━ 𝓟𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐮𝐞
━━━━ PRÓLOGO.
início de suas ruínas.
2008 | Nova Iorque
UM DIA DESCOBRIMOS QUE BEIJAR UMA PESSOA PARA ESQUECER UMA OUTRA É BOBAGEM, você só não esquece a pessoa como pensa mais ainda nela. E foi exatamente isso que aconteceu com Anya. A loira teve uma boa paixonite no ano da faculdade, mas ambos acabaram se afastando e então ela conheceu Schecht McCoy, ou melhor, Translúcido. Assim que entrou para os sete quando saiu da faculdade. Ele foi o único cara que havia sido realmente gentil com ela naquela torre, mas ela ainda nutria uma certa paixão pelo carinha da faculdade. Porém, eventualmente ele foi esquecido.
Tudo aconteceu muito rápido, assim que entrou na Godolkin ficou seis messes na faculdade, o suficiente para que ficasse no quadro dos dez melhores alunos todo o tempo e conseguiu ser chamada para entrar nos Sete. Ela perdeu todo contato com todos os amigos que fizera um dia, seus pais estavam tão radiantes que também evitaram que Anya tivesse contato com alguém que não fosse da Vought.
Tudo foi tão monótono e chato, Anya tinha o sonho e objetivo de entrar nos sete mas quando entrou e viu como realmente é ficou completamente desanimada. Como pode ser tudo mentira? Ela ajudava salvar pessoas, poucas, mas ajudava claro. Porém grande maioria era puro marketing. Ela só foi mais um novo rostinho bonito e favorito deles, realmente havia conquistado o publico apenas com sua beleza e simpatia. Todos queriam ser a Fênix De Prata. Garotinhas passaram a se vestir com réplicas perfeitas do traje dela, mulheres viraram fãs e os homens ficavam encantados.
Quando em um evento ela apareceu ao lado de Translúcido o público foi a loucura e a empresa cresceu os olhos vendo como poderiam faturar em cima disso, então eles inventaram um namoro. Por incrível que pareça, Anya se sentiu completamente a vontade em topar porque Translúcido a deixava confortável. E aos poucos ambos foram criando apego um no outro e isso resultou em um namoro de verdade.
E a Vought adorou isso.
Eles foram o grande momento.
Bonecos, copos, canecas, filmes, quadrinho, roupas. Tudo que você pudesse imaginar foi vendido em cima deles, o casal Translúcido e Fênix De Prata se tornaram os queridinhos da América por longos anos.
Até Anya engravidar.
Ela não sabia explicar o momento certo mas após o anúncio as pessoas passaram a associar maternidade com ela, esquecendo de seu lado heróico e aos poucos afastando a mulher. Todos aos seu redor estavam ansiosos e ambiciosos com a gravidez, seria um bebê milagroso vindo de pessoas que já foram bebês milagrosos. Eles ansiavam em ver e ter um Super original. Mas ninguém em nenhum momento perguntou o que Anya queria, obviamente desde o início da gravidez ela se mostrou contra não querer o filho mas a forçaram a isso.
Foram longos messes de tristeza, crises de ansiedade, Anya ficava irritada com facilidade e perdeu interesse em atividades simples como pentear os cabelos até dançar seu amado ballet.
Seus pais, irmã e seu agora marido pareciam animados enquanto ela não, odiava encontros sociais e passou a viver isolada o máximo que conseguia. Todo tipo de coisa que envolvia o bebê que carregava a chateava, organizar quarto, roupinhas ou chá de bebê. Ela não gostava de nenhum desses.
E quando finalmente sua gravidez acabou, descobriu que seu bebê é uma menina. Anya não fez questão alguma de saber o gênero durante a gestação, ela mal queria sair de casa para os exames.
O mundo e a Vought vibrou com a chegada da pequena Meadow, uma bebê que já era muito amada por todos.
Ou desejada por todos.
Anya foi afastada definitivamente dos Sete para que descansasse e cuidasse de sua filha, acontece que ela não queria. Sua bebê ficava no máximo á um metro longe dela em sua casa, sendo cuidada por sua mãe e por babás que a Vought havia designado.
Ela queria trabalhar, salvar pessoas, isso sempre foi seu propósito mas parece que ninguém a entendia. Ninguém desde o início da gravidez uma vez a perguntou o que ela queria.
Ninguém a ajudou como devia.
Messes se passaram, seus pais e irmã sempre por perto a ajudando e Translúcido também. Apesar de tudo - de ser um merda no trabalho - ele é um ótimo pai e cumpre seu papel com honraria. Meadow já tinha oito messes, Anya já estava completamente bem para voltar as atividades e ficou feliz quando Madelyn Stillwell a ligou chamando para uma reunião.
Será minha volta.
Ela pensou.
Mas não foi.
Madelyn a praticamente chutou da empresa, deixando claro que suas ações a equipe estavam sendo desligadas pois o público agora tinha uma imagem mais maternal sobre a Fênix De Prata e que isso é ruim.
'Os super heróis da Vougth não podem parecer fracos.'
Ela parecia fraca? Não. Nem um pouco.
Porém, Madelyn precisava inventar alguma baboseira qualquer e a mulher pareceu até ser compreensiva ao dar a notícia, porém a super mandou ela enfiar toda compreensão onde o sol não bate.
Com essas exatas palavras.
Translúcido deixou claro que por ele, ela continuaria na equipe, mas ele não manda em nada, quem manda é a direção e o Capitão Pátria. Anya sentia que isso havia partido dele, não sabia explicar, no início quando ela entrou na equipe ele lhe parecia uma boa pessoa mas quando teve sua aproximação com Translúcido e o público, tudo mudou.
A Blanchet tem certeza que foi dor de cotovelos, por ela ter tirado ele do pódio de centro das atenções por um certo período.
Então ela se afastou totalmente da Vought assumindo sua identidade normal.
Anya Blanchet.
Seus pais tem pequenas filiais de hotéis, ela entrou na empresa em busca de administrar mas Angus - seu pai - insistiu que ela deveria ficar no Marketing com sua experiência no antigo emprego.
Mas ela não quis, não foi tão bem nos primeiros messes e resolveu começar a faculdade de economia que concluiu com êxodo e agora já está na metade de seu PHD. Cuida da parte financeira dos hotéis. Já faz isso tem bons anos.
A loira está sentada em sua sala na pequena empresa, veste seu terninho azul claro e seus cabelos platinados estão presos em um coque frouxo. Ela tem seus olhos escuros presos a tela do computador, suspirou cansada vendo que teria de terminar o relatório dos gastos o quanto antes para enviar ao seu superior.
um barulho de estalar de línguas foi ouvido, Anya franziu o cenho varrendo olhar por seu escritório moderno repleto de livros e quadros. Vendo a pequena Meadow de agora 5 anos deitada no sofá de cabeça para baixo, vestindo calça jeans claras, uma camiseta com a estampa do pai e tênis rosa fofinhos com os cabelos loiros em maria chiquinhas. Continuava a estalar sua língua sem parar em um som igual constante.
─── Meadow. ─ Anya falou com a voz paciente chamando atenção da pequena loira.
A loirinha ignorou completamente continuando a estalar a língua em um barulho que começou a irritar Anya.
─── Pode por favor parar? Mae. ─ Anya pediu novamente.
E foi ignorada de novo.
A loira respirou fundo apertando os olhos com força e tentando manter a calma. Merda. Meadow é uma criança imperativa e falante, mas não com Anya.
A Blanchet infelizmente teve depressão pré e pós parto, quando conseguiu se recuperar totalmente Meadow já tinha quase três anos e por simplesmente não ter contato com a mãe foi uma aproximação estranha.
Anya sequer a pegou no colo quando bebê.
Sempre que seus avós, sua tia e seu pai diziam para Meadow chamar Anya de mãe a mais nova fazia uma pequena careta. É de se entender, Anya também não a cobra e batalha duro em se aproximar da garotinha mas às vezes é tão difícil que ela se acha patética.
Uma covarde.
Se odeia por ter feito o que fez com a relação em sua filha, claramente a menina vê ela como uma estranha e se sente culpada por isso.
Se dilacera por dentro.
─── Papai vem que horas, Anya? ─ Maedow perguntou com a voz baixa.
Anya se encostou na cadeira e deu um mínimo sorriso, vendo que ela havia parado com o barulho.
─── Ele já deve estar chegando. ─ Respondeu calma ─ Quer fazer alguma coisa? ─ Perguntou amigável.
Meadow negou erguendo o dedinho.
─── Quero o papai.
Anya engoliu seco e colocou um forçado sorriso no rosto.
Ela realmente está tentando por mais que seja difícil, finalmente sente todo carinho materno que estava guardado dentro de si e quer oferece-lo incondicionalmente a Meadow.
E uma ideia havia surgido em sua cabeça, fazia algum tempo. Parece ser precipitado. Porém ela não viveu isso como gostaria e pensa que pode ser algo bom para tentar a uma aproximação real com Meadow.
Anya iria finalmente puxar o assunto com a pequena, mas batidas na porta a impediram e Meadow praticamente pulou do sofá para atender a porta fazendo a mais velha dar um leve riso. A loirinha colocou a mão na maçaneta, se esticando e alçando com a pequena mão.
Quando abriu a porta com maior sorriso pensando ser seu pai, ela desfez o sorriso por uma careta confusa.
─── Tia Becca?! ─ Questionou frustada.
A morena olhou com uma careta engraçada e Anya riu observando.
─── Sou tão ruim assim? ─ Brincou dividindo seu olhar entre a criança e sua amiga que observava de longe ─ Mas aproveitando a deixa, seu pai está lá em baixo te esperando e pediu para te avisar. ─ Contou com sorrisinho.
Meadow sorriu largo indo correr para pegar a pequena mochila de borboleta em cima do sofá no tempo em que Rebecca entrava no ambiente
─── Ele não subiu? ─ Anya questionou curiosa.
─── Angus o pegou de conversa. ─ Explicou vendo a platinada arregalar levemente os olhos concordando ─ Ou! E meu abraço? ─ Falou travando a porta quando Meadow tentou passar.
A pequena loirinha riu sem graça ajeitando a pequena mochila em suas costas e abraçou as pernas da mulher e ficou feliz quando ela se agachou dando um beijo em seus cabelos.
─── Agora de tchau a sua mãe. ─ Incentivou a pegando pelos ombros.
Anya sorriu agradecida e viu a criança caminhar em passos cautelosos até ela, a mais velha afastou-se da mesa com ajuda das rodinhas na cadeira e abriu os braços.
Meadow receosa a abraçou pouco rápido e a platinada suspirou pouco descontente com rápido contato.
─── Tchau. ─ Despediu-se a criança se afastando em passos rápidos.
─── Qualquer coisa me ligue, tudo bem? Peça para seu pai me ligar. ─ Gritou pouco alto para que a criança que abria a porta ouvisse. ─ Eu te amo.
─── Tá. ─ Falou alto mostrando que havia entendido.
Rebecca fechou a porta da sala para mesma e aproximou-se da mesa de Anya vendo a mesma com olhar cansado no rosto, solidária ela sentou-se de frente para a mulher e ofereceu um caloroso e amigável sorriso. E a Blanchet olhou sua melhor amiga e sorriu abertamente.
Rebecca Bruto. Havia conhecido fazia três anos no jantar de aniversário de um amigo em comum, passaram a noite conversando e foi como se ambas tivessem encontrado sua alma gêmea. Becca foi fundamental para finalmente Anya superar seus medos e conseguir ficar limpa do seu vício em álcool.
Ela só precisou de uma amiga.
E Becca esteve lá por ela.
─── Ah! Não faça isso. Por favor, não. ─ Becca pediu com a voz divertida vendo Anya forçar o sorriso enxugando algumas lágrimas. ─ Está tentando, não está? Ela só é uma criança. Vá se acostumar, só precisa de tempo. ─ Explicou ao gesticular com calma.
─── Eu sei, mas dói. Bom, culpa minha, certo? ─ Anya riu amarga fungando vendo a mulher negar amorosa ─ Você não deveria estar no trabalho? Aliás, trabalho novo. Cuidado com a demissão. ─ Implicou divertida.
Rebecca sorriu zombeteira.
─── Horário de almoço. ─ Explicou ─ E quero agradecer de novo, sem você eu não ia conseguir entrar lá.
─── Bobagem. ─ Anya deu de ombros ─ Odeio aquele lugar, mas os otários pagam bem. Preciso admitir. ─ Falou carrancuda ouvindo leve riso da morena.
Há pouco menos de dois messes, Anya havia indicado Rebecca para cuidar do marketing das redes sociais de Translúcido e a Vought vendo o bom trabalho dela a pegou para eles.
─── Estou cuidando das redes e da imagem do Capitão Pátria também. ─ Rebecca contou.
─── Sério? Ele é chato, né? Todo engomadinho. Inferno. Ele me dá nos nervos. ─ Reclamou só de lembrar do homem ─ Até hoje eu não entendo, ele me tratou bem mas mudou semanas depois.
─── Vai ver ele ficou afim de você mas o Translúcido chegou primeiro. ─ Rebecca brincou.
─── Que bom.
Anya tinha uma expressão de puro alívio e isso fez Becca rir, porém o que a Bruto tinha dito é um pouco de verdade.
Quando Anya entrou para os sete o Capitão Pátria foi gentil e amigável, mas quando a Vought fez sua jogada de Marketing juntando ela com translúcido, tudo mudou.
Ele passou a agir friamente e com indiferença, então a platinada o tratou da mesma forma e isso só fez a antipatia que um sente um pelo outro crescer e aflorar.
─── E como tem sido as reuniões? Com a assistente social, claro. ─ Becca perguntou curiosamente apoiando os braços sobre a mesa.
─── Eles dizem que eu sou uma boa opção, consigo entrar agora no processo de adoção mas não quero fazer isso sem conversar com a Meadow antes. ─ Anya contou com um suspirar e passando a mão sobre o pescoço.
Seria loucura adotar uma criança agora? Muitos dizem que sim. Ainda mais na situação dela.
Lembra de como seus pais ficaram estranhos e quase falaram que é precipitado pois ela não é uma boa mãe, bem, não disseram com essas exatas palavras mas foi o que deu a entender.
Anya entende que cuidar de uma criança não é brincadeira e ela sabe, acontece que ela sente falta do tempo que Meadow era um bebê e se sente extremamente mal quando se lembra que nunca pegou sua filha no colo uma única vez. Se odeia por isso. É uma constância.
Mas nos últimos messes ela tem aprendido com Meadow, por mais que a relação seja difícil e a garotinha demore abaixar a guarda ela ama passar esses pequenos momentos com sua filha. Ter um segundo filho agora possa não ser uma boa opção, mas Anya deseja isso.
E além do mais, ela cresceu sendo irmã mais velha. Sabe como é importante a presença do amor fraterno.
Ao menos Rebecca e Azalea lhe davam apoio necessário, Anya é grata por ter uma irmã e amiga tão compreensivas.
─── Como acha que ela vai reagir? ─ Becca perguntou pensativa.
─── Eu não sei... é difícil dizer. ─ Anya mordeu o lábio nervosamente ─ Mas e o natal? Já tem planos? ─ Perguntou mudando de assunto com um sorriso brincalhão.
Rebecca sorriu largo.
─── Eu e o Billy vamos à festa da Vought, sabe como é. Bebida e comida grátis. ─ Contou animada fazendo a platinada ter uma careta contragosto ─ E você? ─ Devolveu a pergunta.
─── Jantar com a família dos meus pais. ─ Anya falou monótona ─ Bruto vai em uma festa da Vought? Lembro de você dizer que ele é meio turrão com essas coisas. ─ Apontou com pouco de surpresa em sua fala.
─── Ah! Bem. Ele é um pouco, mas sabe, eu estou feliz. Então... ele vai fazer isso por mim. ─ Rebecca falou com olhar apaixonado vendo Anya olhar com um leve sorriso.
A Blanchet conheceu ele apenas uma vez em um encontro casual que ela acabou encontrando Rebecca no mercado, foram poucos segundos mas ele parece ser um cara legal e se faz Rebecca feliz é um bom sinal.
─── Seu casamento é fofo. ─ Anya elogiou ouvindo sua risada ─ Já imagino os irmãos do meu pai me torrando a paciência, sou uma péssima mãe e falhei como heroína... Uau. Vai ser um natal e tanto. ─ Resmungou com riso forçado.
─── Não. ─ Becca negou ─ Você é a economista de uma empresa e uma mãe esforçada, tem poderes para acabar com qualquer um daquele lugar e eles ainda vão ter coragem de te insultar? Pelo amor. Você é Anya Blanchet, cacete. ─ Discursou incentivadora apontando para ela.
Anya parou por alguns segundos e seu sorriso cresceu, definitivamente ter amizade de Rebecca consigo fazia um bem imenso que ela nem imaginava. Todo nervosismo e angústia que estava em seu corpo, sumiu com as falas da amiga.
─── Vamos almoçar? Por favor. ─ Anya choramingou se levantando ouvindo a risada da amiga.
─── Italiano? ─ Opinou Becca.
─── Isso. ─ Comemorou.
A morena se levantou observando Anya pegar sua bolsa por em seu ombro, ambas entrelaçaram seus braços e saíram da sala conversando tudo o que haviam perdido na vida da outra nas últimas semanas.
Rebecca também sentia muito apreço por Anya e é super grata por sua amizade, mas o que nenhuma das duas sabiam ainda no momento e que nos próximos anos.
Elas seriam a ruína uma da outra.
PRÓLOGO FOFO!
becca e anya tiveram/tem uma ligação
muito forte e vai ser uma dinâmica muito
boa para se lidar, com as coisas que iram surgir...
ANYA E TRANSLÚCIDO 🤮
vocês vão ficar chocados quando
descobrirem o passado da diva...
eita dedo podi
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