six

Tell me why the fuck I feel so empty
This might be the reason that she left me
Mama, what's the reason I feel еmpty?
I might pop another, please don't tеmpt me
Tell me why the fuck I feel so empty

~ Chase Atlantic - Empty

   Osamu estava no balcão, preparando a comida do jantar. Eu estava sentada na mesa acompanhada com o resto do time de vôlei, que me recebera muito bem. Conversavamos de forma descontraída, os garotos me ensinando mais sobre o internato e Aran contando sobre as aventuras dos gêmeos no vôlei.  Minha risada era escandalosa e me sentia envergonhada por isso, Atsumu ao meu lado estava bravo, por estar sendo exposto daquela forma.

— Tome cuidado Ivy, esse daí é o pior tipo de homem - Aran disse.

— Hey!! - Tsumu exclamou, virando-se para mim com pressa - Não acredita nele, Ivy. Eu sou um amor de pessoa.

— Não é não - Osamu apareceu, colocando uma tijela grande no centro da mesa.

— Samu! - repreendeu o irmão.

   Eu ria da indignação do loiro, agradecendo mentalmente por Louise ter feito eu vir naquele jantar. Os gêmeos continuaram discutindo, um apontando os defeitos na cara do outro. Ignorei os dois, observando a travessa quente em minha frente, uma fumacinha saindo de dentro da mesma. Tinha um cheiro maravilhosamente bom e agradável.

— Osamu, sente-se, vamos comer - Kita — o capitão do time — disse, começando a se servir.

   Fiz o mesmo logo após do mais velho, preenchendo minha tijela com o ensopado que Osamu fez. O cheiro subia e me deixava cada vez mais com fome. A sopa estava com uma cara deliciosa e não tardei em experimentar da mesma, fazendo uma nota mental de cobrar que o gêmeo platinado sempre cozinhasse para mim.

*

Uma mensagem de Louise chegou em meu telefone, onde a mesma avisava que iria dormir no quarto de uma amiga. Meu subconsciente entendeu o recado, sabendo que a garota que a francesa dizia não era apenas amiga.

Era nove horas da noite, todos já haviam terminado de comer e agora conversavam tranquilamente. Atsumu batia um papo estranho comigo sobre vôlei e eu me esforçava para entender suas palavras, cada vez mais me sentindo mal por ser sedentária. Invejava seu físico perfeito e sua saúde estável por conta do esporte. Mesmo eu tomando todos os cuidados comigo mesma, por conta de meu sonho, eu ainda era um adolescente com desejos em guloseimas e salgadinhos.

— Acho que vou subir - Kita se levantou, sendo acompanhado por Aran.

— Daqui a pouco fica tarde e amanhã teremos aula - o maior entre os dois respondeu, agradecendo pela refeição.

Com isso, os outros jogadores foram saindo, sobrando apenas eu, os gêmeos Miya e Suna, que não falou nada o jantar inteiro, apenas mexia em seu celular. Decidi que também iria subir para meu quarto, me espreguiçando antes de levantar da cadeira.

— Já vai? - Osamu perguntou, também se levantando.

— Acho que sim - sorri.

— Vou te levar até seu quarto - pegou seu celular encima da mesa.

— Não é precisa, relaxa - tentei impedir ele.

O maior me ignorou, avisando para o irmão e o moreno irritadinho que iria me deixar em meu quarto. Atsumu fez drama, porém me deixou ir assim que disse que eu estava cansada.

Eu e Samu andamos pelos corredores do prédio, mantendo uma conversa natural e tranquila. Eu elogiava seu talento na cozinha e o garoto ficava feliz por eu ter gostado tanto de seu trabalho. Ele falava que gostaria de abrir uma loja de onigiris, já que amava a comida. Quando chegamos na porta de meu dormitório, ficamos em silêncio por algums segundos constrangedores, eu pensando se deveria o convidar para entrar ou apenas dar-lhe adeus.

— Samu - me olhou, colocando as mãos no bolso do moletom escuro - Quer entrar?

Apontei para a porta que ainda estava fechada. Sentia-me nervosa, já que não era com frequência que eu ficava sozinha com um garoto em meu próprio quarto. Osamu sorriu, molhando os lábios com a língua e logo dizendo:

— Se não for um incômodo, gostaria de entrar sim - senti-me mais leve por sua educação evidente, entrando no quarto junto com ele.

Liguei o abajur de Louise, que deixava o ambiente mais confortável e caloroso. Osamu observava os quadros da francesa, comentando que a garota tinha talento para a arte. Eu concordava com o platinado, dizendo que se ela investisse, poderia se tornar uma artista famosa.

Sentei-me em minha cama, pegando o celular e mexendo um pouco no instagram, esperando que o gêmeo sentasse ao meu lado. Quando sentou, observou eu vagar pelo feed do aplicativo, julgando as pessoas famosas que eu seguia.

— Você me segue? - perguntou.

— Não. Na verdade eu não sigo ninguém dessa escola - continuei rolando as publicações.

— Procura pelo meu @ - disse seu nome no insta, que era titulado como "miyasamu_" .

Segui o garoto, vendo suas publicações com o irmão, time de vôlei e algumas com Suna. As fotografias com seu colega de quarto sempre eram fumando ou com um quadradinho de papel na língua, os cenários mudavam entre uma festa ou o cômodo dos garotos.

— Hum... Você usa drogas - ri, curtindo sua publicação mais recente, que coincidentemente, era em uma festa - Que rebelde.

Osami riu, envergonhado por eu saber de seu 'segredo'.

— Não uso sempre - disse, pegando o próprio telefone e também abrindo o instagram.

O platinado me seguiu de volta, também me stalkeando enquanto eu observava suas reações com minhas fotos. Ele parou em uma onde eu estava de frente para o espelho, usando um vestido preto curto e um casaquinho lilás. Osamu curtiu a foto, virando seu rosto para mim e observando minhas expressões. Sorri para o maior vendo que ele continuava sereno.

— Gostei dessa - voltou seus olhos escuros para a tela brilhosa do celular - Você fica bonita com esse vestido.

— Obrigada - deitei-me, tentando disfarçar minha vergonha com o elogio repentino.

Coloquei minhas pernas no colo de Samu, vendo o rapaz me olhar incrédulo pelo ato. Rimos, porém uma pergunta se estabelecia em minha mente, me deixando extremamente incomodada, então lhe questionei:

— Por que você fuma?

Osamu suspirou, pegando em minha panturrilha e fazendo um leve carinho. Eu me surpreendia com nossa intimidade, sabendo que nos conhecíamos a pouco tempo,
mas nos sentíamos confortável o bastamos perto um do outro. Talvez seja porque somos parecidos em certos casos.

— Vejamos - começou, deitando-se ao meu lado lentamente.

Um dos braços do platinado estava apoiado perto de minha cabeça, onde sua mão segurava seu rosto enquanto a outra colocava um dos fios rebeldes de meu cabelo para trás da orelha. Me coloquei para a beirinha da cama, dando espaço para mim e Samu no colchão de solteiro. Internamente, meu coração surtava de ansiedade e o estômago revirava, meus pensamentos a solta tentando achar uma explicação para sua aproximação.

— Eu apenas tento achar uma forma de fugir da realidade.

*
vazou samu noiado

bbzitos da nanda
quero agradecer a todo mundo que está acompanhando 'nervous', fico bastante feliz!!

tenham um ótimo final de semana, gracinhas

amo vocês caralho

cap sem revisão!!!!! [01/05/21]

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