𖥔 prólogo . who's afraid of little old me ?


PRÓLOGO:
you wouldn't last an hour
in the asylum where they
raised me.

NO DIA DEZ DE OUTUBRO DE DOIS MIL E OITO, nasceu um anjinho dos cabelos loiros e olhos castanhos. Era o 283º dia do ano, comemorava-se o Dia Mundial da Saúde Mental. Uma enorme ironia para alguém que nasceu de pais de perderam completamente a sanidade, sendo dois loucos que a abandonaram e negligenciaram um pequeno bebê inocente. Portanto, o bebê nasceu mau.

De anjinho para empregada do diabo Lyla Elizabeth Quinzel cresceu num manicômio rodeada de ódio e falso amor. Mas sua história começara bem antes, quando o Coringa não era Coringa, era apenas Jack White.

Quando Jack White era chamado de Capuz Vermelho, Jack tinha uma vida mas era uma vida infeliz e pobre. Era casado, ia ter um filho com o amor de sua vida, mas ao invés de ir ao nascimento de seu filho, decidiu participar de uma tentativa de assalto à uma fábrica de produtos químicos, que dizia que iria melhorar na sua condição de vida.

Tal invasão e assalto fracassaram, ele acabou perseguido pelo próprio Batman, e na fuga, cercado sobre um tonel de produtos químicos desconhecidos, preferiu se jogar nele a ser preso pelo Cavaleiro das Trevas. Ele conseguiu escapar livre e sobreviver ao pesado banho químico, mas sua pele restou com a pigmentação absolutamente branca, enquanto seu cabelo ficou definitivamente verde, e os músculos faciais ligados à boca foram deformados definitivamente, ganhando um eterno aspecto de sorriso. O choque, ao perceber a aberração em que havia sido transformado, o enlouqueceu ainda mais do que já era, e de tal modo que ele se tornou um assassino anárquico que se auto batizou Coringa.

O próprio Coringa, depois disso não se lembra do que aconteceu em seguida. Ele dizia: "Algumas vezes me lembro de um jeito, outras, de outro. Se vou ter um passado, prefiro que seja de múltipla escolha! Ha Ha ha". Ele podia já ter sido um homem de família mas sempre foi um ladrão e bandido por dentro. Ele buscava sempre a adrenalina do crime, as emoções que sentia, aquelas que o trabalho sujo permitia, criou a identidade do Capuz Vermelho para si mesmo para que pudesse cometer pequenos crimes. Mais tarde, outra pessoa adotaria esse nome.

Um ladrão, vilão que amava a maldade poderia amar alguém disposto a colocar na cadeia para sempre, mas também odiá-lo por isso. A relação do Príncipe Palhaço do Crime com o herói de Gotham City era algo peculiar, o Batman é um detetive calculista, enquanto o Coringa é a personificação do caos, sem motivações muito claras.

Seu nêmesis, arqui-inimigo mortal, Coringa amava sua relação com o herói, mas não era a mesma coisa para Batman. Após anos tentando, conseguiu finalmente armar uma boa emboscada e prender o palhaço de uma vez por todas, mas não durante muito tempo. O Asilo Elizabeth Arkham era uma prisão, ou um asilo mental, para pessoas criminalmente insanos, é lá que os vilões tem medo de ir, mas alguns já acostumados não ligam mais se forem mandados para lá.

No Arkham, uma jovem moça acabara de se formar na universidade de Gotham. Formada em Psicologia, Harleen Quinzel, sempre negligenciada pelos pais e tendo uma infância horrível, aceitava o emprego de psiquiatra, afim de provar que conseguia curar os malucos daquele lugar. Tratou de muitos pacientes especiais, incluindo a tão famosa Hera Venenosa, Charada, Duas-Caras e entre outros.

E assim como todos esses vilões, ela tratou o famoso Coringa também. Eles compartilharam momentos da sua vida, e assuntos íntimos, deixando a psiquiatra ressentida pela triste história de vida do homem lunático. Com o tempo, criou afeição por ele. Caiu em toda bobagem que ele dizia sobre sua infância, e se apaixonou loucamente por ele e ajudando-o a fugir diversas vezes do local.

Quando Coringa foi trazido de volta para Arkham após uma luta com Batman, a imagem de seu paciente gravemente ferido levou Harleen à loucura, fazendo com que ela largasse seu trabalho como psiquiatra, roubasse uma fantasia de arlequim, invadisse Arkham e libertasse Coringa, tornando-se Arlequina.

Um amor que a mulher achava que era puro suco de amor verdadeiro e conto de fadas, na verdade era manipulação e mentiras. Depois de muitas "sessões" de terapia e piadas sexuais, Arlequina ainda lúcida e fértil engravidou de um homem que não deveria ser fértil, por ter problemas com química. Mas o milagre da vida era o milagre da vida, e sete meses depois, nasceu eu. Lyla Elizabeth Quinzel.

No dia onze de outubro de dois mil e oito, Arlequina se jogou num tonel de ácido e químicos. Um dia depois do nascimento de sua filha, e simplesmente fugiram deixando ela no hospital com horas de vida.

Por isso, cresci do jeito que sou e estou do jeito que estou. Morta.

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