#𝟑𝟏 - 𝖮 𝗹𝘂𝘁𝗼 𝗍𝖾𝗆 𝖾𝗌𝖼𝖺𝗆𝖺𝗌
Ainda estava escuro lá fora, o vento estava mais frio naquela época do ano, mesmo que o inverno não estivesse perto e nunca fizesse tão frio na capital assim, mas as janelas costumavam ficar fechadas e as lareiras acesas, não naquela ocasião. O que acordou Drasilla não foi o frio, ela se enrolou na coberta e não sentiu ninguém puxando do outro lado ou um braço passando por cima de si, para puxar para perto de um corpo mais quente. Ao se virar ela se deparou com uma cama meio vazia e um travesseiro frio, Aemond tinha saído, pelo visto algum tempo, mas o que chamou sua atenção foi a movimentação lá fora.
Normalmente não se ouvia nada - talvez bem pouco - dos criados andando antes do nascer do sol, mas algo tinha acontecido, temendo que a saúde de Viserys fosse o alvo disso, ela se enrolou em algumas roupas, com pressa demais para vestir algo mais robusto, migrando em direção à porta, para só aí perceber algo estranho, ela estava trancada pelo lado de fora. Drasilla puxou uma, duas vezes, não teria força pra abrir daquele jeito, nem se chocasse seu corpo contra a porta.
A morena havia crescido naquele castelo, ela e Rhaenyra exploraram cada sala, cada passagem, quando pediu a Aemond que aquele fosse o quarto dos dois como casal, uma das coisas que passaram sob a sua cabeça era como ser útil se ela precisasse sair, Drasilla era fascinada pela anatomia da Fortaleza Vermelha e como Aegon I pensou nos detalhes, mas teria tempo de lidar com isso em outro momento. Ela tateou as paredes perto da lateira, empurrando a pedra, para sentir o ar da passagem tocar seu rosto, era escuro, mais do que lá fora, então ela trouxe consigo uma vela que estava perto, olhou última vez para o quarto e emergiu nas sombras da passagem.
A passagem de pedra, tampada por duas armaduras, era uma saída estratégica, com o sol ainda não tendo nascido, a princesa continuou com a vela em mãos, segurando o castiçal, quando viam Drasilla as empregadas andavam ainda mais rápido, como se tivessem visto um fantasma, a maioria delas se esquivava quando a princesa tentava perguntar algo, ela não via nenhuma das companheiras de sempre e com Dorelle Tarth na Campina, Drasilla não tinha uma confidente, então ela teve que tomar uma decisão mais drástica.
── Ei, espere! ── Ela entrou na frente de uma jovem, a mesma ficou pálida de susto. ── O que está acontecendo? Por que toda essa movimentação?
── Princesa eu ...
── Diga! ── Drasilla foi categórica, uma veia saltava na testa, devido à raiva. ── Eu sou sua princesa, é uma ordem.
── O rei. ── A garota falou segurando firme a bandeja. ── Ele está morto alteza.
Foi ali que o mundo de Drasilla caiu, ela sequer percebeu a criada correndo corredor afora, era como se tudo tivesse ficado quieto. O mundo pareceu congelar no momento em que ela ouviu a notícia devastadora. Sua mente tentou processar as palavras, mas elas pareciam distantes, irreais. No silêncio abafado do corredor, tudo ao seu redor desacelerou, como se o tempo estivesse tentando lhe dar espaço para absorver o golpe. Cada passo parecia pesado, como se próprio corpo da princesa estivesse resistindo à realidade que acabara de se manifestar diante de si.
Um vazio profundo se instalou no peito, substituindo qualquer outra sensação que ela pudesse ter experimentado. A dor era como uma névoa densa, envolvendo-me em sua escuridão. Drasilla queria gritar, chorar, qualquer coisa para expressar a tempestade de emoções que se agitava dentro de mim. No entanto, seu corpo estava paralisado pelo choque, incapaz de articular qualquer reação além de um entorpecimento angustiante.
Enquanto ela permaneceu ali, imóvel, o eco do seu próprio coração partido parecia encher o corredor vazio. Seus olhos fixos no vazio, sem lágrimas para aliviar o peso esmagador que se instalara em sua alma. A dor do luto se manifestava não apenas como um sentimento, mas como uma presença palpável, envolvendo-lhe em sua sombra escura e solitária.
As memórias da vivência com Viserys parecia se mover como um turbilhão em sua mente, se lembrava de ter conversado com o irmão na noite passada, mas depois disso não tinha mais se visto, ela e Rhaenys tinham combinado de falar com ele naquele dia, Drasilla queria um momento tranquilo com o rei, mas nunca mais teria isso. Era como um no na garganta, ela já imaginara mil vezes não ter mais Daemon, mas nunca se preparou para o que seria não ter mais Viserys.
Seu corpo, por pouco, recobrou os movimentos, caminhando meio incerta pelos corredores, desviando de amas que a olhavam de canto, sabendo o que tinha acontecido, ela sequer conseguia chorar, claramente atordoada, por pouco não caiu ao se chocar com um homem de armadura que a segurou pelos ombros, era um dos irmãos Cargyll, sua mente ainda tentava funcionar racionalmente, mas não os identificava, o homem passou o braço em torno os ombros dela, a levando para sala de chá mais próxima e fechando a porta ao vê-la se sentar.
Ele queria dar a ela todo tempo do mundo, por sua expressão tinha acabado de descobrir sobre a morte do rei Viserys, o guarda sabia que pra ela, em especial, seria devastador, confiava que Drasilla, em seu melhor momento, fosse alguém preparada para receber aquela notícia e lidar com a situação, visto que o rei estava doente e ela era inteligente para ligar os pontos, mas ela não estava no seu melhor, perdera o marido tempos antes e agora o irmão. Ele poderia esperá-la por horas, mas ao ouvir a guarda pelo corredor ele se abaixou, se um deles ousasse procurar a princesa e não a achasse, logo iniciariam uma busca pelo castelo e aquela sala de chá seria um dos cômodos próximos ao quarto dela a procurar.
── Princesa oi, olha para mim. ── Ele se abaixou perto dela, ainda atordoada. ── Sou eu, o Erryk.
── Erryk ... ── Ela só repetiu baixo, olhando para ele.
── É, isso mesmo. ── Ele confirmou com a cabeça. ── O Cadmus me pediu para ir atrás da senhora se algo acontecesse com o rei.
O nome do nortenho ficou rebatendo na cabeça de Drasilla, mesmo que ele estivesse na Campina protegendo os filho dela agora, ele ainda tinha se preocupado com ela, tinha garantido que alguém iria atrás da mesma caso a situação na corte piorasse devido à morte do rei, o seu guarda juramentado tinha pensado em tudo. Os segundos se passaram depois da informação que Erryk entregou, então os olhos lilás de Drasilla encontraram os azuis do guarda a sua frente, ainda em silêncio.
── Ele pediu que garantisse sua segurança, que vossa alteza saberia o que fazer a partir daí. ── Ele se levantou devagar, ao ver que ela o seguida com os olhos. ── A rainha mandou trancar a senhora e a Princesa Rhaenys em seus aposentos, assim como seus dragões no fosso, mas tem outra coisa ...
── O quê? ── Os olhos de Drasilla ainda pareciam melancólicos ao encarar um Erryk receoso. ── O que mais aconteceu?
── O Príncipe Aegon será coroado rei, ainda hoje. ── Erryk soltou a bomba. ── No Fosso dos Dragões.
── Ele o quê? ── Rapidamente a dor que estampava os olhos da morena virara ódio, do mais puro.
Drasilla ainda sentia a dor devido à perda de Viserys, mas se tinha algo que a movia mais do que a dor, isso era a raiva. Desde que o rei tinha declarado que Rhaenyra era a sua herdeira, a morena cegamente movia-se na direção de lutar com unhas e dentes pelo direito da tia, Rhaenyra teria tudo que ela queria, a coroa era da primogênita e se Alicent Hightower ou algum dos verdes, como seus aliados na corte eram conhecidos, achavam que poderiam tirar isso dela, a resposta seria com fogo e sangue.
── Sir. Erryk ... ── Ela se levantou de rompante, assustando o guarda. ── Leve a Princesa Rhaenys embora, ela deve chegar a Dragonstone, deve avisar a Rhaenyra e Daemon sobre o que aconteceu aqui.
── Mas e vossa alteza? ── Erryk engolia cedo, Cadmus foi categórico, não deixar a princesa.
── Eles vão perceber que eu fui embora, preciso ficar para dar tempo a vocês, retornarei oa meu quarto em breve. ── Ele o orientou se aproximando da porta. ── Diga a Rhaenys que se vir o Flarion, que o solte.
── Certo princesa, mais alguma coisa? ── O guarda quis saber, enquanto Drasilla abria a porta.
── Mande corvos a Campina, avise ao Cadmus sobre a morte do rei, peça a ele que vá para Dragonstone assim que puder. ── Ela passou pela porta aberta e olhou o guarda uma última vez. ── Fale com ele para avisar a Carmine sobre o lírio carmesim, ela sabe o que é.
O guarda seguiu para um canto, Drasilla para o outro, voltando para onde ela tinha saído, o quarto vazio e frio de antes, mas dessa vez, desde que saiu, ele parecia muito mais sombrio. Ela ficou lá, olhando a janela, vendo o pátio dali, onde os standartes Targaryen eram trocados por uma versão toda preta, mesmo que ninguém a contasse o que estava acontecendo, ali ela sabia que alguém tinha partido, chutaria Viserys na hora.
Levou um tempo até que Aemond aparecesse, primeiro ela ouviu alguém mexendo na porta, se virou para ver, depois o ouviu bater duas vezes e a chamar, em silêncio ela permaneceu, depois ele brigou com um guarda, pode ouvir, a porta então foi aberta, mas a princesa continuou olhando lá fora, como se nada mais pudesse a abalar, de fato não parecia que pudesse. Aemonf ficou em silêncio a olhando, ele não era próximo do pai, mas ela era, bastante.
── Querida ... ── Ele se aproximou mais, só parando quando ela se virou pra ele. ── Me desculpe, eu ...
── Sua mãe e avô acham que eu sou um animal? ── Ela o questionou. ── Para me trancarem?
── Eu não sabia que fariam isso com você. ── Ele se aproximou mais, segurando as mãos dela. ── Não teria concordado com tal, só saí pois precisavam encontrar o Aegon, mas isso não importa agora, eu sei que deve estar doendo em você, vai ficar tudo tranquilo quando o luto passar.
Os braços dele a envolveram, puxando para perto em um abraço, Aemond não era próximo de Viserys, sempre ficou claro para todos que Rhaenyra era a filha favorita, de um casamento com amor, não era o caso dele e dos irmãos, mas Aemond sabia o quão Drasilla amava o rei e ele a amava, então só a apertou em seus braços, deixando ela molhar as suas vestes ao começar a chorar encostada em seu peito, ele poderia sentir muitas coisas sobre ela, mas realmente se importava, não gostaria de vê-la menos do que perfeita, mesmo que visse rachaduras que nunca se fechariam. Aos poucos ela parou de chorar, demorou, quando começou a soluçar ele se sentou com ela na cama, ainda abraçado a esposa, mas aos poucos ela foi parando, silenciosa.
── Eu sei da sua relação com a princesa. ── Ele quebrou o silêncio, se separando ela e a encarando. ── Mas o rei decidiu por Aegon em seu leito de morte. Se você amava meu pai, tem que respeitar sua decisão.
── ... ── Havia apenas um longo silêncio vindo de Drasilla, seus olhos vermelhos o encaravam, muitas coisas passavam na sua cabeça.
── Seu apoio convencerá a princesa e o Príncipe Daemon. ── Ele assoprou o ar pesado pelas narinas ao mencionar o tio. ── Evitará uma crise familiar, você não quer isso, quer? Pode nos ajudar?
── Claro ... ── A voz dela saiu embargada, ela estava fazendo o certo, evitando que uma guerra familiar começasse? ── Só me deixe usar preto, pelo meu irmão.
── Claro, use preto pelo tempo que precisar. ── Ele a acolheu os braços de novo e ela começou a chorar.
Sir Erryk tinha um plano da Princesa Drasilla na cabeça, ele precisava esperar a hora certa, que todos tivessem saído para coroação para fazer o que tinha prometido a morena, então no momento propício ele rompeu a porta e olhou Rhaenys encarando o lado de fora do castelo pela janela, ele estava ofegante e ela silenciosa, tentando entender para o que ele estava lá. Erryk explicou devagar todo o plano que Drasilla tinha confidenciado a ele, Rhaenys só concordava com a cabeça.
── Deuses ... ── A mais velha assoprou. ── E ela não virá conosco? Não posso deixar a Drasilla sozinha aqui.
── Ela nos encontrará em breve. ── Erryk se limitou a dizer. ── Só precisamos seguir o plano, avisar a Princesa Rhaenyra sobre a morte do rei e da usurpação dos verdes ou tudo será em vão.
── Certo ... Ela terá que ser forte. ── Rhaenys falava sobre Drasilla. ── Vamos!
A princesa parecia um fantasma, de preto dos pés a cabeça, com um véu que tampava partes do seu rosto, ainda estava magra demais, desde a morte de Rasmus ela era só uma mancha do que um dia foi, firme, forte e brilhante, agora pareca fogo baixo, queimando, mas não produzindo calor. Eles se aninhavam nas carruagens, calmos, Alicent dava algumas orientações a Aegon, desconfortável em sua roupa, quando Drasilla foi entrar a carruagem junto de Aemond e Helaena, Alicent os chamou.
── O Lorde Mão quer que a princesa vá com o Príncipe Aegon. ── Ela mirou os olhos em ambos. ── Eu vou com a Princesa Helaena e o Príncipe Aemond.
── Porque ...? ── O caolho olhou a mãe, ainda meio confuso, Alicent só desviou o olhar.
── Ele quer que as pessoas me vejam com seu irmão. ── Drasilla desceu os degraus devagar, segurando a mão do marido. ── Vai reforçar a imagem de apoio a ele se eu, como alguém tão próxima do rei e da Rhaenyra estiver apoiando essa men... Situação.
── Tudo bem. ── Aemond parecia claramente desconfortável ao dar a mão a Alicent. ── Não o deixe fugir.
── Ele não vai. ── Drasilla comentou com o marido, migrando para outra carruagem.
Havia um longo silêncio dentro da carruagem, nem Aegon e nem Drasilla falavam alguma coisa, os dois sentados em lados opostos de tudo aquilo, sem cogitar se quer falar alguma coisa, enquanto a princesa olhava lá para fora torcendo para que aquele curto trajeto passasse logo e todo o pesadelo fosse só uma lembrança, Aegon não parava de olhar pra ela. O filho mais velho de Viserys tinha milhares de dúvidas sobre a tia, que parecia próxima de Aemond e nutrir algum sentimento positivo por Helaena, mas ele e Daeron não tinham qualquer contato com ela a maior parte do tempo, ele sentia que o caçula não se importava com nada, nem estava na capital agora, então sobrava ele, cheio de perguntas.
── Você acha que o rei mudou de ideia? ── Aegon queria saber a opinião dela, mesmo que no fundo já soubesse mesmo.
── Você sabe a resposta. ── Ela respondeu por cima, sem pestanejar, como se já soubesse o que seria perguntado.
Então o silêncio se fez novamente, ele queria se aproximar dela e falar alguma coisa, mas só conseguia sentir um enorme peso sob si, um pouco nebulado mentalmente. O futuro rei olhou lá fora, ouvia os gritos da população, algumas batidas na carruagem, do povo de Porto Real, só soltou o ar pesado das narinas, voltando a olhar a princesa, ela parecia imutável e desconfortável, na mesma posição desde que entraram naquele lugar.
── Você o ama? ── Ele perguntou quebrando o silêncio de novo, dessa vez Drasilla ficou calada por um tempo.
── Você também sabe a resposta disso. ── Para ela era óbvio a opinião de todos, não tinha muito o que queria ou poderia falar.
── Você tem que parar de mentir pra você mesma. ── Aegon olhou as próprias mãos, talvez um devaneio? Ele não podia afirmar.
── Só eu? ── Ela pela primeira vez o encarou, chegou a abrir os lábios, pensando em falar algo, mas os fechou.
── Essa família toda. ── Ele soltou por último, então ali ambos embarcaram num longo silêncio até a porta do Fosso dos Dragões, onde os outros os esperavam.
Ela desceu primeiro, Aegon parecia nervoso, a princesa olhou pra dentro uma última vez, mas sem dizer nada, apenas segurou a mão de Aemond do lado de fora, silenciosa e tampando o rosto todo finalmente com o véu que tinha em sua cabeça. Ela permaneceu o tempo todo ao lado do marido, como um troféu, amparada por seu braço direito durante a coração. Seus olhos marejados acompanhavam enquanto Aegon caminhava em uma orda de espadas erguidas por membros da guarda da cidade até o altar onde todos estavam de pé, ainda receoso.
Para Drasilla aquili parecia uma longa tortura, ela tinha os olhos marejados, olhou para o lado quando a coroa do Conquistador era repousada na cabeça do Príncipe, fazendo dele, oficialmente, Aegon o Segundo de seu nome. Drasilla apertou mais ainda o braço de Aemond, soltando o ar de leve pelos lábios, não dava para ver o rosto dela muito bem, por causa do véu, mas as lágrimas caíam por suas bochechas pálidas e magras. Drasilla olhava os próprios pés quando sentiu algo tremer, ergueu o véu a tempo de notar a núvem de fumaça se levantar, Aemond tomou a frente, puxando para junto de si a esposa e a irmã Helaena e as protegendo com o corpo.
Quando a poeira se abaixa todos olham a cen, emergindo das pedras do enorme dragão avermelhado, em seu doro despontou uma pessoa, segurando na cela e vestindo roupas de montaria, a Princesa Rhaenys, outrora presa, Drasilla soltou um leve suspiro de alívio, Sir. Erryk então tinha conseguido libertá-la, o plano seguia bem. A rainha Alicent se colocou na frente de Aegon, como se seu corpo pudesse proteger o novo rei, Rhaenys olhava para Drasilla e via o desenho de seus lábios, dracarys, um pedido de socorro, acabe com tudo isso, mas a mais velha apenas balançou a cabeça negativamente.
── Venha comigo, fique do lado certo. ── Rhaenys chamou, sem direcionar, mas seus olhos indicavam.
── Não posso ir contra o último desejo do meu irmão. ── Os olhos dela estavam marejados, Aemond tinha um curto sorriso no rosto, passando o braço em torno dela. ── Apoiarei o rei legítimo, Aegon da Casa Targaryen.
── A escolha é sua. ── A mais velha confirma.
A movimentação de Meleyes faz os verdes se afastarem, mas nada poderiam fazer, a rainha vermelha empurra e esmaga mais civis enquanto se direciona rumo a grande porta e dois abre suas asas, voando para fora da vista de todos. As movimentações logo são feitas para tirar a família rela de lá, as pessoas gritavam por socorro e dor, era um cenário horrível para completar a coroação de Aegon.
Os domadores do fosso se aproximam do buraco que Meleyes havia deixado, o barulho baixo chama a atenção de todos, os dragões estavam lá embaixo, com excessão de Vhagar que era grande demais, poderia ser qualquer um, instável o suficiente, mas o ganido chamou atenção de Drasilla, segundos antes da cabeça de Flarion despontar pelo buraco, Rhaenys tinha cumprido o que a princesa pediu. Quando o dragão cospe fogo nos montadores a princesa se desvencilha dos braços do marido, descendo as escadas, mas ainda parando a uma distância do dragão.
── Voe. ── Os olhos dela estavam marejados, ela poderia ser uma prisioneira, mas seu Flarion era livre. ── Voe agora, Flarion.
O comando em alto valiriano foi rapidamente assimilado pela criatura, uma Drasilla em lágrimas escorrendo pelo rosto olhou sua montaria ir embora, pela mesma porta que Meleyes tinha ido, dando um rodopiou para passar por lá, muito menor e mais leve, foi fácil, a cabeça do dragão ainda olhou para trás, para conferir se sua montadora não iria com ele, mas não, Drasilla e Flarion se separariam pela primeira vez, tomando caminhos diferentes, desde que a princesa e o dragão nasceram.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top