𝕮𝖆𝖕 18

Cap 18: Baile na escola

Beatrice estava em seu quarto, apenas mexendo no celular quando de repente ouviu a campainha tocar.

Ela se levantou e foi até lá, assim que abriu quem estava lá era Falcão, seu coração acelerou um pouco ao vê-lo.

— Eai — Falcão disse

— Oi...

Ela deu espaço e ele entrou, ela fechou a porta e ele foi entrando seguindo ela até a sala.

— Quer alguma coisa? Água, suco?...

— Não, valeu. Vai ser rápido. — ele disse se sentando e ela se sentou ao lado.

— E então? Fiquei sabendo que entrou pro Miyagi-do, poderia ter voltado para o presas de águia, mas não vou criticar sua decisão.

— Foi mal, mas o Demitre me convenceu...eles precisam de ajuda.

— Beleza, você quem escolhe suas decisões. Mas então, o que queria?

— É...vai hoje pra escola?

— No baile? Tô fora. Tô de boa de ficar de vela durante um tempinho. Só vai ter gentezinha com roupas chiques etc...

— Eu vou estar lá

— Boa sorte pra você então

— Bem...eu vim te chamar pra ir comigo

— Eli...

— Relaxa, é como amigos que não tem par. Somos amigos, não é?

— Claro que sim

— Então! Vamos juntos, vai ser uma noite divertida, sem karatê, topa?

[...]

A noite estava suave em Reseda, mas Beatrice não sentia isso. O vestido que ela escolheu parecia diferente, estranho, enquanto ela olhava para o reflexo no espelho. Sentia-se desconfortável, nervosa, e ao mesmo tempo, insegura com a escolha que fizera.

— Você está linda, Bea — a voz da mãe soou suave atrás dela, vinda do corredor. Beatrice piscou algumas vezes e encarou seu reflexo no espelho, sem se virar.

— Você acha mesmo? — Beatrice perguntou, sua voz baixa e incerta.

A mãe entrou no quarto lentamente, observando sua filha com olhos carinhosos.

— Claro que sim. — Ela sorriu, caminhando mais perto. — Você tem algo especial hoje, não é apenas o vestido, é você. — Ela tocou o ombro de Beatrice com delicadeza. — Estou muito orgulhosa de você.

Bea respirou fundo, seu coração batia mais rápido. Ela olhava para a mulher à sua frente, tentando absorver as palavras dela. Não sabia se conseguiria superar essa insegurança. Talvez tivesse cometido um erro em usar aquele vestido.

— Não sei... Talvez eu não deveria ir... — Beatrice sussurrou, sua voz trêmula.

— Ei — a mãe segurou suas mãos com firmeza, mas afeto — Não diga isso. Você nunca foi boa em desistir. Lembra-se do quanto lutou para chegar até aqui? Você merece estar neste baile.

Beatrice olhou para ela, tentando encontrar alguma segurança nas palavras da mãe, mas o medo ainda a consumia.

— A campainha está tocando — a mãe apontou para a porta. — Vá, talvez seja ele.

Beatrice sentiu um leve arrepio na espinha. Antes que pudesse responder, a mãe já estava saindo do quarto para atender à porta.

A voz familiar de Falcão soou do outro lado da porta.

— Ei — ele disse, um sorriso hesitante nos lábios ao ver Beatrice sair do quarto.

Ela o encarou por um momento antes de desviar o olhar, sentindo o peso da insegurança mais uma vez.

— Você está... — ele começou a dizer, mas então parou, olhando-a diretamente nos olhos. — Você está maravilhosa, Bea.

Beatrice sorriu timidamente, mas continuava sem saber o que dizer.

— Obrigada, Falcão. Você também está bonito — ela respondeu, tentando quebrar o silêncio desconfortável.

— BonitA não é o suficiente. Você está deslumbrante. — Ele balançou a cabeça, quase sem acreditar no que via.

Ela riu suavemente, tocando o braço dele enquanto caminhavam juntos.

— Você ainda não entendeu? — ela brincou.

— Entendi — Falcão respondeu com um sorriso genuíno. — Mas isso não significa que eu não vou continuar te dizendo.

Beatrice riu mais uma vez, sentindo-se um pouco mais leve.

Ao se despedirem da mãe, Beatrice percebeu como a cena do primeiro encontro deles parecia ter se repetido. Caminhando para fora, ela sentiu a brisa suave da noite e se permitiu relaxar, mesmo com o coração ainda acelerado. Falcão a acompanhou até o carro, e antes de entrar, olhou para trás, vendo sua mãe acenando da porta com um sorriso caloroso.

— Até mais, querida — sua mãe disse mais uma vez.

— Até, mãe — Beatrice respondeu com um tom mais confiante, entregando-se ao momento ao lado de Falcão.

[...]

Assim que chegaram ao baile, Beatrice envolveu seu braço no de Falcão enquanto ele sorriu de lado, correspondendo ao gesto. Os dois adentraram juntos na festa, suas roupas impecáveis, destacando-se entre a multidão.

À medida que avançavam pela pista de dança, Beatrice e Falcão se dirigiram para Demitre, que estava parado. Assim que viu os dois se aproximando, Demitre ficou visivelmente surpreso, sua boca entreaberta por um instante.

— Espera... eu perdi alguma coisa? — ele perguntou, parecendo completamente confuso.

— Não seja idiota — Beatrice respondeu com um riso enquanto dava um tapa leve na cabeça dele. — A gente veio como amigos. Aliás, como está a festa sem a Yasmine?

— Pelo menos não sou o único a ter uma noite entediante. Eu soube que o pós-festa do Logan Wang foi cancelado porque o irmão dele se meteu numa briga na escola — Demitre disse, abanando a cabeça.

De repente, uma presença familiar surgiu do nada. Yasmine apareceu no local, se aproximando deles com um sorriso cínico nos lábios.

— Demitre — ela disse com voz doce, mas irônica.

— Meus Deus! Jéssica Rabbit? O que tá fazendo aqui? — Demitre perguntou.

— Aff, que chatice, não suporto ela — Beatrice disse, puxando Falcão gentilmente pela mão enquanto os dois se dirigiam à pista de dança.

— O que tá fazendo? — Falcão perguntou enquanto a seguia.

— Vamos dançar — Beatrice respondeu, colocando os braços ao redor do pescoço dele. Ele posicionou sua mão na cintura dela e os dois começaram a dançar lentamente. O ambiente estava aquecido pela música suave, mas os corações dos dois batiam rápido. A proximidade só aumentava à medida que dançavam mais próximos, até que algo mudou drasticamente.

O som de portas se abrindo chamou sua atenção. Beatrice e Falcão se viraram ao mesmo tempo para ver Robby e Tory entrando juntos no baile, seguidos por Jackson e Isabela.

— Não estou acreditando nisso... — Beatrice sussurrou, a voz carregada de raiva.

— Calma, sem karatê hoje, lembra? Esquece eles. Eles não vão se meter com a gente, e a gente não se mete com eles — Falcão disse, tentando acalmá-la.

Beatrice respirou fundo, tentando não deixar a irritação transparecer. — Vou tentar. Mas preciso de alguma bebida — disse ela, puxando Falcão suavemente pela mão novamente, em direção à área de bebidas. Eles se serviram com dois copos cheios, cada um segurando o próprio enquanto olhavam para a pista de dança.

[...]

Eles continuavam dançando, suas vozes abafadas pela música alta que preenchia o ambiente. O calor da festa, as risadas e os corpos se movendo ao som da música tornavam tudo mais intenso. Beatrice e Falcão pareciam em seu próprio mundo, aproveitando cada momento juntos.

De repente, Bert apareceu entre eles, seu sorriso largo iluminando o ambiente.

— Ei, pessoal, o Arrai vai dar uma festa agora, um after e está chamando geral, vamos lá? — ele perguntou animado, seus olhos brilhando de entusiasmo.

Beatrice riu, jogando o cabelo para trás enquanto olhava para Falcão. — A casa dele é grande, né? — ela brincou, com sua voz cheia de diversão. — Brincadeira. Vamos lá então.

Falcão sorriu, balançando a cabeça enquanto assentia com leveza. — Por mim, tudo bem.

Eles seguiram até a casa de Arrai, onde a música pulsava mais alto e a energia parecia nunca acabar. Ao chegarem, o ambiente era ainda mais impressionante do que haviam imaginado. A casa era enorme, e a pista de dança ao ar livre estava lotada de pessoas dançando sem medo, enquanto os espaços internos estavam repletos de pequenos grupos conversando animadamente.

Beatrice olhou ao redor e falou com Falcão enquanto caminhavam: — Isso está maior do que eu imaginava.

Ele concordou, olhando para ela com um leve sorriso. — É, mas estamos juntos. E isso já faz tudo valer a pena.

Ela sorriu de volta, o som da música e das risadas preenchendo o silêncio entre eles. Os dois se sentiam à vontade, como se o mundo ao redor não pudesse afetá-los naquele momento.

— Vamos procurar alguma bebida — Falcão sugeriu enquanto puxava Beatrice suavemente pela mão. — Não podemos perder a energia.

— Boa ideia — ela disse, ainda sorrindo. — Vamos ver o que esse after tem a oferecer.

Enquanto caminhavam, Demitre se aproximou mais uma vez, mexendo no copo que segurava com uma expressão descontraída.

— Vejo que vocês dois estão bem sintonizados. — Ele deu um gole na bebida antes de continuar. — Não esperava menos.

Beatrice deu uma risada, enquanto Falcão apenas sorriu sem jeito, mas sem esconder o prazer de tê-la ao seu lado. — Vocês vão sumir logo ou ainda pretendem ficar?

— Vamos ficar por um tempo — Beatrice respondeu, ainda olhando para Falcão. — Não tem festa sem a gente.

Falcão concordou, enquanto os três continuavam a desfrutar do momento, saboreando a noite e o clima descontraído da festa.

De repente, o silêncio da noite foi quebrado por um barulho alto vindo da área da piscina. Todos imediatamente se viraram para ver o que estava acontecendo. Ao se aproximarem, puderam ver Samantha, Tory, Miguel e Robby em uma luta intensa, cada movimento calculado e cheio de energia.

Beatrice foi a primeira a intervir. — Ei, o que estão fazendo? — ela gritou, mas antes mesmo de terminar, levou um empurrão forte de Isabela, que surgiu repentinamente ao lado de Jackson. Falcão, percebendo a situação, deu um passo à frente, erguendo a voz.

— Se mete daqui se não quiser se dar mal — Falcão disse, encarando Jackson com seriedade.

— E quem disse que eu tenho medo de você? — Jackson retrucou, com um sorriso cínico antes de virar para Beatrice. — Não sabia que gostava de aproveitar a reciclagem.

A provocação foi suficiente para irritar Falcão. Sem hesitar, ele avançou contra Jackson, iniciando uma luta física.

Os dois se enfrentaram com fúria, cada golpe e esquiva intensificados pela raiva. Enquanto isso, Isabela se aproximou de Beatrice, segurando um copo de bebida em uma mão e observando a luta.

— Vê se não se mete. Robby e Tory são meus amigos — Isabela disse, sua voz carregada de desprezo.

— Eu não me importo. — Beatrice disse. — Agora se veio com o Jackson para me provocar, perdeu seu tempo. Eu não dou a mínima para vocês.

Isabela riu, desprezando completamente as palavras de Bea. — Mas deveria, no torneio você vai ver. Antes disso, precisa de uma lição para ficar quieta.

As duas começaram uma luta intensa. Cada movimento era preciso, cheio de força e determinação. A disputa ficou tão acirrada que, em um momento de descuido, ambas caíram juntas na piscina.

Falcão, que assistia da margem, imediatamente pulou para ajudar Beatrice. — Você tá legal? — ele perguntou enquanto ajudava ela a emergir da água.

— E sobre sem o karatê hoje? — Beatrice brincou, ofegante e molhada.

— Pois é... mas parece que isso insiste em nos perseguir — Falcão disse, rindo, enquanto ajudava Beatrice a se apoiar na borda da piscina. Ela riu junto, a tensão da luta se dissipando aos poucos.

— Vem, vamos nos secar e eu te levo pra casa — Falcão disse suavemente, oferecendo a mão para Beatrice enquanto saíam da piscina juntos.

Continua...

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