𝟢𝟢𝟪 ┊ 𝗌𝗄𝖺𝗍𝖾

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SKATE

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"Mesmo no meu pior dia, será que eu mereci, querido
Todo o inferno que você me fez passar?
Porque eu te amei, juro que te amei
Até o dia da minha morte"

my tears ricochet — Taylor Swift

         LILITH NUNCA FOI UMA GAROTA de hábitos, exceto quando se tratava de visitar a pista de skate. Era o seu santuário, o lugar onde podia se divertir enquanto treinava algumas manobras e voltava pra casa com alguns pequenos ralados.

Quando morava em North Hills ela vivia lá, mas desde que se mudou para Reseda, não teve tempo de voltar.

No entanto, não era apenas a falta de tempo que a afastava daquele lugar. As companhias que ela encontrava na pista eram, para dizer o mínimo, questionáveis.

E então havia ele, um dos garotos que ela conhecera lá. Seu envolvimento foi breve e intenso, uma chama que queimou rápido demais e deixou apenas cinzas. Terminou mal, como muitas coisas na vida dela, como qualquer romance adolescente.

Receosa e sem vontade de encontrá-lo naquele momento, ela pensava seriamente se deveria ir.

Apesar do que eles tiveram, ela era um garota forte. Não iria se importar em reencontrar seu passado.

COM O SKATE FIRME EM SUAS MÃOS, Lilith observou a movimentada pista à sua frente.

Escolhendo uma rampa mais afastada, ela começou seu ritual familiar de diversão, desafiando a gravidade e testando seus limites. Cada queda era apenas um prelúdio para se levantar novamente, mais determinada do que nunca.

— Olha o que o vento trouxe — uma voz sarcástica quebrou o ar enquanto ela se recuperava de mais uma queda.

— Keene — ela se virou vendo o garoto de pé a encarando.

— Keene? — arqueou a sobrancelha — Você costumava me chamar de outra coisa — deu um sorriso de canto estendendo a mão para ela.

— Como você disse, costumava — ela deu um tapa na mão do garoto e se levantou sozinha.

— Se mudou e ficou agressiva, gostei.

Antes que ela pudesse responder, outro dos amigos de Robby se aproximou, com um sorriso travesso nos lábios.

— Olha quem voltou. Veio nos ajudar em outro esquema?

— Acho que essa pista não é um bom lugar para se frequentar — olhou em volta, ignorando completamente a pergunta do garoto — Até mais!

Seu olhar encontrou o de Robby enquanto ela se afastava, sentindo a tensão entre eles crescer.

— Espera — ele a seguiu — Por que não fica mais? Ou poderíamos ir para minha casa relaxar.

Relaxar para ele seria ficar trancada no apartamento fumando maconha.

— Passo — ela deu um sorriso confiante.

Para ela era um grande avanço resistir aos encantos de Robby.

— Qual é Lili? Você sabe... Tentar resistir a isso é idiota.

— Não é não — ela deu a última palavra e saiu apressada de lá.

Robby estava bem interessado agora, nunca havia sido rejeitado por Lilith, pôde-se dizer que isso despertou um interesse a mais nele.

UM ANO ATRÁS

O coração de Lilith pulsava com uma mistura ardente de excitação e medo enquanto ela se preparava para mais uma noite de perigo ao lado de Robby. Cada batida parecia ecoar o turbilhão de emoções que a consumia, uma montanha-russa de sentimentos que a levava para lugares desconhecidos e perigosos.

— Tudo pronto? — a voz de Robby era como um sussurro no escuro, carregada de uma energia proibida que atraía Lilith como um ímã.

— Sim, já estou com as chaves.

Lilith havia acabado de começar a trabalhar em uma pequena loja de North Hills oque também coincidiu com o início de seu relacionamento com Robby.

Ele a envolveu com tanta facilidade em seus planos, convencendo-a de que assaltar a loja era a melhor opção. Afinal, o chefe dela era um idiota, não era?

Mas a verdade era mais profunda do que isso. Ela tinha 16 anos e estava apaixonada, sabe o que é isso? O primeiro amor, e por um pingo de amor fazemos coisas idiotas.

Por meses, Lilith alternava entre empregos em lojas e os "esquemas" dos garotos. Ela estava tão mergulhada em sua devoção por Robby que não tinha noção do abismo que se abria diante dela.

Mas, mesmo em meio à emoção do momento, uma dúvida persistia, uma sombra escura em sua mente. Ela se perguntava se ele a amava verdadeiramente ou se apenas a usava como uma peça em seu jogo perigoso. No entanto, o desejo de ser amada por ele queimava mais forte do que qualquer dúvida, e Lilith estava disposta a correr todos os riscos pelo amor que sentia.


ATO FINAL

O coração de Lilith batia descompassado enquanto as palavras de Robby ecoavam em sua mente, um turbilhão de emoções girando ao seu redor. Ela se questionava se aquilo tudo era certo, se valia a pena arriscar tudo por um plano maluco.

— Tem certeza de que devemos fazer isso? — sua voz tremia, uma mistura de medo e incerteza se infiltrando em suas palavras.

Robby a encarou com um olhar estranho, uma sombra de surpresa cruzando seu rosto antes de ser substituída por uma expressão de desdém.

— Como assim? A gente faz isso sempre — sua voz soou firme, mas havia algo de errado ali, algo que Lilith não conseguia identificar.

Uma onda de dúvida a invadiu, fazendo-a questionar todas as escolhas que os trouxeram até aquele momento.

— É que... sei lá. Estou indo bem nesse novo emprego. A gerente é legal e o salário não é tão horrível para uma adolescente.

As palavras saíram como um suspiro, um lampejo de esperança em meio à escuridão que a cercava. Ela queria acreditar que podia ter uma vida diferente, uma vida melhor, mas a voz de Robby sussurrava em seu ouvido, tentando convencê-la do contrário.

— Quer desistir agora?

— Não sei — o loiro lançou novamente aquele olhar, o que dizia exatamente "você não está falando isso, né?" — Não — ela mudou sua resposta — Não temos escolha, pelo que parece.

— Pense pelo lado positivo. Com essa grana você finalmente vai conseguir comprar o carro que tanto quer.

— Claro — ela forçou um sorriso.

No fundo, ela sentia que aquilo não estava tão certo. Não queria ser esse tipo de adolescente. A única coisa que ela queria era tirar boas notas, comprar um carro e ter um namorado, o sonho da maioria dos adolescentes. Talvez um sonho bobo, mas naquele momento, bastava.

— E se não der certo? — sua voz ecoou como um sussurro, cheio de incertezas.

— Sempre dá certo — ele se sentou atrás da garota, passando seus braços em volta da mesma.

— Mas e se não der?

— Se não der, eu te protejo, Coração Flamejante.

Coração flamenjante. Lilith se derretia com esse apelido. Certa vez Robby disse que ela tinha um coração tão grande, cheio de bondade, um coração flamejante. E assim ele a chamou.

E assim se iniciou o "ato final", uma dança perigosa entre o desejo e o desespero, entre a esperança e o medo.

Por ser uma loja maior, a segurança também era. Os adolescentes foram burros o suficiente para acreditar que aquilo daria certo.

Lilith sentiu o peso de suas escolhas se abater sobre ela enquanto as luzes vermelhas e azuis piscavam ao seu redor, um lembrete constante de que o destino estava prestes a mudar.

E então veio a escuridão, o som do metal frio das algemas se fechando em torno de seus pulsos, a sensação de ser arrastada para longe de tudo o que conhecia. Ela olhou para trás uma última vez, buscando o rosto de Robby entre a multidão. Ela o viu olhando tudo aquilo. Robby estava escondido e não fez nada, o contrário do que ele prometeu.

Foi uma noite de desespero e arrependimento, uma noite que Lilith nunca esqueceria, mesmo que tentasse.


Lilith arrombou a porta do apartamento de Robby com uma mistura de raiva e decepção borbulhando dentro dela. A visão dos três imbecis fumando maconha era o bastante para fazer seu sangue ferver.

— Você ficou olhando tudo aquilo? — sua voz saiu carregada de descrença enquanto encarava Robby.

Ele se aproximou rapidamente, uma expressão de desculpas pintada em seu rosto.

— Lili, por que não me ligou quando saiu?

— Não sei, talvez porque você me deixou lá sozinha — retrucou ela, seu tom cheio de ironia.

— Você sabe que eu já tenho uma ficha, o que acha que aconteceria se me pegassem? Eu iria para o centro de detenção — ele se defendeu.

Robby tentou se justificar, mas suas palavras caíram no vazio enquanto Lilith lutava para conter a tempestade de emoções dentro dela.

— E mesmo assim, você ainda me prometeu.

— Não fique assim, não suporto quando está chateada comigo, Coração Flamejante — ele tentou tocá-la.

O apelido carinhoso que ele costumava usar parecia uma afronta agora, uma lembrança dolorosa do que costumavam ser. Lilith afastou-se dele com um movimento brusco, seu coração apertado de tristeza e frustração.

— Não me chame assim!

— Baixa a bola aí, Medusa. Você não tá na cadeia — um dos garotos chamou sua atenção.

— Cala a boca — Lilith o encarou com ódio.

— Cala você — retrucou ele.

— Não manda ela calar a boca — Robby se virou o metralhando com os olhos.

— O que eu fiz? — ele pareceu bem ofendido.

— Nada, só saiam vocês dois — Robby ordenou.

— Isso é muito injusto.

Tanto Lilith quanto Robby encaravam os dois quando eles finalmente deixaram o apartamento, coberto pela névoa do cigarro, mas também pela tensão.

— Eu errei, me desculpa. Só não queria ir pro centro de detenção.

— E estava disposto a me deixar ir? — sua voz tremia de raiva contida.

— Eu sabia que nada ia acontecer com você.

— Não tinha como saber.

— Mas eu sabia.

Então é assim que as paixões terminam? Em um momento você está mega apaixonado e basta uma ação da outra pessoa que ela perde completamente aquele brilho único.

O vazio entre eles parecia insuperável, uma lacuna que nenhum deles sabia como preencher. Lilith respirou fundo, tentando reunir as palavras para expressar o turbilhão de emoções dentro dela.

— Acho que não consigo superar isso.

— Como assim? — Robby olhou para ela com uma expressão de perplexidade.

— Não quero mais te ver. Esse relacionamento está me prejudicando.

— Por que agora? Sempre nos demos tão bem. Quando os roubos davam certo você parecia super satisfeita.

Robby tentou argumentar, mas Lilith estava determinada em sua decisão. Ela sabia que precisava se libertar daquilo, mesmo que doesse.

— A verdade, Robby, é que eu nunca estive satisfeita. Você não viu isso porque não quis.

As palavras saíram de sua boca como uma confissão, um peso que ela carregava há muito tempo. Ela não tinha mais energia para lutar, não tinha mais espaço para compromissos vazios.

— Essa informação é totalmente nova para mim.

— Não é não — ela murmurou, contendo o turbilhão de emoções em seu peito — E você sabe disso.

Ela não tinha mais palavras para descrever o motivo daquele relacionamento não poder continuar, também não tinha mais força. Apesar do amor continuar, aquilo estava acabando com ela, tirando sua essência.

E no final daquilo, sua essência realmente foi roubada. Ela não se interessou por mais ninguém, não fez mais amizades e se tornou uma pessoa fria.

É incrível como os ciclos terminam tão rápido como se iniciam.

SEM TREINO, A GAROTA NÃO TINHA muito oque fazer, durante a tarde ela fez uma grande faxina em sua casa, já que a sua mãe não fazia questão de levantar um dedo para ajudá-la e ajudou seu irmão com as lições da escola, nada difícil.

A atmosfera estava carregada quando Lilith desceu as escadas após o jantar. Ela tinha uma missão em mente: entregar algumas anotações para Miguel. No entanto, seu caminho foi interrompido pelo som da voz de Johnny, em uma conversa séria com Carmen.

— Eu não vou desistir dele... — as palavras de Johnny ecoaram pelo corredor, carregadas de determinação — Sei que pisei na bola, mas se deixar ele voltar, não vou falhar com ele de novo. Eu prometo. — houve uma pausa tensa — Está bem? Por favor, pense nisso.

O diálogo se encerrou com Carmen fechando a porta, deixando Johnny sozinho na entrada. Seus olhos encontraram os de Lilith, surpreso com sua presença ali.

— Vai reabrir o dojô? — Lilith questionou diretamente.

— Escutar a conversas dos outros não é legal — Johnny respondeu, com uma expressão séria.

— Como se você ligasse. E aí? Vai ou não?

Johnny respirou fundo, ponderando suas palavras antes de responder.

— Já que você ouviu a conversa, sabe que eu vou. Mas tenho que pedir permissão pra sua mãe também.

— Acho que não é necessário — Lilith tentou convencê-lo a desistir dessa ideia.

— Quero fazer as coisas do jeito certo. Você não vai me impedir.

A determinação nos olhos de Johnny era inabalável, e Lilith sabia que não seria fácil dissuadi-lo.

Ela revirou os olhos e o acompanhou. Eles entraram e Lilith convidou Johnny a se sentar no sofá.

— Mãe — ela chamou — Johnny quer falar com você.

— Quem? — a mãe respondeu, quase distraída.

— Johnny, o vizinho.

— Tudo bem, já vou.

Depois de um momento, ela apareceu, e Johnny se levantou para cumprimentá-la, recebendo um sorriso malicioso em troca.

— Sra. Taylor — Johnny começou, sendo interrompido pela mãe de Lilith.

— Senhorita — ela corrigiu com um tom divertido.

— Tudo bem, senhorita — Johnny aceitou, voltando a se sentar enquanto a mãe de Lilith ocupava o lugar ao seu lado.

— No que posso te ajudar? — ela colocou a mão sobre o ombro de Johnny, e Lilith sentiu um calafrio de constrangimento percorrer sua espinha.

— Mãe, pelo amor de Deus — Lilith se encolheu de vergonha.

Ela não queria sentir vergonha da mãe, mas suas atitudes muitas vezes ultrapassavam os limites do aceitável, e isso era motivo suficiente para envergonhar qualquer adolescente.

— Eu queria pedir sua permissão pessoalmente para continuar o treinamento de karatê da Lilith. Ela é uma boa garota e tem potencial — Johnny explicou, mantendo-se firme em sua solicitação.

— Continuar? Eu não sabia que ela estava treinando — a mãe de Lilith cortou com um olhar acusador para a filha — Achei que suas sumidas durante a tarde tinham a ver com algum outro garoto.

Lilith sentiu o peso da reprovação em cada palavra da mãe e abaixou a cabeça, lutando para conter as emoções.

— Eu não sou você — ela murmurou baixinho.

— O que disse? — mãe levantou uma sobrancelha, exigindo uma explicação.

— Nada — Lilith respondeu, tentando desviar o olhar.

— Ok — Johnny tentou dissipar a tensão, mas era visível que se sentia desconfortável naquela situação familiar — Tenho sua permissão então? Quero fazer tudo nos conformes.

— Bom, eu confio em você. Então tem minha total permissão — a mãe de Lilith finalmente concedeu.

Diana ia tocar novamente Johnny, mas dessa vez na coxa, mas ele se levantou rapidamente, evitando qualquer contato indesejado.

— Era só isso, acho que já vou — Johnny anunciou, pronto para escapar daquele ambiente tenso.

— Eu te acompanho — Lilith se apressou em levantar-se, ansiosa para deixar para trás aquele constrangimento familiar.

Após Johnny partir, Diana não perdeu tempo em iniciar suas provocações.

— Karatê, é? — ela arqueou uma sobrancelha, seu tom carregado de desdém — Me surpreende que aquele homem ache que você tem talento para algo. Acho que ele só estava sendo gentil.

Lilith sentiu um nó se formar em sua garganta. Cada palavra da mãe era como uma ferida aberta, cutucando suas inseguranças mais profundas. Mas ela estava determinada a não ceder à provocação.

— Você não sabe nada sobre mim, muito menos sobre minhas capacidades.

— Claro que sei, sou sua mãe. Sei que você não tem talento. Puxou aos genes do pai.

Uma onda de tristeza e frustração a envolveu. Sempre que a mãe mencionava seu pai ausente, era como se um punhal perfurasse seu coração. A ausência dele era uma ferida aberta que nunca cicatrizava, e a mãe sabia disso muito bem.

— Como poderia saber? Nunca conheci.

— Sorte a sua.

Lilith estava prestes a retrucar, a discutir mais, mas seu irmão mais novo entrou na sala, interrompendo o embate.

— Posso aprender karatê também? — ele perguntou, os olhos brilhando com a empolgação.

As duas mulheres pararam de discutir, surpresas com a súbita interrupção.

— De jeito nenhum — Diana rejeitou imediatamente.

— Claro que pode, pequeno — Lilith se aproximou, abaixando-se ao lado dele com um sorriso gentil — Eu mesmo vou te ensinar.

— Beleza! — ele comemorou, pulando animado.

— Agora vamos para cama. Temos aula amanhã, garotinho — Lilith lançou um último olhar para a mãe antes de se dirigir para o quarto com o irmão, determinada a deixar para trás a tensão daquela noite e abraçar as oportunidades que o novo dia traria.

LILITH SE AFUNDOU NO SEU QUARTO, questionando-se mais uma vez por que sua mãe parecia tão determinada a tornar sua vida um inferno. Não importava o quanto ela se esforçasse, o quanto estudasse ou ajudasse em casa, sempre havia algo para desencadear o próximo confronto.

Ela se perguntava se aquele seria seu destino para sempre. Seu maior desejo era escapar, viver sozinha, mas como poderia sustentar-se? Entre as aulas e o treinamento de karatê, mal lhe sobrava tempo, e o dinheiro economizado já tinha sido usado para comprar seu carro. Ao menos, sua mãe garantia que não passasse fome, mas Lilith temia deixar Apólo aos cuidados dela. Tinha receio de que sua mãe repetisse a negligência que sofreu quando mais nova.

A contagem regressiva começava: alguns anos até terminar o colégio. Depois disso, ela conseguiria um emprego estável e lutaria pela guarda de Apólo. Era o plano, a luz no fim do túnel que mantinha sua esperança viva.

Espero que gostem! ❤️

S C A R S
© 𝖻𝗒 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌, 2022.

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