♡ | 1.8

    𖹭⠀࣭⠀ֹㅤUm pijama de tubarão e uma mãe emocionada  ⊹ㅤ  ㅤ゜★
❛ E eu amo esse garotinho muito, muito mais do que amo a mim mesma.  ❜
3.053 palavras


. ݁ ٬٬ 𝐌𝐄𝐓𝐀 ִ ֗ ៵ʾ ▎110 votos e 300 comentários para a próxima atualização

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ
A ROTINA NA CASA DOS HARKNESS HAVIA GANHADO UMA LEVEZA INESPERADA COM A PRESENÇA CONSTANTE DE RIO VIDAL. O recesso de inverno de Nicky trouxe desafios para Agatha, que se viu mais uma vez dividindo seu tempo entre cuidar de seu filho e administrar seu próprio negócio de assessoria a grandes empresas, desesperadamente buscando uma babá que pudesse a ajudar durante essas semanas infernais. Ciente do desespero de sua namorada, Rio decidiu oferecer-se para ajudar.

O inverno parecia mais aconchegante agora. A neve caía suave lá fora, cobrindo as ruas de uma camada branca e espessa, enquanto dentro da casa de Agatha, o calor emanava não apenas do aquecedor, mas da companhia que ela, Nicky e Rio compartilhavam diariamente. Desde o Natal, a dinâmica entre os três havia evoluído de forma natural.

Nas manhãs, enquanto Agatha revisava documentos no escritório, Rio e Nicky enchiam a casa de risadas, competindo para ver quem construía o maior boneco de neve ou disputando uma partida improvisada de bolas de neve no no quintal. Às vezes, Agatha se pegava espiando pela janela, um sorriso involuntário iluminando seu rosto ao vê-los juntos. Era impossível negar como a conexão entre eles parecia natural.

Nicky, que inicialmente via Rio com a curiosidade típica de uma criança e o amor de um fã, agora a aceitava como uma presença constante em sua vida. Ele passava os dias esperando pela chegada dela e, quando Rio finalmente entrava pela porta, o garoto corria para os braços dela com uma empolgação que aquecia o coração de Agatha.

Rio, por sua vez, parecia ter encontrado um papel novo e inesperado na vida familiar. O jeito como ela interagia com Nicky — paciente, divertida e carinhosa — fazia com que Agatha a admirasse ainda mais. Durante os dias de recesso escolar, Rio frequentemente aparecia para ajudar. Ela e Nicky passavam horas juntos, brincando com os presentes de Natal, desenhando monstros bizarros e criando piadas internas que deixavam Agatha rindo e revirando os olhos ao mesmo tempo.

Agatha não conseguia mais se lembrar de como era a rotina antes de Rio. Os dias tinham adquirido uma leveza diferente, como se tudo fluísse mais naturalmente. Desde o fim de dezembro, Rio tinha se tornado uma presença constante na casa dos Harkness e nenhum deles queria que fosse diferente.

Não era incomum encontrá-la no sofá brincando com Nicky, ensinando-o a usar sua luva de beisebol nova, ou ajudando Agatha com as tarefas cotidianas enquanto a provocava com comentários espirituosos. Nicky, por sua vez, parecia ter encontrado em Rio uma amiga e parceira de aventuras. Se antes ele hesitava em aceitar outra pessoa além da mãe em sua rotina, agora era o primeiro a perguntar por ela ao acordar.

─── Quando a Rio vai chegar? ─── ele perguntou naquela manhã, enquanto desenhava na mesa da cozinha.

─── Ela deve vir mais tarde, querido. ─── Agatha respondeu, com um sorriso indulgente, enquanto terminava de revisar alguns e-mails.

Quando Rio finalmente apareceu naquela tarde, trazendo um saco de donuts e um sorriso fácil, Nicky praticamente voou para abraçá-la.

─── Você demorou muito! ─── ele reclamou, agarrando-se à cintura dela.

─── Eu estava arrumando o uniforme, pequeno. ─── Rio respondeu, rindo, enquanto erguia o garoto no ar e girava com ele. ─── Mas agora estou aqui. O que vamos fazer hoje?

Agatha observava a interação de longe, sentindo uma mistura de gratidão e fascínio. Rio parecia ter um jeito especial de se conectar com Nicky, algo que ia além de apenas gostar de crianças. Era genuíno, como se ela entendesse o garoto em um nível instintivo. Isso a deixava completamente encantada.

Mais tarde naquela manhã, enquanto Nicky construía uma fortaleza elaborada com travesseiros e cobertores na sala, Agatha e Rio dividiam o espaço da cozinha em uma dança natural e íntima.

De vez em quando, suas mãos se tocavam por acidente ao alcançarem o mesmo utensílio, ou seus ombros se encostavam quando se moviam em sincronia para pegar algo nos armários. A proximidade parecia quase coreografada, e os olhares e sorrisos trocados eram suficientes para deixar o ambiente mais aquecido do que o próprio fogão. Rio, ainda na cozinha, seguia assistindo Nicky brincar com seus novos carrinhos de controle remoto pela porta entreaberta, quando comentou, com uma risada suave: 

─── Ele gosta mesmo de mim, hein? 

Agatha, que cortava fatias de pão para o lanche, levantou o olhar para Rio e sorriu. 

─── Ele não para de falar de você. Ontem à noite, enquanto eu o colocava para dormir, ele queria saber quando você se mudaria de vez. 

Rio riu, mas o comentário a pegou desprevenida. Por um momento, ela ficou em silêncio, encarando a figura animada de Nicky na sala. A ideia de estar ali todos os dias, de fazer parte daquela dinâmica, parecia tão surreal quanto... certa. 

─── Talvez eu devesse considerar, hein? ─── ela brincou, mas sua voz carregava um fundo de sinceridade que Agatha percebeu de imediato. 

A morena inclinou levemente a cabeça, analisando-a com um sorriso que misturava humor e afeto, antes de estender um prato para Rio. 

─── Talvez você deva começar com uma escova de dente. Ou quem sabe, uma gaveta no meu closet? 

Rio a encarou, os olhos castanhos brilhando com surpresa e ternura. 

─── Uma gaveta, hein? Isso é sério, Harkness? 

─── Estou dizendo que você pode começar pequeno, Rio. ─── Agatha respondeu, rindo enquanto desviava para a bancada. ─── Não estou pedindo que você traga sua vida inteira para cá. É só... acho que seria bom ver você se sentir mais em casa. 

Rio caminhou até ela, a expressão suavizando. 

─── Você tem certeza disso? 

─── Tenho. ─── Agatha respondeu, virando-se para encará-la diretamente. ─── Afinal, você já invadiu a rotina da minha casa. Não seria tão diferente, não acha? 

Rio riu e puxou Agatha pela cintura, deixando um beijo na bochecha dela. 

─── Eu aceito. Mas só se você me deixar escolher a gaveta. 

─── Claro, mas saiba que não vai ser a mais espaçosa. ─── Agatha provocou, com um sorriso divertido. 

Ambas riram, enquanto o som de Nicky brincando preenchia a casa. A ideia de ter Rio mais presente parecia cada vez mais natural, quase inevitável. E, naquele momento, Agatha percebeu que estava tudo bem com isso.

(...)

RIO VIDAL TINHA SE ACOSTUMADO RAPIDAMENTE À ROTINA COM AGATHA E NICKY. As manhãs na cozinha, os passeios improvisados para construir bonecos de neve e as noites embaladas pelas risadas de Nicky enquanto os três jogavam jogos de tabuleiro ou assistiam filmes no sofá. Mas, por mais que tudo parecesse natural, Rio ainda hesitava em dar um passo que representasse um compromisso maior.

Por duas semanas, ela adiou a ideia. A decisão parecia simples: ir até a casa de Agatha com uma pequena caixa e oficializar algo que, na prática, já parecia verdade. Ainda assim, o peso simbólico do gesto a fazia questionar se não estava sendo precipitada.

─── Isso é só uma gaveta. Uma gaveta e uma escova de dente, Rio. ─── ela murmurava para si mesma enquanto dirigia, as mãos firmes no volante, tentando ignorar o frio na barriga.

Quando tocou a campainha, estava segurando uma caixa de tamanho médio, nada muito grande, mas o suficiente para chamar atenção. A postura de Rio parecia diferente, mais hesitante. Ela estava deslocando o peso de um pé para o outro, o rosto sério, algo raro para a mulher confiante que Agatha conhecia tão bem.

Agatha tentava ignorar a inquietação que crescia a cada dia, mas era difícil. Em momentos mais vulneráveis, sua mente vagava por cenários onde Rio decidia que namorar uma mãe solteira era demais. Talvez o entusiasmo inicial tivesse diminuído. Talvez Rio tivesse percebido que a vida com ela e Nicky era mais complicada do que parecia.

Naquela tarde, enquanto terminava de organizar a sala, Agatha quase derrubou uma pilha de livros ao ouvir a campainha tocar. Ela respirou fundo antes de abrir a porta, apenas para encontrar Rio parada ali, segurando uma caixa de tamanho médio com uma expressão curiosamente insegura no rosto.

─── Oi. ─── Rio disse, oferecendo um sorriso hesitante enquanto ajustava o peso da caixa.

─── Oi. ─── Agatha respondeu, tentando manter a voz firme. ─── Finalmente trouxe a caixa?

─── Finalmente. ─── Rio respondeu, mordendo o lábio inferior e parecendo um pouco nervosa.

Agatha tentou sorrir, mas a ansiedade começou a se infiltrar. Será que essa demora era um sinal? Será que Rio estava prestes a dizer algo que Agatha temia ouvir? Ela engoliu em seco, saindo do caminho para que Rio entrasse.

─── Certo, vamos ver o que você achou que valia o espaço de uma gaveta na minha casa. ─── Agatha brincou, tentando manter o tom leve, embora seu coração estivesse pesado.

Rio colocou a caixa sobre o sofá e abriu a tampa. Agatha inclinou-se para olhar, e seus olhos se arregalaram enquanto um riso aliviado e incrédulo escapava de seus lábios.

Dentro da caixa havia uma calcinha preta de algodão, dois moletons — um com o logo dos Yankees e outro liso, azul-marinho —, uma camiseta oficial do time de Rio, e, por último, um pijama de tubarão que era, no mínimo, hilário.

─── Isso… ─── Agatha começou, mas precisou de um momento para conter o riso. ─── Isso é o que você achou indispensável trazer para cá?

Rio deu de ombros, sua insegurança desaparecendo ao ver a reação de Agatha.

─── Bem, a calcinha é óbvia. Os moletons são porque, vamos lá, é inverno. A camiseta… Bom, achei que poderia ser divertido te ver usando algo meu. E o pijama… ─── Ela riu, coçando a nuca. ─── Esse é só porque ele é ridículo e eu amo.

Agatha balançou a cabeça, um sorriso grande no rosto, enquanto fechava a caixa e puxava Rio para um abraço apertado.

─── Você me assustou, sabia? Achei que estava repensando tudo isso.

─── Repensando? ─── Rio afastou-se o suficiente para olhar Agatha nos olhos. ─── Agatha, eu não trouxe essas coisas antes porque queria ter certeza de que você realmente estava pronta para me ter aqui. Eu já estou pronta há semanas.

As palavras de Rio eram simples, mas o tom delas carregava uma sinceridade que fez Agatha suspirar de alívio.

─── Então… ─── Agatha começou, abraçando-a novamente. ─── Bem-vinda à gaveta, Vidal.

─── Espero que essa gaveta tenha espaço para mais coisas. ─── Rio provocou, sorrindo contra o pescoço de Agatha.

─── Vamos ver como você se comporta primeiro.

(...)

A CHEGADA DE RIO À VIDA COTIDIANA DE AGATHA E NICKY CERTAMENTE BAGUNÇOU AS COISAS — e, francamente, não havia como esperar outra coisa. Rio Vidal tinha um talento especial para causar uma pequena confusão por onde passava, não que ela fizesse isso de propósito, mas sim porque sua energia vibrante e seu jeito impulsivo pareciam afetar tudo ao redor. No entanto, entre as risadas e as pequenas complicações, uma coisa era inegável: a paixão entre Agatha e Rio era algo que as duas não podiam esconder, mesmo que tentassem.

Agatha, com sua natureza mais controlada e prática, encontrou-se constantemente ajustando a rotina, enquanto Rio, com sua espontaneidade e disposição para viver o momento, trazia uma leveza para a casa. Mas, como em qualquer relacionamento, nem tudo era perfeito o tempo todo. Elas tinham suas discussões — pequenas, mas intensas, típicas de casais que estavam começando a se entender no meio das suas diferenças.

Foram necessários 39 longos dias para que encontrassem seu equilíbrio, mas, durante esse tempo, algo importante aconteceu: aprenderam a se comunicar, a entender que nem sempre a vida precisa seguir um cronograma rigoroso e que, sim, a bagunça também tem seu lugar.

Rio, por exemplo, ainda tinha a tendência de tomar decisões impulsivas — uma ideia genial de última hora, ou um plano malfeito que ela insistia em colocar em prática sem consultar Agatha. Mas, com o tempo, ela aprendeu que, embora a espontaneidade fosse uma parte essencial de quem era, também precisava se preocupar mais com o impacto que suas ações tinham na rotina de Agatha e Nicky.

Agatha, por outro lado, teve que aceitar que nem todos os detalhes da vida precisavam ser controlados o tempo todo. A surpresa de Rio, seus gestos inesperados e o jeito despreocupado de viver, eventualmente a fez perceber que a vida não precisava ser uma fórmula matemática para ser boa. No final das contas, o caos parecia trazer algo de encantador.

As pequenas discussões que surgiam, por mais intensas que fossem no momento, nunca se prolongavam muito. Agatha, com sua calma, sempre tentava resolver as coisas de forma pragmática, enquanto Rio, com sua energia, não conseguia deixar nada mal resolvido por muito tempo. Elas encontravam um meio-termo, de uma maneira ou de outra, e sempre terminavam com um beijo, um sorriso ou até mesmo uma risada, como se o problema fosse só um obstáculo temporário.

Nicky, por sua vez, foi um ingrediente essencial para o equilíbrio que elas finalmente encontraram. O garoto, com sua sensibilidade e afeto incondicional, ajudou a suavizar a tensão. A presença dele, com sua alegria e curiosidade, fez com que tanto Agatha quanto Rio se vissem sob uma nova perspectiva — mais leve, mais dispostas a se adaptarem, a se permitirem ser vulneráveis e a formar uma família, mesmo que de uma maneira não tradicional.

Rio se mudou definitivamente para a casa de Agatha — para a casa delas — em abril. A decisão, que parecia ser inevitável depois de quatro meses de um relacionamento sólido, foi marcada por um certo alvoroço. Wanda e Natasha, que se tornaram quase uma extensão de Rio durante todo o processo de adaptação, praticamente ofereceram-se para ajudar com a mudança. Elas estavam, de uma forma um tanto protetora, preocupadas com a transição — talvez mais do que Rio imaginava. Wanda, com sua postura descontraída, tentou suavizar a tensão ao dizer, com um sorriso travesso:

─── Olha, Rio, não estamos ajudando só pela sua felicidade. Estamos também querendo garantir que você pare de invadir nossa casa toda semana. A mudança vai resolver esse problema, né?

Natasha, direta como de costume, levantou uma sobrancelha, mas a expressão no rosto dela era de genuína satisfação pela amiga.

─── Mas é bom saber que, de qualquer forma, você está feliz. Isso é o que importa.

Yelena, que estava ali com elas, observou a situação com uma mistura de incredulidade e espanto, ainda tentando processar tudo. Quando Wanda e Natasha trocaram olhares de aprovação, Yelena soltou uma risada, não sem antes disparar sua típica resposta afiada:

─── Eu nunca pensei que veria o dia em que Rio Vidal conseguiria conquistar Agatha Harkness. Mas, cá estamos. Eu realmente preciso começar a escrever um livro sobre isso.

As três mulheres, com suas observações e piadas, faziam questão de deixar claro que estavam contentes pela amiga. Natasha e Wanda podiam ser as mais cautelosas, mas estavam, no fundo, orgulhosas de Rio por ter dado o passo de se mudar para um lar que agora incluía Agatha e Nicky. No entanto, mesmo que houvesse uma pitada de desconcerto no início, o que mais se destacava era o apoio incondicional — e a surpresa, como mencionada por Yelena.

A manhã seguinte se mostrou tranquila e fria, com a luz suave do sol filtrando pelas cortinas, iluminando o quarto de maneira acolhedora. Rio e Agatha decidiram que, naquele dia, não iriam se apressar. Depois de semanas de rotinas agitadas e responsabilidades que exigiam toda a sua atenção para concretizar a mudança, finalmente estavam tirando um tempo para si mesmas, para simplesmente serem uma só.

Rio estava aconchegada atrás de Agatha, seu braço firmemente envolvendo a cintura da mulher. O calor do corpo de Rio se misturava ao de Agatha, e o aconchego era indescritível. Rio, com os olhos ainda fechados, murmurava algo sonolento em espanhol, palavras que mal podiam ser entendidas, mas que carregavam um carinho tão profundo que Agatha quase se perdeu na sensação.

─── Te quiero mucho…

Rio sussurrou, sua voz ainda abafada pelo sono, antes de se aconchegar mais um pouco contra Agatha. Agatha estava prestes a se virar, desejando roubar um beijo de Rio para dar início ao seu dia preguiçoso, quando o som insistente de passos pequenos invadiu o quarto. As portas do quarto se abriram suavemente, e uma figura familiar surgiu na porta.

─── Mamãe? Eu posso dormir com vocês?

Nicky perguntou, sua voz abafada pela sonolência, mas com aquele brilho de sempre em seus olhos. Agatha sorriu, o coração derretendo com a presença de seu filho. Ela mexeu ligeiramente, mas Rio, sem querer abrir os olhos ainda, apertou sua cintura, mantendo-a onde estava. Nicky, como se fosse a coisa mais natural do mundo, subiu na cama com o cuidado de não incomodar demais as duas, até se aninhar entre elas, empurrando Rio levemente no processo, antes de deitar a cabeça nos seios de Agatha, arrancando um olhar rígido, mas brincalhão de Vidal.

─── Claro, querido

Agatha respondeu suavemente, puxando Nicky para mais perto. O pequeno, feliz com a resposta, fechou os olhos novamente e se aconchegou com elas, exatamente como fazia nas manhãs em que sentia falta da presença delas, dos abraços e carinhos.

Então, algo inesperado aconteceu. Nicky, com a expressão tranquila de quem estava completamente confortável, olhou para Rio com uma suavidade incomum e, com a voz baixinha e inocente, disse:

─── Bom dia, mãe.

A palavra pairou no ar, tão simples, mas tão poderosa. Agatha parou por um instante, sentindo um calor crescente no peito, um calor que ela não conseguia explicar. O olhar de Rio, que estava começando a despertar, se suavizou ao ouvir o pequeno. Ela olhou para Nicky, e o sorriso que surgiu em seus lábios não foi de surpresa, mas de uma felicidade profunda, como se finalmente uma nova fase tivesse começado.

Agatha, com um sorriso discreto, virou-se para Rio, encontrando o olhar dela, e por um segundo, tudo parecia estar em perfeita harmonia. Os três deitados juntos, Nicky no meio, como sempre foi o desejo de Agatha, mas agora com uma sensação de completude que se estendia além da relação entre mãe e filho.

─── Ele me chamou de mãe…

Rio murmurou assim que ele dormiu, com os olhos brilhando pelas lágrimas não caídas, ainda incrédula, e ao mesmo tempo, tão contente que parecia não saber o que fazer com esse novo título.

─── Ele fez. ─── Agatha sussurrou, com um sorriso carinhoso. ─── E eu não poderia estar mais feliz por isso.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ

• ⚾ . . OO1 ❜ Olá pessoal! Queria aproveitar a oportunidade para agradecer os 15k, estou muito feliz e muito surpresa com o alcance dessa história que começou devido a minha depressão sazonal acentuada por suas bruxas de meia idade e acabou com uma fanfic de conforto e uma família linda que me faz chorar quase diariamente.

• ⚾ . . OO2 ❜ Queria destacar que, nesse momento, há sim uma possibilidade de uma sequência para essa história, mas ainda não é certo, depende de como vocês levarão o final. No mais, tenho pelo menos mais duas histórias planejadas, avisem aqui se vocês tiverem interesse em ser notificados!

• ⚾ . . OO3 ❜ No próximo capítulo: Agatha, Rio e Nicky assumem uma postura competitiva para provar a Yelena Belova — e seu filho — do que Agathario é feito.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top