𝟢𝟣𝟧 ┊ 𝗍𝗁𝖾 𝗉𝗋𝗂𝖼𝖾 𝗈𝖿 𝖼𝗁𝖺𝗇𝗀𝖾
⎧ ୧ ⋅ 🥋 SCARS ❱ 𓆗•˖*
ⓒ 𝘸𝘳𝘪𝘵𝘵𝘦𝘯 𝘣𝘺 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌
⸝ 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾 & 𝖿𝖾𝗆 𝗈𝖼 ;
࣪ ˖˙ 𝐜hapter 014 ◞ ̑̑
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O PREÇO DA MUDANÇA
ˑ ִ ֗ ִ 🥋 ۫ ˑ ᳝ ࣪
❝ Oh, estou com medo de ver o final
Por que estamos fingindo
que isso não é nada?
Eu te diria que sinto sua falta,
mas não sei como
Eu nunca ouvi um silêncio
tão alto assim ❞
The Story Of Us — Taylor Swift
NO DOJÔ, TODOS OS ALUNOS já estavam prontos, aguardando as instruções de Johnny.
— Preparar! — o Sensei gritou, chamando a atenção de todos os alunos — Saudação! — todos obedeceram, curvando-se para frente — Posição de luta.
A turma se alinhou rapidamente, assumindo a posição de luta. Johnny caminhava pelo dojô com um olhar crítico, avaliando cada aluno com atenção.
Ao passar por Falcão, ele parou, avaliando sua postura com um olhar severo. De repente, deu um chute rápido na perna de Falcão, forçando-o a abrir mais a base.
— Estabilize sua base, Falcão — instruiu Johnny, entrando ele mesmo em posição de luta e desferindo um soco no ar — Mantenho o equilíbrio, rotação total quando atacar.
— Sim, Sensei! — respondeu Falcão com determinação, corrigindo sua postura e desferindo dois socos para frente, agora com a postura correta.
Johnny continuou sua inspeção, mas ao fazer isso, percebeu um garotinho loiro encolhendo-se de medo.
— Você se encolheu, Virgem? — questionou ele, indignado.
O garoto não respondeu, então Johnny avançou ameaçadoramente em outro garoto moreno, que também se encolheu na hora.
— Que merda! Temos uma turma cheia de vacilões — disse ele com desdém, sua voz carregada de desapontamento.
— Sim, Sensei! — a turma respondeu em uníssono.
— Isso não foi uma pergunta! — retrucou Johnny, irritado — Levante a mão que nunca levou um soco na cara.
A maioria da turma levantou a mão, exceto Miguel, Lilith e Aisha.
— Abaixem as mãos! Vocês tem evitado brigar a vida toda, para não quebrar o nariz ou perder um dente. Esse papo furado de concussão — ele caminhou para frente e encarou a turma com uma expressão severa — Só há uma solução. Antes de saírem deste dojô, cada um de vocês vai levar um soco, muito forte, na cara — declarou Johnny — Srta. Taylor, Srta. Robinson, alinhe-os. "Desvacilem" esse grupo.
— Sim, Sensei — Lilith e Aisha responderam prontamente.
Johnny foi para o escritório, enquanto Miguel o seguiu. Lilith e Aisha organizaram duas filas, posicionando-se na frente de cada uma.
Cada uma delas distribuía socos na cara dos alunos, como uma dança violenta e sangrenta. As duas se divertiam, tomadas pelo poder de socar a cara de alguns caras. O sentimento era indescritivelmente bom.
Quando chegou a vez de Eli, ele se aproximou, ofegante e nervoso.
— Não vai bater muito forte, vai? — perguntou ele, hesitante.
— Esse é o novo Falcão confiante e durão? — Lilith brincou, um sorriso provocador nos lábios — Talvez ele não seja tão durão assim.
O rosto de Eli se endureceu, e ele entrou em posição, pronto para ser golpeado.
— Beleza, manda a ver.
Lilith desferiu um soco rápido na boca dele. Falcão se desequilibrou com o golpe e caiu de costas, com a mão na boca.
Todos ficaram surpresos com a cena, observando Falcão e Lilith.
— Você tá bem? — Lilith perguntou, segurando o riso.
— Estou bem — respondeu Eli, com a voz trêmula — Foi só um dente — ele se levantou, segurando o dente em mãos.
— Puta merda, me desculpe — ela riu, enquanto ele se esforçava para voltar ao lado dela.
— Parece que vou fazer uma visita no dentista hoje.
Pelo vidro do escritório, Lilith observava Miguel e Johnny conversando. Um calafrio de nervosismo percorreu seu corpo. Eles ainda não haviam se falado desde aquele beijo, e ela preferia não tocar no assunto.
Miguel olhou na direção de Lilith, seus olhos encontrando os dela por um breve momento antes de se desviar rapidamente. A tensão entre eles era palpável, um lembrete constante do beijo que mudara tudo entre eles.
OS DIAS QUE SE SEGUIRAM pareciam mergulhados em uma névoa de tensão e estranheza. Lilith e Miguel se evitavam, como se a proximidade anterior fosse uma memória distante. Nos corredores da escola, seguiam em direções opostas, e no dojô, as palavras entre eles eram poucas e frias.
A amizade, outrora tão calorosa, havia esfriado, e Lilith se arrependia profundamente por tê-lo beijado. Ela não estava pronta para lidar com seus próprios sentimentos, e Miguel se sentia envergonhado demais para abordar o assunto.
Em mais um dia comum, quando Lilith chegou em casa, encontrou Miguel sentado no banco do condomínio onde moravam. O olhar significativo que ele lançou na direção dela fez seu coração acelerar.
— Oi — disse ela brevemente, tentando evitar qualquer conversa profunda, e se apressou para as escadas.
Mas Miguel, determinado a resolver a situação, a deteve.
— Lilith, o que estamos fazendo? — ele perguntou com uma voz cheia de pesar.
O coração dela bateu mais rápido, preenchido por sentimentos conflitantes.
— Eu estou indo para casa e você está aí sentado — ela respondeu com sarcasmo, tentando mascarar sua própria vulnerabilidade.
— Não, chega de sarcasmos — ele chamou sua atenção, a intensidade em seus olhos — A gente mal se falou essa semana, não depois... daquele beijo.
Ela desviou o olhar, sentindo a tensão aumentar como uma onda prestes a quebrar.
— Você gosta de mim? — ele perguntou, ansioso pela resposta, cada palavra carregando um peso que ele mal podia sustentar.
Miguel também estava confuso. Ele gostava de Lilith, como amiga, mas jamais havia considerado a possibilidade de algo mais, especialmente agora que estava interessado em Samantha. Ainda assim, se houvesse uma chance, ele não rejeitaria a experiência.
Lilith sentia as palavras sufocando em sua garganta, implorando para sair, mas desde sua trágica história com Robby, não se sentia mais confortável para abrir o coração para alguém.
— Não — declarou ela, com uma firmeza que mal acreditava — Aquele beijo foi... um erro. Nós somos amigos, Miguel. Eu jamais poderia... eu não conseguiria perder a sua amizade.
Miguel a olhou, surpreso e magoado, suas emoções claramente refletidas em seus olhos. Ele deu um passo para trás, dando espaço para ela passar, a decepção pesando em seus ombros.
— Entendi — ele murmurou, a voz quase um sussurro — Boa noite, Lilith.
Ela assentiu, sentindo as lágrimas queimarem em seus olhos, mas se recusando a deixá-las cair. Subiu as escadas rapidamente, cada passo mais pesado que o anterior. Ao entrar em seu apartamento, fechou a porta e se encostou nela, deslizando até sentar-se no chão, finalmente permitindo que as lágrimas silenciosas caíssem.
Do lado de fora, Miguel permaneceu no banco por um longo tempo, olhando para o céu estrelado e tentando entender a confusão de sentimentos dentro dele. Ele não sabia o que o futuro reservava, mas uma coisa era certa: nada seria como antes.
DURANTE OS DIAS DE SUPERAÇÃO, Lilith e Eli se tornaram inseparáveis. Andavam sempre juntos, e Falcão apreciava a companhia de Lilith, embora mantivesse seus sentimentos escondidos. Ele a observava com um olhar que ela não conseguia interpretar completamente, mas que transmitia uma devoção silenciosa e intensa.
Miguel, por outro lado, se distanciou. Ele aceitou que um futuro com Lilith era impossível, então concentrou suas atenções em conquistar Samantha. Mas cada passo que dava para longe de Lilith deixava uma sensação de vazio que ele não conseguia preencher.
Em um dos corredores da escola, Lilith e Falcão estavam conversando. Lilith notou Miguel se aproximando de Samantha. Ele parecia nervoso, quase à beira de uma explosão, e seu coração apertou ao vê-lo assim.
— Estava pensando em fazer uma tatuagem para consolidar ainda mais esse visual — dizia Eli, enquanto Lilith observava Miguel atentamente.
Miguel sorria para Samantha, e ela retribuía o sorriso. Cada gesto deles parecia um golpe no coração de Lilith, que sentia um desconforto crescente no peito.
Apesar de tê-lo recusado por causa de seus traumas amorosos, era difícil ver Miguel aceitando a situação tão facilmente. Uma parte dela desejava que ele estivesse tão apaixonado que não pudesse aceitar a ideia de que eles não podiam ficar juntos. Mas não era o caso. Miguel a via como sempre a viu: sua melhor amiga.
— O que acha de um falcão gigante com um moicano? — Eli cutucou Lilith, tentando capturar sua atenção novamente.
— O quê? — ela franziu o cenho, confusa, sendo puxada de volta para a realidade.
— Pra uma tatuagem — ele respondeu — Estava pensando em fazer nas costas.
Ignorando Miguel e Samantha por um momento, ela forçou um sorriso para Eli.
— Acho que vai ficar ótimo — disse ela, tocando o braço dele com uma gentileza que escondia sua turbulência interior.
Miguel, que já havia encerrado sua conversa com Samantha, notou Lilith e Falcão próximos, conversando. Seu olhar foi instintivamente para os braços entrelaçados deles.
Naquele gesto não havia maldade. Falcão e Lilith eram apenas amigos próximos.
Mas Miguel não podia deixar de sentir uma frustração crescente em seu peito. Cada vez que os via juntos, uma mistura de ciúme e arrependimento o consumia.
Ele havia perdido sua melhor amiga e nem ao menos sabia o que tinha feito para que isso acontecesse. A dor de vê-la feliz com outro, mesmo que fosse apenas como amigos, era insuportável. Ele se perguntou se havia sido tolo ao não perceber os sentimentos de Lilith antes, e agora, parecia tarde demais para consertar qualquer coisa.
Me dói o coração de ver Lili e Miguel distantes assim, mas acreditem, logo a amizade deles volta, mais forte do que nunca.
Já escrevi a primeira temporada quase inteira, faltando apenas o torneio. Estava pensando em postar um capítulo por dia ou um a cada dois dias, vou ver como vai o andamento da fanfic.
Não se esqueçam de comentar e votar.
Espero que gostem! 🫶
S C A R S
© 𝖻𝗒 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌, 2022.
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