fifteen
(antes de tudo, um avisinho importante!! sei que vários de vocês estão confusos com o 'relacionamento' da ivy com o samu pelo fato da fic ser do suna e não dele. Digo apenas algo: sigam o roteiro, já falei antes que preservo muito a história e desenvolvimento, então pfv, continuem apoiando a fic mesmo que demore um pouco)
If I love you was a promise
Would you break it if you're honest?
~ Billie Eilish - idontwannabeyouanymore
Era a quinta vez que eu apagava e reescrevia as palavras na barrinha de mensagens do instagram, pensando diversas vezes o que dizer naquele situação. Eu estava meio nervosa, não sabendo o que poderia acontecer como consequência dos atos de Suna e então apenas mandei a pergunta mais simples e objetiva, esperando por uma resposta do moreno. Naquela mesma tarde, o garoto resolveu postar a fotografia feita na noite passada, marcando-me na legenda e dizendo nada a mais sobre. Eu me preocupava, afinal, eu possivelmente estava tendo uma relação saudável com Samu e não queria ter tudo estragado pela incompetência de Suna. Observei mais uma vez minha mensagem enviada, mordendo as cutículas a cada minuto que passava.
Sentada ao gramado do campus, eu observava o céu claro se expandir em
minha mente, ocupando meus pensamentos e afastando minhas preocupações, porém não ao ponto de me distrair totalmente e me relaxa. Era horário de almoço, eu e Louise estávamos debaixo de uma árvore, um tecido nos protegendo da sujeira do chão. Tínhamos apenas duas horas para descanso, geralmente passávamos aquele tempo ali, curtindo o sol e o ambiente caloroso do campus. A francesa pintava um de seus tradicionais quadros, dedicando-se à uma nova pintura para o festival que estava próximo. Seu talento em artes me invejava.
— Não sei o porque de seu surto, é apenas uma foto - ela comentou.
— Uma foto que pode fazer Osamu me odiar - coloquei meu braço pelo rosto, tampando os raios solares que me incomodava.
— Se vocês namorassem, eu até entenderia - mordeu a ponta do pincel.
Dei a língua para garota, sabendo que ela estava certa, porém ainda não me tranquilizava aquele fato. Os poucos dos relacionamentos que tive duraram por um tempo mínimo, sempre sendo acabados por erros meus, erros que nem sempre eram intencionais. Desenvolvi um certo trauma de situações má resolvidas, sabendo que teria problemas a mais para resolver e tentar esquecer. Fui desperta de meus pensamentos inacabados pelo barulho de notificação, peguei o celular, entrando na conversa de Suna e vendo a mensagem que ele havia me mandado.
— Você perguntou o quê? - Louise soou curiosa.
— "Por que postou a foto?" - ainda não havia lido o que Suna escrevera.
— Só? Sua grossa - fechou a cara para mim - O que ele respondeu?
— "Achei bonita" - imitei o tom de sua voz, vendo a francesa rir de minha imitação barata do moreno.
— Ele é bem simplista, o que você vai responder? - revirei os olhos.
— Não vou falar nada, não tem o que dizer - desliguei o celular, jogando-me novamente no tecido grudado na grama.
Deixei que a quentura da atmosfera esquentasse meu corpo enquanto perdia meu tempo lendo um livro para a matéria de literatura. Me perdia nas palavras, escutando os pássaros piarem alegremente pelas árvores altas do jardim, vez ou outra algum aluno passava por ali acompanhado de seus colegas. Concetrava-me apenas na história contada nas páginas do livro, imaginando os cenários descrevidos nos parágrafos e sentindo as mesmas sensações que o protagonista. Vez ou outra eu certificava o horário, vendo quanto faltava para a volta das aulas. Louise continuava ao meu lado pintando sua grande obra, em alguns momentos ela parecia divagar sobre a escolha dos tons de tintas, decidindo usar os mais variados para chamar atenção no dia do festival.
O cabelo da garota esvoaçava-se pelos ares, o azul destacando sua pele meio amarelada por um bronze feito a um bom tempo. As sobrancelhas da francesa estavam cerradas, a boca dava mordiscadas no pincel meio amarronzado e seus olhos verdes observavam com bastante cuidado sua pintura. Me questionei sobre o que a mesma pintava, porém me impedi de perguntar, sabendo que se a loira quisesse, ela me falaria. Voltei a atenção para a história que eu lia.
— Ivy - me chamou.
— Sim? - tirei os olhos do livro, encarando seu verde esmeralda.
— No final das contas, você gosta dele?
— Dele quem? - fiquei confusa.
Louise suspirou, deixando o pincel encostado na tela onde pintava.
— Miya Osamu, é claro - observou suas mãos sujas de tinta.
Respirei fundo, me perguntando a mesma coisa que a garota. Eu gostava de Samu, ou apenas queria sentir-me desejada? Eram dúvidas que não saíam de minha mente e vez ou outra deixavam-me estressada por não entender meus próprios sentimentos. Embora nos conhecermos em tão pouco tempo, me sentia confortável perto do platinado, uma sensação de carinho me invadia quando estava perto dele, apesar de não ser algo tão sólido como um sentimento permanente.
— Não sei - respondi com sinceramente para minha amiga, que apenas concordou com a cabeça e bebeu um pouco de sua água.
— E Suna? - fiz uma careta.
Parei para pensar, lembrando-me das sensações de estar junto com o moreno de olhos amarelados. Não era tão ruim como eu pensava antes, sempre o julgando por meu estresse ou suas ofensas diretas para mim. Suna conseguia ser sociável com quem queria.
— Suna não é um monstro de sete cabeças - foi o que respondi, fechando meu livro e vendo novamente o horário - Nós conseguimos nos entender.
Levantei-me do tecido, pegando minhas coisas e colocando na mochila. Observei a francesa fazer o mesmo, segurando sua tela com cuidado e maestria. Naquele momento, Louise teria aulas com seu clubese artes, então terminaria o quadro nas mesmas.
— Então você gosta? - limpou suas mãos em uma toalha.
— Gostar é muito forte - mandei um beijo para a garota, vendo a mesma me dar um tchauzinho enquanto me via rumar para a sala de aula.
Gostar ainda não era a palavra certa para o que sentia por Suna. O que eu diria era que nos entendíamos, mesmo com tantos xingamentos e provocações. Aquilo era apenas uma fachada para nossos sentimentos reais de compreensão um com o outro. Eu conseguia ver nos olhos amarelados dele, que Suna apenas queria sentir-se vivo novamente, somente buscava por um impulso que lhe dava adrenalina e sensação de vivência. E o maior sabia exatamente a minha necessidade de querer ser amada e desejada, de ter alguém que realmente me ame por quem eu sou e não por minha aparência e corpo.
No final das contas, eu e Suna já havíamos entendido um ao outro desde nossa primeira conversa.
*
oi mores! como estão?
espero que bem ^^
gente, sigam o ig do insta que fiz para interagir com vocês, o arroba é @izzi.sat
bom, espero que tenham gostado do cap, vou tentar postar com mais frequência :)
cap sem revisão!! [20/05/21]
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top