NARRADOR ON

Choi chega ao complexo da Hybe acompanha da agora então esposa, Lana  No decorrer dos anos ela acabou por aprender a língua materna de seu marido. Ele espera conseguir um novo contrato com Bang, já que o primeiro se mostrou muito lucrativo.
Logo na entrada eles escutam alguns staff falando das gravações que estavam ocorrendo.

- Senhor Song quanto tempo. - Diz o homem ao ser recepcionado como de costume pelo assistente de Bang.

- Seja bem vindo.- Responde o mesmo se curvando. - O senhor Bang logo os receberá.

- Gostaria de ver as gravações da qual eles estão fazendo...- Diz choi com um sorriso forçado.
Senhor Song tinha ordens para acompanhar mas não interferir diretamente nos acontecimentos, sendo assim os conduziu ao estúdio.

MAIA ON

Assim que terminamos de enviar a caixa contendo as escutas, nos dirigimos ao estúdio. Queria avaliar de perto a equipe que estava trabalhando com eles naquele dia. Ao entrar na sala acabamos atraindo os olhares de praticamente todos, a grande maioria não havia se familiarizado conosco ainda, por tanto a desconfiança  ainda era grande. Tento me concentrar no que precisava ser feito. Dentre todos da equipe uma moça jovem me chamou atenção pelo jeito com que me olhava... pedi discretamente a Alice que descobrisse o nome dela. 

Momentos depois ouço algo que me causa ânsia. Aquela voz era conhecida  demais por mim, mas não me abalei, choi já não tinha mais esse poder.

NAMJOON ON

Todos os meus temores estavam prestes a se concretizarem quando vejo aquele homem entrando na sala... corro meus olhos direto para Jimin que a essa altura já está ao lado de Maia e para minha surpresa ele fora seguido pelos demais que se posicionaram ao redor dela. Rapidamente tomo a frente do grupo. Ao passar vejo que Maia entrelaçou seus dedos aos de Jimin, imagino que numa tentativa de conte-lo já que era notável seu desprezo pelo homem.
Choi parece a princípio surpreso e depois contrariado.. ele foi logo dizendo.

- Não sabia que a empresa contratava qualquer um.... não acha que está bem vestida demais para uma faxineira?! - Se dirigindo a Maia, mas antes que ela diga qualquer coisa eu a interrompo.

-Maia ocupa o cargo de assistente pessoal e líder da equipe de segurança, peço que a respeite.
Observo o homem contorcer a face em reprovação.
Nesse momento a mulher que vinha mais atrás aparece entre nós e exibe um ar espantado ao ver Maia.

MAIA ON

Ver todos me defendendo e tentando me proteger realmente me fez sorrir. Segurar Jimin era necessário pois ele estava tenso e travado ao meu lado. Eu não queria criar qualquer tipo de brecha para boatos. Ver a cara de Lana me deu uma certa satisfação, afinal estava estampado ali para todos verem que eu era a última pessoa que ela esperava ver.

- Como vai irmãzinha?! - A cumprimento fazendo todos os meninos mais novos me olharem surpresos... exceto Namjoon, Jhope, Yoongi e Jin. Isso me deixou curiosa.

- O que faz aqui? Eu achei que estava mor....- Ela não termina a frase e Choi logo diz.

- Ela trabalha pra eles.  Vamos Lana irei pessoalmente conversar com Bang a respeito dessa afronta. - E assim os vejo saindo porta a fora.

Eu já ia soltando minha mão da do Jimin pois os staff estavam nos observando mas ele não permitiu e a apertou ainda mais.

- Eu não acredito que ela é sua Irmã- Ouço  os mais novos murmurar em.

- Ela é minha meio irmã, mas prefiro não falar sobre isso ainda. - Respondo com um sorriso doce. - Obrigada por me defenderem, significa muito.

JIMIN ON

Se Maia não tivesse segurado minha mão eu acho que teria partido a cara daquele sujeito, mas ela me desarmou completamente com aquele toque. Quando ele partiu não permiti que ela soltasse nossas mãos e eu sabia que o único motivo para ela tentar fazer isso eram as pessoas nos olhando, contudo, logo somos forçados a nos separar já que o diretor nos chama para continuar a gravação.

NARRADOR ON

- Você não me disse que ela estava morta?! Choi eu estou falado com você.. - Indaga Lana em português andando apressada atrás do homem.

- Procuramos ela depois daquela noite como você pediu, como não a encontramos deduzi que tinha virado mendiga ou tinha morrido. Lana acalme-se ok?! Até agora tudo deu certo e eu vou dar um jeito nisso também.

Senhor Song os conduziu a sala de Bang que a essa altura já sabia do acontecido.

- Olá velho amigo, como está?- Perguntou choi com um sorriso falso no rosto.

- Bem choi, estou bem e você?

- Poderia estar melhor contudo acabei de descobrir que contratou minha ex...

- Maia é uma funcionária de suma importância para a empresa e sua presença aqui não é negociável. Sugiro que mudemos de assunto. -  Bang corta o homem que agora estava mais contrariado que nunca.
- Então vamos tratar de negócios.- Responde  Choi logo se recompondo.

O dia passou sem maiores problemas até chegar a noite.

MAIA ON

- EU NÃO VOU DORMIR AQUI ESSA NOITE, JÁ DISSE! NÃO COM ESSE BICHO A SOLTA! - Ouvi gritos do outro lado do corredor e fui entrando sem nem me anunciar.

- Pelo amor de Deus era só uma barata deixa de ser escandaloso Jin. - Dizia Yoongi já sem paciência.

- Mas o que foi que aconteceu? Por que estão gritando? - Alice perguntou entrando atrás de mim.

- Uma barata subiu no Jin Hyung e depois voou pra um dos quartos e agora ele e o Hobi não querem mais dormir aqui. - Explica  Jungkook rindo da situação.

- Não dá pra gente ir pra outro lugar a essa hora e a manhã nossa agenda está lotada por tanto temos que estar aqui cedo. - Argumenta  Namjoon.

- Ué fiquem com a gente no nosso dormitório. - Sugere Alice chamando a atenção de todos.

- Isso não é um pouco inconveniente? Quero dizer não seria estranho? - ergunta Yoongi envergonhado.

- Não! tá tudo bem vocês dividem os demais quartos e o escritório tem um sofá cama e eu fico no quarto com a Alice. Amanhã peço pra alguém vir dedetizar o dormitório de vocês, então juntem oque vão precisar para pelo menos quatro dias, afinal esse processo demora um pouco. - Digo e logo percebo o olhar safado de Jimin oque me faz corar.

JIMIN ON

Saber que ficaremos no mesmo dormitório que as meninas por pelo menos 4 dias faz minha imaginação fértil entrar em combustão. Todos estávamos com nossas mochilas e prontos para essa aventura.

Ao entramos na porta oposta a nossa, logo começamos uma discussão de quem ficaria com quem e em qual quarto.

- Eu vou ficar no quarto da Maia, sozinho. - Eu disse e logo ouço protestos dos demais.

- Você não pode ficar sozinho. Primeiro por que você é pervertido e segundo por vai deixar um de nós desabrigado.-  Taehyung faz bico.

- Parem de brigar e tirem no pedra, papel e tesoura. - Sugere Alice rapidamente.

Assim nós fizemos e rapidamente todos estávamos ajeitados.
Namjoon e eu ficamos no quarto da Maia, Yoongi e Hobi no escritório e Jin acabou ficando com JK e Taehyung no terceiro quarto.
Decidimos pedir comida  já que o dia foi exaustivo para todos e cozinhar era a última coisa que pensávamos em fazer.
Assim que a comida chegou nos sentamos no chão em uma roda em volta da mesa de centro que ficava na sala. Quando já estávamos acabando nossa refeição, ouço JK quebrar o silêncio e perguntar.

- Maia pode nos contar um pouco de sua história por favor.... não digo a parte de Nova York, mas sim de antes de nos conhecermos. - Ele devia estar muito curioso para se atrever a fazer essa pergunta.
A observo baixar os olhos em direção ao chão, pensei que se negaria no entanto ela começa a falar.

- Ok por onde começo.. - Ela fala passando as mãos nos cabelos e olhando para o teto e logo continua.

- Casei com Choi um ano após a morte de meus pais, eu tinha 19 anos. Lana é fruto do relacionamento que meu pai constituiu após se divorciar de minha mãe e ela é três anos mais nova que eu. Não mantíamos contanto. Levou alguns anos para eu conseguir construir e erguer a 10 on 10, ela nasceu de um sonho meu e estava tudo indo bem.
Um dia Lana me procurou pedindo abrigo e eu permiti que ela entrasse na minha vida.
Depois de alguns meses eu fui atropelada, tive traumatismo craniano e algumas fraturas, durante esse período em que estive em recuperação Lana se ofereceu para cuidar de mim e quando percebi ela já estava indo a empresa também. Tomava decisões, dava ordens.
Eu comecei a ter lapsos de memória. Quando estava quase recupera resolvi ir a empresa e acabei por flagrar os dois transando em cima da minha mesa, no meu escritório.
Aquilo me destruiu. Eu havia confiado em ambos cegamente e aquele era meu pagamento. - Ela fez uma pausa e respirou fundo.
Nesse ponto meu sangue já está fervendo. Como puderam fazer algo assim?

- Não dei chance deles falarem nada me virei e sai. Ao chegar em casa comecei a arrumar minhas coisa mas fui interrompida por choi me mandando deixar tudo e sair só com a roupa do corpo...

- Mas você tinha direitos.... você construiu aquilo tudo. - Ouvi Tae falar confuso e com ódio.

- Eu não tinha mais Tae.... de alguma forma eles haviam me drogado e durante esses episódios de lapsos de memória, me fizeram assinar vários documentos. Naquele dia eu descobri que havia passado tudo que era meu pra eles.  Eu saí daquela casa com uma pequena mala que eu tinha conseguido por no carro antes deles chegarem e com uma pequena quantia em dinheiro que eu ainda possuía.
Depois nos meses seguintes segui tentando arrumar um emprego, mas Choi enviava e-mails a todas as agências pedindo que não me contratassem, fazia isso cobrando favores.
Por fim fui parar na empresa do Antônio e conheci vocês. - Era nítido que todos estavam chocados.

-Por que não foi a polícia?- Perguntou Hobi deixando uma lágrima cair.

- Aquela altura qualquer traço do que haviam usado em mim já tinha sumido e no meu país documentos vale mais que palavras. - Ela fita o chão novamente, talvez tento contar suas próprias lágrimas.

Meus olhos estavam marejados, eu queria encontrar aquele traste e mata-lo com minhas mãos.
Me levanto e saio em direção ao quarto. Não conseguia imaginar o dor que ela havia passado.