𝚁𝚎𝚋𝚎𝚌𝚊 𝙵𝚒𝚎𝚕𝚍𝚜

Faz três dias que Namjoon, não aparece na empresa, até pensei que ele havia desistido daquela loucura. Mas não acredito que ele tenha desistido assim tão fácil.

Não reparei que ele era aquele jovem de anos atrás, ele mal me olhava, como pode ter se apaixonado por mim. Eu era tão jovem e sensível, e apaixonada por aquele babaca, que nem notei nada ao meu redor.

Ele queria que eu fosse acompanhante dele, porém não sei. Estou tão nervosa, nunca me senti tão pressionada como estou agora.

Se eu não aceitar, ele irá contar pra todos o que eu fazia no passado, e isso é o que menos quero, estou tão nervosa que nem sei o que pensar e fazer.

— Estou ferrada. — Resmunguei jogando a cabeça em um monte de papeladas. Estava me lamentando até alguém bater em minha porta.
— Entra. — Levantei a cabeça olhando a porta se abrir.

— Sra.Fields, você tem uma reunião em trinta minutos. — Minha secretária disse.

— Como assim? Você não me disse nada quando cheguei, Clark. — Bufei olhando pra ela.

— O Sr.Kim chegou avisando agora, ele disse que te encontra na sala de reuniões. — Falou sem graça.

— Aí que saco! — Bufei.
— Tudo bem, avise a ele que já estou indo, que precisa ser agora, porque mais tarde tenho um compromisso. — Falei me levantando.

— Sim, senhora. — Saiu fechando a porta.

— Quando achei que ia ter paz, ele vem e volta. — Revirei os olhos saindo da minha sala, indo em direção a sala de reuniões.

𝙺𝚒𝚖 𝙽𝚊𝚖𝚓𝚘𝚘𝚗

Finalmente vou conseguir conquistar a mulher dos meus sonhos, sei que parece meio obsessivo, mas não é. Meu amor por ela é de anos atrás, só Deus sabe o quanto sonho com essa mulher.

Todas as vezes que ela ia ficar com aquele homem, eu me sentia um inútil, uma mulher como ela nunca iria olhar para um magrelo como eu era e muito menos pobre. Por isso fiz de tudo para se tornar quem eu sou hoje, investi um dinheiro que havia guardado e com isso conquistei tudo que tenho hoje, e por isso não vou desistir de ter ela.

Sei que foi terrível a forma que eu abordei, porém se não for assim ela não vai me dar uma chance, vou fazer tudo que for possivel para ter ela em meus braços. E por isso estou aqui agora esperando ela chegar na sala de reuniões para propor o meu contrato.

— O que você quer Kim? Eu já disse que não quero ser nada sua. — Ela chegou destilando seu ódio, tudo bem não a julgo.

— Trouxe isso pra você. — Coloquei o contrato em sua frente, ela olhou por uns segundos e se sentou pegando em sua mão.

— O que é isso? — Perguntou olhando pra mim.

— Um contrato, nosso contrato. — Falei e ela riu.

— Era só o que me faltava. — Me olhou indignada.
— Achei que estava brincando, não vou ser nada sua, muito menos assinar um contrato. — Bufou.

— Estou falando sério, eu te quero Rebeca, e pra isso você precisa me dar uma chance. — Falei sincero.
— Está feito, me declarei e você me negou, por isso do contrato, se você não quer por bem, infelizmente vai ser por mal. — Suspirei.

— Você não vai desistir né? — Perguntou e é lógico que neguei.

— Ou você aceita, ou conto pra todos do seu passado prazeroso. — Sorri maliciosamente.

— Seu cretino, está me ameaçando? Saiba que nunca vou me apaixonar por você, está me ouvindo? E muito menos deixar você me tocar novamente. — Cuspiu as palavras em cima de mim.

— Se em um ano você não se apaixonar por mim, deixo você livre. Isso é uma promessa. — Falei sincero.

— Vai me segurar por um ano? Você é terrível, não consegue me conquistar e estar jogando sujo. — Riu com deboche.
— Vou ler essa merda! — Se levantou com agressividade.

— Vamos sair pra jantar hoje. — Pedi sem olhar para ela.

— Eu não assinei ainda, não tem que ficar em cima de mim. — Bufou saindo da sala.

— Vai ser difícil. — Resmunguei, saindo da sala de reuniões indo para minha sala.

****

— Cara ela é sensacional, a mulher mais linda que eu já vi, porém muito difícil. — Falei com Taehyung, meu melhor amigo.

— Cara, tantas mulheres lindas nesse mundo e você vai atrás dessa que nem gostar de você gosta. — Riu bebendo um pouco do seu vinho.

— É ela que eu quero, sempre gostei dela. — Suspirei.
— Pareço um fracote falando assim, porém é a realidade, eu quero ela para mim. — Falei apaixonado, degustando do meu almoço.

— Obsessivo né! — Rimos.

— Talvez um pouco, porém vai dar certo, falei pra ela que se em um ano ela não se apaixonar por mim, a deixo em paz. — Revirei os olhos com a possibilidade dela realmente não gostar de mim.
— Mais e aí como anda sua relação com a sua mulher? — Perguntei curioso.

— Ela está sensível ultimamente, disse que eu vivo no trabalho, que eu não dou atenção a ela. — Diz rápido.
— Ela está fazendo eu perder a cabeça já irmão, estou quase largando ela pra viver a minha vida. — Falou e eu arregalei os olhos.

— Você não ama ela? — Perguntei e ele sorriu confirmando que sim.
— Então supera cara, não deixe aquela mulher incrível por bobeira, sabe o que acho que vocês precisa? Vocês precisa de férias e umas férias bem picantes. — Sugeri.

— Não posso tirar férias agora. — Falou.

— Ou você tira férias e fode gostoso com a sua mulher, ou se mata no serviço e larga ela. — Falei e ele parou pensativo.
— É sério cara, não larga dela por nada, vai pra essas férias, fica com ela e aproveita. — Falei.
— Se você ver que depois disso você realmente não querer mais, aí você segue enfrente. — Sugeri por fim.

— Tudo bem, acho que realmente vou pegar essas férias para ficar com ela. Valeu pelo conselho. — Sorrimos.

Ficamos conversando por um tempo. Depois disso voltei para empresa, comecei a revisar uns contratos até a linda mulher aparecer brava em minha sala.

— Eu não vou transar com você! — Gritou jogando o contrato em cima da minha mesa.

— Não vou te tocar até você pedir Rebeca, tudo que está aí no contrato vai ser realizado se você quiser, a única coisa que peço é pra você me fazer companhia quando eu me sentir sozinho, jantar comigo as vezes. — Falei me levantando.

— Você realmente gostar tanto assim de mim? Porque eu, tantas mulheres por aí e você quer justo eu. — Resmungou.

— É de você que eu gosto. — Falei e ela me encarou.

— Gosta tanto assim, pra querer me prender? — Perguntou.

— Um ano, é só o que eu te peço. — Pedi.

— Um ano, Kim! — Pegou o contrato,  assinou e logo saiu da minha sala.

Peguei o contrato em minhas mãos e sorri, agora sim irei te conquistar e fazer você minha por vontade própria.

Já que ela assinou, hoje ela vai jantar comigo. Peguei meu celular e mandei uma mensagem.

📱 Jantar hoje em minha casa, te pego as 20:00. Beijos linda

Mandei e logo em seguida recebi uma mensagem que vamos se dizer que engraçada.

📱 😤😡🖕

📱 Agressiva! Você já assinou, não tem como voltar atrás

📱 Insuportável, me passa

o endereço que eu vou ate você

📱Ok! xxxxx xxxxx, meu endereço

📱😒👍

Foi a única mensagem que ela mandou. A propria estava realmente brava, não a julgo, estou forçando ela, porém não posso desistir agora.

****

O horário do jantar estava chegando, e hoje era o dia que eu ia fazer aquele mulher enlouquecer, ela não sabe o quão maluco eu sou por ela, e pra ser sincero toda essa obsessão me deixa com medo. Não queria que ela pensasse assim de mim, porém é inevitável.

Estava quase dando a hora do nosso jantar, quando escuto a campanhia tocar, como minha empregada não estava em casa, fui atender.

— Chegou antes da hora linda! — Falei ao ver ela parada na porta.

— Quanto mais rápido a gente jantar, mais rápido vou embora. — Ela passou por mim batendo em meu ombro.

— Espero que não. — Falei fechando a porta logo em seguida, virei para olhar pra ela, e a própria estava sentada em meu sofá com o bico maior que o mundo.
— Tá nervosa? — Perguntei debochando, sabendo que sim.

— Que pergunta idiota, vamos logo jantar. — Se levantou me olhando.
— Onde é sua sala de jantar? — Perguntou e eu apontei pra primeira porta a direita.
— Até que sua mansão é bonitinha. — Falou sentando na enorme mesa.

— Obrigado! Quer vinho? — Perguntei e ela pensou um pouco até finalmente aceita.

— Me fale Kim, porque você me quer tanto, eu não entendo? — Perguntou bebendo de sua taça.

— Eu já falei Rebeca, sempre gostei de você. — Suspirei.
— Você não me olhava, só olhava pra ele, aquele homem que te machucou. Jurei pra mim mesmo, que iria se tornar outra pessoa pra você gostar de mim, parece obssesivo, mas não é.
Eu gosto muito de você. — Fui o mais sincero possível.

— Você era tão quieto Kim, nunca imaginei que você gostasse de mim naquela época. — Falou desviando os olhos de mim.
— Aquele homem é um babaca, e agradeço o que fez por mim aquela vez, porém eu não posso e nem quero gostar de você, isso é loucura. — Confessou negando.

— Não é Rebeca, tenta me entender, você não sabe como doeu ver você todo dia nós braços dele, sem ao menos notar minha presença, você chegava lá e corria para o escritório daquela mansão sem dizer,um oi pra mim. — Tomei mais um gole da minha taça.

— Sinto muito fazer você se apaixonar assim, porém não consigo te olhar com outros olhos. — Ela se levantou e eu rapidamente corri abraçando por trás.

— Um ano Rebeca, foi nosso combinado, por favor. — Pedi, ou me humilhei.
— Deixo você em paz, se não gostar de mim da mesma forma que gosto de você. — Falei e ela pensou um pouco e acabou se virando para me olhar.

— Um ano! — Repetiu minha fala e sentou novamente.

Depois que ela se acalmou um pouco, não que tivesse nervosa, ela só estava na defensiva e não queria aceitar. Porém depois que pedi um ano, ela finalmente aceitou de vez e se acalmou.

Depois que jantamos, pegamos para sentar na sala e ficamos conversando, contei mais um pouco sobre mim, contei como era as vezes que eu a havia com aquele homem, e as vezes até sorria de canto, fiz algumas palhaçadas e ela acabou se libertando de vez, não sei se era por conta da bebida, porém ela estava finalmente me dando passagem, e esse era só o primeiro dia.

Ela não é uma má pessoa, só estava assustada com tudo isso. Imagine chegar alguém e dizer tudo isso que eu disse de uma vez, realmente é loucura.

— Vou embora. — Ela se levantou do nada me assustando.

— Porque? Fica, estamos nos dando bem. — Sorri e ela riu sínica.

— Eu aceitei a proposta de um ano, porém não disse que ia ser fácil, você vai ter que ralar pra fazer eu gostar de você, Kim. — Pegou sua bolsa e foi até a porta.

— Fica. — Peguei em sua mão a puxando pra mim, fazendo ela bater em meu peito.

— Não, obrigado pelo jantar e boa noite. — Abriu a porta e saiu me deixando com cara de idiota.

— Me fez de idiota certinho. — Ri fechando a porta.
— Aí ai Rebeca, você me deixa maluco. — Suspirei e fui arrumar as coisas do jantar.

Em seguida fui para meu quarto e tomei um outro banho para relaxar em minha cama.

Depois que já estava deitado, resolvi mandar uma mensagem pra ela, porém não obtive resposta, tô vendo que ela realmente vai fazer cu doce, até me aceitar mesmo.

— Como eu queria estar com ela aqui em minha cama. — Bufei nervoso, um homem como eu, ficar suspirando por alguém que não o quer, é foda.

Passei o resto da minha noite bebendo e assistindo em minha cama. Vou lamentar o fracasso do meu jantar, tudo bem que não foi tão fracassado assim, já que ela riu e conversou um pouco. Porém achei que ia acontecer um beijo ou algo a mais, iludido.

Acordei na manhã seguinte com uma puta dor de cabeça, por ter ficado a noite toda bebendo. Me levantei e fui me lavar, depois fui tomar um café forte e quando cheguei na cozinha encontrei a Sra.Lee fazendo meu café.

— Bom dia! — Falei baixo me sentando na mesa.

— Bom dia, Sr.Kim. — Sorriu fazendo uma breve reverência.
— Como foi seu jantar com a mocinha? — Perguntou curiosa

A Sra.Lee é minha empregada doméstica a mais de sete anos, ela meio que sabe tudo sobre mim, e pra falar a verdade foi ela que me deu coragem para ir atrás da Rebeca, disse que eu devia confessar meu amor pela mulher, caso ela não aceitasse era pra mim deixar isso pra lá, e encontrar alguém que realmente me ame como sou.

— Bom e ruim ao mesmo tempo. — Suspirei pegando o café.
— Ela não deu brecha de jeito nenhum, tudo bem que ela até sorriu e brincou as vezes, porém no final foi embora me deixando sozinho. — Revirei os olhos.

— Ela te deixou meu filho? Já te falei, se ela não querer você, a deixe ir. — Falou passando a mão em minha cabeça.

— Mina, tenho fé que ela vai me amar um dia. — Falei sorrindo.
— Você não vai tomar café? — Perguntei mudando de assunto.

— Vou querido! — Pegou um pouco e sentou ao meu lado, já que ela tem total libertade nessa casa.
— Está de folga hoje? — Perguntou.

— Sim! — Respondi mexendo em meu celular.
— Acho que vou dar uma saída. — Falei a olhando.
— O que você acha de flores? — Perguntei por causa da ideia que acabei de ter.

— Acho lindo. — Falou sem entender.

— Vou ir numa floricultura comprar flores pra ela então. — Me levantei rápido.

— Aí meu filho. — Mina, diz com a mão na testa.

— Que foi? — Perguntei sem entender.

— Eu não quero que você quebre seu coração. — Falou me olhando.

— Não vou, ela vai gostar de mim, você vai ver. — Sorri subindo para o quarto.

Como já havia tomado banho, somente troquei de roupa e sai de casa indo em direção a bela floricultura que tinha na cidade. Chegando lá fui atendido por uma bela mocinha.

— Qual dos buquês o senhor deseja levar? — A jovem perguntou.

— Quero a rosa! — Falei olhando aquele lindo buquê vermelho.

— Boa escolha, o principal significado das flores vermelhas é o amor. Essa cor simboliza a paixão, atração, fidelidade e amor, espero muito que a pessoa que a receba, goste muito. — Sorriu entregando em minhas mãos.

— Eu também espero. — Falei pagando o buquê saindo logo em seguida da loja.
— Espero mesmo que você goste. — Falei entrando em meu carro, dei partida e fui em direção ao apartamento da dela.

— Bom dia, o que deseja? — O porteiro do prédio perguntou ao me ver parado.

— Poderia entregar esse buquê para, Sra.Fields! — Pedi deixando em sua mão.

— Você não quer entregar? — Perguntou rápido.

— Não, estou atrasado para um compromisso. — Mentiroso.

— Tudo bem! Qual é o seu nome? — Perguntou com o buquê em mãos.

— Kim Namjoon! — Ele assentiu e pegou o telefone ligando no apartamento dela, pra dizer que havia um buquê para ela.

— Ela já está descendo. — Ele falou.

— Muito obrigado! Tenha um ótimo dia. — Virei as costas e sai rápido  entrando em meu carro.

Coloquei as mãos no volante, porém ainda não dei partida pra ir embora. Fiquei lá parado até a mesma descer e ver o buquê, ela falou alguma coisa pra ele e pegou logo em seguida. Como meu carro estava um pouco longe ela não reparou, olhou para fora e tentou me procurar, logo em seguida cheirou a flor e entrou pra dentro novamente com ele em suas mãos.

— Tão linda! — Falei sorrindo ligando o carro para ir pra casa.

♥︎♡︎

𝙶𝚘𝚜𝚝𝚊𝚛𝚊𝚖?