Uma Noite e Um Acordo
Dominic parece faminto enquanto me beija e eu posso dizer que retribuo com a mesma ferocidade. As mãos dele passeiam por meu corpo, apertando-me.
Meus saltos se perderam em algum parte do caminho da porta até o quarto, o blazer dele também. Meus dedos são ágeis ao desabotoarem sua camisa e quando consigo, passo minha mão por sua barriga dura e sarada. Mudou bastante desse a última vez, confesso. Desço minhas mãos para sua calça, onde sou mais rápida em tirar seu sinto e logo sua calça está jogada no chão. Sorrio, separando-me dele.
— Podíamos brincar um pouco antes. — digo por cima das nossas respirações ofegantes e me ajoelho a sua frente.
Abaixo sua cueca e sorrio para a extensão de seu membro. Levo a língua a ele, tocando de leve, provocando. O gemido que ele dá é o suficiente para me fazer ir em frente, envolvendo-o com a boca até onde consigo. A mão de Dominic está em meu cabelo logo depois, fazendo um rabo de cavalo. Movimento minha boca mais e mais rápido, enquanto observo a dificuldade de Dominic de respirar.
— Caralho, Abby... — ele inspira profundamente e revira os olhos. Continuo com os movimentos de sucção, percebendo que ele está perto de gozar.
Dominic diz meu nome mais algumas vezes e gosto disso, de meu nome em sua boca, principalmente agora quando com alguns movimentos, ele goza na minha boca.
Eu me afasto, engolindo o líquido e levantando.
— Continua fazendo maravilhas com a boca — Dominic sorri e me puxa para perto, beijando meu pescoço e deixando marcas. — Acho que está vestida demias.
— Também acho. — sussurro para ele que imediatamente acha o zíper em minhas costas e o puxa para baixo. Delicadamente, ele tira meu vestido.
— Bem melhor agora. — sua boca colide com a minha mais uma vez e suas mãos me puxam para cima, fazendo-me entrelaçar as pernas em sua cintura.
Meus dedos se entrelaçam em seus fios escuros e Dominic nos leva até minha cama, onde me põe, antes de se ajoelhar e encarar meu corpo nu, exeto pela calcinha.
— Gosta? — arqueio a sobrancelha e ponho os braços atrás da cabeça.
— Muito. — Dominic sorri. Acaricio sua coxa e ele agarra meu pé, deixando um beijo ali.
— Muito diferente de anos atrás? — mordo o lábio quando ele começa uma trilha de beijos em minha perna.
— Seus seios estão maiores agora. — seus lábios chegam em minha coxa e ele morde, me tirando um gritinho.
— Você é muito observador... — murmuro, já sentindo o calor se espalhando por meu corpo. Dominic ri e tira minha calcinha.
Seus lábios deixam beijos em minha virilha e eu suspiro, me contorcendo na cama. Agarro os lençóis quando sua língua finalmente encontra minha intimidade. Os olhos azuis de Dominic estão fixos em mim, observando exatamente o que sua língua está me causando. Os gemidos que escapam dos meus lábios e como reviro os olhos.
— Ah... Dom... — tapo a boca para evitar que meus gritos acordem os vizinhos. Com a outra mão, agarro seus cabelos, incitando-o a continuar, a ir mais rápido...
Ah, minha nossa... Como isso é bom!
— Dom... — digo seu nome sem me conter quando sinto a libertação do prazer. Minha respiração ofegante preenche o silêncio do apartamento.
Dominc beija minha intimidade uma última vez antes de fazer uma trilha de beijos até meus seios, ele abocanha um e envolve o outro com a mão.
Não estou mais aguentando. Eu preciso dele, agora!
Ergo seu rosto e lhe envolvo em um beijo, demostrando a necessidade que sinto no momento. Em segundos, já troquei nossas posições, ficando por cima dele. Me estico até a cômoda onde fica o pote com camisinhas. Pego uma, rasgando a embalagem.
— Está sempre tão preparada? — Dominic pergunta com as sobrancelhas erguidas.
— Preciso estar, considerando o quanto minha vida sexual é ativa. — dou de ombros. O homem sob mim ri. Finalmente coloco a camisinha em seu pau e o coloco em mim. Seu membro grosso e duro me preenche.
Nossos gemidos se misturam e eu apoio as mãos em seu abdômen, enquanto as suas apertam meu quadril.
— Gosta de ficar por cima? — Dominic me pergunta, respiração ofegante mais uma vez. Seu rosto é iluminado unicamente pela luz da lua que entra pela frecha da janela. Ok, o desgraçado está lindo e isso me excita.
— Gosta de me ver por cima? — minha voz é quase um sussurro na noite e fecho os olhos quando o prazer começa a se acumular em mim.
Dominic movimenta o quadril e diz o meu nome diversas vezes. Jogo a cabeça para trás, encarando o teto, enquanto sinto as investidas dentro de mim, me preenchendo mais e mais.
— Abby... Eu... Ahh.
Ambos nos movimentamos mais rápido e eu o encaro. Suas mãos se apertão em minha bunda e eu sorrio para logo em seguida atingir o meu ápice e segundos depois, ele também.
Desabo ao seu lado, ofegante.
Lembrava vagamente daquele noite há anos atrás, mas não foi tão bom quanto agora.
— Isso foi... — Dominic é o primeiro a falar. — bom... Muito bom.
— É... Foi... — tento acalmar minha respiração.
— Banheiro?
Aponto para a porta do lado esquerdo. Ele com certeza não deve ter notado enquanto entremos aos beijos e tropeços no quarto.
Dominic levanta, indo na direção do banheiro. Não resisto e olho para sua bunda. É uma bunda bonita.
Rindo baixinho dos meus pensamentos, volto a encarar o teto. Não pensei que me deitaria com Dominic Devenport nunca mais. Quer dizer, não nos deitamos aquele dia. Isso tudo é muito doido, mas pelo menos depois de uma semana cansativa tentando arrumar emprego, consegui uma diversão.
— Fica sempre pensativa depois do sexo? — viro-me para Dominic parado no umbral da porta, de braços cruzados. Daria uma ótima capa de revista.
— Pode ficar, se quiser — digo a ele, cobrindo-me com o lençol e me aconchegando na cama. Noto suas sobrancelhas erguidas. — Apenas porquê está tarde.
— É claro. — seu sorriso convencido me faz revirar os olhos. Deito de costas para ele e logo ele deita ao meu lado.
A luz do sol entra pelas cortinas que sempre deixo abertas. É melhor que um despertador. Falando nisso, meu despertador não tocou. Claro... É domingo.
Viro o rosto para o lado oposto e dou — literalmente — de cara com algo duro e quente. Abro os olhos e encaro o peito nu de Dominic e depois seu rosto. Ele parece um anjo dormindo, mas depois de ontem a noite, duvido muito que ele seja.
Noto então seus braços ao redor de mim. Isso seria o sonho de qualquer mulher que leia aquelas revistas onde o rosto — e corpo — do homem está sempre estampado. Nesses anos que passaram eu sempre soube da fama dele e como continuou sendo o mesmo canalha do colégio.
Minutos depois, Dominic finalmente abre os olhos. Suas sobrancelhas se franzem para claridade e ele coça os olhos o indicador e o polegar, antes de abaixar a mão e me encarar.
— Estava me observando dormir? — o sorriso preguiçoso retorna a seus lábios e eu reviro os olhos.
— Acabei de acordar, se serve de consolo. — sento-me na cama, usando o lençol para me cobrir.
— Mentirosa. — ele fica de pé, recolhendo as roupas. Enquanto ele se veste, admiro mais um pouco o corpo que com certeza não vou ver nunca mais. Como eu, Dominic não é de ter figurinha repetida no álbum.
— Quer tomar café? — pergunto despreocupada. Na verdade eu não sei cozinhar muito bem, mas talvez ele desse sorte e eu conseguisse fazer umas panquecas.
— Olha, eu sei o que está pensando — Dominic começa. Arqueio a sobrancelha sabendo que é impossível ele saber sobre as panquecas. — Mas o que aconteceu aqui... Foi apenas diversão. Então não espere que eu ligue pra você.
— Ah, claro — balanço a cabeça, mas não me contenho e começo a rir. Gargalhar de verdade até sentir minha barriga doer. — Desculpe... Isso... Você...
— O que é tão engraçado?
Depois de finalmente parar de rir, eu o encaro. Suas sobrancelhas escuras estão franzidas enquanto ele abotoa a camisa que eu tão desesperadamente desabotoei ontem.
— Você achar que esperaria algo mais. — digo por fim. Suas sobrancelhas franzidas se erguem.
— Então não esperava que eu fizesse promessas de voltar depois?
— Por que eu esperaria quando eu mesma não planejava ver você depois de hoje? — dou de ombros. — E além do mais, pessoas como você e eu não saem para jantares. Pelo menos não os dois juntos.
— Por que? — ele finalmente termina com a camisa e põe a gravata no bolso.
— Não nos envolvemos com ninguém. Então nós dois estaríamos nos enganando e achando que fazemos um bom jogo.
— Você é muito calculista. — Dominic caminha até o lado da cama em que estou e senta quase em cima de meus pés.
— Nós dois somos. — pisco para ele, que está me olhando de cima abaixo.
— Você é diferente das outras.
— Ah, por favor, não me venha com essa. — reviro os olhos. O que ele pensa que vai ganhar com esse papinho?
— Não... Não é um tipo de cantada... Só... — Dominic se interrompe, encarando-me daquele jeito de novo, como se tivesse encontrado algo muito interessante. — Então não se apaixonaria por mim?
— Definitivamente não.
Dominc assente e apoia os cotovelos nos joelhos, entrelaçando as mãos.
— Você deve saber que estou sempre cercado de mulheres. — ele me olha pelo canto do olho.
— O príncipe de Seattle. — é assim que ele é chamado nas revistas. Dominic ri com deboche.
— É, isso mesmo. E todas essas mulheres são interesseiras. Algumas, a maioria, acaba se apaixonando por mim depois de uma noite. Elas dizem que sou irresistível — ele mesmo ri do que diz. Ainda não sei onde quer chegar. — Mas você... Você é diferente nisso.
— Ah... — é tudo o que digo. Não sei por quê ele está me contando isso. Dominc vira completamente para mim, seus olhos com interesse.
— Estava sempre me perguntando se tinha alguma mulher que não se apaixonaria por mim.
Ah... Ah, então é isso.
— Desculpe te decepcionar, Dom, mas sou imune aos seus charmes. — pisco para ele de novo e sorrio.
— Me dê dois meses e vamos ver se não faço você se apaixonar por mim.
As palavras ecoam pelo apartamento e demoro alguns segundos para processar o que ele disse, então dou risada.
— Está tão desesperado assim? Ah, Dom... — rio ainda mais. Não é possível que Dominic Devenport esteja agora me propondo algo assim.
— Será como um experimento. Quero ver se sou mesmo irresistível — Dominic dá de ombros e vejo que está mesmo falando sério. — Me diga o que quer.
— Eu quero um emprego. — respondo sem pensar. Meu subconsciente não pode estar mesmo pensando em aceitar isso.
— Seja minha assistente pessoal e nesse meio tempo farei de tudo para conquistá-la. — ele está calmo, parece estar negociando a uma troca de carro.
— E o que aconteceria comigo depois desses dois meses? Só por curiosidade... — me apresso em dizer. Ele sorri.
— Se não quiser continuar trabalhando comigo, lhe dou outro trabalho. Em qualquer lugar.
Passei as últimas semanas entregando currículos. Desesperada por um emprego e aqui está a melhor oportunidade que eu poderia ter. E tudo isso em troca de querer me conquistar... Por quê não?
— Quero isso por escrito. — digo depois da minha breve reflexão.
— Se isso lhe dá alguma segurança, irei providenciar.
Nos encaramos por um tempo. Eu posso ser meio inconsequente às vezes, mas isso... Esse acordo... Me conheço bem demais para saber que em hipótese alguma eu me apaixonaria por Dominic Davenport e que esse é um bom negócio, considerando a grana que vou ganhar.
— E mais uma coisa... — ele fica de pé e me encara com um sorriso no rosto — Um conselho, na verdade — Dominic se inclina para sussurrar em meu ouvido. — Não se apaixone por mim.
Rá! O que acharam?
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