rei já era o chefe de todo o inferno, e também, não tinha nenhum interesse em fazer filhos para sofrer com único intuito de obter poder e diversão. Não. Com aquele rei ninguém mexia. Era o único de todos os atuais que desde a época do banimento do anjos do céu, continuava ele, já que, teve pouquissimos filhos ao longo de todo o tempo, todos com objetivos nada claros, e com isso, jamais um teve a audacia de tentar o retirar do trono.

Lembrou de sentir raiva por Katharina ter se envolvido justo com aqueles que já estavam entrelaçados nos planos de outro rei, Hades, ou como se intitulava naquele século: William Afton. Esse era outro rei que ninguém gostava de se meter, mas por motivos diferentes do primeiro. Não poder, e sim astúcia. Poderia-se reunir todas as pessoas e demônios; ninguém conseguia advinhar quais eram os planos daquele homem. Nunca havia conversado ou visto-o. Elizabeth mantia distância, todavia, todos conheciam a história romântica e trágica de Hades e Persephone.

Seu primeiro contato com os irmãos Emily foi socando a cara do mais velho e intimidando o mais novo. Nunca entendeu qual foi o fetiche masoquista de Henry Emily de na primeira porrada de Theo, ter se interessado românticamente nele.

Ele ficaria na terra por um bom tempo, afinal, faziam séculos que não aproveitava os prazeres de um planeta lindo. Passou a apreciar tudo depois de tanto tempo no inferno, até mesmo ignorando a preocupação de que daqui mais alguns séculos, os humanos já teriam conseguido acabar com toda a beleza ali por único ganho de dinheiro. Não demoraria até que a própria terra se tornasse um outro inferno.

Teria sido um período ótimo, cuidando de sua irmã e da sobrinha que logo viria ao mundo, se não tivesse um chiclete insistente em seu sapato. Henry com a desculpa de que o queria conhecer melhor o irmão de sua ex-namorada, acabou o seguindo para todos os lugares e entrando de penetra nos bares que frequentava e casas de diversão. Theo irritava-se com a falta de privacidade, mas nada fazia o homem parar. Ele agia como se todas as patadas do Kingslon não passassem de piada, e quando ria após ela, o mais velho quase surtava de raiva.

Henry nunca escondeu que sempre se sentiu atraído por todos os gêneros. Oliver e Amélia sabiam disso antes mesmo de se envolver com William Afton. Sua irmã do meio, pelo o que se lembrava, não demonstrava sentir atração por homens, já o mais novo, foi pego vendo filmes pornô hétero e gay, que achava da gaveta de sua mãe, uma porrada de vezes, então não tinha dúvidas.

Theo sabia que o Emily, mesmo sem dizer, tinha interesse nele. Mas nunca conseguiu namorar mais ninguém depois de Elliot. O trauma de o ver enforcado trancou todos os possíveis sentimentos que viria a ter. Poderia até interessar-se um pouco mais por alguns outros homens, porém não deixava nada evoluir, as vezes tendo que manipular seus sentimentos ou mostrando sua real face, a de vampiro, para os assustar. Óbvio que isso não funcionou com Henry. Quando Theo, de saco cheio, mostrou seus olhos vermelhos e presas, o homem apenas riu e disse as seguintes: "é fofo".

Henry o achou apenas um gato no início, porém, com o passar do tempo, apreciou sua personalidade e cuidado com pessoas que amava: Katharina, o pequeno Michael e a sobrinha na barriga da irmã. Ele era outra pessoa com estas. Carinhoso, brincalhão, fofo. Isso só o fez aumentar a atração que sentia, a ponto de com o passar do tempo, estar obcecado.

Oliver quem teve que aturar ele falando sobre o irmão da namorada dele. No início, foi divertido ver seu irmão praticamente implorar uma foda com um homem; no meio, já não aguentava mais, e no fim, já havia mandado seu irmão se foder.

Será mesmo que Theodore merecia ficar para a eternidade congelado no tempo enquanto todos seguiam com sua vida, incluindo seus amores?

Theo não queria, apesar da atração que passou a sentir por Henry, fazer sexo com ele. Pensaria que seria uma espécie de traição a sua irmã por ser um ex dela. E um dos maiores motivos, medo de se afeiçoar. Entretanto, certo dia em que Henry bebeu, começou a provocar além da conta, e o mais velho, dominado por tanta vontade, não foi nada simpático com ele no carro a caminho do motel e muito menos naquele maldito quarto.

E depois da primeira vez, as outras foram tão fáceis para o Emily quando tirar doce de criança — nesse caso, leite de vampiro.

Como conquistar um vampiro metade demônio, traumatizado com amores e problemas com a mãe por três séculos? Simples. Seja tão insistente quanto um chiclete. Tutorial especializado de Henry Emily.

Quando Theo se apaixonou de verdade, foi um verdadeiro tormento em sua cabeça. A figura de Elliot morto voltava sempre depois de alguma jura ou tentativa do Emily em fazer o Kingslon se abrir com ele. Acabou que, brigas começaram a acontecer por conta de todo o bloqueio emocional de Theo. Muitas coisas geravam brigas, e quando eram resolvidas com sexo invés de diálogo não era algo bom.

Oliver sempre se lembraria do tanto que riu quando Henry chegou em casa irritado, e ele, logo achou que era algo importante. A gargalhada foi sincera quando o homem contou que era porque Theo não estava disposto a ser o passivo por nenhuma vez sequer. Nem mesmo Katharina conseguiu aguentar rir.

— Riem porque não é você que está fadado a dar a bunda pelo resto da vida. — Henry falou indignado ao seu irmão, que apenas riu mais, a ponto de sua barriga doer e parecer estar passando mal.

— Na verdade, eu estou. — Katharina falou, sem nenhum pingo de tristeza. — Mas eu nem ligo, adoro ser passiva. Não preciso me esforçar.

— Eu sou ativo, mas na maioria das vezes sou passivo pela minha idade. — revirou os olhos Oliver. — Maldita Madonna!

E Henry teve que engolir sua contestação, pois Theo de fato não cedeu a dar para ele. Com o tempo, acabou acostumando-se e não vendo mais sentido em querer ser ativo, já que pelas próprias regras que seu irmão ditava, por uma alucinação esquizofrênica de que Madonna ditou que se for mais novo, tem que ser passivo, estava certo.

Theo, por outro lado, não gostava de desabafar com ninguém, nem mesmo com Katharina. Odiava jogar a responsalidade sua nas costas de outras pessoas, principalmente por ela estar grávida e incomodá-lo com sua vida amorosa não era de bom tom, mesmo sabendo que a própria sempre ajudaria.

Com o tempo, passou a apenas fazer, sentir e agir do que pensar. Henry sentia a hesitação em seu "ficante" e tentava o fazer sentir-se liberto com ele, sendo mais carinhoso e, trapacendo, sendo um bom segundo pai para o pequeno Michael. Foi impossível não ser mais do que ficante, e quando o Emily finalmente pediu em namoro, Theo não viu saída a não ser aceitar, sentindo culpa na felicidade.

Quando Michael tinha seis mêses e Brooke havia acabado de nascer, Theo soube de que a pequena Vanessa não estava sendo bem tratada na família em que vivia. A garotinha tinha mais de um ano, e sempre que eles iam para o parquinho levar Mike para brincar, viam a mesma com um semblante triste, afastada de todas as crianças.

Essa suspeita o fez necessitar confirmar, indo até a casa dos Morgan e percebendo como destratavam a loira mais nova, sempre jogada de lado suas necessidades e focando atenção na mais velha, Liana.

Ele podia manipular e hipnotizar humanos através da leitura de pensamentos e "olhar do diabo". Conversou com Henry se ele estava disposto a criar Vanessa também, fato que ele aceitou.

Theo não achou justo que o irmão restante não fosse criado com eles, então buscou Ash Afton através de cidades e mais cidades a procura de sua mãe. Seria uma crueldade fazer isso com Hayley pois sabia que tinha dependência emocional severa no pequeno, e já era traumatizada o bastante. Entrou em uma guerra interna enorme sobre um sonho acima ou não da vontade de um humano.

Desde o século XVIII que sonhava em ter algum herdeiro, ou uma criança para que pudesse ocupar os pensamentos cuidando, educando e sendo tudo o que Elizabeth não foi a ele.

Naquele momento, viu Ash gargalhando sendo balançado na cadeira enquanto sua mãe ria a sua frente. Sabia que para sempre se culparia se o retirasse disso, independente se até sua criação fosse melhor. Também tinha conhecimento que era cruel a seus irmãos crescer sem ele, e além disso, consigo mesmo. Sua necessidade de ser pai sabia que apenas Michael e Vanessa não seriam suficientes.

Decidiu que ser egoísta não era uma boa saída e deixou que Hayley Schmidt o criasse, convencendo-se de que caso algo ocorresse, pudesse aproximar-se do garoto e tomar a guarda dele de Hayley, algo que, nunca aconteceu devido ao baque em questão de um ano depois.

— Você não pode ser babá — Henry começou uma piada quando já haviam voltado para o carro. Os dois bebês no banco de trás. — Com dois dias de serviço vai querer roubar o bebê. Melhor alertar Oliver disso.

Theo o olhou furioso. Não citou uma palavra com o homem durante toda a viagem, ato que deixou Henry ligeiramente arrependido de ter um humor pelo de Katharina.

Pulando detalhes de como o mais velho descontou a raiva em Henry, a vida estabilizou apesar de Theo sempre demonstrar ainda pensar em Ash. Cuidar de duas crianças com um homem, sem, até então, ameaças mais sérias, ocupou sua mente.

A família vizinha, que sim, os irmãos moravam em casa lado a lado, também estavam felizes. Brooke dava um trabalho desgraçado e tirava o sono de ambos. A garota era um caos. Com três mêses conseguia engatinhar para pegar objetos perigosos e arremessar na cabeça dos outros, em específico, no seu favorito, Michael. Ela adorava machucar ele sem nenhuma razão em específico. Uma vez, aos oito mêses, arremessou um disco voador em sua testa, e pela força de velocidade que o objeto bateu em sua testa, conseguiu fazer um estrago tão grande que tiveram que dar pontos. Detalhe: o mini demoninho rindo enquanto ele chorava.

Irônico pensar que anos mais tarde namorariam e que não haveria nenhum tipo de violência doméstica na parte de ambos.

Vanessa era a única que ficava em paz em toda essa bagunça. Estava muito mais feliz sendo criada por Theo e Henry. Brincava, sorrindo o dia inteiro, mas diferente de Brooke, não machucava ninguém. Era uma criança saudável. Muito provavelmente Oliver incentivar Brooke a fazer merda e rir quando destruia as coisas influenciava ser tão caótica.

Tanta felicidade aquela enorme família tinha, e que infelizmente ruiria com o ataque de sessenta e sete.

E foi isso. — Theo, com seu terno preto, concluiu depois de horas em que contava sua história a todos os adolescentes interessados.

Havia se passado um mês desde que Charlotte havia encontrado a paz. Novembro passou voando para aqueles que estavam felizes ou tentando buscar este sentimento. Ainda demorou bastante tempo para Brooke assimilar que de vez, jamais veria sua irmã, e que sua humanidade tinha retornado e a culpa pelos seus atos também. Michael a ajudou muito durante todo esse tempo. As vezes, ficavam horas trancados no quarto, e só Deus para saber o que faziam além das conversas.

Uma vez Theo soltou uma piada desse estilo perto de Oliver e Henry. Os dois não falaram com ele o resto do dia. Por mais de Henry apoiar o relacionamento de Brooke e Michael, ainda estava enciumado com a situação, afinal, criou Brooke. A menina tinha praticamente dois pais.

Brooke também ajudava Michael. Quando Becky contou que ele sentiu ciúmes de Oliver, a morena logo marcou sessões de terapia para tratar de todo o estrago que William havia feito nele. Suas conversas poderiam ajudar, mas além de que nunca ajudaria como a voz de um profissional, não era bom gastar tanta sanidade mental com algo que gatilhava ela.

Estava obtendo sucesso, contudo, até ser definitivo, muitas coisas ainda eram complicadas para ele, como Brooke ter intimidade com seu irmão. Ele sabia que Ash gostava românticamente dela e a morena não parecia notar apesar de todas as circunstâncias que levaram a isso.

Foi o loiro que escolheu se afastar dela para evitar brigas com seu gêmeo. Brooke ficou bastante chateada. Querendo ou não, o loiro se tornou seu melhor amigo. Ash não explicou o motivo ou conversou. Pensou que seria menos doloroso apenas focar em outras coisas. Essa decisão levou Brooke a o odiar e amaldiçoar seu nome quando ia dormir.

A reação em Ash foi devolver a raiva em Michael. Não o provocava ou algo do tipo, apenas queria que ele sumisse. Ele ironizava, quando desabafava com Theo, como sua vida era uma merda e como conseguiu ficar pior depois que ele apareceu. Se não fosse tão ciumento nada daquilo seria necessário, afinal, ele não tentaria nada com Brooke e sabia que ela também não o faria se namorasse com Mike. Óbvio que ele não conseguiria entender algo tão simples sendo burro como era.

Agora indo para pessoas felizes, Henry e Theo. Hoje era o casamento deles. Ninguém advinharia que fariam tão rápido, mas Henry ganhava tudo na base da insistência — menos conseguir ser o ativo — e reatar o relacionamento com um anel do material que seu homem mais gostava, Rubi, foi estratégia de gênio.

O que conseguiu fazer Kingslon perdoar Emily e aceitar o pedido de casamento foi o pedaço de papel que estava na frente deles, que faria com que a guarda dos gêmeos, Vanessa, Evan, Abby e Elizabeth fossem deles caso tivessem dois pais. Óbvio que as leis não permitiam que dois homens adotassem qualquer um, entretanto, nenhuma lei conseguia barrar a vontade de seres além da compreensão humana.

— Não acredito que você não vai contar que droga de baque foi esse. — Brooke proclamou, enfurecida e incrédula com a finalização da história de Theo.

— Brooke, faz horas que eu estou contando essa droga. — ao total três. — Preciso descansar. O dia foi cheio.

Sim, o casamento já tinha ocorrido. Não teve os clássicos votos por Theo ser tímido demais para se declarar em público. Ele simplesmente demorou trezentos anos para namorar. Demoraria mais duzentos para demonstrar afeto no meio de gente. Já foi o auge dar o beijo na frente de todos os convidados — que aliás, Brooke nem imaginava que eles tivessem tantos amigos gays, eles encheram o salão com aplausos na hora do selinho. Brooke conseguiu simpatizar com todos e até fazer algumas amizades.

Oliver foi o padre, afinal, nenhum padre em plena década de oitenta se sujeitaria a casar dois homens. Foi hilário porque esqueceu sua fala e improvisou de forma tão espontânea que impressionou a todos. Vanessa parecia ter um ataque de suor toda vez que o loiro abria a boca ou sequer fazia qualquer mínima coisa.

Brooke disse que isso era falta de masturbação e atenção paterna, ato que a Kingslon concordou.

Sim, agora eram definitivamente Kingslon. Todos os filhos de William, agora, legalmente, não os pertenciam mais, e sim a Theo. Foi um começo de vingança excelente, e que para Brooke, só estaria concretizado quando o desgraçado de Hades estivesse completa e definitivamente morto.

Brooke foi uma das quatro damas de honra porque Katharina foi a madrinha. Ela conseguiu dar um jeito de driblar o inferno e estar na terra por algum tempo, ao qual a Emily aproveitaria completamente. Tinha muita curiosidade e coisas a tratar com uma mãe de verdade. Melinda, enquanto viva, tentou, mas toda a condição que tinha apenas fez com que fosse tudo uma relação merda. Na verdade, depois de ouvir tanto de Theo, não fazia ideia de quem poderia ser aquela mulher mais. Em nenhuma versão ela sequer aparecia. Não duvidava caso fosse fruto de sua imaginação mais.

Apenas uma hora presente na festa fez com que Katharina quase fosse linchada. A mulher tinha um enorme defeito de falar a pior barbaridade que já saiu da boca de um ser humano em forma de piada. O que disse num casamento gay onde os convidados também eram em noventa por cento, não foi bem visto como algo engraçado. Oliver teve que retirá-la de lá antes que fosse executada de novo.

Brooke, frustada por não receber o final detalhado de Theo, descansou a cabeça no ombro de seu namorado. Estava muito cansada. Já estava de noite, um contraste lindo com toda a decoração da cerimônia que aconteceu ao ar livre. Estava um frio terrível de dezembro, o que não foi tão bom para as garotas que tinham vestido como única roupa para a festa, tendo que estragar em partes utilizando um casaco por cima. Suas pernas, entretanto, não tinham qualquer auxílio.

O relacionamento de Brooke e Michael estava magnífico. Novembro foi um dos melhores mêses da vida dela por conta dele. Passar o dia inteiro beijando, trocando carícias e transando em um colchão macio, preocupando-se apenas com o barulho que faria nessas horas, deixava tudo mágico demais. Nunva imaginou que Mike pudesse ser alguém tão preocupado, romântico e incrível como namorado.

— Olha — ela levantou sua mão para pegar um floco de neve, parecendo encantada enquanto o encarava. Michael não entendeu isso. — Estava lindo, brilhando enquanto caia...

A risada inocente dele, seguido de um beijo em sua testa deixou o momento mais lindo.

Ela se lembraria disso muito bem quando o amor tornasse pó de ressentimentos e mágoas.

— É agora — Michael chamou sua atenção para a gracinha que Henry estava fazendo.

Ele pegou o buquê — que ninguém usou — e agora, de costas, ameaçava jogar na multidão, onde quem pegasse estava fadado a maldição de se casar. Nunca foi algo que Brooke queria, e isso ainda não tinha mudado até os dias de hoje. Quando o recém casado jogou, a morena deu um berro, assustando Mike, já que Becky conseguiu pegar.

E VAI TER CASAMENTO DE SAPATÕES SIM! — Becky e Brenda gargalharam com o berro de sua melhor amiga, e com um olhar trocado por elas, ficaram confusas se era o momento certo, apesar de se amarem muito. Ainda eram jovens demais. — Foda-se quando, mas eu vou ser a madrinha dessa porra!

— Somos lésbicas, ou seja, terá duas madrinhas e nenhum padrinho. — já avisou Brenda. — E serão a Bro e a Vanny.

— Poxa — Michael fez um falso bico em decepção — Achei que eu seria dessa vez.

— Eu colocaria o mendigo da esquina no seu lugar — disse Becky, fazendo todos rirem e Mike uma expressão de ofendido. — Olha que hétero falso. Arrombado, odeio ele.

— Também te adoro, água de salsicha. — provocou o agora Kingslon.

— Se mata.

Brooke mirou sua atenção em Theo e Henry que conseguiam dançar felizes na pista a frente deles. Pareciam tão apaixonados. Depois de saber da história, torceu tanto para que aquele relacionamento durasse quase mais que o dela. A união dos dois significava muito mais do que apenas amor entre duas pessoas. Superação de um trauma, o encontro de algo que não esperavam acontecer, e agora, a felicidade de uma família de irmãos que durante a vida inteira fora traumatizada por seu pai.

— Quando vamos pra casa? — perguntou Brooke a Michael, cansada demais. — Estava esperando alguns dos convidados irem embora para não ser a que tomou a iniciativa.

— Você já matou mais de cem homens, mata um aí e fala que ele foi embora primeiro. — deu a ideia mirabolante em forma de piada.

Brooke fez uma careta confusa.

— Eu não mataria um homem gay que não fez nada de errado. — afirmou, mas continuou incrédula. — E que exagero, meu deus, Mike!

Exagero? — Ash, mais afastado da mesa grande, questionou depois de ouvir sem querer, a careta igual a dela.

Eu não matei mais de quarenta, pensando alto e ainda contando desde que voltei do inferno. — reafirmou, como se estivessem loucos.

— Não. — o loiro parecia convicto, mesmo que o Afton tivesse desistido de entender. Ele até tinha esquecido do gelo que estava dando na garota, fato que ela não esqueceu, embora surpresa demais para se lembrar. — Nos noticiários o número chegou a cento e doze.

Brooke arregalou os olhos.

— O quê?! Juro que não fiz tudo isso! — estava tentando lembrar e de fato não havia como ter feito tanto em tão pouco tempo. — ... como eram os relatos da televisão?

— Alguns falavam que o assassino deixava cartas. Um que sobreviveu disse que era uma mulher com as suas características e outro que era uma pessoa fantasiado com uma máscara branca e roupa preta, igual a que seu tio falou que você usou para atacar William.

Mas em nenhum ataque eu usei aquela roupa! — defendeu-se, confusa e chocada. — Na verdade, desde que matei Misty eu não uso aquela droga.

Ficaram em silêncio por um longo período de tempo, percebendo aos poucos a conclusão do que aquela conversa breve trouxe:

Parece que tem um novo Lorde Death entre nós.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜:  .

I. meu deus que capítulo grande. beirou 6k de palavras. acabei me empolgando por ser um capítulo do passado, adoro escrever sobre essa parte, é como — para quem já foi/é potterhead — a era dos marotos cara. mto legal. até tava pensando em fazer um spin-off detalhando mais sobre essa parte, porém não sei o que achariam e tenho preguiça também 💪🏽.

II. acho que a maioria sabe, mas a personagem Elizabeth Báthory não é uma personagem. Ela foi uma pessoa real que de fato existiu e é considerado a primeira e mais brutal serial killer da história. tentei descrever bastante sobre o caso na história, o que acharam do resultado?

III. o que acharam dessa introdução ao ato três? toda a história do Theo, do relacionamento dele com Henry (que sim, eu fiz gifset e toda uma estética pra eles que irei usar só nesse capítulo), o passado e tudo que rolou neste capítulo? comentem aqui e se não votaram, votem!

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