𝕮𝖆𝖕 2
Cap 2: Retorno
— A fraqueza é inaceitável — disse Kreese a seus alunos — a briga na escola foi uma vergonha. Vocês perderam soldados e a maioria perdeu a batalha. Mas vocês não vão perde de novo. O Diaz era um dos nossos, o que fizeram com ele, fizeram com todos nós. E isso não vai ficar sem resposta. Não vamos mostrar compaixão, não vamos mostrar fraqueza. Vamos atacar de volta e vamos acertar firme! Ficou claro?
— sim, sensei! — responde todos naquele dojô
— eu não estou ouvindo!
— sim, sensei! — disseram agora mais alto que antes
Durante um tempo da aula, Kreese foi até seu escritório e depois voltou. Ele disse que tinha uma surpresa para eles.
— turma! Hoje treinaram duro. Antes de dispensa-los, tenho um presente para vocês. Quero que conheçam um amigo — disse Kreese antes de mostrar um ratinho branco
— maneiro! — disse Falcão
— qual o nome dele? — pergunta Bert
— eu não sei. Qual deveria ser? — pergunta Kreese
— Falcão Junior — sugere o do moicano
— Bert, o que você acha? — pergunta Kreese
— Clarence? — sugere o loiro
— Clarence. Boa, toma, pega ele — disse Kreese entendendo o ratinho para o mais novo
Bert se aproximou e pegou o ratinho em suas mãos
— ele é tão bonitinho, gente — disse o mais baixo enquanto sorria
— Bom, é quase a hora do almoço — informa Kreese
— Eu posso alimentar ele? — pergunta Bert
— não — responde Kreese indo até uma caixa que tinha um pano a cobrindo — não pode alimentar ele
Kreese tirou o pano que cobria na verdade um aquário revelando uma cobra dentro. Os alunos se assustaram, já outros se impressionaram.
— E o que ele gosta de comer? — pergunta o loiro
— Ele gosta de comer Clarence. tudo bem, vem cá, anda — ele disse e Bert se aproxima com o rato em sua mão — Anda logo!
Kreese abre uma janelinha em cima do aquário para que Bert colocasse o rato para alimentar a cobra faminta.
— não dá...— Bert diz
— Tá tudo bem — disse Kreese e em seguida pega o rato de Bert — Eu entendo, Clarence é seu amigo. Não tem problema se opor
— tá...
— alguém mais se opõe? — pergunta Kreese, alguns dos alunos levantaram a mão — Estão fora da equipe, saiam!
— Mas...— disse Bert antes de ser interrompido
— eu falei, saiam! Vai! — ele grita novamente fazendo com que todos os que levantaram a mão incluindo Bert saíssem só dojô com medo
[...]
Depois da aula, Falcão foi até o escritório de Kreese tratar de assuntos.
— o que foi? Ficou triste pelo seus amiguinhos? — pergunta o mais velho
— não, sensei — responde o do moicano
— pode falar francamente, filho
— essa é a hora certa de fazer cortes? — pergunta falcão — tem menos alunos depois da briga na escola
— essa é uma adição por subtração. Uma cobra de verdade não tem pena da refeição. Algum problema com isso?
— não, sensei...
— ótimo
— eu só não entendo o plano. Com o Miyagi-do fechado, a gente pode conseguir novos alunos — sugere o mais novo
— e vamos conseguir, na hora certa. Mas antes temos que fortalecer a nossa base. Com o Diaz fora precisamos de um novo campeão, alguém sem medo e sem compaixão — disse Kreese
Falcão logo entendeu de quem ele falava então apenas deu um sorriso e um cumprimento antes de sair.
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— nem acredito que estamos mesmo aqui de novo...— disse Beatrice enquanto segurava suas malas
Parecia como da primeira vez que viu sua casa em Reseda, Morgan e Beatrice estavam de volta.
A loira apenas colocou suas malas no chão de seu quarto e já foi em direção a porta.
— vai aonde, querida?
— preciso ver o Miguel, minha mente só vai sossegar quando finalmente ver que ele está realmente bem — disse a mais nova antes de sair de casa
Ela foi até o primeiro táxi que viu e já entrou. Pediu para ir o mais rápido possível até o hospital.
— olá, gostaria de ver o Miguel Diaz — disse a loira a recepcionista do hospital
— você deu sorte, ele acabou de sair da UTI — aquelas palavras trouxe um alívio enorme para a menor
A mulher a guiou para o quarto, no caminho ela acabou se encontrando com Lawrence. Porém ele não parecia nada bem, tinha vários cortes em seu rosto e parecia estar machucado.
— sensei? Está tudo bem?
— então você voltou... Kreese e os outros esteve procurando por você — disse o mais velho desanimado
— não quero saber disso agora. O Miguel está bem?
— eu espero que sim...ele não quer falar comigo, isso que aconteceu com ele é culpa minha
— claro que não, ele apenas demostrou compaixão assim como eu
— fiquei sabendo pelo corte em sua barriga, sinto muito
— eu demonstrei compaixão e agora não estou atrás das grades, você me ensinou isso, isso sempre será um dos ensinamentos que o Sr me ensinou que eu nunca irei esquecer
Johnny abriu um sorriso em seu rosto, ele a olhava a com orgulho. Pelo menos ela era a única que não a culpava pelo o que aconteceu.
— agora eu preciso urgentemente ver o Miguel...
— boa sorte...
Beatrice se despede do mais velho e vai em direção ao quarto de Miguel. A primeira cena que ela viu foi Miguel chorando enquanto tentava comer a comida.
— Miguel?
— Bea! — disse o garoto conseguindo sorrir um pouco
Beatrice se aproximou de sua cama.
— Miguel, eu fiquei tão preocupada com você! Estou tão feliz que está bem!
— eu não diria bem...os médicos disseram que eu posso nunca mais voltar a andar...a cirurgia é muito cara..
— não pense assim, se você conseguiu acorda tenho certeza que irá conseguir as outras coisas, o importante é estar bem
— eu posso nunca mais voltar a lutar caratê...
— você não estaria perdendo muita coisa...eu não sei se eu também quero voltar
— por quê?
Levantei minha blusa levemente revelando minha cicatriz em minha barriga e em seguida abaixei de novo.
— ah, eu sinto muito mesmo...
— não é nem só por isso. O caratê me trouxe muitas sequelas, minha vida mudou completamente e agora eu não sei mais o que eu devo fazer...
— espero que consiga pensar melhor... é o que eu vou fazer também...
— está bem...— disse a Raynott antes de abrir um sorriso em seu rosto, Miguel retribui o sorriso logo em seguida
[...]
— somos tão fortes quanto os nossos elos mais fracos. Quando removemos esses elos, isso é o que resta — disse Kreese em sua aula — Somos todos uma unidade, e todos temos um propósito unificado
Kreese é interrompido após um barulho na porta. Tory entrou pelas portas depois de um tempo que havia desaparecido do dojô.
— Nichols, bem vinda de volta
— valeu. O problema que eu tinha...foi resolvido
— é mesmo? Então vem cá, vamos trabalhar — disse Kreese
Tory entra em sua posição no meio dos alunos.
— ataque frontal, prontos? — disse o mais velho e todos entraram em posição de luta — hey. Tô!
Todos começaram a fazer uma sequência enquanto Kreese falava.
— a vida toda aprendemos a ser bons, mas o bom é só uma questão de perspective. Lembrem-se, o inimigo sempre acha que está fazendo certo. Eles acham que são os heróis e vocês os vilões. Agora vocês sabem a verdade. Não existe o bem, não existe o mal, só o forte e o fraco, e agora que mostrando nossa fraqueza é hora de mostrarmos nossa força. Se fizerem isso, eu prometo, vocês serão incríveis
Continua...
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1224 palavras...
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