Cap 5: Sequelas do acidente

Se Beatrice achava que não podia piorar a situação, ela se surpreendeu ainda mais. Na educação física, a loira fez drama e fingiu uma dor na barriga para não jogar então ficou apenas observando os alunos jogarem enquanto ela estava sentada em um banco mexendo em suas redes sociais.

Entretanto, por puro destino os times foram separados assim como nos dojos. Cobra Kai versos Miyagi-do. Eles iniciaram o jogo que ao longo foi se tornando uma partida intensa por conta da rivalidade dos dojos.

Falcão havia acabado de fazer um gol, eles empurravam o pessoal do Miyagi-do como se não fossem nada. Porém, eles queriam revidar na mesma moeda então a regra de contato físico não se fazia mais presente lá.

Falcão no meio do jogo olhou para o lado e viu Beatrice mexendo no celular nem dando a mínima para o jogo. Porém um sentimento ruim se fez presente nele e as lembranças dos dois juntos. Ele ainda sentia bastante falta dela.

De repente, Demitre se aproximou de Falcão e percebeu para onde ele olhava enquanto se distraía.

— sabe, ela te amava, sabia? — perguntou Demitre se referindo a Beatrice

— o que?

— ela me contou. Você namorou a garota mais gata da escola. Mas perdeu ela por ter virado um babaca — disse ele e em seguida deu uma rasteira em Falcão — a partir de agora vou jogar "chutebol"

Demitre saiu voltando o foco ao jogo. Os meninos do cobra Kai ajudaram Falcão a se levantar. Rickenberger pegou impulso para avançar em Demitre, entretanto falcão o impediu.

— espera, lembra o que o sensei disse. Lutar com inteligência

Ele voltaram ao jogo normalmente. Entretanto, as coisas começaram a sair do controle até tirando o foco de Beatrice do celular e colocando no jogo que não ia nada bem já que eles estavam se batendo durante o jogo. Tudo só parou quando a treinadora teve que interferir.

— Quer saber? Acabou! Todo mundo pra sala do diretor, agora! — ordenou a mais velha

— espera, se for assim a Beatrice também tem que ir. Ela empurrou o Rickenberger e me chutou! — afirmou Falcão causando uma raiva em Beatrice

— agora você quer falar disso? — perguntou a loira se levantando de seu lugar e indo para cima de Falcão

— eu já falei chega! Beatrice também! Vão todos para a sala do diretor!

[...]

Depois de um tempo esperando do lado de fora enquanto a conselheira conversava com os meninos do cobra Kai. Beatrice, Samantha, Demitre e mais dois do Miyagi-do estavam entediados.

De repente a conselheira sai acompanhada dos meninos.

— Caldwell, Johnson, Rickenberger, vocês três e o Eli podem ir — disse a conselheira logo fazendo com que Beatrice entendesse mais uma vez que eles com certeza se vitimizaram

— inacreditável — disse Demitre

— só pode ser brincadeira! — disse Beatrice

— mais e a gente? — perguntou Samantha

— vocês cinco vão receber uma detenção reabilitação, não punitiva! No próximo sábado

— detenção? Ótimo, vou ganhar outra mancha no meu registro permanente...— murmurou Demitre

— isso é uma palhaçada! — rebateu Samantha

— eu concordo, isso tão injusto! — completou Beatrice

— Sr LaRusso e Sr Raynott, não é assim que nos expressamos aqui — disse a conselheira — acho que vocês precisam de dois fins de semana de detenção

— o que? Aqueles babacas vão sair impunes enquanto a gente vai passar dois fins de semana de detenção? Essa escola é uma merda! — disse Beatrice antes de dar um soco em um dos armários e sair andando

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— Beatrice...a escola me ligou. Detenção? Sério? Você nunca foi de ficar na detenção! — afirmou Morgan enquanto via Bea sentada no sofá assistindo

— a culpa não foi minha, a culpa é dos babacas do cobra Kai e aquela escola que não sabe ser justa!

— ei, o que conversamos sobre não se meter em confusão? Não disse que tinha parado com o caratê? Por que continua nisso do cobra Kai?

— e eu parei! A questão é que o cobra Kai...não, a verdade é que o Falcão não me deixa em paz! Enquanto ele e os amiguinhos idiotas deles ainda me provocarem e quererem machucar o Demitre eu vou me defender!

— está bem... só...— antes que Morgan pudesse terminar sua frase, ambas ouviram as vozes de Miguel e Johnny ao lado de fora

— espera... é o Miguel?

— é sim — confirmou sua mãe — a Carmen me disse que ele está fazendo fisioterapia agora. Espero que ele consiga voltar a andar...

Beatrice se levanta do sofá empolgada e abre a porta chamando a atenção de Miguel e Johnny que estavam em frente as casas. Miguel estava pendurado na ponta da cadeira de rodas enquanto se esticava para pegar um revista de mulheres que estava em uma rede de pesca nas mãos de Johnny.

Miguel acabou perdendo a concentração e caindo da cadeira de rodas. Rapidamente Beatrice e Johnny foram até ele.

— Miguel, você está bem? — perguntou a loira o ajudando a se sentar na cadeira de rodas novamente

— acho que estou...

Beatrice olhou para Johnny incrédula.

— o que pensa que está fazendo?

— motivando ele

— a pegar uma revista com mulheres?

— elas são gostosas. É só uma motivação que talvez não tenha dado muito certo..

— então esse é o plano? Ajudar o Miguel a voltar a andar do nosso jeito? — perguntou a loira com um semblante irritado

— sim, é errado? — perguntou Lawrence e rapidamente Beatrice mudou sua expressão de irritada para um sorriso no rosto

— não. Tô dentro, o que fazemos agora?

— beleza. Acho que ainda tenho a playboy da Vanna White, acho que vai animar ele...— informou Johnny

— ainda não entenderam? — perguntou Miguel desanimado — vocês podem balançar um playstation na minha frente, ainda não consigo levantar...

Miguel guiou sua cadeira de rodas entrando novamente em sua casa.

Beatrice olhou para Johnny e o mesmo olhou de volta.

— devemos desistir, sensei? — perguntou a loira

— o que? Claro que não, tenho umas ideias maneiras, tenho certeza que vai dar certo!

— estou assustada com essas ideias...espero que não o machuque ainda mais — disse Beatrice seguindo Johnny até sua casa onde ele contaria melhor seus planos

[...]

— um churrasco? — perguntou Beatrice do lado de fora novamente ao lado de Lawrence

— não é um churrasco, tenho um plano, vai dar certo. Agora chame o Miguel

— beleza então... Miguel! — berrou a mesma ao lado da casa dos Diaz, poucos minutos depois Miguel saiu na cadeira de rodas e foi até eles

— o que foi? — perguntou o Diaz

— sabe por que chamam isso de hibachi? — perguntou Johnny

— não chamam. Isso é uma churrasqueira — respondeu Miguel desanimado

— a uns cem anos na china antiga, havia um vilarejo de produtores de leite, que viviam de boa com os seus queijos. Mas veio a seca, e precisavam pegar água do rio, mas nenhum china queria fazer esse trabalho

— acho que esse não é um termo apropriado para se referir a eles, sensei...— informou Bea

— tá bom, chineses — o corrigiu — a questão é que eles ficavam nas redes esperando a chuva. Então um cara sábio juntou um monte de gravetos e enfiou por baixo de cada um deles enquanto dormiam. Sabe o que ele fez?

— tacou fogo nele? — pergunta Bea tentando entender do porque a história de Johnny

— exatamente. É daí que vem a expressão. Sabe qual era o nome do cara sábio?

— hibachi? — perguntou Miguel

— exatamente

— sei. Lembrando que os hibachis são do Japão, não dá china. Onde não havia muitos produtores de leite, ou redes. Achou que eu ia cair nessa? — questionou Miguel

— não, eu sabia que você ia me corrigir e não notar o que eu estava aprontando

— e o que você estava aprontando?

Rapidamente Beatrice sentiu um cheiro forte de queimado, assim que viu Johnny colocar fogo no cadarço de Miguel, a loira entendeu o plano maluco de Lawrence.

Johnny mostrou para Miguel que rapidamente se desesperou.

— sensei, você é louco! — afirmou Bea

— o que você fez! — disse o Diaz antes que Johnny pegasse seus braços por trás impedindo do mesmo de apagar o fogo que estava quase chegando em seus pés

— você tá louco?

— a ideia não foi só minha, foi da Bea também! — afirmou Johnny ainda segurando Miguel

— minha? Não venha jogar esse b.o pra mim não, eu nem sabia qual era seu plano!

— tecnicamente a ideia não é só sua...bem, eu disse que tinha um plano maluco e você disse que toparia tudo, mesmo que fosse queimar alguma coisa. Então foi o que eu fiz!

— é, mas eu não sabia que você ia literalmente queimar o pé do Miguel!

— ah, ele aguenta. Agora anda Miguel!

— eu não consigo! — afirmou Miguel

— vai, mexe a perna! — disse Johnny

— vai Miggy! Eu sei que você consegue! — motivou Bea, entretanto os pés de Miguel não saiam do lugar e o fogo ia avançando cada vez mais

— é tudo que eu quero!

— então se concentra. Fala pro seu cérebro mandar sua pernas se mexerem! — ordenou Lawrence

Entretanto, não importa o quanto ele se esforçava. Seus pés não saiam do lugar, Beatrice, Johnny e Miguel entraram em desespero quando viram o fogo avança para a canela de Miguel quase subindo para suas pernas.

Johnny pegou o primeiro distinto de incêndio que viu e apagou o fogo rapidamente.

— Miguel, você está bem? — perguntou Beatrice — também achei que daria certo...

— e por que não deu? — perguntou Miguel revoltado — o meu pé pegou fogo e eu não senti! Por que não tá dando certo?...

Beatrice estava mal por ver seu amigo assim e não poder fazer nada para ajudá-lo pois nada estava dando certo.

— é melhor limpar essa bagunça antes que nossas mães chegam...

— até depois, Miggy...

— a gente se vê...— disse Johnny vendo Miguel voltar para sua casa mais uma vez desanimado

— eu não sei não...mas acho que nada mais está dando certo...— disse Beatrice entristecida enquanto voltava também para sua casa

Continua...

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