𝕲𝖆𝖕 3

Cap 3: Baile de halloween

Eu e Eli estávamos no meu quarto como combinamos mais cedo.

– ah, eu acho que deveria deixar esse quarto mais "eu" – falo me sentando ao lado de Eli que estava na minha cama

– é...– responde Eli claramente inseguro

– oque foi? Está estranho...

– é a primeira vez que eu entro no quarto de uma garota que não seja minha mãe...– responde Eli me fazendo rir

– relaxa Eli, tá tudo bem. Não precisa ficar assim também – falo o deixando mais confortável

Eli conseguiu ficar mais tranquilo depois de um tempo. Estava um silêncio constrangedor então resolvo quebrar o clima.

– vi um cartaz hoje, vai ter um baile de Halloween, né? – pergunto

– sim, todo ano tem – responde Eli

– e vai se fantasiar de que? – questiono novamente

– não sei...eu sou muito indeciso...– responde

– hum, já sei. Eu poderia ir de pão e você de salsicha daí completarmos um cachorro quente! – sugeri em um tom brincalhão tirando algumas risadas de Eli

Ele era tão fofo, eu amava muito a companhia dele apesar de o conhecer a pouco tempo. E podia ver que ele também gostava da minha, talvez eu esteja gostando dele? Ah não Bea, você não pode se apaixonar de novo, você sabe oque aconteceu da última vez.

Mais tarde, Eli havia acabado de ir embora apesar de eu insistir muito para que ele dormisse lá, entretanto ele disse que não queria preocupar sua mãe então apenas tive que aceitar.

Estava me preparando para dormi quando derrepente um número desconhecido me mandou uma mensagem.

– oi, mudei de número e acabei perdendo o seu, por sorte minha mãe ainda tinha ele. É o Jackson – diz a mensagem que não tive nenhum pouco afim de responder

não quero papo com você Jackson. Ainda tenho o número da sua mãe porque ela nem diferente de você é legal então não me faça bloquea-la também – respondo

Jackson era meu ex namorado do qual eu odiava, ele me deixou sequelas do nosso relacionamento horrível que foi e eu realmente não gostava de lembrar disso, e ao me mandar mensagem só me fez lembrar de tudo novamente.

Assim que ia desligar o celular para dormi, vejo que ele havia respondido.

– preciso falar com você Bea, é urgente!

– já disse que não quero mais te ouvir, me deixa em paz!

Bloqueio o número e em seguida desligo o celular o colocando em uma mesa ao lado da minha cama.

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No dia seguinte, estávamos no refeitório almoçando como normalmente quando derrepente a diretora disse que queria fazer um comunicado.

– pessoal, atenção pôr favor! – exclama a diretora – fazer bullying não é engraçado, enviar uma mensagem cruel para alguém pode ser tão prejudicial quanto falar na cara da pessoa. Eu não vou citar nomes mais outro dia recebi uma ligação de uma mãe reclamando que o filho estava chorando porque alguns alunos tiraram sarro da deformidade facial dele

Claramente ela estava falando de Eli, meu coração erra algumas batidas só de pensar em ver ele chorando por conta dos idiotas dessa escola.

Olho para ele com os olhos lacrimejando e com muita raiva dos imbecis que fazem isso. Ele não merece esse tipo de coisa, ninguém merece.

Queria poder acabar com cada uma dessas pessoas mais infelizmente sozinha eu não conseguia, no máximo eu seria expulsa e eu não quero dar trabalho para minha mãe.

– se estiverem cansados disso meu dojo de caratê está recrutando alunos – sugere Miguel chamando minha atenção

– até parece, ouviu isso Eli e Bea? É só treinar um pouco de caratê e você sai batendo em todo mundo – ironiza Demitre

– cara, eu tô falando sério. O meu sensei é muito bom e eu posso conseguir um desconto pra vocês – diz Miguel

– olha, por mais tentador que isso seja. Acho que prefiro passar a tarde toda jogando no computador do que ficar apanhando por aí – diz Demitre

– fale por você. Depois dou uma passada lá Miggy, deve ser legal aprender uns golpes daora de caratê – respondo fazendo surgir um sorriso no rosto de Miguel

– ah e mais uma coisa – completa a diretora – Estamos ansiosos para o baile de Halloween e vamos garantir que as fantasias não sejam culturalmente ofensivas. As meninas pôr exemplo, no lugar de uma enfermeira sexy vocês poderiam se fantasiar de uma funcionária de hospital

– Deus que me livre, se me verem um dia com uma fantasia sexy podem me enterrar porque já vou estar morta – falo em um tom de desprezo

– você não combinaria, já a Yasmine...– responde Demitre enquanto olhava para a tal

– ah, cala boca Demi – falo antes de dar um tapa em sua cabeça

– acho que vai ficar linda com qualquer fantasia Bea – diz Eli com um leve rubor em suas bochechas

– obrigada Eli, pelo menos um nessa mesa tem o senso, né? – falo mandando a indireta para Demitre fazendo com que Eli e Miguel rissem e Demitre revirasse os olhos

[...]

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Já era o baile de Halloween. Consegui fazer minha fantasia com a ajuda da minha mãe já que se comprasse ficaria muito caro e minha mãe já estava desempregada sobrevivendo de uma pequena quantia que meu pai deixou antes de morrer, então resolvi não dar trabalho.

Chego na festa e já avisto Eli e Demitre, Eli estava fantasiado de algum tipo de cirurgião e o Demitre....não faço ideia.

– eai gente – falo me aproximando

– oi Bea, fantasia daora – diz Eli

– o famoso Pennywise, legal – disse Demitre analisando

– valeu...

Miguel chega também e já se aproxima de nós.

– Eai Miguel, que fantasia demais! – elogio

– o esqueleto clássico, fantasia legal – diz Demitre

– valeu, gostei do feiticeiro – diz Miguel

– ah, então era um feiticeiro...– murmuro

– feiticeiro? Ah por favor, eu sou um necromante – corrige Demitre

– é oque? – pergunta Miguel

– não faço ideia do que está falando Demi – falo enquanto brincava com a máscara que Eli usava no rosto

– nunca viram o amuleto? – questiona Demitre

– não, eu e o Miggy não somos nerds igual a vocês dois – respondo

– e você é o Pennywise, não é Bea? – pergunta Miguel, concordo fazendo o sinal de "sim" com a cabeça – e você é um médico normal?

– sou um cirurgião plástico – responde Eli – eu concerto lábios

– legal..– diz Miguel

Olho novamente para Eli e abaixo sua máscara.

– pra mim não precisa concertar o seu, é perfeito – falo fazendo com que se formasse um sorriso envergonhado no rosto de Eli

Entretanto ele sobe a máscara novamente ao ver os olhares em cima dele.

– gente, meu sensei está aqui de quiserem conhecer. É o Johnny, o nosso vizinho, Bea – diz Miguel

– nossa, então ele é o famoso sensei do Miguel? Ele luta bem, deve ser legal esse caratê – respondo

– tem um panfleto ali, vamos lá que eu mostro para vocês – diz Miguel antes de nos guiar até o panfleto

– não sei não, deve ser bem chato ficar apanhando por aí – diz Demitre

– para de ser covarde Demi – falo antes de dar um leve tapa em sua cabeça

– aí para de ficar fazendo isso! – reclama Demitre massageando o local onde levou o tapa

[...]

Estávamos tomando algumas bebidas enquanto Miguel e Demitre se consolavam por não ter pegado nenhuma garota aínda. Eu e Eli apenas analisavamos a festa e também ria das fantasias alheias.

– vocês dois são idiotas, hein – falo me referindo a Demitre e Miguel

– não vi você pegando ninguém, madame perfeita – ironiza Demitre

– e nem quero, eu tô bem aqui – respondo

– preciso ir no banheiro – diz Eli com uma expressão de agonia

– é, eu também. Essa bebida tá fazendo efeito...– diz Demitre antes de sair correndo acompanhado de Eli

– é, só restou eu e você – falo a Miguel

Derrepente meu celular começa a tocar em sinal de ligação.

– aí droga, parece que vai ter que ficar sozinho por um tempinho aí. Eu já volto – falo

– beleza – responde Miguel, caminho para um canto da festa onde não tinha muitas pessoas para atender

–  quem é? – pergunto

esqueceu da minha voz Beazinha? – diz uma voz que eu não fiz muito esforço para reconhece-la

fala logo oque você quer, Jackson?

– calma Bea, eu já disse que precisava falar com você

– e eu já disse que não quero falar com você. Não foi você mesmo que me traiu com minha melhor amiga?

– isso foi passado, depois que você se mudou eu não consegui mais parar de pensar em você..

– para de mentiras e fala logo oque você quer!

– tá ta, já que você quer assim. Eu tô devendo uma grana pra uns caras e não sei para quem pedir ajuda..

– e resolveu pedir pra pessoa mais idiota que você manipulou, não é?

– olha sua imbecil, eu tentei ser educado mais você não colabora. Só preciso que você me ajude com uma parte da grana que o resto eu dou um jeito

– eu tô fora, vai pedir dinheiro pro banco ou pra vaca que você me traiu – falo antes de desligar em sua cara

Estava tentando voltar a curtir a festa mais nada ajudava, nada me fazia parar de pensar no que aconteceu, e também confesso ter um certo medo do  que Jackson pode fazer já que ele sempre teve o temperamento alto.

Derrepente esbarro com Eli e Demitre que vinham correndo em minha direção.

– opa, oque foi? Parece que tomaram umas vinte lata de energético – falo enquanto ambos estavam bem ofegantes

– ah, é que o Kyler chegou com os amigos dele, e sabe como é né? – diz Demitre ainda tentando manter o fôlego

– como assim? Expliquem isso direito!

– estávamos com o Miguel daí o Kyler pegou a gente ouvindo a conversa deles e eu e o Demitre saímos correndo – responde Eli

– e vocês deixaram o Miguel sozinho? – pergunta irritada – vocês tem merda na cabeça?

– e você queria oque? Iríamos os três apanhar juntos – diz Demitre

– saem da frente, vou atrás deles – falo empurrando os dois

– não vai por favor Bea, eles vão te machucar também – implora Eli

– eu não ligo – falo, porém vejo o olhar de medo do Eli, ele estava tremendo e com os olhos cheios de lágrimas, oque me fez exitar

– não chora Eli – falo o puxando para um abraço – só espero que ele consiga se defender...

– já volto, vou tomar alguma coisa para tentar me acalmar – diz Demitre indo até a mesa de bebidas

Começou uma música lenta, vejo que Eli ainda estava com medo e desconfortável então resolvo puxa-lo para dançar.

– o...oque tá fazendo? – pergunta Eli enquanto eu coloca suas mãos na minha cintura

– nada, só me divertindo com meu amigo – respondo colocando as mãos em volta de seus ombros

Ao decorrer da música eu fui me aproximando de seu rosto até que senti meu coração palpitar bem rápido, o dele também não estava diferente. Mais resolvi apenas dar um selinho em sua boca fazendo com que suas bochechas queimarem.

Era só um selinho mais provavelmente o primeiro dele, entretanto minhas bochechas não estavam muito diferentes das dele. Parecia que tinham borboletas na minha barriga. Que clichê isso...será mesmo que estou gostando dele?

Coloco minha cabeça em seu peito e fecho meus olhos apenas sentindo aquele momento tão especial.

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Já era de noite, estava me preparando para dormi quando escutei um barulho de carro vindo de fora. Olhei para janela e vi meu vizinho Johnny carregando o migué em seus braços, podia ver ele todo machucado e me senti tão mal por não ter ido ajuda-lo.

Vi a mãe de Miguel com uma expressão de raiva e aflição enquanto conversava com Johnny, resolvi não me intrometer já que era um mó de família agora para o Miguel e sua mãe então deixarei para perguntar para o Miguel oque aconteceu amanhã.

Eu deveria ter ido ajuda-lo, foi egoísmo da minha parte...mais no que eu poderia ajudar também? Da última vez foram nós dois que apanhamos para o Kyler e os idiotas dos amigos deles...

Continua...

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1975 palavras...

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