Três Palavras


    Quando entramos no meu apartamento, Lena rapidamente avança para cima de Dominic, latindo tanto que acho que algum vizinho pode vir reclamar.

É fofo de ver Dominic com Lena, como ele a segura e faz carinho. Eu poderia me apaixonar por ele agora se já não estivesse.

Vou para a cozinha e pego um pouco de água para beber. Eu sei que nem um banho gelado apagaria o calor em minhas veias, mas é o mínimo que posso fazer para manter o controle.

Encaro Dominic antes de ir para o quarto, esperando que ele entenda que deve me seguir agora. Eu não vou esperar mais nenhum segundo para tê-lo.

Não demora muito para que eu ouça seus passos atrás de mim. Lena sabiamente não faz o mesmo.

Estou tirando a jaqueta quando ouço a porta fechar. Viro-me para ele depois de tirar meus saltos, ficando mais baixa que ele.

Dominic se recosta na porta, me observando com uma intensidade que faz meu coração acelerar.

— Dá última vez que você esteve nesse quarto, não ficamos vestidos por mais tempo que o necessário. — arqueio a sobrancelha, me perguntando porque ele continua parado.

— Eu não quero fazer as coisas rápido. — Dominic me olha de cima abaixo. Se eu já não estivesse molhada, com certeza ficaria agora.

Dominic finalmente se aproxima, segurando minha cintura enquanto com a outra ele afasta minha franja. Senti falta até desse gesto. De tudo. De estar com ele; do seu sorriso; da sua voz. Eu não tinha percebido quão forte era o sentimento de saudade até estar aqui, com ele.

Eu o beijo, mais lento e intenso, como tudo tem sido essa noite. Eu concordo com ele, não quero ir rápido, quero aproveitar cada momento como se fosse o último, mesmo sabendo que terá muito desses de agora em diante.

Nossas roupas vão caindo no chão, seus lábios nunca me deixando. Não percebo que estou na cama até sentir a maciez. Dominic paira acima de mim, beijando minha pele, apalpando meus seios até que eu estou choramingando para sentí-lo dentro de mim. Posso sentir sua ereção em minha perna enquanto sua boca abocanha meu seio e eu grito quando ele prende meu mamilo entre seus dentes.

Dominic trás seus lábios de volta para os meus, beijando-me com uma intensidade e carinho que é quase difícil de suportar. Não que eu não goste, mas apenas que essa coisa entre nós ainda é nova. Nenhum de nós dois nunca deixamos transparecer esse tipo de coisa durante o sexo, mesmo cada vez que passava, eu sentia que meu amor por ele crescia.

Arqueio minhas costas quando sinto-o entrar e rapidamente entrelaço minhas pernas na sua cintura, abraçando seu pescoço. Dominic não se move mais e eu abro os olhos apenas para vê-lo me encarando. Com um braço apoiado ao lado do meu rosto, ele usa a outra mão para afastar o cabelo do meu rosto.

— Eu preciso lhe dizer algo — sua voz está rouca enquanto ele se concentra em meus olhos, para ter certeza que estou prestando atenção. Me aperto ao seu redor, para que continue. — Eu amo você, Abby.

As palavras me deixam atordoada por um segundo e é exatamente quando Dominic afunda mais em mim. Jogo a cabeça para trás, recebendo tudo o que ele está me dando.

A cada estocada eu ouço apenas essas três palavras: eu amo você, eu amo você, eu amo você.

Dominic entrelaça nossas mãos, levando nossos braços para cima enquanto me beija. Algo está mudando e não é apenas na nossa relação. Eu amo esse homem. Eu só percebi isso quando o deixei, mas agora isso parece mais forte. Agora, enquanto ele sussurra para mim que sentiu minha falta, a voz embargada; quando diz que teve medo de que eu fosse embora para sempre, consigo sentir a verdade em suas palavras.

Dominic me dá tudo sem ter medo e eu o recebo, porque eu o quero. Ele disse que não me deixaria mais ir embora e eu também não quero. Nunca mais. Eu sempre tive medo de me envolver profundamente com alguém, mas não sinto mais esse medo estando com ele.

Procuro seus olhos azuis, sentindo o prazer se acumular em meu centro.

— Eu amo você. — digo a ele, sorrindo porque eu sei que essas palavras não serão ditas com tanto amor por mim a mais ninguém.

Ele me beija mais uma vez, suas investidas tomando um ritmo frenético e mandando o negócio de ir devagar para o inferno.

Estou ofegando quando o prazer me atinge, o alcançado em seguida.

Dominic deita ao meu lado, puxando meu corpo para perto do seu.

Depois de um tempo apenas respirando, pergunto:

— Então isso que é fazer amor?

Ele beija meu cabelo e eu levanto o rosto para encará-lo.

— Nos amamos, então sim.

Quando o som alto demais para o meu gosto irrompe no ar, eu resmungo, jogando minha pernas por cima da de Dominic e lhe abraçando a cintura. Tenho uma breve noção que estamos de conchinha, mas eu é que o estou lhe abraçando.

Sinto seu corpo se mover e ele tenta afastar meus braços.

— Não. — resmungo, me recusando a soltá-lo ou abrir os olhos.

— Eu só vou atender o telefone. — ele beija minha testa e eu finalmente lhe solto, porque o som do celular já está me irritando.

Dominic levanta e acho que o ouço soltar um suspiro antes de atender. Deito de barriga para baixo, abraçando meu travesseiro enquanto ele não volta.

— Oi... Tem certeza que é hoje...? Eu não posso ir... Eu sei, sinto muito... Não precisa adiar por minha causa... Tudo bem.

A cama afunda depois que ele encerra a ligação e logo seus lábios estão em minha pele e ele está beijando minhas costas.

— Você não vai a lugar nenhum, não é? — murmuro, ainda bêbada com o sono.

— Não. Nem você. Nunca mais.

Abby se vira, beijando-me. Eu não planejava lhe acordar e estava começando a me culpar por não ter desligado o celular, mas agora com ela me beijando e montando em meu colo... eu só posso agradecer e esperar que todas nossas manhãs sejam assim.

Aperto sua bunda enquanto ela se esfrega em meu pau já duro, algo bastante comum pela manhã e principalmente quando acordo com ela.

Abby empurra meus ombros para trás e eu me deito enquanto observo sua mão me guiar para dentro dela. Observo sua boceta engolir meu pau lentamente. Gemendo, seguro seus quadris quando ela sobe e desce até eu estar perfeitamente encaixado dentro dela.

— Porra, você é tão gostosa. — suspiro, admirando a visão dela se movendo, a cabeça jogada para trás, uma mão apertando seu seio. É uma visão do caralho, porque essa mulher é incrível.

Movo meus quadris, indo mais fundo nela e fazendo-a gemer alto. Seus movimentos ganham mais velocidade e ela apoia ambas as mãos em meu peito, sentando com força. Levo minha mão ao seu clitóris, fazendo movimentos circulares até ela realmente estar gemendo de prazer.

— Oh... meu Deus...

Sorrio com malícia.

— Deus não pode te ajudar agora, amor.

Tomo seus lábios e mudo nossas posições, colocando-a deitada na cama. Ponho cada perna sua em um ombro meu e abraço suas pernas, afundando nela até estar gritando meu nome para que todos os vizinhos ouçam.

Sua boceta aperta meu pau e eu acho que estou rosnando quando me enterro mais rápido e mais duro nela. Abby morde o lábio, arqueando o corpo tenso de repente. Ela é ainda mais linda quando está gozando.

Com mais algumas estocadas, eu me derramo dentro dela. O orgasmo é tão forte que continuo dentro dela depois disso, tentando me recuperar.

— Isso foi tão bom. — Abby diz, ofegando quando me jogo ao seu lado.

Eu concordo com ela, mas não tenho forças para falar ou fazer qualquer além de puxá-la para meu peito e deixar o sono me vencer.

Deixei Abby dormindo e saí para ir ao mercado. Abby não estava brincando quando disse que não sabia cozinhar, porque não tem nada na sua casa.

Quando volto, sou recebido por Lena, como ontem. Minhas mãos estão ocupadas para poder lhe fazer carinho, mas deixo meus sapatos para ela morder.

Abby ainda não acordou. Ainda são 11h e eu não tenho coragem de acordá-la depois da noite/manhã que tivemos. Eu mesmo me sinto cansado – de um jeito bom. Cansaço de pós sexo é o único que me agrada. E cansaço de pós sexo com a mulher naquele quarto é ainda melhor.

Mas não é mais sexo. Abby está apaixonada por mim. Ela me ama. E eu a amo. Eu quero saber por que ela não disse antes, mas provavelmente são pelos mesmos motivos que os meus: medo e insegurança.

Só consigo pensar nas duas semanas que perdemos, em como tudo poderia ter sido diferente se eu tivesse dito que a amava quando ela me pediu um motivo para ficar. Nenhum de nós dois teríamos passado por todo esse sofrimento.

Resolvo deixar o passado para trás e me concentro no café da manhã. Não quero deixar minha garota com fome quando ela acordar.


Estou terminando os waffles quando Lena corre, latindo.

Olho por cima do ombro e flagro Abby vestida com meu paletó.  Seu cabelo está bagunçado de um jeito sexy e ela tem um sorriso nos lábios.

— Eu prefiro você nu. — pega Lena no colo e caminha até a ilha da cozinha, sentando-se.

— Eu também, mas não poderia ir ao mercado do jeito que vim ao mundo. — ponho suco de laranja em um copo e entrego a ela.

— Ah, eu teria que chamar a polícia se você fizesse isso. As mulheres iam querer pedaços de você. Um especificamente — seus olhos vão para minha virilha. — que eu gosto muito.

— Nós compartilhamos do mesmo sentimento, engraçadinha.

Lhe entrego um prato com ovos Benedict e bacon. Abby começa a comer, mas então para, me encarando.

— Você não vai comer?

Sorrio para ela.

— Eu já estou bastante satisfeito para uma manhã.

Abby balança a cabeça, um sorriso em seus lábios inchados.

— Eu sinto muito por você ter que ouvir essas coisas, filha. — Abby diz a Lena que está mais preocupada em roubar o bacon de seu prato.

— Essa com certeza não deve ter sido a pior coisa que ela ouviu ontem e hoje. — na cobertura Lena ainda podia se esconder no andar de baixo, mas aqui a pobre cachorrinha não tem muito para onde correr.

Abby parece ter consciência disso também porque começa a se desculpar com Lena, fazendo a cachorra latir.

Dou risada e vou lavar os pratos.

Abby está mais uma vez em meu colo, mas só. Eu gosto de tê-la assim, nem que seja apenas para olhar seu lindo rosto. Ela me fez tirar a calça e a camisa e estava até agora pouco beijando meu peito.

— Tenho mais uma coisa para lhe dar — falo, acariciando sua coxa nua. Abby semicerra os olhos para mim, desconfiada. — Está dentro do paletó, no bolso esquerdo.

Fico surpreso por ela não ter achado antes. Abby tira a caixinha do bolso, franzindo as sobrancelhas.

Sento-me na cama, ainda com ela em meu colo. Seus olhos castanhos esverdeados encaram os meus, ainda demonstrando confusão e desconfiança.

Ponho seu cabelo atrás da orelha e seguro seu rosto.

— Eu te amo, Abby. — repto o que só tinha dito quando estávamos fazendo amor. Ainda é bonito de ver a reação em seu rosto.

— Eu também te amo. — me beija e e tão bom que quase não consigo me afastar, mas preciso porque não terminei.

— E eu quero estar com você de agora em diante. Essas duas semanas foram um inferno sem você e eu não quero passar isso de novo.

— Nem eu.

— Eu sei, meu amor. Agora eu sei e por isso... — engulo em seco, segurando sua mão com a caixinha de veludo. — Por isso eu quero te pedir algo.

Ela me encara, esperando. Respiro fundo e digo as palavras que podem mudar tudo:

— Você quer casar comigo?


GEEEEEEEENTE, o que foi esse final?😱

Acham que a Abby vai aceitar??

Querem que ela aceite???

Gostaram da reconciliação? Confesso que não gostei muito do hot💔

Enfim, por hj é só!

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2bjs, môres♥

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