⎧ ୧ ⋅ 🥋 SCARS ❱ 𓆗•˖*
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MUDANÇAS EXTERNAS,
SENTIMENTOS INTERNOS
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❝ Está tudo bem eu ter dito isso tudo?
Ainda é cedo demais para fazer isso?
Porque eu sei que é delicado ❞
Delicate — Taylor Swift
COMO ELI HAVIA PROMETIDO, uma mudança radical aconteceu. Lilith o aguardava ansiosa, sentada no banco do salão onde ele estava transformando seu visual.
Ela mexia no celular, tentando disfarçar a expectativa, quando ouviu passos suaves se aproximando. Levantou o olhar e, por um momento, ficou sem palavras. Ali estava Eli, mas completamente diferente. Seu cabelo, que antes era liso e castanho claro, agora se transformara em um moicano de tamanho médio, tingido de um azul escuro.
— O que achou? — ele perguntou, a voz ligeiramente trêmula, mas com uma pitada de esperança.
Os olhos de Lilith se arregalaram ao vê-lo. O contraste era chocante, mas de um jeito maravilhoso.
— Ficou irado — ela exclamou, um sorriso largo se formando em seus lábios. Havia uma mistura de surpresa e admiração em seu olhar.
— Fodão? — Eli tentou engrossar a voz, buscando uma confirmação que, no fundo, já sentia.
— É, fodão — Lilith concordou, rindo de leve enquanto o observava mais de perto.
Eli sorriu timidamente, a insegurança ainda presente, mas começando a se dissipar.
— Mas esse cabelo não vai adiantar nada se você continuar falando sussurrado e sempre ter medo de se expressar — ela alertou, o tom firme, mas cheio de carinho — Agora você tem um cabelo maneiro, tem que parecer descolado também.
Eli desviou o olhar, a confiança ainda uma batalha constante.
— Não sei se consigo ser "descolado" — ele admitiu, a vulnerabilidade visível em seus olhos.
— Claro que consegue — Lilith incentivou, tocando suavemente o ombro dele — Tudo vem na base da confiança. Se você souber que é irado, as outras pessoas também vão perceber.
Ele respirou fundo, sentindo a determinação crescer dentro de si.
— Entendi — disse Eli, estufando o peito com uma nova determinação — Agora vamos comprar umas roupas. Com esse cabelo, eu preciso de uma mudança de visual também.
Lilith sorriu, vendo a transformação não apenas no exterior, mas também no interior de seu amigo.
— Agora sim eu gostei de ver — ela disse, satisfeita.
Eles saíram do salão lado a lado, a excitação do momento criando uma atmosfera de expectativa e aventura. Eli, com seu novo visual e uma confiança recém-descoberta, estava pronto para encarar o mundo de uma forma que nunca tinha imaginado antes. Lilith, ao seu lado, sentia um orgulho imenso ao vê-lo dar esses primeiros passos em direção a uma nova versão de si mesmo.
A transformação de Eli não era apenas física. A cada passo que dava, ele deixava para trás um pouco mais do garoto inseguro que sempre fora. Ele sabia que ainda tinha um longo caminho a percorrer, mas com Lilith ao seu lado, sentia que podia enfrentar qualquer desafio. E naquele momento, enquanto caminhavam em direção a uma loja de roupas, ele sentiu pela primeira vez em muito tempo que poderia ser exatamente quem ele queria ser.
MAIS TARDE NO TREINO, Lilith chegou sozinha ao dojô. Ela sugeriu que Eli aparecesse um pouco mais tarde para uma "entrada triunfal". Um sorriso ansioso se desenhava em seus lábios enquanto os alunos estavam enfileirados, esperando o treino iniciar.
Quando o Sensei saiu do escritório, caminhou para frente da turma, sua presença imponente causando um silêncio imediato.
— Mais três ausências, Sensei — anunciou Miguel, a voz carregada de preocupação.
— Bando de mulherzinha — Aisha disse, com uma voracidade assustadora, sua raiva quase palpável.
— Não, a culpa é minha — Johnny declarou, caminhando de um lado para o outro, seus olhos fixos nos alunos — Desde que entraram no Cobra Kai, tenho sido duro com vocês. Eu xinguei vocês. Humilhei vocês. Até bati em alguns. E, por isso, eu não peço desculpas — seu tom era firme, implacável — O Cobra Kai tem a ver com força. Se não for forte por dentro, não pode ser forte por fora. Agora, vocês são fracos. Eu sei disso, porque já fui como vocês. Eu não tinha amigos. Eu era o garoto esquisito — ele apontou para um pequeno garoto — Não tão esquisito, eu ainda saía com garotas... Nem sempre fui o sensei durão que sou hoje. Assim como uma naja, tive que largar minha pele de perdedor pra encontrar meu verdadeiro poder. E vocês farão isso também.
O som do sino na porta ecoou pelo dojô, anunciando a chegada de alguém.
— Bem-vindo ao Cobra Kai — Johnny cumprimentou.
Todos se viraram, curiosos, enquanto Lilith sorria, lançando uma piscadela amigável em direção à porta. Eli entrou, cheio de confiança, visivelmente transformado.
— Eli, o que aconteceu? — Miguel perguntou, perplexo, enquanto Aisha estava de queixo caído.
— Estou mudando o script — Eli anunciou, com uma confiança evidente na voz, seus olhos brilhando de determinação.
Johnny o encarou por alguns segundos, surpreso, mas rapidamente se recuperou.
— Ei, é o garoto do lábio? Belo corte, mano — ele se aproximou de Eli, analisando o moicano azul com aprovação — Estão vendo? — apontou para ele — Não importa se você é um perdedor, um nerd ou uma aberração. O que importa é você virar um casca grossa!
Eli sorriu de satisfação, sentindo uma onda de autoconfiança crescer dentro de si.
— Falcão — Johnny o nomeou, sua voz ecoando pelo dojô — Em formação.
Eli jogou os tênis para longe e subiu no tatame, se posicionando ao lado de Lilith. Os dois trocaram um soquinho, um gesto de camaradagem e apoio mútuo.
— O medo não existe neste dojô, existe? — Johnny questionou, sua voz firme.
— Não, Sensei! — respondeu Eli, com determinação, sua voz forte e clara.
— A dor não existe neste dojô, existe? — ele perguntou a Lilith, seus olhos fixos nos dela.
— Não, Sensei! — ela respondeu com convicção.
— A derrota não existe neste dojô, existe? — desta vez ele questionou Miguel, seu tom desafiador.
— Não, Sensei! — respondeu Miguel, a voz firme.
— Turma, estão prontos para aprender o Método do Punho? — Johnny se virou para frente, encarando a turma através do espelho, sua postura imponente.
— Sim, Sensei! — todos responderam em uníssono, a animação vibrando no ar.
A energia no dojô estava diferente naquela tarde. A chegada de Eli, agora conhecido como Falcão, havia mudado a dinâmica. Lilith, ao lado dele, sentia uma mistura de orgulho e esperança. Eles estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse, juntos. E naquele momento, todos no dojô sentiram uma onda de determinação renovada. Eles não eram mais os mesmos alunos que começaram. Estavam prontos para se transformar, prontos para se tornarem verdadeiros Cobra Kai.
APÓS O TREINO CANSATIVO, o grupo de amigos decidiu se reunir em uma lanchonete próxima ao dojô. Era um momento de relaxar e, principalmente, conhecer a nova personalidade de Eli.
Lilith, Eli, Miguel e Aisha ocupavam uma mesa no canto, aguardando ansiosamente seus pedidos.
Quando as bebidas chegaram, Lilith ergueu seu copo com um gesto repentino e determinado.
— Eu proponho um brinde — anunciou, chamando a atenção de todos.
— Um brinde a que, exatamente? — Aisha perguntou, erguendo o copo também.
— Ao nosso amigo Eli — declarou Lilith, com um sorriso caloroso, recebendo um olhar de gratidão dele — Ele não aceitou a derrota. Esse é o verdadeiro espírito do Cobra Kai.
— Um brinde a isso — disse Eli, e todos tocaram seus copos — E, a propósito, agora é Falcão. Chega de Eli.
— Tudo bem, Falcão — Lilith sorriu, aprovando o novo apelido.
Miguel, embora contente, parecia hesitante enquanto colocava seu copo de volta na mesa.
— Tudo isso é muito maneiro, Falcão — começou ele, ainda processando a mudança — Mas eu ainda não entendi o que aconteceu com você. Do nada você apareceu totalmente diferente, parecendo até um doido do punk — seus olhos fixos no moicano azul de Eli.
— Eu apenas mudei — Eli deu de ombros, tentando transmitir casualidade — Não podia ficar sentado vendo todos me tratarem como merda.
— É uma mudança bem radical — comentou Aisha, impressionada — A propósito, o moicano ficou irado.
— Obrigado — ele sorriu de canto, triunfante — Eu tive uma ajudinha para escolher — e, sem hesitar, passou o braço ao redor dos ombros de Lilith.
Eli estava determinado a ser confiante, a demonstrar claramente seu interesse por Lilith. Ele sabia que precisava fazer isso sem hesitar, sem deixar a vergonha dominá-lo. Lilith, por outro lado, interpretou o gesto de Eli como algo amigável, como ela costumava fazer com Miguel.
— Você ajudou ele? — comentou Miguel, um toque de ciúmes evidente em sua voz ao observar o sorriso de Lilith diante do gesto de Eli.
— Um pouco — Lilith respondeu, rindo, após Falcão retirar o braço de seus ombros — Só ajudei ele encontrar a confiança que estava escondida.
— Entendi — Miguel estreitou os olhos, desconfiado da proximidade dos dois.
Talvez, se ele tivesse percebido antes os sentimentos de Lilith por ele, a história teria sido diferente. Desde a briga na escola, quando Lilith percebeu que Miguel estava interessado em Samantha, ela decidiu parar de se importar tanto com ele ou com o que ele pensava. Não era que ela não tivesse declarado seus sentimentos, mas simplesmente não teve tempo ou oportunidade para isso.
QUANDO MIGUEL E LILITH CHEGARAM ao condomínio, a garota se preparava para subir para o apartamento de cima.
— Então, boa noite — despediu-se de Miguel, tentando manter um tom casual.
— Espera, Lili — ele a deteve antes que ela pudesse subir as escadas, a urgência em sua voz a fazendo parar de imediato.
Ela se virou, aproximando-se mais dele, a curiosidade evidente em seus olhos.
— O que foi?
Miguel hesitou, sua expressão revelando um nervosismo que ele raramente mostrava. Ele parecia estar travando uma batalha interna enquanto uma gota de suor escorria por sua testa.
— Desde quando você e Eli são tão próximos? — ele finalmente perguntou, cada palavra carregada de uma ansiedade palpável.
Lilith franziu o cenho, surpresa com a pergunta.
— Eu não posso ser próxima de outros garotos além de você? — ela arqueou uma sobrancelha, seu tom carregado de provocação — Você mesmo, outro dia, parecia bem próximo da tal LaRusso.
Ela não conseguia esquecer a forma como Miguel defendeu Samantha e o olhar que ele lançou para ela naquele dia.
— Aquilo foi... — ele desviou o olhar, claramente desconfortável — Você está mudando de assunto.
— Miguel, eu não te entendo — ela cruzou os braços, o encarando com firmeza — Nós somos amigos. O que tem de errado em eu ser amiga de outros caras?
Uma pontada de esperança pulsava no coração de Lilith, como se houvesse a possibilidade de que ele sentisse o mesmo que ela.
— Bom, talvez eu não queira que minha melhor amiga seja melhor amiga de mais ninguém.
Um suspiro pesado escapou de seus lábios quando ele disse a palavra "melhor amiga".
— Claro, sua melhor amiga — ela riu, mas o som saiu mais amargo do que pretendia — Boa noite, Miguel.
Com o coração pesado, ela começou a caminhar em direção às escadas.
Antes que pudesse alcançar os degraus, sentiu a mão de Miguel agarrá-la com firmeza.
Ele não entendia por que ela estava agindo daquela maneira. A confusão em seus olhos refletia a batalha interna que travava.
— Por você está assim? — ele a puxou para mais perto, a preocupação evidente em sua voz.
— Porque... — ela tentou encontrar as palavras, a frustração evidente em cada sílaba.
Miguel estava mais próximo do que nunca. Seus olhos escuros e brilhantes pareciam mais hipnotizantes ainda, e o coração de Lilith batia aceleradamente com a proximidade.
A luta interna tornou-se insuportável. Ela desistiu de lutar contra o desejo que sentia e, num impulso, o beijou.
O beijo foi intenso, carregado de emoções não ditas e sentimentos reprimidos. Miguel, surpreendido, hesitou por um momento antes de corresponder, puxando-a ainda mais para perto. A paixão e a confusão se misturavam enquanto se entregavam ao momento, cada um tentando entender o que aquilo significava.
Quando finalmente se separaram, ambos ofegavam, os olhos arregalados de surpresa com o que acabara de acontecer.
— Lilith... — começou Miguel, mas ela colocou um dedo em seus lábios, silenciando-o.
— Boa noite, Miguel — repetiu ela, mas desta vez com um tom diferente, carregado de emoções que ela ainda não estava pronta para expressar em palavras.
Ela se virou e subiu as escadas, deixando Miguel parado no corredor, seu coração um turbilhão de sentimentos. Ele sabia que nada seria o mesmo depois daquele beijo, e as dúvidas que o assombravam agora pareciam insignificantes diante da nova realidade que ambos teriam que enfrentar.
Ainda estou processando esse beijo, e vocês? kkkkkkkk
Como já disse e repito, fanfic é com o Robby mas nada impede que a personagem fique com outras pessoas também.
Mas sabem, eu fiquei bem em dúvida em relação a esse beijo e talvez se me der a louca, mudo depois. Eu tava pensando que ela e o Miguel poderiam ter só esse beijo, mas deixar de lado, por causa da amizade e coisas afins. Me digam o que acham.
Vou postar edit com referências do capítulo de hoje no meu perfil do tiktok, quem quiser ver, o link tá na bio.
Espero que gostem! 🫶
S C A R S
© 𝖻𝗒 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌, 2022.
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