𝕮𝖆𝖕 7
Cap 7: Carta misteriosa
— e então, já léu a carta de ontem? — questiona Morgan, minha mãe
Estávamos tomando café, já estava me preparando para ir ao dojô já que os horários haviam mudado um pouco e agora começaria mais cedo.
— nem tive tempo ainda, mas assim que chegar em casa eu vejo com mais calma
— está bem querida
— mãe... você conhece a Sra LaRusso?
— Amanda LaRusso? Claro que sim, ela é esposa do Sr LaRusso, ou seja, minha chefe
— encontrei com ela ontem no shopping...
— ah, que ótimo querida
— olha, o que eu estou querendo dizer é...eu entendo que você estava desempregada e eles foram os únicos que te aceitaram, mas eu não quero aproximidade com eles. A filha deles agiu mal com o Miguel, e também tem o lance do Daniel com meu sensei...
— ah...eu achei que nada disso fosse interferir na sua vida querida
— interferi sim, sabia que seu chefezinho foi até o dojô para roubar os alunos e acusar o sensei de coisas que eles não fez?
— Bea, eu entendo...mas eu não posso simplesmente pedir distância deles só por conta disto
— está bem mãe...me desculpa por isso
— não, eu que peço desculpas. Mais agora está explicado melhor...
— o que?
— o Sr LaRusso estava um pouco diferente, parecia mais irritado. Perguntei a ele se eu tinha feito algo que ele não gostou e ele me disse que viu você no dojô do ex rival dele de karatê...perguntei se ele te conhecia e ele me respondeu que a Sra LaRusso descreveu você para ele por isso ele a reconheceu
Bato as mãos na mesa balançando alguns talheres, meu sangue ferveu nesta hora.
— não acredito que ele queria descontar algo em você da qual você nem tem haver!
— ele não quis descontar, ele me pediu desculpas depois. Fica bem filha, sei que um dia você vai perceber mas o Sr LaRusso tem um bom coração
— não mãe, esse riquinhos não passam de esnobes achando que podem fazer o que quiserem
— não filha, não interprete errado, nem todos os ricos são ass...— antes que pudesse terminar sua frase, me levanto indo até o sofá e pegando minha mochila com meu kimono dentro
— mãe, depois conversamos, estou atrasada
— está bem querida...boa aula
Pego minhas chaves e saiu de casa e em seguida fecho a porta.
[...]
— alunos, hoje o sensei Lawrence estará ocupado. Eu irei guia-los na aula de hoje — informa Kreese saindo do escritório de Johnny
— será que aconteceu alguma coisa com o sensei? — questiona Falcão
— não sei não, talvez ele só queira uma folga — respondo
Fomos todos as posições para o aquecimento.
Depois do aquecimento, Kreese nos colocou para lutar. Tory e Mitch começaram uma luta enquanto apenas observavamos.
Assim que Tory deu seu último golpe, ela levou a vitória deixando Mitch no chão.
— bate de novo — ordena Kreese deixando a todos confusos — tem algum problema com isso? A luta não termina até que você acaba com o inimigo. Não mostre compaixão ao inimigo
Tory assenti com a cabeça e vai em direção a Mitch, assim que pegou impulso, Miguel a interrompe a fazendo parar.
— espera! Não foi isso que o sensei Lawrence ensinou!
— como é que é?
— não a honra em ser impiedoso. A Tory marcou um ponto, acabou — afirma Miguel
— é...o sensei Lawrence está certo é claro. Em um torneio a luta para quando você marca um ponto, mas no mundo real não existe pontuação, existe vencedor e o perdedor — diz Kreese se aproximando cada vez mais de Miguel — e não a perdedores nesse dojô
[...]
Depois do treino, Tory, Miguel e eu havíamos ficado mais um pouco no dojô. Aproveitei o momento para ir falar com o sensei Kreese que estava no escritório.
— sensei?...— pergunto
— olá Srta Raynott, algum problema?
— nem, tem sim. O sensei Lawrence nos ensinou de um jeito diferente as coisas, não acha demais acabar com o oponente depois de já ter ganhado a briga? Ou ensina isso aos alunos? — afronto mantendo uma postura enquanto olhava fixamente nos olhos do mais velho
— como eu disse, não devem mostrar fraqueza. Se lembra daqueles caras que estava batendo naquele dia? E se não tivesse acabado com eles? Talvez teriam voltado para perturba-la novamente. A vida real é assim Srta Raynott, vejo potencial em você, mais do que nos outros alunos. Você pensa com clareza, irá ser o futuro do cobra Kai, quer isso, não quer? — pergunta Kreese se aproximando
— sim, sensei...
— então não deve demostrar fraqueza ao oponente, acertei primeiro, acerte firme, sem compaixão, nunca se esqueça. Não estou acostumado com mulheres no cobra Kai, mas você demostrou ser como uma cobra com casca dura — disse Kreese voltando ao seu lugar — mais alguma coisa?
— não, sensei — respondo antes de sair do escritório, pego minha mochila e depois de trocar o kimono, saiu do dojô indo a caminho de casa
_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_🥋_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_
Assim que cheguei em casa, minha mãe ainda não havia chegado do trabalho com os LaRussos então vi a oportunidade perfeita para abrir de uma vez aquela maldita carta.
Eu não sei quem a mandou mais essa pessoa sabe muito bem o que está fazendo, e com certeza me conhece bem para saber perfeitamente o perfume que meu pai usava antes de falecer.
Larguei a mochila em algum canto do meu quarto e fui até meu guarda-roupa onde escondi a carta para que minha mãe não lesse, isso talvez ativasse um gatilho na mesma já que estava com o cheiro do meu pai.
Abri a carta rasgando a lateral do envelope que não havia selo nenhum, ou seja, alguém havia a colocado na minha porta, alguém que não teve o trabalho de mandar para o correio mais sim trazer aqui.
Até passou alguns pensamentos na minha cabeça de quem fosse mais a maioria das pessoas que eu conhecia eram da minha cidade natal, acho que ninguém em sã consciência sairia de tão longe apenas para trazer uma carta.
Entretanto, parecia que eu estava certa ao apenas ler o título da carta que dizia;
"Beatrice Raynott...
Sei que assim que revelar meu nome irá querer rasgar a carta então por isso não o coloquei no envelope. Estou aqui na cidade e quero muito conversar com você, sei que mechi com o seu emocional colocando o perfume de seu pai mais sabia que era a única forma de chamar sua atenção. Quero tanto saber como vai, estou na cidade para tratar de assuntos especialmente com você. Depois que se mudou nada foi o mesmo, eu errei muito com você e me arrependo amargamente de tudo, a cidade que passamos nossa infância juntas agora parece mais solitária depois que veio para cá. Espero que retorne está carta por alguma mensagem, não consegui seu número mas se quiser entrar em contato comigo é só ir a minha nova casa que me mudei com meus pais, o endereço está no final desta carta.
Beijos de todo meu coração, ass: Isa"
Assim que li o final da carta senti minhas mãos apertando com brutalidade a carta até que ficasse totalmente amassada.
Primeiro o Jackson agora a Isabella...eles dois conseguiram arruinar todo meu psicológico, quando resolveram me trair senti que não estava sendo apenas traída na parte amorosa por Jackson, mas também por minha ex melhor amiga Isabella Halley.
E ao saber que ela voltou novamente me deu uma raiva enorme, não posso confiar nela novamente, não vou dar esse gostinho para ela de novo. Se ela pensa que apenas um pedido de desculpas irá mudar as coisas está ela muito enganada.
Continua...
Não esqueça de votar no cap⭐
1267 palavras...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top