Cap 12: Miyagi-do e Presas de águia

— eu não sei como ser mais clara. O presas de águia e o Miyagi-do juntos! — afirmou Samantha

— é galera, para de serem burros e raciocina — disse Beatrice sentada em uma das poltronas

— mesmo que a gente quisesse, não ia dar certo! — afirmou Chris — já fui do cobra Kai, o estilo deles comparado ao nosso é tipo...

— Óleo e vinagre? — perguntou Nate

— não, nada disso aí — respondeu o moreno — eu diria que tá mais pra tipo... Scorpion e sub-zero

— eles são amigos, idiota! — rebateu Mitch

— não no mortal Kombat 1, bafo de p̶i̶k̶a̶! — retrucou Chris

— aí, não pode me chamar de bafo de p̶i̶k̶a̶! Só eles podem me chamar assim!

— cara, por que você aceita que te chamem desse jeito? — perguntou Chris

— tá, tá, que se danem. Vamo nessa, vamos logo — disse Mitch se levantando junto de Bert e indo em direção a saída

— eu tô de boa, bafo de p̶i̶k̶a̶. Se quer fugir, beleza, mas não digam que eu não avisei — afirmou Beatrice

— aí, covardes! — exclamou Demitre chamando a atenção de Mitch e Bert — isso é exatamente o que aqueles escrotos do cobra Kai querem! E já que eram de lá, vocês também são escrotos!

Beatrice franziu a testa se ajeitando na poltrona.

— e você também! — disse Demitre se referindo a Chris — e você também, Bea

— o que você me chamou? — perguntou a loira se levantando

— Espera...é só um modo de dizer. E eu também! Pelo menos eu queria ser um deles...Mas agora, o cobra Kai tem a pior coleção de escrotos da região. Comandado pelo rei de todos os escrotos. Então se é para se juntar com os presas de águia, nome estranho a propósito...pra gente parar de apanhar o tempo todo. Então a gente vai ser escroto se não fizer isso! Tá...me desculpe por todos os escrotos. Normalmente eu tenho orgulho da minha grandiloquência, mas é que é um momento emotivo.

Com o discurso de Demitre, Mitch e Bert se sentaram de volta ao seus lugares. Beatrice também se sentou, entretanto não pode segurar sua risada.

— desculpem, mas não pude deixar de rir. Mas você arrasou, amigo — disse a loira a Demitre que retribuiu com um sorriso nervoso

— agora...por onde começamos? — perguntou o Alexopoulos

[...]

Os presas de águia e Miyagi-do se reuniram a mesa de jantar para discutirem sobre os treinos.

— estamos de acordo que nossos treinos de dojôs combinamos sejam no Miyagi-do. Mas temos um impasse no nome, nos trajes, no lanche pós treino e no protocolo de resolução da disputa entre os senseis — informou Demitre — beleza. Não é nada bom...mas já é um começo

— a pior parte nem chegou ainda. Sabem que vai ser difícil fazer com que os nossos senseis concordem com isso, não é? Eles se odeiam desde a adolescência! — afirmou Beatrice

— não acho que essa seja a pior parte. Vamos dar um jeito — disse Miguel

De repente ouviram um barulho de miado de gato do lado de fora.

— own, acho que seu gato quer entrar — disse Bert saindo para ir vê-lo

— desde quando vocês tem gatos? — perguntou Beatrice

— não temos — respondeu Samantha franzindo a testa

Repentinamente, Bert é arremessado para dentro novamente, entretanto pela janela quebrando ela.

Eles correram até o loiro que estava caído no chão com alguns cortes superficiais no rosto.

— era um gato? — perguntou Miguel em choque

— não era...— respondeu Bert com uma certa dificuldade

Falcão, Jackson, Kyler, Rickenberger e alguns cobra kais entraram pela porta que Bert havia deixado aberta.

— é hora da revanche, reia — disse Kyler ao ver Miguel — Não adianta, o cobra Kai agora está invencível pois eu estou aqui

— sua presença não faz diferença, babaca — retrucou Beatrice

— calma ae, Beazinha...melhor você abaixar sua bolinha pois daqui vocês não vão sair tão bem...— afirmou Jackson

Nate e Miguel ajudaram Bert a se levantando enquanto os outros recuavam.

— pra cima deles...— disse Kyler aos cobra kais enquanto eles avançavam

De repente, Tory apareceu por outra porta acompanhada do restante dos cobra kais.

— soube que tava rolando uma festa...será que a gente pode participar? — perguntou a Nichols ironicamente

— Tory, você não tem que fazer isso! — disse o Diaz

— é tarde demais...— respondeu

— Tory, para! Não precisa ser desse jeito! — afirmou Beatrice

— não vou parar, Beatrice! Você se tornou uma traidora, me trocou pela LaRusso? Éramos a dupla perfeita mais agora você irá sofrer junto com ela

— Tory...Eu não te troquei por ninguém, mas não quero me envolver com o Kreese e acho que você também não deveria

— eu sei muito bem o que eu faço da minha vida. Isso acaba hoje...sem compaixão! — berrou a garota, rapidamente os cobra kais atacaram os outros

A casa dos LaRussos, geralmente pacífica, agora estava um verdadeiro campo de batalha. O som dos golpes, respirações pesadas e móveis sendo derrubados ecoava pelas paredes. O Miyagi-do e as Presas de Águia haviam se unido para enfrentar o Cobra Kai, que, em maior número, avançava com agressividade. O ambiente estava cheio de tensão e caos, com alunos se movendo rapidamente pelos cômodos, cada um tentando levar a melhor sobre o outro.

Beatrice, com os olhos atentos, analisava cada movimento à sua volta. De repente, Red, um dos membros do Cobra Kai, se lançou contra ela. Seus passos pesados ecoaram no piso de madeira polida da sala de estar, enquanto ele tentava desferir um soco direto em seu rosto. Beatrice, rápida e ágil, se abaixou no último segundo, o punho de Red passando a poucos centímetros de sua cabeça. Sem perder tempo, ela girou seu corpo e, usando a perna como alavanca, desferiu um chute poderoso em seu abdômen. O impacto foi brutal; ela sentiu o corpo dele dobrar com a força do golpe, e Red cambaleou para trás, derrubando uma pequena mesa no processo, antes de cair pesadamente no chão.

Antes que pudesse se recompor, Beatrice sentiu uma forte puxada em seu cabelo. Jackson, que havia surgido sorrateiramente por trás dela, a agarrara, puxando-a para longe do corpo caído de Red. A dor aguda percorreu o couro cabeludo de Beatrice enquanto Jackson a arrastava pela sala. Ela cerrou os dentes, sua mente calculando rapidamente a próxima ação. Com um movimento preciso e sem hesitar, ela girou seu corpo para o lado e desferiu uma cotovelada poderosa, atingindo Jackson diretamente no nariz.

O impacto foi imediato. Beatrice sentiu o osso do nariz de Jackson ceder sob a força do golpe. O som do choque ecoou pela sala, seguido por um gemido de dor de Jackson. Ele cambaleou para trás, levando as mãos ao rosto, o nariz agora começando a verter sangue em grandes quantidades, manchando sua camisa e pingando no chão da sala dos LaRussos.

Ela deu alguns passos para trás, respirando com dificuldade, enquanto via Jackson cambalear e tentar se recompor. Ao redor, a batalha continuava, com móveis sendo empurrados e sons de golpes ecoando de todos os lados. O caos tomava conta da casa, mas Beatrice estava concentrada, pronta para o próximo ataque. A luta ainda estava longe de acabar, e ela sabia que precisaria de cada gota

— sua vaca...você vai ver só! — disse Jackson limpando o sangue de seu nariz

— pode vir. Você só aprendeu caratê a semanas, não tem a menor chance contra mim!

A casa dos LaRussos estava em um caos absoluto. O som de móveis sendo derrubados, vidros quebrando, e corpos colidindo ecoava por todos os cômodos. A tensão no ar era palpável enquanto o Cobra Kai, implacável e em maior número, avançava ferozmente sobre os membros do Miyagi-do e das Presas de Águia. Cada golpe parecia decidido a acabar com a resistência dos oponentes.

Miguel estava claramente em apuros. Ele mal conseguia manter sua postura de luta, seus movimentos cada vez mais lentos e desajeitados, enquanto tentava se defender contra dois alunos do Cobra Kai que o pressionavam implacavelmente. Perto dali, Samantha recuava cada vez mais, com o olhar fixo em Tory. O medo tomava conta dela, as memórias da última briga entre elas ressurgindo com força. Sua respiração acelerada e o suor em sua testa revelavam que ela estava à beira de uma crise de pânico. Cada passo para trás a afastava ainda mais da luta, deixando-a vulnerável.

Mas Beatrice, com os punhos cerrados e a mandíbula travada, não recuava. Seus olhos percorriam o campo de batalha improvisado com determinação. Cada vez que via um de seus amigos cair, a motivação dentro dela crescia. A loira não tinha intenção de desistir, não enquanto o Cobra Kai continuava atacando sem piedade. A adrenalina pulsava em suas veias, alimentando seus movimentos com precisão e força.

De repente, Beatrice sentiu uma dor aguda percorrer suas costas. Jackson havia se aproximado por trás e desferido um soco poderoso na região lombar dela. O impacto a fez grunhir de dor, suas costas arqueando involuntariamente enquanto sentia o golpe reverberar por sua espinha. Por um breve momento, ela quase perdeu o equilíbrio, suas pernas fraquejando com a dor intensa.

Mas Beatrice não era do tipo que se rendia à dor. Respirando fundo e ignorando o latejar em suas costas, ela girou o corpo com rapidez, os olhos faiscando de determinação. Sem hesitar, ela revidou o golpe. Seu punho se fechou com força, e com um movimento rápido e direto, ela desferiu um soco certeiro no estômago de Jackson. O impacto foi forte e preciso. Ela sentiu seus nós dos dedos afundarem na carne dele, e o corpo de Jackson se dobrou involuntariamente para a frente com a força do golpe, ofegante e sem ar por um instante.

Beatrice aproveitou a fraqueza momentânea de Jackson, afastando-se rapidamente para evitar um contra-ataque. Sua respiração estava pesada, o corpo ainda dolorido pelo golpe nas costas, mas ela manteve os pés firmes no chão. Ao redor, a batalha continuava com intensidade, mas o foco dela estava em seguida proteger e manter seus amigos lutando. A dor era apenas combustível para sua determinação, e ela não deixaria o Cobra Kai vencer tão facilmente.

— cuidado, Jack..— disse ofegante — você deixa muitas aberturas...

A batalha continuava a todo vapor, o caos se espalhando por todos os cantos da casa dos LaRussos. Móveis estavam virados, quadros no chão, e o som de corpos colidindo e respirações pesadas preenchiam o ar. Beatrice, com o olhar fixo e determinado, se movia de forma estratégica pelo campo de batalha improvisado, sempre atenta aos movimentos ao seu redor.

Ela estava perto da ação quando viu algo que chamou sua atenção: Falcão, com sua força característica e intensidade agressiva, arremessou um dos alunos do Miyagi-do com um movimento rápido e brutal, jogando-o contra uma parede. O corpo do garoto bateu com força, derrubando alguns objetos no processo, enquanto ele deslizava, atordoado. A cena fez o coração de Beatrice bater mais forte, mas também despertou uma ideia.

Ela olhou rapidamente ao redor e viu Jackson, que ainda estava se recuperando do golpe anterior, mas voltando a atacar. Naquele momento, um plano se formou em sua mente, uma oportunidade perfeita para virar o jogo. Sem hesitar, Beatrice se aproximou de Jackson, seu corpo ágil se movendo como se estivesse em uma dança calculada. Com um impulso rápido, ela agarrou o braço de Jackson, torcendo o corpo e utilizando toda a força de suas pernas para jogá-lo com precisão.

O movimento foi rápido demais para Jackson reagir. Antes que ele percebesse o que estava acontecendo, Beatrice o arremessou diretamente em direção a Falcão. O impacto dos dois corpos colidindo foi alto e desajeitado. Jackson bateu contra Falcão com força, derrubando-o no chão junto com ele. Os dois caíram em uma confusão de braços e pernas, se debatendo enquanto tentavam se recompor.

Beatrice, aproveitando a oportunidade que criara, não perdeu um segundo sequer. Enquanto Falcão e Jackson se embolavam no chão, ela deu meia-volta e correu em direção a Samantha, que estava do outro lado do cômodo, tentando se afastar da luta. Beatrice sabia que Samantha estava tendo dificuldades, ainda abalada e presa pelo medo de Tory, e não podia deixar a amiga sozinha. Seus passos eram rápidos e firmes, desviando de qualquer obstáculo no caminho.

Quando chegou até Samantha, Beatrice colocou a mão firme no ombro dela, puxando-a para fora da confusão e trazendo-a de volta à realidade. Seus olhos encontraram os de Samantha.

— ei, Sam...não desista. Não perca a luta e continua firme!

— a Tory...

— não se preocupe com ela agora, mas uma hora ela vai te achar aqui...mas não abaixe a guarda e luta com toda sua força, eu sei que consegue!

— está bem...— disse Samantha antes de Kaylee avançar para cima da mesma que se abaixou e logo acertou um soco em sua perna

Beatrice sorriu ao ver a LaRusso assim. Mas ela ainda não podia parar, Jackson foi até ela novamente.

— mais que cara persistente você, hein?

— você vai me pagar!

Beatrice sentia a respiração pesada e irregular, os músculos de seu corpo já começando a se ressentir da intensidade da luta. O suor escorria pela sua testa, colando mechas soltas de seu cabelo loiro à sua pele. Mesmo assim, sua mente permanecia afiada e seus olhos fixos em Jackson, que agora avançava novamente em sua direção.

Ele estava determinado a derrubá-la. O olhar predatório em seus olhos deixava claro que não recuaria até vê-la no chão. Beatrice queria ajudar seus amigos, podia ouvir os sons de Miguel e Samantha lutando ao fundo, cada um lidando com seus próprios desafios. Ela sabia que eles precisavam de força, de apoio, mas não podia se permitir distrações. Abaixar a guarda por um segundo sequer daria a Jackson exatamente o que ele precisava: uma vantagem mortal.

Jackson atacou com um soco forte, mirando o rosto de Beatrice. Ela reagiu rápido, desviando para o lado e sentindo o vento do golpe passar por ela. Seu coração acelerou, batendo forte em seu peito, mas ela se manteve firme, seus olhos cravados no adversário. Ele era rápido, mas Beatrice também era. Ela sabia que essa luta não seria fácil, mas estava preparada para resistir.

Cada movimento que ela fazia era calculado, sua mente funcionando em alta velocidade enquanto bloqueava e esquivava dos ataques de Jackson. Ela queria avançar, queria acabar com aquilo, mas sabia que um erro custaria caro. Jackson estava pressionando, esperando por uma fraqueza, por um instante em que ela hesitasse. Mas Beatrice se recusava a ceder. Ela mantinha a postura, firme, seus punhos levantados em posição defensiva.

A cada novo ataque, Jackson ficava mais agressivo, tentando quebrar a resistência de Beatrice. Ela sentia seus braços começando a pesar, o cansaço ameaçando tomar conta, mas sua determinação era maior. Ela não podia deixar ele vencer. Seus amigos precisavam dela, mas antes, precisava sobreviver a essa batalha.

O olhar de Jackson mostrava impaciência, e Beatrice percebeu uma leve hesitação em seus movimentos. Era o que ela esperava. Se ela conseguisse manter a calma e continuar bloqueando seus golpes, talvez pudesse virar o jogo a seu favor. Mas, por agora, tudo o que podia fazer era continuar lutando, sem perder o foco, sem abaixar a guarda.

Ela respirou fundo, sentindo a adrenalina pulsar em suas veias, sabendo que cada segundo era crucial. A luta ainda não tinha terminado, e Beatrice estava determinada a não deixar Jackson vencer, não importava o quão cansada estivesse.

Continua...

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2573 palavras...

Capítulo bem grande por conta de ser o penúltimo desse ato!