♡ | 2.6
𖹭⠀࣭⠀ֹㅤ Uma viagem surpresa e o verão europeu ⊹ㅤ ㅤ゜★
❛ Me chame de chata, mas eu quero um casamento simples. Sem uma igreja chique, sem parentes chatos e sem noivo.❜
5.055 palavras
. ݁ ٬٬ 𝐌𝐄𝐓𝐀 ִ ֗ ៵ʾ ▎100 votos e 300 comentários para a próxima atualização
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AGATHA SABIA QUE O PEDIDO DE RIO NÃO VIRIA IMEDIATAMENTE APÓS A COMPETIÇÃO, afinal, Vidal certamente tentaria a surpreender. Ainda assim, Harkness não podia controlar a ansiedade todas as vezes que Rio parecia carinhosa. Suas unhas não conheciam uma tintura escura a quase dois meses quando Rio, com um sorriso tão brilhante que era capaz de superar o sol escaldante do lado de fora, se aproximou.
─── Mi vida, arrume suas malas. Estamos viajando para Paris essa noite.
Agatha quase deixou a xícara de chá escorregar de suas mãos quando ouviu as palavras de Rio. Ela piscou algumas vezes, tentando processar o que acabara de ouvir.
─── O quê? ─── Agatha respondeu, sua voz uma mistura de surpresa e ceticismo. ─── Paris? Agora? E por que, exatamente, estamos indo para Paris?
Rio se aproximou mais, a excitação em seu rosto era inconfundível, como uma criança prestes a revelar um segredo grandioso.
─── Sim, Paris. Esta noite. Vamos! ─── Rio disse com uma energia contagiante. ─── Preparei tudo. Eu quero te levar para o lugar mais romântico do mundo e fazer algo que você nunca vai esquecer.
Agatha ainda estava tentando se recompor, mas sua mente estava girando, cheia de perguntas. Ela parou, de repente, e levantou uma sobrancelha desconfiada.
─── E quem vai cuidar do Nicky? Eu não posso simplesmente deixá-lo com qualquer um.
A preocupação em sua voz era clara, ainda mais porque Agatha, embora amasse Rio, tinha um instinto protetor sobre seu filho.
─── Alice e Jen! ─── Rio respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. ─── Elas já sabem a rotina dele, vão cuidar muito bem do pequeno.
Agatha ainda parecia receosa, seus olhos saltando de Rio para a janela, como se estivesse tentando encontrar algum indício de que isso não era uma ideia completamente absurda. Mas então, ela franziu a testa, algo que não podia deixar de se preocupar.
─── E o Ebony? Señor Scratchy? Você sabe que ele é muito sensível, Rio. Ele vai sentir minha falta.
Agatha tentou parecer séria, mas um leve sorriso escapou de seus lábios. Sabia que Rio sempre tinha uma resposta para tudo, mas isso parecia exagerado até para ela. Rio, sem hesitar, deu um sorriso satisfeito.
─── Ah, Yelena se ofereceu para ficar com eles. Ela tem um jeito com animais, você sabe. E, sinceramente, Ebony não vai lembrar de nós e Señor Scratchy vai ter um rodízio de cenouras. ─── Ela fez uma pausa e olhou para Agatha com uma expressão travessa. ─── Vamos lá, Aggie. É só um fim de semana. Eu te prometo que vamos rápido. Você merece isso.
Agatha balançou a cabeça, ainda incrédula.
─── Rio, você está me deixando completamente... Desconcertada. Isso é tudo tão... repentino. ─── Agatha olhou para Rio, os olhos ainda buscando entender o que estava acontecendo. ─── E o que exatamente você tem em mente? O que está realmente acontecendo?
Rio deu uma risadinha, caminhando para Agatha com um olhar divertido e cheio de segundas intenções.
─── Oh, você vai descobrir. ─── Ela se aproximou ainda mais e sussurrou, quase um segredo. ─── Mas se você ficar muito ansiosa, posso te dar um pequeno spoiler. Em Paris, a surpresa vai ser ainda... Maior.
Agatha, mesmo sem saber o que exatamente Rio estava planejando, não conseguiu deixar de se sentir intrigada. Ao mesmo tempo, havia uma sensação de inevitabilidade. Quando Rio Vidal se fixava em algo, ela não descansava até conseguir.
─── Eu… ─── Agatha começou, ainda tentando processar tudo. ─── Eu espero que essa surpresa valha a pena, porque a última vez que fui a Paris...
─── Vai ser mais do que inesquecível. Eu prometo.
Agatha ficou sem palavras por um momento, mas a emoção começou a transbordar assim que a ideia de Paris se cristalizou em sua mente. Ela se levantou de repente, os olhos arregalados, a excitação tomava conta dela.
─── Oh, meu Deus, Rio! Paris! Eu não posso... Eu não tenho nada para vestir! ─── Agatha praticamente gritou, pegando o celular e começando a andar de um lado para o outro pela sala. ─── Como vou viver lá, no verão francês, sem um guarda-roupa decente? Eu não tenho... Não tenho nada adequado para a estação! As roupas que tenho são da coleção passada! Eu não vou poder aparecer em Paris parecendo uma... uma... turista!
Rio riu baixinho, sabendo que Agatha entraria em modo "planejamento" assim que a ideia de compras fosse levantada.
─── Você está exagerando.
Rio tentou acalmar, mas Agatha não estava ouvindo. Ela já estava falando sozinha enquanto caminhava até o telefone.
─── Primeiro, preciso ligar para a minha consultora de estilo. ─── Agatha disse para si mesma, já apertando os números no celular. ─── Eu preciso de vestidos leves, algo sofisticado, mas que combine com Paris. E bolsas! Claro, bolsas. Eu estava pensando em uma Dior e talvez uma Louis Vuitton... Ah, e sapatos! Não posso esquecer dos sapatos! Preciso de algo que seja chique, mas confortável... Paris vai me ver deslumbrante!
Enquanto Agatha falava, ela já começava a planejar mentalmente o que pedir para sua consultora, que sempre a ajudava nas compras. Quando o telefone atendeu, ela não perdeu tempo e começou a falar rapidamente.
─── Olá, Clarisse? Eu preciso de ajuda urgente! Estamos indo para Paris esta noite e eu preciso de roupas de verão, mas com classe! Coisas leves, sofisticadas! Queria algo da Chanel, talvez aquele vestido belíssimo do último desfile... E me ajude com os acessórios, eu quero algo que faça os parisienses olharem com inveja! E, claro, nada de cores muito ousadas... Prefiro os tons de roxo... Sabe como sou...
Agatha falava rápido, interrompendo Clarisse sem deixar espaço para respostas, até que a consultora conseguiu interceder. Enquanto isso, Rio estava lá, calmamente observando Agatha se perder no frenesi das compras, quando Harkness, ainda ao telefone, se virou para ela.
─── Ah, e Rio, você precisa de algo para a viagem? Algo para Paris?
Agatha perguntou, agora tentando balancear sua excitação com a preocupação de não deixar nada de lado. Rio, que havia assistido toda a cena com uma expressão divertida, apenas deu um sorriso irônico e respondeu, como se a situação fosse completamente normal:
─── Eu? Não, não, Agatha. Estou tranquila. ─── Rio respondeu com um sorriso maroto, cruzando os braços enquanto observava Agatha em seu frenesi. ─── A única coisa que preciso para Paris é uma boa companhia. E você, minha querida, é mais do que suficiente.
Agatha parou por um momento, interrompendo a si mesma enquanto escutava as palavras de Rio. A expressão de Rio era descontraída, mas havia algo em seus olhos, uma suavidade que Agatha reconhecia bem. Foi o suficiente para que Agatha sentisse uma onda de carinho tomar conta dela, e, por um segundo, a excitação com as compras e os planos para a viagem se acalmasse.
─── Ah, Rio... ─── Agatha murmurou, deixando escapar um suspiro. Ela sorriu de forma calorosa, talvez pela primeira vez naquele dia, sem se preocupar com a perfeição ou a agitação do momento. ─── Você é a melhor parte de tudo isso, sabe?
Rio deu uma risadinha, se aproximando de Agatha e pegando sua mão.
─── Eu sei, mi vida.
Agatha desligou o telefone e olhou para Rio com um sorriso satisfeito, como se tivesse feito a coisa certa.
─── Pronto, está tudo em andamento. Agora, preciso agendar uma visita ao salão de beleza, uma manicure e, claro, a cabeleireira, porque eu não posso aparecer com o cabelo solto e sem estilo.
Ela virou para Rio e, com um sorriso malicioso, perguntou:
─── E quanto a você? Você me acompanha a Paris como minha companhia mais adorada e minha futura esposa.
O sorriso de Agatha era largo, quase conspirador, e, apesar da correria, havia algo muito doce na forma como ela se entregava aos planos para a viagem.
─── Agatha, vamos fazer uma coisa: depois dessa loucura toda, que tal, quando a gente chegar em Paris, dar uma pausa? Só nós duas. Sem compromissos, sem planos de compras, apenas nós aproveitando a cidade, o amor, e o tempo juntas. O resto do mundo que se vire, porque você e eu estamos prestes a fazer uma viagem inesquecível.
A proposta de Rio fez Agatha parar por um segundo. O pensamento de Paris, a cidade do amor, com Rio ao seu lado, sem nada mais para se preocupar, a fez sorrir.
(...)
A NOITE NO AEROPORTO ESTAVA FRIA, o brilho das luzes refletindo nas paredes de vidro enquanto Agatha e Rio caminhavam em direção ao portão de embarque. O murmúrio constante dos passageiros era suavizado pela expectativa do voo, mas para Agatha, havia algo mais em jogo naquela partida.
Ela parou de repente, sentindo o peso da despedida. Nicky estava com Alice e Jennifer, e o pequeno estava cheio de empolgação, mas Agatha podia ver a tristeza nos seus olhos. Ela o abraçou com força, um abraço apertado e caloroso, tentando transmitir tudo o que não conseguia dizer em palavras.
─── Você vai sentir minha falta?
Agatha perguntou, sua voz suavemente carregada, o coração apertado.
─── Claro, mamãe. Mas vai ser legal, né? Eu vou jogar muito softbol e você vai se divertir em Paris, e a gente vai se falar por vídeo!
Nicky disse, tentando disfarçar a saudade, mas Agatha soubera que ele sentia a mesma falta que ela. A saudade era um sentimento silencioso, mas que se instalava entre eles. Agatha sentiu os olhos se umedecerem, mas forçou um sorriso e beijou a testa de Nicky.
─── Vou trazer o melhor presente de Paris, você vai ver.
Ela disse, tentando disfarçar a emoção com uma promessa animada. Nicky sorriu e acenou, claramente animado com a ideia de mais uma surpresa. Mas Agatha não podia deixar de sentir o peso de ser mãe, de ter que se afastar, mesmo que fosse por alguns dias.
Rio, por outro lado, estava com as malas — todas as malas. Aquelas de Agatha, que eram pesadas e luxuosas, com rodinhas que pareciam se esforçar para não quebrar sob o peso, e sua própria mala menor, também transbordando, dado o exagero de roupas e acessórios que ela parecia sempre carregar. Rio estava suando, tentando se equilibrar enquanto empurrava as malas pelo aeroporto.
─── Ele vai ficar bem, Aggie. Não vai, Nicky?
Nicky sorriu com a confiança de quem sabia que sua mãe também estava preocupada, mas que tudo ficaria bem. Ele acenou com entusiasmo, como se estivesse mais animado com a ideia de aventuras com Alice e Jennifer do que preocupado com a ausência temporária de Agatha.
─── Vai ser muito legal, mamãe Rio! Eu vou me divertir muito!
Nicky falou enquanto acenava, a animação visível em seu rosto.
Agatha sorriu, forçando um brilho nos olhos para disfarçar a pontada de tristeza. Ela sabia que Nicky estava bem. Ele tinha Alice e Jennifer, que sempre estavam por perto e cuidavam dele como se fosse seu próprio filho. Mas a ideia de ficar longe dele, mesmo que por pouco tempo, era algo que mexia com ela de um jeito que Agatha nem sempre conseguia controlar.
─── Está vendo? ─── Rio disse, se aproximando e ajeitando uma das malas, que parecia desafiar a gravidade. ─── Ele vai estar bem. E você também. Vamos aproveitar Paris sem essa preocupação.
Rio piscou e, apesar do esforço das malas, parecia tranquila. Agatha a observou por um instante, a força dela ajudando a acalmar sua própria ansiedade.
─── Eu sei, eu sei... ─── Agatha murmurou, mas a verdade era que ela sentia uma mistura de emoções: alegria pela viagem, ansiedade pela distância e, acima de tudo, um amor profundo por Nicky. ─── É só que... ele é tão pequeno, e sei que ele vai sentir falta de mim. Não importa o quanto ele diga que está empolgado.
Rio se inclinou para frente, apertando a mão de Agatha com carinho.
─── Ele vai sentir sua falta, sim. E você também vai sentir falta dele. Mas é só por um tempo. A gente vai se divertir, e logo estaremos de volta. ─── Ela fez uma pausa, sorrindo para Agatha de uma forma que parecia ter o efeito calmante que ela precisava. ─── Vamos fazer essa viagem ser inesquecível. Juntas.
Agatha respirou fundo, tentando se acalmar, enquanto olhava para Rio com um sorriso fraco, mas genuíno. Ela sabia que, apesar da partida, essa viagem também poderia ser um marco importante para elas duas. A ideia de estar ao lado de Rio, longe de todas as obrigações diárias, lhe dava uma sensação de alívio que ela não podia negar.
─── Paris, hein? ─── Agatha sorriu, já começando a sentir a empolgação da viagem substituir a saudade. ─── Estou ansiosa para ver o que você preparou. Sei que vai ser... inesquecível.
Rio sorriu de volta, o peso das malas momentaneamente esquecido em meio ao calor do momento. Ela estava animada, não apenas pela viagem, mas pela possibilidade de criar novas memórias com Agatha.
─── Vamos fazer isso dar certo.
Rio respondeu, com uma confiança silenciosa, levando as malas em direção ao portão de embarque. Agatha, mesmo com seu coração ainda apertado, seguiu ao seu lado, sabendo que este seria o começo de um novo capítulo para elas.
(...)
O VOO FOI LONGO, mas a chegada em Paris fez com que qualquer cansaço desaparecesse instantaneamente. O ar fresco e levemente perfumado com a brisa parisiense envolveu Agatha e Rio enquanto elas saíam do terminal, sendo recebidas pelo caos organizado do aeroporto de Charles de Gaulle.
Rio, sempre a mais energética, estava animada, mas já começava a planejar o ritmo do dia seguinte. Ela deu uma olhada ao redor, observando o movimento frenético de turistas e moradores locais, e sorriu para Agatha, que estava absorvendo o cenário com os olhos brilhando de expectativa.
─── Ok, primeiro de tudo, vamos deixar as malas no hotel e descansar um pouco. Depois, eu já marquei o almoço em um restaurante bem perto do Louvre. ─── Rio disse, com aquele sorriso enigmático que Agatha sabia significava que ela tinha algo planejado. ─── Você vai amar. O lugar tem uma vista incrível, e o menu... ah, o menu é divino.
Agatha fez uma careta divertida, sentindo o cansaço de horas de viagem, mas não conseguindo esconder a empolgação pelo que estava por vir.
─── E depois do almoço, o que teremos?
Agatha perguntou, com um tom de curiosidade, mas também um toque de humor, sabendo que Rio tinha tudo sob controle.
─── Depois, vamos dar uma volta no Champs-Élysées. Eu já separei uns lugares para fazer compras, e depois podemos parar para um café — mas nada de expresso rápido, ok? Eu estou planejando um café francês de verdade. ─── Rio explicou, seus olhos brilhando ao falar sobre a cultura do local. ─── Vai ser uma tarde tranquila, cheia de compras e com direito a um passeio pelos pontos turísticos.
Agatha assentiu, claramente impressionada com o planejamento de Rio, mas também ansiosa para deixar a programação para depois e apenas aproveitar a cidade com ela.
─── E então, para onde vamos, hm?
Agatha perguntou, já imaginando o que Rio reservaria para o fim do dia.
─── Para a Torre Eiffel, claro! ─── Rio respondeu, com uma grande expectativa. ─── Eu comprei ingressos para a última subida. Vamos terminar o dia assistindo ao pôr do sol lá de cima, com um champanhe. Uma verdadeira despedida do mundo, como uma noite romântica parisiense deveria ser.
A ideia de estar em Paris, com a cidade iluminada à sua frente e Rio ao seu lado, fez o coração de Agatha acelerar. Ela sorriu, sem acreditar que estava finalmente vivendo esse momento com a pessoa que mais amava.
─── Então, você está planejando me deixar sem palavras o dia inteiro, não é?
Agatha brincou, olhando para Rio, que apenas lhe lançou um olhar travesso.
─── Paris foi feita para isso, meu amor. ─── Rio disse, pegando suavemente a mão de Agatha. ─── E você merece isso e muito mais. Hoje, vamos viver Paris do nosso jeito.
Com isso, elas seguiram para o carro que as levaria até o hotel, o som das rodas contra o asfalto se misturando ao ruído das ruas de Paris. Agatha não pôde deixar de sorrir, sentindo uma mistura de gratidão e excitação. Ela sabia que, naquela cidade mágica, um novo capítulo da história delas começaria, e nada mais importava.
(...)
O sol de Paris brilhava intensamente, aquecendo as calçadas da cidade enquanto Agatha e Rio caminhavam pelas ruas elegantes, um pouco afastadas da multidão turística. As vitrines repletas de marcas de luxo refletiam o glamour da cidade, e o aroma de croissants recém-assados se misturava ao ar fresco de outono. Rio carregava uma sacola com algumas roupas que havia escolhido para Agatha, enquanto ela própria segurava uma sacola menor com algumas peças para si.
Agatha estava em êxtase, admirando as lojas e os arredores, quando o som de seu telefone a fez parar. Ela olhou rapidamente para a tela e, ao ver que era Nicky ligando, seu coração deu um salto.
Mas o momento foi interrompido por um toque no celular de Agatha. Ela olhou rapidamente, vendo o nome de Alice piscando na tela. Agatha sorriu, seu coração se apertando um pouco, mas ao mesmo tempo, o alívio de ouvir a voz do filho a fez relaxar.
─── Oi, meu amor! ─── Agatha atendeu, sua voz suavemente reconfortante. ─── Como está? Como você está se sentindo? Está se divertindo?
Do outro lado da linha, o som da respiração de Nicky, que parecia mais pesada do que o normal, fez Agatha apertar o telefone com mais força, um leve desconforto subindo por seu peito.
─── Mamãe, eu... ─── A voz de Nicky estava trêmula, e Agatha imediatamente percebeu que ele estava tentando segurar as lágrimas. ─── Eu sinto sua falta.
Rio, ao ouvir a voz de Nicky, imediatamente se aproximou de Agatha, sentindo o peso da saudade na voz do pequeno. Ela passou a mão nas costas de Agatha, num gesto silencioso de apoio.
─── Ah, Nicky, você sabe que vamos voltar logo. Estamos nos divertindo muito, mas nós também sentimos muito a sua falta. ─── Agatha disse, a voz um pouco embargada, seu coração se apertando. ─── Eu prometo que trago um presente incrível de Paris. E você vai ver, a mamãe vai voltar rapidinho, tá?
─── Você vai trazer um presente? ─── Nicky perguntou, agora parecendo um pouco mais animado, mas ainda com o tom choroso. ─── Mas... eu sinto falta de vocês.
Agatha olhou para Rio, que estava agora mais próxima, com um sorriso suave, compreensiva. Rio sabia exatamente o que Agatha estava sentindo.
─── Logo logo estaremos todos juntos de novo. Vai ser muito mais divertido!
─── Mamãe, você promete? ─── Ele perguntou com uma voz melancólica. ─── E... você me dá um beijo por telefone?
Agatha fechou os olhos, tentando segurar as lágrimas. Ela nunca imaginaria que sentiria tanto falta de Nicky enquanto estava fora.
─── Eu te dou o maior beijo de todos! ─── Agatha disse, com a voz suave e reconfortante, soprando um beijo para o telefone. ─── Um beijo de Paris, direto para você!
Ela olhou para Rio, que assentiu levemente, tocando a mão de Agatha de forma carinhosa. Rio sabia que aquele momento era importante para Agatha.
─── Está bem, mamãe. Eu vou esperar o presente... ─── Nicky disse, um pouco mais animado. ─── Te amo.
─── Eu também te amo, meu amor. Fique bem, e qualquer coisa, a mamãe está aqui, tá bom? ─── Agatha falou, forçando um sorriso, sentindo o coração mais leve quando Nicky parecia um pouco mais tranquilo.
Após desligar a chamada, Agatha ficou em silêncio por um momento, olhando para o celular. Ela podia ver o reflexo das vitrines nas ruas de Paris, mas a saudade de seu filho não a deixava totalmente imersa naquele cenário. Rio, notando a mudança no humor de Agatha, deu um passo em sua direção e abraçou-a de lado, suavemente.
─── Está tudo bem, Aggie. Ele vai ficar bem, e em breve estaremos de volta, com presentes e muitas histórias. ─── Rio falou, sua voz suave e segura.
Agatha suspirou, encostando a cabeça no ombro de Rio, tentando se recompor.
─── Eu sei. Só… às vezes é mais difícil do que eu pensei. ─── Agatha murmurou, sentindo o apoio de Rio ao seu lado. Ela levantou a cabeça, sorrindo fraco. ─── Vamos, temos um dia incrível pela frente. Paris nos espera.
Rio sorriu e, de mãos dadas, as duas seguiram pelas ruas.
(...)
O DIA EM PARIS CONTINUOU A FLUIR COMO UMA AQUARELA SE MISTURANDO SUAVEMENTE EM CADA ESQUINA QUE AGATHA E RIO EXPLORAVAM. Após a ligação com Nicky, ambas decidiram mergulhar no charme da cidade para aproveitar cada momento. Agatha, agora um pouco mais tranquila, liderava o caminho com entusiasmo renovado, enquanto Rio a acompanhava, sorrindo diante do fascínio evidente de sua parceira.
Elas passaram horas explorando as boutiques chiques da Rue Saint-Honoré, onde Agatha encontrou exatamente o que precisava — um vestido preto elegante e um casaco leve para a noite, além de um par de sapatos que ela descreveu como "sofisticadamente matadores". Rio não resistiu à visão de Agatha experimentando cada peça, sentindo-se hipnotizada pela maneira como a mulher parecia se encaixar perfeitamente na estética parisiense.
─── Você parece uma estrela de cinema em cada roupa que veste.
Rio comentou casualmente enquanto se encostava na parede da loja, os braços cruzados e um sorriso brincando nos lábios.
─── É porque eu devo ter sido em outra vida, cariño.
Agatha respondeu com um brilho malicioso nos olhos, girando para mostrar o caimento do vestido antes de pegá-lo para pagar.
Depois de saírem das lojas com sacolas cheias, decidiram explorar um lado mais tranquilo da cidade. Passearam pelo Jardin des Tuileries, onde Agatha insistiu em tirar algumas fotos enquanto Rio fazia poses exageradas para provocar risadas. Mais tarde, pararam em um pequeno café, onde compartilharam croissants amanteigados e cafés perfumados.
─── Sabe, estou começando a gostar de Paris.
Rio comentou, limpando migalhas da mesa.
─── Só agora? ─── Agatha levantou uma sobrancelha, brincando. ─── É preciso mais do que croissants e boutiques para ganhar você, Vidal?
─── Bem, você definitivamente ajuda.
Rio respondeu, segurando a mão de Agatha por cima da mesa, com um sorriso terno. As duas decidiram explorar Montmartre, subindo as ruas íngremes para vislumbrar a Basílica de Sacré-Cœur. Agatha parecia completamente hipnotizada pela vista da cidade lá de cima, enquanto Rio observava sua expressão maravilhada com um calor crescente no peito.
─── Não sei como você fez isso, mas acho que me apaixono mais por você a cada esquina.
Agatha comentou, encostada na grade, com os olhos fixos no horizonte.
─── Ah, é? ─── Rio sorriu, inclinando-se para perto dela. ─── Espere até a noite. Você ainda não viu nada.
De volta ao hotel, o crepúsculo já tingia o céu de tons rosados e dourados. Agatha entrou no quarto com suas sacolas, imediatamente organizando tudo o que precisaria para a noite. Enquanto ela inspecionava seu vestido recém-comprado, Rio largou suas próprias sacolas em um canto e se jogou na cama com um suspiro exagerado.
─── Acho que bati meu recorde de paciência com compras hoje. ─── Rio provocou, olhando para o teto. ─── Você deve ter me feito andar pelo menos uns dez quilômetros.
─── Dez quilômetros a mais de estilo e sofisticação para você, ─── Agatha respondeu, ainda ocupada pendurando seu vestido. ─── Agora, pare de reclamar e vá se arrumar. A Torre Eiffel nos espera, e eu não vou tolerar atrasos.
─── Sim, senhora. ─── Rio disse, levantando-se com um sorriso preguiçoso. ─── Mas antes, posso te pedir mais um favor?
─── Se for algo como “trazer chocolate” de novo, a resposta é não.
Agatha respondeu, erguendo uma sobrancelha.
─── Dessa vez é só um beijo. ─── Rio pediu, aproximando-se.
Agatha revirou os olhos, mas um sorriso suavemente se formou em seus lábios. Ela puxou Rio pela camisa, selando o pedido com um beijo demorado.
─── Está satisfeita?
Agatha perguntou, os olhos brilhando com diversão.
─── Por enquanto.
Rio respondeu, indo para o banheiro com um sorriso travesso.
(...)
A LUZ DOURADA DO ENTARDECER SE ESPALHAVA PELO CÉU DE PARIS ENQUANTO AGATHA E RIO SE APROXIMAVAM DA TORRE EIFFEL. O monumento parecia ainda mais majestoso sob o brilho do crepúsculo, cada detalhe de sua estrutura iluminado por tons de laranja e rosa. Agatha, elegantemente vestida com o vestido preto que comprara mais cedo, estava deslumbrante, seu casaco leve pairando graciosamente enquanto caminhava ao lado de Rio, que usava um terno casual, com a camisa levemente aberta no colarinho.
Quando chegaram à base da torre, Agatha franziu as sobrancelhas ao notar a ausência de turistas. Não havia filas, câmeras ou grupos de pessoas ao redor. Tudo estava tranquilo, quase surreal.
─── Está... vazio?
Agatha perguntou, olhando ao redor.
─── Bem, eu queria que fosse especial.
Rio respondeu casualmente, dando de ombros, mas com um sorriso orgulhoso que traía sua tentativa de parecer despreocupada.
─── Você... alugou a Torre Eiffel?
Agatha perguntou, incrédula, virando-se para encará-la.
─── Claro. ─── Rio disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. ─── Achei que seria mais romântico assim.
Agatha levou uma mão ao rosto, balançando a cabeça com um sorriso misto de descrença e admiração.
─── Você é inacreditável, Vidal.
─── Só estou tentando impressionar a mulher da minha vida. ─── Rio respondeu, estendendo a mão para Agatha. ─── Vamos?
Agatha pegou a mão de Rio, deixando-se guiar pelo elevador exclusivo que as levou até o topo. Durante a subida, ela olhava ao redor, tentando absorver cada detalhe da experiência. Quando finalmente chegaram ao mirante, a vista era de tirar o fôlego. Paris se estendia diante delas, cada edifício e rua parecendo se fundir em um quadro perfeito. As luzes da cidade começavam a acender, criando um contraste mágico com o céu em tons de púrpura e azul.
No centro do espaço, uma pequena mesa estava montada com um balde de champanhe e duas taças, cercada por pétalas de rosa espalhadas pelo chão. Agatha olhou para Rio, surpresa mais uma vez.
─── Você realmente se superou.
Agatha comentou, cruzando os braços, mas com um sorriso sincero nos lábios.
─── Só o melhor para você.
Rio disse, puxando uma cadeira para Agatha se sentar. As duas brindaram com champanhe enquanto conversavam, rindo e trocando olhares cúmplices. A atmosfera era leve, mas cheia de significado. O vento suave tocava os cabelos de Agatha, e Rio não conseguia desviar o olhar dela, como se tentasse memorizar cada expressão.
Quando a noite finalmente caiu e a torre começou a brilhar com suas icônicas luzes piscantes, Rio se levantou, pegando a mão de Agatha.
─── Venha.
Ela disse, puxando-a suavemente em direção à beirada. Agatha seguiu, seus olhos fixos no rosto de Rio, enquanto o coração batia um pouco mais rápido. Havia algo no olhar de Vidal, algo que parecia carregar o peso de tudo o que tinham vivido juntas até aquele momento. Então, com seu coração acelerado, Harkness soube que aquele era o momento.
Rio segurou as mãos de Agatha com delicadeza, os polegares acariciando sua pele enquanto ela respirava fundo. O brilho das luzes da Torre Eiffel refletia nos olhos de ambas, mas era a intensidade no olhar de Rio que capturava completamente Agatha.
─── Sabe, Aggie... ─── Rio começou, sua voz rouca, mas carregada de emoção. ─── Eu não sou exatamente conhecida por tomar decisões convencionais. Passei minha vida inteira correndo atrás do próximo desafio, da próxima vitória, achando que era isso que me definia. ─── Ela riu baixinho, olhando para baixo por um momento antes de voltar a encarar Agatha. ─── Mas então você apareceu.
Agatha abriu um sorriso, pequeno, mas cheio de ternura, encorajando-a a continuar.
─── Você... você mudou tudo, Agatha. ─── Rio admitiu, apertando suas mãos com mais força. ─── De repente, vencer um campeonato ou quebrar recordes deixou de ser o que importava. Tudo o que eu queria era ver você sorrir, ouvir sua risada, e... bem, irritar você só para ouvir o que sai da sua boca.
Ela riu, e Agatha balançou a cabeça, tentando disfarçar uma risada comovida. Rio deu um passo para mais perto, o tom de sua voz baixando.
─── Você me deu algo que eu nunca soube que estava procurando. Você me deu um lar. ─── Ela suspirou, os olhos brilhando. ─── Com você, com Nicky, eu finalmente me sinto inteira. E é por isso que estou aqui, no topo do mundo para te perguntar...
Ela soltou uma das mãos de Agatha, alcançando o bolso interno do terno e tirando uma pequena caixa de veludo. A mesma caixa que causou tanta comoção meses atrás. Agatha prendeu a respiração, sentindo o coração bater tão rápido que parecia que poderia pular de seu peito.
─── Agatha Harkness, você aceita se casar comigo?
Rio abriu a caixa, revelando um anel incrivelmente sofisticado, com um diamante em lapidação baguete cercado por pequenos detalhes de safiras, refletindo perfeitamente o estilo elegante de Agatha.
Agatha levou uma das mãos aos lábios, completamente atônita. Seus olhos se encheram de lágrimas que ela tentou conter, mas não conseguiu. Finalmente, ela riu baixinho, tirando a mão dos lábios para segurá-la no coração.
─── Rio Vidal... ─── Ela começou, a voz embargada. ─── Como você conseguiu fazer algo tão perfeito? Como você sempre sabe exatamente o que dizer e o que fazer?
─── Então isso é um "sim"?
Rio perguntou, sorrindo, mas com um brilho de nervosismo nos olhos. Agatha riu de novo, um som caloroso e carregado de emoção.
─── É claro que é um "sim", sua boba.
Ela respondeu, estendendo a mão para Rio colocar o anel. Rio deslizou o anel no dedo de Agatha com delicadeza, e quando terminou, Agatha não conseguiu mais se conter. Ela puxou Rio para um beijo apaixonado, os braços envolvendo o pescoço dela enquanto a cidade de Paris brilhava ao redor. Quando se separaram, Rio riu baixinho.
─── Acho que agora posso dizer que marquei o maior "home run" da minha vida.
Agatha revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso.
─── Você e essas suas analogias de softball...
─── Não reclame, você ama isso.
Rio provocou, puxando Agatha para mais perto. E ali, no topo da Torre Eiffel, com a cidade luz testemunhando, as duas prometeram um futuro juntas, cada vez mais certo de que haviam encontrado em uma a casa da outra.
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• ⚾ . . OO1 ❜ Olá, pessoal! Esse capítulo foi um dos meus FAVORITOS de toda essa história. Eu, de fato, chorei bastante o escrevendo, porque estou tão orgulhosa delas duas!
• ⚾ . . OO2 ❜ Bom, se vocês estão mantendo a conta, sabem que restam somente mais quatro capítulos, maaaaas… TEREMOS UMA SEGUNDA TEMPORADA!!! Sim, deixo aqui aberto para que vocês deixem suas sugestões, coisas que querem ver e etc. A história vai se passar um ano após o fim desta.
• ⚾ . . OO3 ❜ Para aqueles que não viram, publiquei mais uma história Agathario, também no estilo de comédia romântica. Convido todos vocês a irem lá e ler, segue a sinopse;
Agatha e Rio eram o casal perfeito… até não serem mais. Depois de dez anos de casamento, uma série de acontecimentos inexplicáveis — e provavelmente uma ou duas discussões sobre a cor das toalhas de banho — levou ao inevitável: o divórcio. Mas, como qualquer boa história, o drama não termina aí! As duas decidiram compartilhar a guarda dos filhos gêmeos, Nicky e Elle, que moram com Agatha durante o ano e passam as férias com Rio. E os dois, com seus corações puros e um tanto convencidos, têm uma ideia muito clara: suas mães ainda se amam e, mais cedo ou mais tarde, vão voltar uma para a outra.
Até que, numa virada totalmente inesperada, Agatha aparece com uma nova… namorada. O que é que isso significa para o grande plano de reatar o amor? Nicky e Elle, inconformados, decidem tomar as rédeas da situação (porque, claro, o que poderiam perder?), e começam a arquitetar um plano digno de Hollywood para juntar suas mães de novo. Se for preciso viajar pelo mundo, armar encontros desastrosos ou esconder o celular da mãe com o número da nova namorada, eles estão prontos. Uma coisa é certa: o amor, o perdão e algumas trapalhadas familiares são a receita perfeita para fazer até as mães mais resistentes caírem de amores de novo.
• ⚾ . . OO4 ❜ No próximo capítulo: Rio compra mais um pijama.
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