AVISO: Esse capítulo contém cenas +18 devido a conteúdo sexual, leia por sua conta e risco.

As festividades estavam animadas e possivelmente seguiriam assim por dias, as pessoas bebendo, sorrindo e comemorando, depois da lembrança do que foi o casamento de Rhaenyra onde vários dias de festa foram transformados em um clima estranho e enlutado, aquele casamento parecia empurrar para baixo do tapete qualquer lembrança ruim. Mas é claro, mesmo que pudesse varar noites e dias bebendo e comemorando em homenagem ao jovem casal, ainda havia tradições, como a da primeira noite.

Drasilla estava nervosa de ficar a sós com ele agora, não era como a noite logo após o jantar que firmou o noivado curtíssimo deles, os deuses tinham pressa em uní-los, ela só parecia nervosa demais. Havia estado em tantos lugares e viajando com Daemon, mas era irônico pensar que ela não tinha feito nada, mesmo quando estava em Lys ou Pentos, havia visto coisas, em vezes sentia seu rosto queimar, quando tentava ler, certa vez seu irmão fazia um verdadeiro bacanal no quarto enquanto ela lia sobre Valíria, quando ela bateu na porta para pedir que fizesse menos barulho, uma das meretrizes quis a arrastar pra dentro, ela ficou sem falar com Daemon por 3 dias.

Já Rasmus parecia mais tranquilo, ela não seria a primeira mulher na sua cama, como era de se esperar de um cavalheiro na idade dele, mas a seus olhos seria a última, a sua esposa, futura mãe dos seus filhos, a pessoa com quem os deuses o uniram, ele já esperava por isso, almejava por ela desde quando a viu pela primeira vez, em uma das idas a capital, mesmo antes dela notar a existência dele. Ele retirava calmamente as peças de cima de suas roupas apertadas, já Drasilla olhava na direção dele, ainda sem conseguir começar a tirar as suas.

— A gente pode conversar? — Ela quebrou o silêncio até então imaculado. — Agora que nós somos casados, tem uma coisa que meu irmão, o rei, propôs a mim e preciso compartilhar com você.

— Podemos conversar sobre isso de manhã? — Ele falava com um suspiro, todo aquele dia também o deixara cansado. — Vamos aproveitar nossa primeira noite.

— Não. — Ela insistiu dando alguns passos a frente, para perto dele. Drasilla estava nervosa, dividir as decisões de sua vida com outra pessoa era complicado. — Isso é muito importante para esperar.

— Se você esperou até aqui, mais algumas horas não farão mal, querida. — Ele riu tentando confortá-la, via as mãos dela apertando uma a outra.

— Eu sabia que seria assim, só quando você quer as coisas. — Ela cuspiu da boca pra fora. — Que idiota ... Você não entende nada.

O silêncio pairou, Rasmus pensou em abrir os lábios e falar alguma coisa, Drasilla mesmo notou que estava indo além do que deveria, falando com grosseria, que se fosse o contrário ela mesma não o perdoaria depois daquelas palavras. Mesmo nervosa ela sabia do seu erro, desviou o olhar dele, não conseguia encarar o homem a sua frente, o casamento mal tinha acontecido e ela já tinha ferrado com tudo.

— Desculpa, eu ... — Ela sequer conseguia continuar a falar.

Rasmus assistia em silêncio enquanto ela tentava lidar com as próprias frustações e levar aquela situação a frente, sabia que sua esposa não era fácil, nunca seria, amar e fazer aquilo dar certo seria um processo longo e desgastante em alguns pontos. Ele se aproximou devagar, percebendo que ela o via e não se afastava, tomou suas mãos junto as dele, acariciando-as com os polegares, tentando acalmá-la.

— O que houve, meu lírio? — Ele falou carinhosamente, nomeando-a como a flor do amor eterno. — É normal tentar focar em outras coisas quando se está nervosa, mas eu estou aqui com você.

— Eu realmente não queria ter sido desagradável com você. — Ela o olhou, ainda séria. — Você sempre foi tão gentil e cordial comigo, só que tudo isso tem sido tão ... Não sei.

— Coisa demais, eu entendo. Por isso é com relaxar. — Ele ainda acariciava a mão dela. — Sabe o que vamos fazer agora?

— Claro que sei. — Ela ri ponderando com a cabeça, também não era tão inocente. — Eu passei tempos viajando com o Daemon, apesar de não ter feito nada e ter me dedicado a conhecer o reino e estudar sobre Valíria, eu normalmente dormia no quarto ao lado do dele.

— Certo ... — Rasmus não tirava os olhos dos olhos dela, belos olhos violeta. — Você está nervosa em fazer isso? Não temos a obrigação de ceder hoje ou de você aparecer grávida daqui um mês ou menos, quero que isso seja confortável para nós dois.

— Você me ama? — Ela pergunta do nada, o pegando de surpresa.

A posição dele não muda, Rasmus só fica pensativo, tirou os olhos dela, buscando em sua mente a resposta para a pergunta, ele tinha um enorme apresso pela princesa, mas ele a amava? O que ele considerava amor? Nunca tinha parado para pensar nisso, mas sabia que o silêncio era uma dos mais dolorosos momentos.

— Não. — Ele respondeu rápido, mas sabia que precisava completar aquilo. — Mas amar é uma construção lenta, feita dia após dia e que precisamos estar prontos para amar e nos deixar ser amados. Você vai permitir que eu te ame?

— Rasmus, eu ... — Ela também não estava pronta para essa pergunta. — Eu não sei.

— Tudo bem. — Ele ergueu e abaixou os ombros. — Não esperava que você respondesse isso agora, dessa forma. Tudo bem estar confusa e temerosa com os rumos das nossas vidas, nós somos jovens, mas estarei com você Drasilla, pois agora somos um perante aos deuses.

Ele tocava o rosto dela com a canhota enquanto falava, não perdendo o olhar do dela em nenhum momento, o quarto era iluminado por uma lareira, ele era maior e mais aconchegante que o quarto normal da princesa no castelo. Por alguns segundos eles ficaram só olhando, Rasmus estava de costas para a lareira, seu brilho deixava um ar soturno no ambiente, não tão iluminado, de certa forma sensual também, as chamas brilhavam nos olhos dela.

Drasilla movia os olhos com rapidez, parecia querer decorar cada pedaço do rosto dele, que apesar de não tão banhado de luz quanto o dela, ainda podia ser visto, ele era bonito, havia tirado a barba, mas sabia, pelo tempo que tinha passado perto dele, que não demoraria a crescer de novo. Ela olhou para mão dele tocando seu rosto, o toque delicado, quando voltou a olhar a face dele, suas íris miraram os lábios do marido, pareciam chamar pelos dela.

Eles haviam dado um beijo na cerimônia, mas fora um beijo simples, toque de lábios singelo, nada pecaminoso ou romântico, ela era impulsiva, segurou o rosto dele em meio as suas mãos e trouxe para perto do seu, beijando os lábios macios do Tyrell, que tinham um leve gosto do vinho que ela o vira tomando durante o jantar momentos antes, ela lembraria daquele gosto para sempre. Em meio as incertezas sobre sua vida e o que sentia ou por quem sentia, Drasilla apenas quis se entregar a certeza de que Rasmus cuidaria dela.

Quando ela segurou o rosto dele, o rapaz passou a segurar a cintura da princesa, a trazendo para perto, envolvendo seu corpo nos braços dele, sentindo os lábios macios dela e conhecendo-a de uma nova maneira. Suas mãos, logo em seguida, subiam pelas costas dela, desabotoando levemente os botões do vestido, até o último próximo ao pescoço da jovem dama e nesse momento que eles se separaram, um pouco pelo beijo e falta de fôlego e outra para que ela pudesse se livrar daquela peça mais pesada, levando junto com ele a saia e as anáguas por baixo do vestido, a deixando só de corpete e roupas íntimas debaixo.

Ela nunca havia estado tão exposta assim a frente de um homem, olhou pra ele, que usava ainda a camisa branca que estava por baixo dos casacos já tirados e a calça, ela não perdia os olhos verdes dele de vista, enquanto tirava cada um dos suportes do cabelo, o cabelo cair pelas costas, ao mesmo tempo Rasmus tirava a camisa e a segurava perto de si, a trazendo para seu colo, enquanto a princesa passava as pernas pela cintura do noivo e voltava a beijá-lo.

Rasmus seria hipócrita em dizer que nunca tinha imaginado aquele momento enquanto estava em Jardim de Cima, enquanto olhava para ela, em que despia a princesa e a tinha só pra si. Ele a deitou na cama, observando-a como sua, não havia como esconder o sorriso que ele colocava no rosto, de fato ansioso pra isso. Ela respirava baixo, ainda um pouco nervosa, o rapaz avançou sob a princesa, dessa vez não a beijando com gentileza, mas com desejo, so jeito que ela também o queria.

Ele estava cansado de só olhá-la com roupas tampando o que ele imaginava ser um corpo abençoado pelos deuses, esses que deram ao amante das rosas a força necessária para virar a princesa com uma só mão, a colocando de bruços com o colchão e a ouvindo arfar, com uma risada em seguida, talvez fosse o calor do momento, mas ele riu junto, enquanto desamarrava o corpete dela e deixava suas costas a mostra.

Ela tinha a pele alva, apesar de uma cicatriz no meio das costas, pequena, poderia ser de qualquer uma das molecagens que só Drasilla faria. Ele a beijou, começando pelo pescoço que fez a morena se encolher e depois descendo elas costas, ele escutava os gemidos baixos dela, tímidos e isso despertava nele um sorriso sincero. Quando seus beijos já alcançavam a lombar da princesa, ele tocou na última peça ainda presa em seu corpo, a roupa íntima, mas ergueu a cabeça, olhando-a de costas para si.

— Posso?  — Ele perguntou e ela o olhou por cima do ombro. — Não quero terminar de despí-la sem sua autorização.

— Só se tirar o que te falta logo em seguida. — Ela respondeu apoiando o cotovelo no colchão.

Ele concordou com a cabeça, ajudando-a se livrar da última peça, sem seguida tirando a calça e qualquer outra coisa que usava, finalmente eles estavam assim, sem roupa alguma, despidos para deuses em homens, um na companhia do outro. A destra de Rasmus estalou na pele das nádegas de Drasilla, ao dar-lhe um tapa, ela exclamou de dor com a voz mansa, de quem havia gostado, mas nem teve tempo de protestar, pois o rapaz havia a virado de frente para si novamente.

Rasmus estava anestesiado com a bela visão a sua frente, sua noiva, só sua, mas estava faminto por ela, como ela por ele, então retornou a beijá-la, como se sua vida dependesse daquilo, a destra tomava a coxa da princesa, apertando a pele alva e com certeza deixaria uma marca, já a canhota se ocupou e captar o seio mais próximo da morena, repousando o polegar sob o mamilo, o massageando, o que fazia Drasilla arfar de prazer, nunca tinham tocado assim nela.

Os beijos dele desceram para o pescoço dela, havia uma falta de ar nela nesse momento, enquanto uma mão agarrava o lençol e a outra tocava a nuca dele, ela mordia os próprios lábios e só não conseguiu se conter quando ele passou a usar a boca em um dos seus seios, aquele que não havia tocado, ela arfou quando a língua de Rasmus contortou a auréola, antes que ele passasse a chupar-lhe o peito. A mão que antes lhe tocava o seio apalpava a princesa, como se decorasse os lugares, ele ainda não sabia exatamente onde melhor tocá-la e beijá-la, mas queria fazer aquilo tantas vezes que decoraria todas partes do corpo dela.

A mão que lhe apertava a coxa contornou-a por dentro, se aproximando a virilha, ele parou de beijar a princesa e olhou em seus olhos, ela respirava pesado, estava com as mãos esticadas sob a cabeça e Rasmus prendeu os punhos de Drasilla com uma só mão, a dele era grande, mesmo que ela pudesse se soltar, ela cedeu, ele queria olhar nos olhos dela quando fizesse aquilo. A conexão visual de ambos era intensa, ela esperaria qualquer outra coisa dele, qualquer beijo ou aperto, mas não aquilo que viria em breve.

— Quero que mantenha as pernas assim abertas, pode fazer isso por mim? — Ele perguntou verbalmente a ela.

— Claro. — Ela respondeu. Não que fosse fácil, visto que ele estava entre as pernas dela, mas ela obedeceria.

O dedo indicador e médio da mão livre tocaram sob o clitóris da morena, começando a massagem, ela sentiu de imediato e tentou se remexer, mas ele estava a prendendo com os punhos, ele via nos olhos dela que o prazer daquela forma não era algo que ela tinha experientado antes, era bom saber que ele estava proporcionando isso a ela dessa forma. Aquele movimento se seguiu por mais alguns momentos, ele via que ela estava se segurando para não gemer, quando notou que ela ficou úmida a seu toque ele sorriu, parando o movimento.

— Eu sei que nunca fez isso, então pode soar estranho ou incômodo, mas ... — Ele sussurrou inclinando-se sob ela. — Posso colocar um dedo em você?

— Que?

— É. — Ele respondeu de pronto. — Se doer você me fala, ok? Prometo fazer devagar.

— Ok, confio em você. — Ela sabia que não conseguiria falar mais.

Ele concordou com a cabeça, apertando os punhos dela, olhou para o ventre da esposa e depois para seus olhos, ele queria ver como ela se sentia. Quando introduziu um dedo, lentamente, a viu soltar o ar pela boca, Drasilla tentava não se mexer muito, era estranho, mas não doloroso, quando ele colocou toda a extenção, o dedo recuou levemente, fazendo um movimento de vai e vem, lento de início, mas os olhos dos dois diziam que ele poderia aumentar aquilo, não houve força e não ela necessário, ele ouvia os gemidos dela como doce melodia aos seus ouvidos enquanto a penetrava com o dedo do meio.

— Coloca outro, eu consigo aguentar. — Ela implorou e ele a beijou em resposta.

Queria ir devagar com ela, mas sua esposa parecia voraz, faminta, quando ele introduziu o segundo dedo, ela soltou um gemido longo, Rasmus fechou os próprios olhos se deleitando com o som que ela fazia quando ele a tocava. O mesmo movimento de antes fora repetido e ela gemia sem se conter, não precisava, era o que todos esperavam deles, que fizessem amor, mais e mais, que isso lhes desse filhos e frutos.

Ele via que ela não iria aguentar por muito, que por ser talvez sua primeira vez, encontrasse o ápice até rápido, eles poderiam descansar e continuar durante a noite, várias vezes. Ele parou de tocá-la e passou a beijar e princesa, estava faminto por ela e ela por ele, o corpo de Drasilla tremia, sentia um choque entre suas pernas. Ela estava ansiosa por tê-lo dentro de si depois daquela masturbação, enquanto ele a beijava, ela o tocava e chegou a encontrar o membro ereto do marido. Ela já havia visto, mesmo que contra sua vontade, as meretrizes tocarem o irmão e mesmo que a cara de nojo fosse o que ela sempre fazia ao desviar o olhar, foi útil para repetir com Rasmus.

O Tyrell não esperava que ela o tocasse assim, queria ensiná-la e aprender com ela o que os fava prazer, mas foi bom e pela primeira vez ela ouviu um gemido vindo dele, ela gostou daquilo. Era bom e claro, ele poderia deixá-la fazendo aquilo por mais tempo, mas iria acabar ejaculando e acabando com a festa momentaneamente. Então ele segurou a mão dela, eles se olharam em silêncio por segundos, como se ele perguntasse a ela algo e Drasilla sabia, então balançou a cabeça positivamente.

Ele se ajeitou entre as pernas dela, erguendo ambas as coxas e se posicionando no lugar certo para penetrá-la de vez, ela não achou tão diferente do que acharia com dois dedos antes, um pouco mais estranho, mas seu corpo ainda vibrava de prazer, ele nem percebeu o quanto empurrava forte dentro dela e ela só queria tê-lo mais e mais. Depois alguns minutos olhando para ela se contorcer, ele foi parando aos poucos, segurou a princesa pela cintura para trocar de lugar com ela na cama.

— Você é uma montadora de dragão fantástica, será que sabe montar outra coisa? — Ele a promocou.

— O seu fogo talvez justifique a vontade que eu tenho de sentar em você. — Ela respondeu segurando o membro dele e ficando de joelhos.

Ela se encaixou nele e arfou em uma primeira ocasião, Rasmus tocou os quadris dela, a ajudando a se movimentar, a cena dela em cima de si era majestosa, gemendo - agora alto - enquanto seus seios batiam contra o próprio corpo e ela apoiava uma mão sob o dorso dele e outra segurava os próprios cabelos, ela queimava em chamas enquanto cavalgava sob seu marido, aquela era uma sensação magnífica.

O ato se extendeu por mais algum tempo, até que ela sentisse ele derramar-se dentro de si, não se preocupou em ter que tomar um chá da lua naquele momento, seria um pensamento para outro instante, não aquele, nesse ela só queria aproveitar. A jovem caiu deitada ao lado do marido, sendo abraçada e beijada por ele, os dois estavam ofegantes. Mas aquela seria só uma pausa, até que o dia quase raissse eles ainda repiriam aquilo em outros pontos do quarto.

Pelo castelo, é claro, guardas, amas e nobres lembrariam daquela noite como quando as rosas cresceram forte em meio ao fogo.