Surpresa |18|

Olá, meus queridos anjos!

Estou de volta com um capítulo que vai deixá-los loucos. TEREMOS NOVOS PERSONAGEEEEENS!!!!

Bom, logo no início tem a explicação de como funciona o campeonato, e o final dele é uma tombada da nossa ruivinha.

Não tenho muito o que dizer, apenas leiam e se satisfaçam.

Beijos na bunda e fiquem com o décimo oitavo capítulo!

[...]

A vitória contra os Herdeiros do Fogo foi mais fácil do que eu imaginava. Depois de dar um aviso àqueles dois babacas sobre a minha namorada, a moral deles foi ao chão.

E como já tínhamos ganhado o primeiro jogo, o segundo foi moleza.

O Campeonato Intercolegial de Basquete – o que chamam de 'CIB' - engloba apenas oito vagas, e elas são reservadas para os principais colégios vencedores de campeonatos passados. Ou seja, cada um dos oito colégios que vencerem o campeonato do ano anterior já estão classificados para uma das oito vagas.

Nesse ano, irão competir: "As Raposas" de Martinez High School – o nosso time –; "Furacões da Folha" de Oasis Azul; "Miami Heat" de Berlitz; "Herdeiros do fogo" de Scottish Highlands; "Phoenix" de Minnesota Owls; "Bone Cracker" de California High School; "Lunimáticos" de Portch Street; e por fim, "Whale" de Boogish;.

Na Primeira Fase, são selecionados os oito times do colégio finalista de cada cidade, totalizando quarenta atletas participantes no campeonato.

Esses oito times de cada cidade são rotulados em dois grupos, de A à H. Logo, como são oito times e cinco atletas por time, a cada vinte atletas, outros vinte se encaixam no segundo grupo. Ou seja, grupo 1 com time A, B, C e D; E grupo 2 com time E, F, G e H;

Os times de cada grupo jogam entre si até restar um finalista. Após quatro dias, terá um novo jogo. Como são dois grupos, será um time finalista por grupo, ou seja, dois times por cidade seguirão para a Segunda Fase.

Na Segunda Fase: dos oito times, os seis que não passaram jogam entre si conforme sorteio, até restar apenas o finalista.

Na Terceira Fase, os cinco times restantes daqueles seis que não passaram da segunda fase são classificados em um ranking conforme a pontuação. Os jogos são realizados da seguinte maneira: o time com maior pontuação joga contra o time com menor pontuação e o segundo time com maior pontuação joga contra o segundo time com menor pontuação; até restar um único finalista.

Dessa forma, sobram apenas quatro times nas Semifinais: os dois finalistas da primeira fase, o finalista da segunda e o finalista da terceira.

Nas Semifinais, os quatro times jogam entre si mediante sorteio até restar apenas os dois times que disputarão a Final. A vitória de um time é decidida em uma série de três jogos, então se um time vence dois jogos seguidos é automaticamente vencedor. Que foi como vencemos os Herdeiros do Fogo, ganhando dois jogos seguidos. Cada jogo acontece com o intervalo de quatro dias.

Quando era pequeno, eu era fanático pela NBA. Eu assistia todos os dias, interessado em descobrir os truques para se tornar o melhor – o campeão. Então, quando via jogadores como Michael Jordans ou Tom Gores treinando para o Campeonato, eu li e reli essas regras tantas vezes que hoje em dia sou capaz de recitá-las palavra por palavra, sem errar nada.

Nosso time era nomeado time A, e já que vencemos os Herdeiros sem perder nenhum jogo, automaticamente estávamos na liderança do grupo 1. Nosso próximo adversário seria os Furacões da Folha.

Nunca agradeci tanto por nosso time ter um nome coerente.

Eles seriam adversários de páreo duro, já que existem muitos jogadores bons no time.

O treinador Scoot aumentou nossa rotina de treino, e pela primeira vez não tinha certeza se foi uma boa ideia. Estaríamos mortos até o dia do jogo, em oito dias.

Zarah tentava me ajudar me fazendo massagem todos os dias depois dos treinos, e inicialmente me relaxava de verdade, mas vez ou outra acabávamos quase tendo algo à mais, o que me fazia relaxar por um momento, porém, depois as dores acabavam voltando após o esforço delicioso.

Não que eu esteja reclamando! Por esse motivo não vejo mal algum em sentir umas dorzinhas.

[...]

A semana passou rápido, e o jogo contra os Furacões seria amanhã. Levantei nessa quarta-feira decidido a dar um descanso para o time, não poderíamos jogar no nosso melhor estado com dores pelo corpo.

Me arrumei e tomei café com minha mãe e minha irmã antes de ir buscar Zarah para o colégio. Mandei mensagem avisando que estava esperando e fechei os olhos para massagear o pescoço. Eu os abri quando ouvi a porta do carona ser aberta e olhei para o lado, e meu queixo quase foi ao chão.

Eu sou um filho da mãe muito sortudo!

- Nossa, você está linda! Espera, eu esqueci alguma data importante? – peguei meu celular apressado para conferir o calendário. Só faríamos um mês de namoro dia vinte e dois, então...

- Ei, calma. Não é uma data importante, eu me arrumei porque vamos sair depois do colégio.

- Sair? Para onde? – arqueei uma sobrancelha curioso.

- É surpresa. – sorriu travessa e me deu um selinho rápido enquanto colocava o cinto.

Sorri de canto e dirigi em direção ao colégio. As pernas da Green Hill à mostra estavam me desconcertando, e quase fui a loucura quando ela sorriu na minha direção e as cruzou.

- Está me provocando de propósito.

- Estou? – se fez de desentendida. Ela mexeu na bota preta de salto, e deslizou suas unhas pela sua pele, subindo pelas pernas, até encontrar a bainha do short jeans. – Atticus, concentre-se na estrada.

E eu me concentrei, quer dizer, o máximo que consegui. E nunca fiquei tão triste de chegar ao colégio. Assim que saímos do carro, fomos alvo dos olhares. Peguei na mão de Zarah e impus toda minha imponência, principalmente para os urubus que secavam minha namorada.

- Bom dia, melhor casal de Martinez! – Stella nos saudou. – Por que gente bonita sempre namora gente bonita? Nossa, não quero nem pensar nos filhos de vocês.

- Bom dia para você também, Tetê. – Zarah sorriu e elas se abraçaram. Cumprimentei Noah, depois Ray e o restante do pessoal. Por incrível que pareça, estavam todos juntos.

- Atticus, pega leve no treino de hoje. Eu já estou cheio de dores no corpo. – Ray pediu.

- É, você podia fazer esse favorzão, né? – James se juntou a Ray nos olhos pidões. Como se isso fosse ter algum efeito em mim. Sinceramente, até faria. Mas teria de ser Zarah a pedir.

- Relaxem, eu também estou cheio de dor. Não vamos treinar hoje.

James, Zander e Noah arregalaram os olhos. Ray abriu a boca para soltar um grito, mas o encarei com o olhar perfurante que dizia "se você gritar, eu te mato."

- Puta que pariu! – Noah exclamou.

- Meu Deus, isso é um marco histórico! – Zander entrou na pilha.

- Escutou? É um milagre, meu bom Senhor!! – Noah prolongou a piada.

- Cairá chuva de granizo! – Zander continuou.

- Mas diz aí, quantas vezes vocês dois transaram essa semana? – Clara questionou e todos os olhares caíram em nós.

Ah, Clara e sua personalidade exótica.

Senti Zarah superaquecer ao meu lado, e mesmo sem olhar para seu rosto, sabia que estava incrivelmente corada de vergonha. Não disse nada, mas acho que meu sorriso cafajeste foi o bastante para entenderem a resposta.

Antes que as piadas sobre a vergonha de Zarah viessem à tona, o sinal soou, e fomos para nossa sala.

Minha garota era a personificação de um verdadeiro tomatinho cereja, e aos meus olhos, ela conseguia ficar ainda mais linda assim. Passei o braço esquerdo por seus ombros e sua mão esquerda encontrou a minha. Beijei o topo de sua cabeça antes de sentarmos em nossos lugares e a aula ter início.

[...]

- Podíamos sair para algum lugar, né? Aproveitar que vocês não terão treino hoje. – Stella deu a ideia, ficando animada logo em seguida.

- Podíamos ir naquela cafeteria que você costuma ir, Zarah. Estou louca por um hamburguer. – Sadie comentou sonhadora.

- Vai ser divertido. Já faz tempo que não saímos todos juntos. – Ray sorriu ao concordar com as duas.

- Adoraríamos ir, mas Atticus e eu já temos um compromisso. – Zarah contou e sorriu, aconchegando-se mais perto de mim.

Estávamos de mãos dadas andando pelo corredor em direção à saída. Depois de quase um mês de namoro e, ainda assim, as alunas desse colégio ainda nos encaram como se estarmos juntos fosse algo totalmente impossível de estar acontecendo.

Eu odiava os olhares maldosos que lançavam à Zarah.

- Um compromisso, é? E podemos saber onde os pombinhos vão?

Clara questionou e todos pararam para nos encarar. Bom... nem eu sabia para onde iríamos, e quando olhei para Zarah, ela estava com um sorriso divertido, que me deixou bem intrigado.

- É surpresa. – ela cantarolou a mesma palavra para nossos amigos. – Agora vamos, senão vamos nos atrasar.

Deixei a ruivinha me puxar para fora do colégio, achando graça de sua animação, e me despedi dos outros com um aceno simples.

- Você parece muito animada para o meu gosto. Aonde vamos, afinal? - perguntei assim que ela parou em frente ao meu carro.

- Chave, por favor.

- Oi? – perguntei, confuso, quando ela estendeu sua mão na minha direção. – Vai dirigir?

- Sim, eu vou dirigir, afinal, você não sabe para onde vamos e eu quero que seja surpresa quando chegarmos lá.

Fiquei na berlinda entre entregar e não entregar a chave do meu carro para a ruivinha, mas seu sorriso estava tão contagiante que não consegui tirar essa alegria dela.

Zarah saltitou quando lhe entreguei a chave.

- Espero ficar impressionado.

- Ah, você vai, pode ter certeza. – seu sorriso agora me deixou ansioso. O que será que Zarah estava aprontando?

Fiquei quieto, observando o trajeto pelo qual passávamos para tentar adivinhar onde íamos, porém, só consegui me atentar até chegar em uma determinada parte do centro, depois, me senti completamente perdido.

Eu não era muito de passear pela cidade, por isso me senti um peixe fora d'água ao não reconhecer aquele lado. Haviam muitas lojas comerciais e prédios empresariais, mas eu tenho certeza que nunca havia estado por ali.

- Vamos.

Acompanhei a ruivinha depois que descemos do carro, e após andarmos alguns metros, meu queixo quase caiu quando ela parou em frente a um estúdio de tatuagem.

- Está de brincadeira, né?

- Surpresa! – a ruivinha abriu os braços e um sorriso que nem pude descrever. – Vem, entra.

Ainda me sentindo fora de órbita, a segui. O estúdio era grande, limpo e organizado. Haviam milhares de fotos de tatuagens espalhadas numa parede atrás de um sofá, e alguns álbuns em cima de uma mesa de centro.

- Zarah, quanto tempo!

Me virei a tempo de ver uma mulher de cabelos castanhos abraçar a minha namorada. Elas pareciam se conhecer a bastante tempo, visto pelo grau de intimidade que se cumprimentaram.

- Pois é, não consegui voltar desde que fiz a da nuca.

Zarah se referia a sua tatuagem em formato de uma pequena lua. Eu adorava aquela tatuagem.

- Então, o que veio fazer dessa vez? – perguntei curioso.

Foi então que a ruivinha me olhou sorridente, e a morena seguiu seu olhar, me encarando pela primeira vez desde que apareceu.

- Oh, olá! Seja bem-vindo. Desculpe não percebê-lo antes. – a morena sorriu sem graça vindo em minha direção. – Me chamo Amelia, prazer em conhecê-lo.

- Atticus Connor. – trocamos um aperto de mão firme e pude perceber que a morena tinha braços musculosos e o direito completamente fechado de tatuagens. Nossa. E que pegada firme, quase esmagou minha mão.

- , Atticus é meu namorado e...

- AHHHH! – a tal Amelia deu um grito e apertou a ruivinha entre seus braços. – Ah, meu Deus! Nem acredito que finalmente arranjou outro namorado. Eu estava a ponto de te dar umas bofetadas. Eu avisei que aquele merda era encrenca!

Eu ri do sermão que a Green Hill recebeu, não consegui resistir. E recebi um olhar nada amigável da ruivinha. Mas minha cara fechou por apenas alguns segundos.

Outro... namorado? Zarah já namorou? Porque ela nunca me contou?

- Eu sei, você estava certa.

- Eu avisei.

- Eu sei, mas esquece aquele embuste. Eu trouxe o Atticus para ele poder me acompanhar na minha nova tattoo.

Enquanto Amelia dava pulinhos de alegria, olhei incrédulo para a ruivinha. Eu já devia imaginar que ela faria algo do tipo, mas depois de conhecer a morena, achei que só iria me apresentar sua amiga.

Estava surpreso.

Enquanto seguíamos Amelia para a sala, elas colocaram o papo em dia. Aparentemente Amelia era sócia e tatuadora no estúdio junto de uma tal de Juliet, que não estava presente porque teve que ir a algum lugar com um tal de Marcus.

- E então, o que vai fazer dessa vez? – Amelia perguntou.

- Isso.

Zarah puxou um papel da bolsa e entregou para a morena.

- Nossa, é linda. Por que escolheu ela? – Amelia virou o desenho para nós e meus olhos arregalaram.

Era um desenho de uma raposa, animal simbólico da mascote do nosso time de basquete.

- É uma homenagem ao time de basquete do colégio, e espero que traga sorte para os jogos no campeonato. Atticus é o capitão do time e eu... bom, queria que ele tivesse um amuleto da sorte.

Meu coração iria sair pela boca. Sem brincadeira.

Amelia estava morrendo de amores pelo constrangimento da Green Hill, mas eu ainda não conseguia me mexer.

Zarah marcaria seu corpo para sempre apenas para fazer uma homenagem ao time, e para que a tatuagem seja meu amuleto da sorte durante os jogos.

Senti meu coração bater forte contra meu peito. E mesmo que ela fique morta de vergonha, não me importei em beijá-la com a mais profunda devoção na frente de Amelia.

- Atticus...

- Não precisa fazer isso. – sussurrei, olhando em seus olhos verdes. – Não precisa marcar sua pele pelo time, você já é meu amuleto da sorte. Eu sou o filho da mãe mais sortudo da face da Terra por tê-la comigo.

Seus olhos marejaram. E eu não me importaria de dizer tudo que eu penso sobre ela.

Zarah é a garota mais incrível que já conheci em minha vida. E algo dentro de mim não se importaria em tê-la comigo ao meu lado.

- Eu também sou muito sortuda por tê-lo comigo, mas quero fazer isso. Quero que se lembre, sempre que estiver em quadra, que vou estar te observando e torcendo por você. E mesmo que não possa me ver, você saberá que estou lá por você.

Nos beijamos novamente. Eu estava surpreso comigo mesmo por desejar ainda mais essa mulher.

- Certo. – nos separarmos ofegantes. – Então se vai fazer uma tatuagem, farei uma também.

Seus olhos brilharam em minha direção. A soltei apenas para pegar meu celular no bolso da calça.

- Aqui, vou fazer essa tatuagem. – entreguei meu celular para Amelia, que sorriu e confirmou.

Zarah olhou a tela e pôs a mão sobre meu ombro antes de falar.

- Tem certeza, Atticus...? - Assenti com a cabeça, sorrindo em afirmação que ela poderia ficar despreocupada.

Após minha confirmação, Amelia trocou olhares de Zarah até mim.

- E então, quem vai primeiro?

[...]

Fui o primeiro do time a estar pronto, eu e Zarah combinamos de fazer surpresa para eles depois de ganharmos o jogo. Eu tinha que admitir, essa tatuagem estava coçando para caralho, mas eu não podia deixá-la infectar, então apenas aguentava.

Fazer uma tatuagem não doía tanto como pensava, mas aquele barulho da máquina era muito irritante.

- Venham aqui, pessoal. – chamei todos para uma roda, como sempre fazíamos antes de entrar em quadra. – Espero que tenham aproveitado o dia de descanso ontem, porque agora quero que deem cada gota de esforço e suor que tiver nos corpos de vocês. Sei que todos adoramos quando a bagunça é na nossa casa, mas faremos uma bagunça muito maior na casa adversária.

Meu sorriso traiçoeiro fez todos se animarem e depois de um grito de guerra que tremeu as paredes daquele vestiário, saímos para a conquista de mais uma vitória.

O ginásio dos Furacões da Folha não era tão grande quanto o nosso, então parecia ainda mais cheio. Além do ônibus que trouxe o time, as líderes de torcida e as equipes médica e técnica, ainda veio outro ônibus com alunos e torcedores, fora aqueles que vieram em seus próprios carros.

Assim que entramos, a galera foi aos gritos. Estendi o punho na direção de Oliver, Benjamin, Clara, Tanner, Zander, Max e Fred. Minha mãe e minha irmãzinha não conseguiram vir, nem mesmo os pais de Ray. Karine estava junto de Cloe e Lilith na primeira fila.

Olhei para Zarah e nossos olhares se encontraram. Ela parecia animada e nervosa, acho que sempre ficará assim em dias de jogo. Algo me chamou a atenção atrás dela. Quer dizer, alguém. Amelia estava na segunda fila da arquibancada atrás do nosso posto médico, e ela estava ao lado de uma mulher de cabelo curto e um cara de cabelo cacheado longo, Juliet e Marcus. Os conheci logo que Amelia terminava a tatuagem de Zarah.

Juliet tinha vários piercings no rosto de tamanhos, cores e formatos diferentes. E Marcus me surpreendeu ao dizer que conheciam meu pai. Ele afirmou que o pai dele e o meu estudaram o colegial juntos.

Depois de uma breve conversa sobre táticas de ataque e defesa, entramos em quadra e o jogo começou.

Os times classificados seguem o padrão do tempo de jogo da NBA. São dois minutos de intervalo após o primeiro e o terceiro quarto, e quinze minutos após o segundo quarto.

Durante o intervalo de dois minutos depois da primeira partida, foi quando reparei na altura dos atletas dos Furacões. Eles eram enormes. E se brincar, uns três atletas dentre os cinco passavam de 2 metros.

Depois do primeiro quarto, estávamos vencendo os Furacões por apenas cinco pontos de diferença. Eles são habilidosos, eu tenho que reconhecer. Meu maior problema era o ala.

O cara era realmente habilidoso. Ele era um dos jogadores os quais eu suspeito passar de dois metros de altura, e isso o dava vantagem, tanto que estava me dando um certo trabalho, mas não mais do que eu estava dando a ele.

Não é querendo me gabar, mas eu ainda sou mais habilidoso que ele, e além de habilidade, eu ainda tenho um combo de dedicação e treino intenso. E por mais que eu não goste de admitir, eu sou orgulhoso o bastante para não aceitar perder para ninguém.

[...]

- Vamos lá, galera!

Noah estava irritado, e eu o entendo. Estávamos no último quarto e eles conseguiram empatar no placar. O barulho dos torcedores estava me dando dor de cabeça e além disso tudo, a merda da tatuagem estava coçando.

James conseguiu acertar uma cesta de três pontos, e nossa torcida vibrou. Foi fora da linha.

O armador saiu com a bola, lançou para o lançador, que passou para o ala tentar infiltrar na nossa defesa, só que Lee apareceu em sua frente tão rápido que o fez se desequilibrar e arremessar a bola para qualquer lado. A bola raspou nos dedos de Noah e foi na direção do nosso posto médico, na direção de Zarah.

Não pensei duas vezes.

Para não acontecer um turnover do nosso lado, ainda mais faltando poucos segundos para acabar o jogo, corri e peguei a bola no ar antes que saísse, só tive tempo de arremessar para o mais perto do garrafão possível antes de cair com tudo em cima da mesa.

Ouvi o barulho da nossa torcida e soube que haviam feito uma cesta, mas eu estava ocupado sentindo uma ardência intensa do lado direito da minha costela, bem próxima à minha tatuagem. O som do pedido de tempo juntamente com o apito do juiz preencheu meu ouvido ao mesmo tempo que a voz de Zarah me chamando.

Encolhi meu corpo no chão mesmo, pressionando o local machucado com a mão esquerda desejando que parasse a dor.

- Atticus, você está bem?! – não respondi.

Eu não estava bem.

Abri os olhos e vi suas írises azuis-acinzentadas me encarando, ela estava preocupada. Dei um pequeno sorriso e tentei levantar me erguendo do chão com as duas mãos apoiadas no mesmo, mas a ardência se transformou em uma dor alarmante e eu arfei. Voltei com a mão esquerda pressionando a lateral do corpo e a encarei, vi seus olhos dobrarem de tamanho e franzi o cenho, confuso.

- Preciso de gaze, Naomi, agora!

- Atticus! – a voz de Ray soou ao meu lado.

Eu ia procura-lo, mas Zarah tirou meu braço com brusquidão e levantou o uniforme.

- Que merda é essa, Atticus?! – outra vez a voz do fumante tatuado escandaloso soou.

- Droga. Sua pele ainda está sensível por causa da tatuagem, com a sua queda na mesa, uma área abriu e está sangrando. Preciso limpar e higienizar, ou então vai infeccionar, e acredite em mim, você não vai querer isso.

Só consegui ficar deitado observando Zarah limpar o sangue e higienizar a área. Depois que terminou, Noah e James tiveram que me ajudar a levantar.

- Ei, onde pensa que vai, Atticus? Não pode voltar pro jogo. – A enfermeira me parou antes que eu pudesse pisar na quadra.

- O quê? – isso não poderia estar acontecendo. – Mas eu sou o capitão do time!

- Ela está certa. É importantíssimo que a tatuagem cicatrize corretamente, e ela não pode voltar a sangrar. – Zarah se aproximou após guardar a caixa de enfermagem. - Atticus, você vai ter que ficar no banco até o final do jogo.

Encarei Zarah como se ela tivesse acabado de me esbofetear.

- Mas nós precisamos do Atticus!

- Sinto muito, Raymond, ele não pode voltar. – Zarah foi categórica.

- Que merda te deu na cabeça de fazer uma tatuagem na véspera do jogo?! – Noah rosnou pra mim.

Eu ia retrucar, mas a ruivinha passou na minha frente, virou de costas e abaixou o jaleco e a blusa, mostrando sua tatuagem na omoplata direita.

- Ele fez pelo time, assim como eu fiz por ele. – ela o encarou firme, e pude ver o ruivo engolir em seco, surpreso. A área ao redor da tatuagem ainda estava avermelhada, mas a tatuagem em si não era muito grande.

[...]

Levantei a blusa e os olhos de todos passaram das costas da minha namorada para a minha costela direita.

– Sinto muito que ele não possa retornar, mas nenhum de vocês têm o direito de criticá-lo. Ele fez uma tatuagem no corpo e agora está inflamando e espero que não infeccione. Atticus é o capitão do time. Ele honra esse esporte e adora seus companheiros, assim como todo colégio. Então vocês vão entrar naquela quadra e ganhar essa merda!

A vontade de rir do pessoal era grande, mas a minha admiração pela minha garota era muito maior.

Ray e Noah se entreolharam e o tatuado esticou o punho fechado na minha direção. Olhei para seu punho e depois para seu rosto. Seu sorriso gigante que me deixava cego se abriu, e sorrindo de canto choquei meu punho contra o seu.

- Vamos ganhar esse jogo por você, irmão. – assenti em aceitação. – E você vai me pagar por ter feito a tatuagem sem mim.

Ri e arfei com a ardência na costela. Porra, até rir dói...!

O som do fim do tempo soou alto no ginásio e os meninos tiveram que voltar para quadra, agora com o armador reserva. Suspirei resignado, me sentando no banco do posto médico com a ajuda da minha garota.

- Desculpe estragar a surpresa. – ela me lançou um sorriso triste.

- Tudo bem, não é sua culpa eu ser imprudente. – sorri e acariciei seu rosto. Recebi um tapa no ombro e me encolhi. – Ai!

- O que diabos te deu na cabeça de se jogar em cima da mesa, Atticus Connor? – Zarah de repente ficou uma fera, e me bateu de novo. – Espero que reze para essa tatuagem não infeccionar, seu bobão idiota.

Bobão idiota? Esse era o melhor xingamento dela?... Ah, é. Minha namorada não xinga.

No momento que ia retrucar, o ginásio explodiu em uma gritaria e quando levantei a cabeça e olhei para o placar acima da tabela, abri um sorriso.

Nós vencemos.

[...]

<3

[Notas da autora]

É isso aíííííí!!!!! ELES VENCERAM AEEEEEEE!!

Ai, gente... eu não tenho palavras para esses dois, sabe?

Bom, eles estão definitivamente ligados um ao outro agora, e depois dessa demonstração da Zarah, então... já podem providenciar as alianças!

E se de fato acontecer – mesmo que apenas em nossas fartas imaginações... – Eu (autora) já tenho dois leitores especiais que planejo serem o Padrinho e Madrinha!

E eu os chamo de "Leitores Vip"!

Caro leitor ou leitora: Torça seus dedos e rufe os tambores para ser você!

Enfim, simbora para os memes!

[...]

Ai, gente. Eles são um casal tão lindo, né??

E quando ela deu um tapa no Atticus por ele ter se jogado em cima da mesa?? Akakakakaka

Mas foi para salvar ela da bola, tadinho. Se arriscou e nem pensou duas vezes.

Sabe aquela música?

:"Por causa do amooooooooor...."

Garota de Ipanema, um clássico!!

É tipo isso. Akaaaakakakak

E caso você ainda não esteja reconhecendo, ou não conheça, aqui está o link: https://youtu.be/OLx0RMAMYBk?si=GKAF3Ee0meb9KCmf

E SOBRE OS NOVOS PERSONAGENS!

Eu atualizei o Cast 2.0!

E lá estão: Amelia, Juliet e Marcus.

VÃO LÁ VER!!

E então, estão curiosos quanto à tatuagem do Atticus??

O que acham que vai ser???

AH, É! EU ESQUECI DE PERGUNTAR.

O que vocês acharam da explicação do Campeonato????

Ficou muito confuso???

Eu não sei se consegui explicar bem.

E o Atticus, tadinho, tendo que treinar duro para todos esses jogos.

A Zarinha querida até tenta ajudar, mas também né...

"Zarah tentava me ajudar me fazendo massagem todos os dias depois dos treinos, e inicialmente me relaxava de verdade, mas vez ou outra acabávamos quase tendo algo à mais, o que me fazia relaxar por um momento, porém, depois as dores acabavam voltando após o esforço delicioso."

Ai, ai. Esse Atticus!

Enfim. Estou vazando!

[...]


Espero que tenham gostado, próximo capítulo vai ser um pouco mais...











...quente.

[...]

<3

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