#𝟏𝟏 - 𝖤𝗆 𝖻𝗋𝖾𝗏𝖾 𝗌𝖾𝗋𝖺́𝗌 ... 𝖡𝗈𝗍𝖺̃𝗈 𝖽𝖾 𝐑𝐨𝐬𝐚
Drasilla havia deixado o pequeno principe no colo da loira quando eu guarda chegou a chamando, o rei requisitava sua presença, é claro que ela iria ver o irmão, mas não poderia deixar de ver Rhaenyra primeiro, além da saudade, havia a promessa que ela voltaria para King's Landing para ver o primeiro neto de Viserys, agora com esse compromisso finalmente cumprido, ela poderia ver o primogênito de Baelor.
Quando as portas do quarto se abrem, Drasilla e o guarda fazem a mesma reverência sincronizada para o rei, Viserys só concorda com a cabeça, pedindo para que a irmã se aproximasse com o aceno de mão, enquanto o guarda fecha as portas, ela nota - logo em seguida - que havia uma criança dormindo em um berço do qual o rei observava, pelo tamanho ela chutava que fosse Aemond, e também pelo nome do bebê gravado no móvel. Viserys não demora para envolver a irmã em um abraço, mesmo que lento, Drasilla sabia da saúde do irmão, claro que não queria fazê-lo se esforçar demais ou se machucar.
— Senti tanto sua falta nesse tempo. — Ele confessou apertando ela. — Está proibida de sumir tanto tempo de novo.
— Prometo que não vou. — Ela falou de volta se separando dele.
— Vamos, me conte, como foram suas viagens? — Havia um brilho no olhar do rei, interessado nela de verdade.
Aquilo levaria várias e várias horas, Drasilla sabia que Viserys em nenhum momento se importaria, preferia inclusive ouvir as histórias dela do que lidar com os problemas da corte, mas não era tão simples quanto parecia, não é? Ele ainda era o rei, a cabeça do dragão, então enquanto pode, naquele sminutos que eram só deles, o rei a ouviu contar com animação do tempo em que viajou pelso sete reinos com Daemon, ambos riram pois o irmão do meio não havia mudado em vários aspectos.
— Que bom que se divertiu, eu aprecio que seu espírito jovem possa ser isso, ainda mais ...
— Sendo uma dama. — Ela completou de imediato e os dois concordaram com a cabeça. — Sua confiança em mim foi o que permitiu isso.
— Alguns lordes diriam que mimei mais você que Rhaenyra. — O rei riu. — Acho que tenho que concordar com alguns deles.
— Minha posição também ajudou. — Ela concordou em seguida.
Não ser a herdeira do trono, ter dois irmãos homens mais velhos que garantiram que ela pudesse de fato ser só uma garota por muito tempo fizeram de Drasilla uma das pessoas mais livres da corte, junte isso a seu espírito selvagem e a forma como sempre a compararam a Alyssa, a primeira esposa de seu pai, ela parecia a dama mais sortuda que muitos conheceria, ela reconheceria isso. O rei voltou a ocupar um lugar em uma poltrona, ambos olharam o menino dormindo, Drasilla sabia que Viserys queria uma família grande, como seu pai teve, com Rhaenyra e ela adultas agora era de se esperar que ele desse um pouco de atenção aos outros fihos.
— Aproveitando que você está aqui querida, tem algo que não pode ser adiado. — Ele suspirou, olhando para a mão enfaixada e depois para ela. — Seu casamento.
— Irmão ...
— Drasilla. — Ele a interrompeu de pronto, seu olhar era suplicante. — Peço-lhe paciência, venho adianto isso o máximo que posso, mas mesmo como rei as coisas não são totalmente como eu quero, infelizmente.
— Eu lhe entendo. — Ela se aproximou ele, ajoelhando aos pés de Viserys e sentando-se em seguida, dando a mão direita ao rei. — Você merece meu apoio e obediência, foi de longe um bom pai e amigo pra mim por todo esse tempo, tenho que fazer concessões a seu favor.
— Obrigado. — Ele tinha um sorriso sincero no rosto.
— Quem você tem em mente? — Ela estava curiosa. — Sei que o conselho está ávido para esse momento.
Viserys normalmente evitava o assunto, mas Drasilla era um membro sênior da corte real, alguém que não era simplesmente fácil de só jogar para a direita e fingir que não existe, ainda mais sendo uma mulher, era o que os lordes mais queriam, alguém de sangue Targaryen em sua linhagem e ainda sim poder sobrepôr seu nome sob os herdeiros que isso geraria, depois de Rhaenyra, casar-se com Drasilla seria algo de maior valor que um lord poderia conseguir para sua casa em relação a matrimônios e proximidade a coroa.
— Há três nomes. — O rei ponderou. — O primeiro Cregan Stark, filho do atual Lord de Winterfell. O segundo é Borros Baratheon, com a morte de Senhora Elenda ele agora é viúvo e só possui filhas.
— Não mesmo! —Drasilla quase rosnou em desgosto. — Minha mãe era irmã mais nova do Lord Boremund e da Senhora Jocelyn, a mãe da Rhaenys. Borros é meu primo direto!
— As vezes você se esquece dos costumes de Valíria. — Viserys riu, estava cansado.
— Baratheons não são valirianos. — Ela não havia desfeito a face de poucos amigos. — Além dele ser velho demais, não quero me deitar com alguém da idade do meu pai. Já o Cregan é uma criança.
Viserys então pigarreou, lembrando-a de certas situações.
— Desculpe. — Ela sorriu amarelo. — Quem é o outro?
— O jovem cavalheiro Rasmus Tyrell, herdeiro da campina. — O rei falou em seguida. — Ele é quase da sua idade, se me lembro bem.
Drasilla ficou paralisada por um tempo, imaginando na sua cabeça a imagem de Rasmus, se lembrava dele do casamento de Rhaenyra e Laenor, antes que o homicídio escancarado acontecesse, ela ainda se assustava com o fato de que Criston Cole andava livremente pelo castelo, mesmo depois de matar um convidado tão próximo a alguém de alta posição, como Joffrey era para o noivo.
Um pequeno sorriso surgiu no canto dos lábios, Rasmus era jovem, bonito e bem educado, ela sabia que isso poderia esconder coisas piores, enquanto se levantava devagar e pensava na opção que o rei tinha dado a ela, analisava que essa seria a forma mais confortável de ter uma boa vida, mesmo que viver na Campina não fosse parte dos seus planos, viver perto da casa Hightower menos ainda, mas ela se lembrava de ter que fazer concessões, claro.
— Não escolheria nenhum deles se pudesse. — Ela fez um bico, como uma criança.
— Drasilla ...
— Mas sei que tenho que fazer isso. — Ela pondera com a cabeça. — Escolho o Lord Rasmus.
— Cunhada! — A voz de Alicent chamou a atenção da dupla, eles mal tinham a visto entrar, não tinham na verdade. — Você chegou e nem a vi, não foi cumprimentar sua rainha.
Viserys e Drasilla se olham de imediato, o rei sabe das opiniões da irmã sobre os Hightower, sobre como Otto e Alicent não eram bem vistos pela morena, então ele praticamente suplicava em silêncio, se levantando devagar, Drasilla compreendia e como compreendia, sobre a importância da posição dela e deles naquela corte, de manter a paz enquanto era preciso.
A princesa colocou um sorriso no rosto, não um que fosse falso, do tipo que Alicent leria imediatamente, forçando a felicidade por ver a cunhada ruiva, não, mas um singelo, de quem não estava incomodada a sua presença, apesar de estar, Drasilla sabia mentir bem, visto que andava mais com Daemon do que deveria. A morena também fez uma reverência, como de costume para o rei e a rainha, demonstrando educação.
— Fui visitar a princesa Rhaenyra e o bebê e depois vim ver o rei, alteza. — Ela respondeu, com um sorriso ainda na face. — Cheguei a pouco, peço desculpas.
— Tudo bem, querida. — Alicent sorriu de canto e o trio ouviu o choro de Aemon no berço.
Eles assistiram em silêncio quando a rainha cortou o recinto, indo até o filho e o pegando no colo, Alicent também parecia cansada, depois de quatro filhos também quem não estaria, Drasilla pensava se fosse Aemma no lugar, como seria, talvez só tivesse Baelon agora como outro filho do rei, Rhaenyra talvez tivesse casado-se por amor com quem quer que fosse e as coisas seriam menos complicadas.
— O rei lhe falou sobre as propostas de casamentos que recebeu por sua mão? — A ruiva perguntou olhando a morena, o pequeno Aemond também não tirava os olhos dela. — Meu marido disse que são ótimas opções.
— Sim, Baratheon ou Tyrell, é uma escolha difícil. — Na cabeça de Drasilla não era. — Ainda tenho um tempo pra pensar.
— Particularmente preferiria viver em Jardim de Cima do que em Ponta Tempestade. — A ruiva sorria. — Sou suspeita de dizer, já que vim de Vilavelha.
— Sim, o clima é mais adorável por lá e tranquilo para meu dragão.
— Pretende levá-lo? — A rainha perguntou a princesa enquanto trocava olhares com o rei. — Tirá-lo do fosso com os outros?
— Flarion está acostumado a viver fora do Fosso, ficamos bastante tempo longe. — Drasilla já não aguentava mais aquela conversa. — Aprecio vossas preocupações comigo, mas preciso retornar a Driftmark, contar sobre tudo ao Daemon e os outros, mas antes quero ver a Rhaenyra novamente, se me dão licença ...
— Claro ... — A rainha respondeu.
— Volte logo. — Foi a vez de Viserys.
Havia um nó na garganta da princesa, ela só queria fugir dali, a obrigação de um matrimônio lhe parecia uma prisão, mesmo que Rasmus e viver em Jardim de cima parecesse de longe algo tão aconcegante, ainda sim era diferente do que ela sempre quis. Casar por amor era uma ilusão que poucos tinham, ela não teria a sorte de Viserys e Aemma ou de outros casais sortudos da casa Targaryen, mas teria de aprender a amá-lo, mesmo que ele fosse uma pessoa difícil, ela só não queria pensar nisso agora.
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