- Estou farta de avisar que você não fazer essas jogadas arriscadas, Atticus!

- Ai, calma, está doendo! – reclamei.

- Mas é para doer mesmo! – suas pequenas mãos estavam incrivelmente pesadas sobre meu corpo enquanto a ruivinha espalhava o gel anti-inflamatório em meu músculo trapézio direito. – Eu já havia te avisado, seu...

- Olha a boca. – Pedi segurando o riso e logo fiz uma careta. – Ai!

- Você não tem jeito mesmo, sabia? Depois me aparece cheio de contusões e quem tem de cuidar do grandalhão? A boba aqui! – Zarah suspirou, sinalizando que havia finalizado. Ela ainda analisou meu corpo a procura de outro machucado, mas por fim assentiu e retirou as luvas. – Pronto, terminei.

- Obrigado. – Agradeci, mas ela sequer olhou para mim. Busquei sua mão e a puxei para perto, tentando fazê-la me olhar. – Linda, não fique com raiva de mim, por favor.

Ela soltou um suspiro resignado.

- Não estou com raiva, Atticus, estou chateada. Você sempre se arrisca nos jogos, não está nem aí para a sua integridade física. Primeiro pulou em cima de uma mesa, depois quase caiu em cima das pessoas na arquibancada, agora o músculo tenso e um corte na sobrancelha. O que vem a seguir, o pulso deslocado? Uma fratura exposta?

Ela cruzou os braços, me encarando firme. Ok, preciso admitir que sou descuidado quando estou jogando, realmente não me incomodo de me machucar, mas também não gosto de vê-la nesse estado e sei que é inevitável para ela não se preocupar.

- Me desculpe, não queria te deixar preocupada. – Vi seus olhos marejarem um pouco antes que ela desviasse o olhar para baixo. Me levantei da cadeira e segurei seu rosto, trazendo seu olhar para mim. – Prometo que não vou mais ser imprudente. Eu vou ser mais cuidadoso.

- Não faça promessas que sabe que não vai conseguir cumprir. – Suas mãos retiraram as minhas de seu rosto e me senti mal ao ver seu olhar chateado. – Tenho que terminar de arrumar os materiais, depois conversamos.

- Zarah... – mesmo assim ela se afastou, voltando ao posto médico. Suspirei.

Olhei ao redor, vendo os torcedores comemorando mais uma vitória nossa. E de repente a dor no músculo com o corte junto e toda essa tensão se transformou em dor de cabeça.

Havíamos acabado de vencer Miami Heat de Berlitz, e numa enterrada final por cima do pivô adversário acabei sendo acertado pelo seu cotovelo, que resultou numa pequena abertura na sobrancelha e, consequentemente, numa discussão com a minha namorada.

Bom, pelo menos havíamos ganhado.

Retirei a camisa assim que entrei no vestiário, vendo as gotas do meu sangue quase secas na camisa e só agora penso em como Zarah ficou extremamente preocupada com a quantidade de sangue que logo banhou meu rosto.

- Que cara é essa, Atticus? Nós vencemos mais uma! – Ray estava eufórico com mais uma vitória, somos o único time do campeonato invicto até agora.

- Zarah ficou brava comigo por causa da sobrancelha cortada, disse que eu sou imprudente nos jogos. – Me sentei no banco para retirar os tênis.

- Bom, não é como se ela estivesse errada. – Ouvi a voz de James.

- Obrigado pelo apoio, idiota. – Um tom de escárnio era presente em minha fala.

- Cara, você se jogou em cima da mesa do posto médico para impedir um turnover e de quebra ainda abriu a pele do abdômen recém tatuado, a Zarah está certa em te chamar de imprudente. – Ray jogou na minha cara, me deixando emburrado pelo fato dele estar certo.

- Além de que você tentou passar por cima de um cara de dois metros de altura hoje.

- Eu não só tentei, como consegui. – Me gabei para Noah.

- Meus parabéns, e isso te rendeu uma sobrancelha aberta e uma namorada chateada com você. Ainda quer se gabar? – o ruivo arqueou a sobrancelha me desafiando, e não tive escolha além de desviar o olhar, completamente derrotado. – Zarah é compreensiva, a chateação dela vai passar. Agora eu vou tomar banho porque estou suado e fedendo.

- Dá para sentir sua catinga de longe, Noah.

- Como se você estivesse cheiroso, Ray!

- Eu não estou fedendo! – o tatuado agarrou a gola da própria camisa e cheirou.

- Seu chulé é capaz de matar qualquer um, bobão. – Peguei minha toalha e me dirigi para o chuveiro.

- Idiota você, né?

[...]

<3

[Dan vai me dar uma carona, vou chegar em cima do horário. Até mais tarde. Vê se não se machuca nos treinos.] » Minha ruivinha

Suspirei olhando pela terceira vez a resposta dela no whatsapp.

Eu sabia que Zarah estava chateada comigo por ser descuidado, mas não sabia que seria tanto.

Já havia conferido o horário duas vezes e em seguida, olhava para a entrada do colégio. Ela logo chegaria, não tem sentido em ficar ansioso.

Pelo menos era o que eu achava até terminar a primeira aula e nada de Zarah. Não vou negar que estou preocupado, ela nunca falta aula sem um bom motivo.

E então, a porta abre. Fiquei aliviado quando vi a mão de aparência feminina agarrar a maçaneta, mas meu alívio foi por água abaixo quando Clara chegou. Nada de Zarah.

Clara se sentou ao lado de Tanner, do outro lado da sala. Porra!

Tentei chamar a atenção da mesma, mas de nada adiantou.

- Irá prestar atenção ou devo retira-lo de sala, senhor Atticus? – atentei-me as suas palavras quando escutei meu nome.

- Não... será necessário, Senhora. – disse, em tom baixo.

- Senhora? Acha que tenho mais de 60, Atticus? Está me chamando de velha, por acaso? – Ah, pronto...!

- Não, senhora. Quer dizer... – Atentei-me ao meu erro. Senhor, como sou burro. Tenho que pensar em algo rápido. - ..não-senhora.

Sério, Atticus!? "Não-senhora".

Ray riu, sentado logo atrás de mim, e me deu um pequeno empurrão em meu ombro direito. Desgraçado.

- Eu deveria verdadeiramente por você para fora nessas circunstâncias.

- Não, professora. A senho.. – PORRA, ATTICUS! – Não será necessário.

Ray, que antes segurava a risada tampando a boca, agora ria feito hiena.

- Raymond... vá para a diretoria. – O tatuado parou de rir na hora. - Conversaremos com o diretor Hawkings logo após o intervalo.

Quase eu que ri desta vez. Parece que o karma veio mais cedo.

- Deseja acompanhar seu colega, Atticus? – parei de rir no instante seguinte.

[...]

<3

O som do intervalo já havia tocado.

Ray já andava de cabeça baixa para a diretoria. E eu? Eu saí da sala disposto a ir atrás de Zarah, mas mal dei alguns passos e ouvi alguns cochichos sobre minha garota e um aluno novato do segundo ano na enfermaria.

Quando abri a porta – com mais força do que deveria, eu admito – a ruivinha estava terminando de enfaixar o braço do dito cujo.

- Meu Deus, isso é jeito de abrir a porta da enfermaria, Atticus? Que susto. – Ela respirou fundo antes de cortar a atadura a amarrar. – Está sentindo muita dor, Kylie?

Kylie? Que história é essa de Kylie?

- Não tanto quanto no momento que caí. Obrigado, linda. – Zarah retribuiu com um sorrisinho.

LINDA??

Mas que palhaçada é essa?!

- Desculpe novamente por te derrubar.

- Não tem problema. Mas você me deve uma, ein! – Zarah o olhou. E eu, o fuzilei. – Brincadeira. – O imbecil soltou uma risadinha ridícula.

Ele vai ver a brincadeira quando meu punho alcançar a cara patética dele.

A este ponto, eu estava com a maior cara de cu.

- Parece que você tem visitas. – O idiota apontou para mim.

Zarah abriu um pequeno sorriso ao me ver. Melhorei minha feição no exato momento o qual bati meus olhos naquele sorriso incrível. Porra, eu amo minha namorada.

- Eu vou conversar um momentinho com o meu namorado ali fora e logo te acompanho até o diretor para explicar a sua falta na aula, pode ser? – revirei os olhos e vi o novato assentir, meio abobalhado com o sorriso gentil de Zarah.

Enquanto Zarah se dirigia a mim, vi Kylie fazer uma cara não muito boa para mim. Era só o que faltava. Sei que estou sendo um idiota, mas é inevitável não sentir ciúme quando minha namorada é a gentileza em pessoa.

Saí da porta e esperei do lado de fora até que ela estivesse em minha frente.

- Você está bem? Fiquei preocupado quando não apareceu na primeira aula. – Me aproximei e a abracei, e pude respirar mais tranquilo quando seus braços me envolveram. Depositei um beijo no topo de sua cabeça.

- Estou bem, não se preocupe. Tive que procurar meu nécessaire, não estava na minha mochila e por isso me atrasei. Tentei correr para pegar a primeira aula, mas acabei me chocando com o Kylie e ele caiu por cima do braço.

Assenti, entendendo – parcialmente - a situação. Aposto que ele fez de propósito, de qualquer forma. Qual é, quem não iria querer cai em cima de uma mulher gostosa como Zarah? Digo parcialmente porque ao menos não é outra coisa.

- Entendo. – Menti. - Depois vou avisar ao professor sobre o que aconteceu. Se machucou na queda? – segurei suas mãos e passei os olhos por seu corpo, procurando algum machucado.

- Eu estou bem, Atticus. – Seu riso despreocupado me fez sorrir e ficar mais tranquilo.

- Tudo bem, pequena. Precisa de ajuda para levar o novato até o velhote? – zombei. Mas no fundo, queria que ela me pedisse. Por favor... por favor, me deixe tirar os olhos desse imbecil de você.

- Não, pode voltar para a aula.

- Tudo bem. – Assenti, escondendo minha decepção e engolindo meu ciúmes. Pensei duas vezes antes de leva-lo mesmo assim.

Beijei a testa e os lábios de Zarah antes de voltar para a sala. Pedi licença à professora e expliquei a falta da ruivinha além do meu atraso. Fui para o meu lugar e passei a prestar atenção à aula, sem o mínimo interesse, devo ressaltar.

Pelo menos a aula passou rápido e logo o intervalo já estava começando. Estávamos indo na direção do refeitório quando Stella e Clara começam a zoar Sadie com alguma coisa, e por ela e Naomi estarem completamente vermelhas, chuto ser algo bem íntimo.

- O que elas tanto conversam? Sadie parece constrangida.

- Ah, se lembra daquele maluco que beijou ela? Eu não me lembro do nome dele, mas a Nina disse que eles tiveram um encontro. – Nina, apelido para Naomi. Por mim parece um segundo nome, mas todos apreciam.

- Entendi. – Assenti para Noah. Por isso que Clara e Stella estavam pegando no pé dela.

- É, James, parece que você será o único solteirão do grupo. – Noah alfinetou com uma risadinha.

- Não é como se eles fossem firmar um relacionamento logo de cara. – James deu de ombros.

- Meu amigo, depois do primeiro encontro tudo acontece mais rápido. Eu e Zarah começamos assim.

- Bom, eu e Stella temos um longo histórico, então...

- E posso afirmar por Ray, que não está aqui, que o relacionamento dele com Naomi não se deu início muito diferente.

- Vocês são uns malas, sabiam? – ele resmungou.

- Não se preocupe, James, seremos a dupla dos solteiros! – Zander passou o braço pelos ombros de James e nós caímos na gargalhada.

Assim que passamos pela porta do refeitório, meu olhar foi automaticamente para nossa mesa e minha saudade de Zarah aparentemente estava grande porque foi só a ver sentada que meu lábio se repuxou num sorriso, mas que logo sumiu ao ver o novato imbecil ao seu lado.

- Quem é o maluco do lado da Zarah? – Noah arqueou uma sobrancelha, confuso.

- Um novato que esbarrou nela no corredor e machucou o braço. – fuzilei o garoto enquanto falava.

- E ela, como a boa samaritana que é, está tomando conta do novato, certo? – Zander perguntou e eu assenti. – Cuidado, Atticus, nas fanfics é assim que a mocinha se apaixona pelo cara novo.

Desviei meu olhar de Kylie para Zander para que ele calasse a boca. Apesar de confiar em Zarah, eu era inseguro em relação a mim mesmo. Eu nunca tive uma namorada oficial, afinal, não sabia se era um bom namorado ou não.

- Oi, pessoal!

Ela se levantou para abraçar as meninas e cumprimentar os rapazes, e antes que eu pudesse sequer dizer 'oi', seus braços me rodearam e seus lábios foram de encontro aos meus. E naquele momento, toda minha insegurança evaporou como fumaça no ar e sorri de encontra à sua boca.

[...]

<3

- Você não acha estranho todo o mal humor do James? – Zarah sussurrou.

E eu concordei, porque estava começando a ficar irritado com a cara de bunda dele. Tudo bem que estávamos no meio da semana, e sim, amanhã temos que acordar cedo para a aula, mas o que custa não agir como um idiota só porque estamos conhecendo o novo peguete da Sadie? Não é como se nunca tivéssemos saído no meio da semana, de qualquer maneira.

E por incrível que pareça, o cara é legal. Se chama Pietro, veio diretamente da Rússia. E se existe um cara com o maxilar mais definido que ele aqui em MHS, eu desconheço.

Apesar de ser um pouco contido, ele era divertido e fácil de conversar. E só descobrimos isso porque Stella e Clara bombardearam o cara de perguntas, deixando-o constrangido.

Levantei para ir ao banheiro e Ray levantou em seguida. Apesar do banheiro da lanchonete estar vazio, o local estava bem cheio.

- Cara, é impressão minha ou o James está com cara de bunda?

Até Ray havia reparado nisso. Mesmo ele tendo que se preocupar com sua própria vida. Mas também, era impossível não reparar. Estava tão aparente. Sobre ser retirado de sala, sorte a dele não ter tomado uma suspensão, apenas uma advertência.

- Não, não é impressão sua. Eu já estou ficando incomodado também.

Fui lavar as mãos e a porta é quase arrombada por um James quase espumando pela boca.

- Mas que merda você tem?

- Aquele... palhaço. Não acredito que a Sadie está caindo no papo daquele cínico do caralho. – Ele esbravejou ao responder à pergunta do loiro.

Eu e Ray nos entreolhamos.

- James, você está com ciúmes da Sadie?

- O que?! Está maluco, de onde tirou isso, Atticus?

- Irmão, você está quase espumando pela boca pelo simples fato de estarmos conhecendo o ficante da garota. Quer que eu pense o quê? – arqueei a sobrancelha. – Além do mais, eu não vi nada de mais no cara. Eu gostei dele, até.

- Você só pode estar de palhaçada com a minha cara. – Pôs as mãos na cintura e balançou a cabeça negativamente. Sua língua passeou por dentro de sua boca, acima dos dentes. Está aí, visivelmente ciúmes. É um marco masculino agir assim quando se está ciumento.

- Cunhado, você precisa relaxar.

- Não me chama de cunhado, caralho! – ele rosnou apontando o dedo para Ray antes de sair do banheiro como um furacão.

Eu e Ray nos entreolhamos de novo.

- O James definitivamente ficou maluco. – comentei.

- Eu ainda acho que ele está com ciúmes.

- Ainda tem dúvidas?

Voltamos para a mesa e todos estavam com caras confusas.

- O que foi? – perguntei.

- O James foi embora, parecia que queria assassinar alguém. Aconteceu alguma coisa no banheiro? – Zarah perguntou.

- Não, ele já chegou lá daquele jeito.

- Também não entendemos nada. – Ray acrescentou.

- Ah, ele sabe se cuidar, já é grandinho. – Stella disse.

- Então, vai rolar uma festa na fraternidade nesse sábado, eu já convidei a Sadie. Se vocês quiserem ir, coloco vocês para dentro. – Pietro comentou.

- Uma festa de fraternidade?! Tô super dentro! – Stella foi a primeira a responder, completamente animada.

- Eu também topo. – Noah concordou logo em seguida.

Olhei para Zarah e concordamos também, e logo todos já estavam empolgados com a festa da fraternidade.

- Se o amigo de vocês também quiser ir, ele está convidado. – Pietro se referia à James.

Porra, isso não daria certo.

- Vamos avisá-lo. – Porra, Ray!

[...]

<3

Paguei a conta por todos e estávamos indo embora.

- Foi legal conhecer vocês, até sábado, galera. – Pietro se despediu e antes de entrar em seu carro ele e Sadie se beijaram. Ela o esperou se distanciar antes de se virar para nós e perguntar:

- E então, o que acharam dele? – ela estava claramente nervosa.

- Só de me colocar numa festa universitária, eu já gostei dele. – Stella comentou, arrancando risada de todos nós.

- Stella, não seja interesseira. – Zarah comentou.

- Ele não é babaca como achei que os universitários seriam. – Tanner quem disse. – Só de não ser problemático, já subiu no meu conceito.

- Obrigada, pessoal. – Sadie suspirou aliviada. – Seria difícil se vocês não gostassem dele.

- Não se preocupe com isso, agora temos coisas mais importantes para nos preocuparmos.

- O que, Stella? – perguntei.

- A roupa para festa, oras. – Ela disse como se fosse óbvio. – E a senhorita vai ficar deslumbrante para o seu boyzinho.

Stella enganchou o braço no de Sadie e saiu arrastando-a na direção do carro de Noah, falando pelos cotovelos.

Já começo a sentir pena dos estagiários dessa louca quando ela virar estilista.

E de repente comecei a ficar animado para essa festa também.

[...]

<3

- O que achou do Pietro?

Zarah me questionou enquanto caminhávamos de volta para casa.

- Ah, parece uma boa pessoal. Por que a pergunta? – silêncio por um momento. – Zarah?

– Eu gostei dele. Achei sincero, divertido e, acima de tudo, dá para ver que ele faz bem à Sadie, mesmo com pouco tempo.

- Ei, você não me elogia assim tão frequentemente! – Pirracei.

- O que foi, ein? Você está muito carente ultimamente.

- Não estou não, você que anda distante. – Ironizei fazendo bico. Céus, ainda bem que estávamos sozinhos, por que nunca permitiria ser visto fazendo coisas assim próximos aos meus amigos. Tirando Ray, claro, ele já é estranho naturalmente, não me importaria fazendo algo assim perto dele.

- Pode ficar tranquilo, meu amor. - Ela disse, fixando seu olhar para a frente, sem olhar para mim. - Hora que chegarmos em casa te faço um chá.

- Chá? Mas eu não gosto de... – Arregalei os olhos, parei meus passos abruptamente e um largo sorriso se instalou em minha face.

Eu quase podia ouvir Zarah dar uma risadinha maléfica. Porra, é hoje!

[...]

<3

Deitado em minha cama, não esperava a hora que Zarah entraria por aquela porta.

Sempre dávamos uns amassos aqui e ali, umas passadas de mão talvez, mas nunca chegamos a transar realmente. Zarah tinha seus motivos e traumas, sempre respeitei – mesmo com toda a tesão acumulada.

Mas seria mesmo hoje, tão... repentinamente? Sequer conversamos sobre nada.

A porta se abre, porém, foi Diana quem apareceu encostada no batente.

- Zarah está lá em baixo, na cozinha, mandou te chamar. – Levantei-me rapidamente, e desci os degraus o mais rápido possível. Apertei meus passos, com um sorriso de bochecha a bochecha.

Assim que cheguei na cozinha, avistei Zarah lavando suas mãos na pia, abracei a mesma pelas costas e apoiei meu rosto eu seu ombro.

- O que está fazendo? – Questionei. A mesma ficou em silêncio.

- Seu chá. – Ela afirmou, agarrou uma caneca verde ao lado da pia, livrou-se de meu abraço e colocou a caneca com o líquido fervente no balcão. – Aqui está, como prometido. – Zarah sorriu, ingênua.

Meu sorriso desapareceu instantaneamente.

Encarei a caneca por alguns segundos.

- Mas, amor, isso não foi o quê você... – Interrompi minha fala ao notar que Zarah havia ido embora, sem mais nem menos.

Porra, poxa...

Calam, Atticus. Tudo no seu tempo.

Ah, mas terá revanche. Ela que me espere.

[...]

<3

[Notas da autora]

IAEEEEE???

Foi mal, galerinha! Eu sei que havia prometido um capítulo mais picante, mas ainda estou trabalhando nisso e ainda tenho receio de postar coisas assim porque me sinto um pouquiiiinho desconfortável.

Mas não pensem que eu irei esquecer minha promessa, ein! Apenas aguardem por mais capítulos!

[...]

Hoje, INFELIZMENTE, não terão memes. E estou começando a achar que não terão mais memes a partir do próximo capítulo (e contando com esse). Dá muito trabalho, leva muito tempo e acaba que não geram tanto engajamento.

No início, eu havia imaginado que os memes fariam mais leitores se interessarem pela minha obra. Imaginei que vocês achariam algo divertido, e consequentemente, achei que teria mais engajamento.

Mas como não teve, fica aí meu aviso!

Já peço desculpas de antemão, mas esses memes estavam realmente sugando o tempo extra que eu poderia estar gastando simplesmente escrevendo um segundo capítulo.

Enfim, beijocas da autora! E Bjocas para meus fãs!

VOTEM MUITOO!!!

Tia Jade ama vocês!