Olhe para mim, amor
Encaro a boutique com o meu nome, sentindo um pouco da alegria que eu sentia todos os dias quando vinha trabalhar, a satisfação que era poder ajudar as mulheres a escolherem roupas, como eu achava que meu trabalho era mais que isso.
Desço do carro após Zaac abrir a porta e o agradeço. Parece que faz século que não vejo meu motorista/segurança, seja lá o que ele tenha se tornado. Quando eu o encontrei na frente da mansão, não pude me conter e lhe dei um abraço. Talvez eu tenha imaginado, mas quando me afastei podia jurar que seus olhos estavam um pouco úmidos.
— Você não precisa ficar aqui, sabe disso, certo? — Pergunto a ele.
— Sim, senhora, mas eu estarei do outro lado da rua, caso a senhora precise — Zaac responde, prestativo como sempre.
— E eu já disse que não precisa me chamar de senhora.
— Tenha um bom dia, Sra Davenport.
Dou a ele um olhar que diz que ele vai ficar sem emprego em breve e entro na boutique. Está aberta, obviamente e estou me perguntando se Dominic contratou alguém para cuidar das coisas aqui, quando meus olhos param em Beatrice atrás do balcão, atendendo uma cliente.
— Volte sempre e não se esqueça de trazer sua filha da próxima vez — Diz com um sorriso.
Dou bom dia a mulher quando ela passa por mim e a espero sair antes de virar para a noiva de Karen, minhas sobrancelhas no teto.
— Karen te colocou de castigo? — eu pergunto, ainda surpresa de ela estar aqui.
— Não, espertinha. Eu me ofereci. Mas que bom que você está de volta. Quer dizer, você vai voltar, né?
— Bem, acho que sim...
— Essa é a melhor notícia que recebi hoje. — Vendo que eu estou achando graça da rua reação exagerada, Beatrice explica: — Olha, eu fiquei feliz em poder ajudar, mas isso aqui não é para mim. Eu preciso ser agradável o tempo todo e não posso mandar ninguém ir se foder e isso é um saco.
— Certo. — Dou risada, olhando em volta, sentindo aquela centelha de alegria se expandir em meu peito.
Sorrio ao lembrar do dia que Dominic me entregou as chaves, de como não acreditei que eu realizaria meu sonho. Depois eu tentei retribuir com um jantar e acabou com bombeiros na cobertura.
— Eu vou ficar — digo, sem perceber que eu estava cogitando isso. Quando saí da mansão, meu único objetivo era ir a consulta com a psicóloga. A Dra Lewis tem muitas recomendações e por algum milagre (talvez o meu sobrenome de casada) consegui um horário na sua agenda e agora sou sua paciente regular.
— Eu fico feliz. Meu rosto já está cansado de tantos sorrisos.
Acordo cedo e escovo os dentes antes de praticamente sair correndo do quarto, deixando um Dominic adormecido para trás.
Nós temos dormido no mesmo quarto – mesma cama – mas nada aconteceu desde aquele dia, há apenas uma semana. Porém, posso dizer que nos reaproximamos. Ele ainda não voltou para a Davenport Company, mas tem ido para a LPS. Dominic diz que está apenas ajudando Liam, mas se eu o conheço bem – e eu conheço – está cogitando a ideia de trabalhar com o irmão integralmente. Tenho quase certeza que o que o impede é não saber de Karen irá querer assumir a presidência da Davenport Company permanentemente.
Eu tenho ido as consultas com a Dra Lewis e entrei em um grupo de apoio também. Tenho conciliado isso com a minha volta a trabalhar na boutique.
— Oi, bebê. — Sussurro para Lena, me agachando para acariciar seu pelo. Dominic a trouxe semana passada depois que eu finalmente senti falta dela. Eu tenho lhe dado ração extra por ter esquecido dela, mas Lena é uma boa garota e não parece se ressentir de mim (vamos ignorar os três sapatos destruídos que achei ontem).
Entro em um dos quartos de hóspedes, deixando Lena do lado de fora, pedindo desculpas a ela.
Meia hora depois, estou carregando a caixa grande nos braços ao entrar no nosso quarto, onde Dominic ainda está dormindo. Mas por pouco tempo, pois eu sou ansiosa e nem morta vou esperar ele acordar daqui a duas horas.
Eu praticamente me jogo na cama ao sentar e coloco a caixa na frente do seu rosto.
Dominic tem um sono leve, então é claro que ele acorda com a minha falta de descrição.
— Bom dia! — Sorrio, observando sua cara sonolenta enquanto pisca os olhos para a claridade do quarto.
— Bom dia. — Dominic franze a sobrancelhas para a caixa. — O que é isso?
— Seu presente — talvez eu esteja soando animada demais, mas eu estou muito ansiosa para ver sua reação ao abrir a caixa.
— Presente? — senta na cama, esfregando os olhos como um garotinho de cinco anos. Eu quase sinto culpa de ter lhe acordado. Quase.
— Sim. Você por acaso se esqueceu que dia é hoje?
— Domingo?
— Sim, domingo, 20 de julho, seu aniversário!
Ele não parece acreditar em mim e pega o seu celular na mesa de cabeceira. Quando vê que estou certa, sua sobrancelhas se erguem.
— Acho que eu esqueci. — Murmura, coçando a cabeça.
— Você é inacreditável. — Balanço a cabeça, mas empurro a caixa para ele. — Enfim, abre.
— O que é? Você está me assustando.
Eu não digo nada, porém e ele se rende, desfazendo o laço e tirando a tampa da caixa.
— Feliz aniversário! — digo, por fim.
Seus lábios se entreabem e acho que ele murmura algo como "Mas o quê...". Quando ele continua encarando a caixa, começo a achar que foi uma péssima ideia, mas então o brilho surge em seus olhos quando ele sorri e ri ao mesmo tempo, finalmente pegando a bola de pelo marrom de dentro da caixa.
— Você me deu um coelho de aniversário.
— Lena! — Abby grita, pegando a cachorra a tempo, antes que ela devore o coelho.
Eu dou risada.
Nós colocamos os dois juntos para a Lena entender que agora tem um irmãozinho, mas nos últimos dez minutos tudo o que ela tentou fazer foi devorar o coelho.
— Se você não tivesse dado a ele o nome de Brownie, talvez a Lena não achasse que ele é a próxima refeição dela. — Minha esposa diz, embalando a cachorra no colo enquanto ela rosna.
— Mas combina com ele. — Murmuro, acariciando o pelo marrom de Brownie.
Eu não esperava esse presente de aniversário, principalmente por não me lembrar que é o meu aniversário e com tanta coisa acontecendo, já era esperado, mas estou me sentindo com 6 anos de novo.
Ponho Brownie na gaiola e ele corre – pula – até o túnel equipado lá justamente para ele se esconder.
Volto-me para Abby, que está sussurrando alguma coisa para Lena. Seu cabelo está preso em um coque que já está desmanchando a um tempo, mas ela não parece se importar com isso ou com o fato de estar usando um moletom gigante de quando eu estava no ensino médio.
Quando ela me vê olhando, sorri e meu Deus, o quanto eu estive esperando por isso naquelas semanas, que quando ela faz isso agora, eu só quero congelar seus sorrisos e olhar para ele por um tempo, até meu coração se acalmar.
— Tudo bem, a hora do recreio acabou, nós precisamos nos arrumar. — Abby fica de pé, o moletom cobrindo metade das suas coxas, mas não o suficiente para afastar meus olhos da sua pele macia.
— Nós precisamos...? — tudo o que eu quero é ficar na cama com ela, mesmo que ainda não demos esse passo ainda. Apenas ficar com ela basta para mim.
— Sim e pare de me olhar com essa cara. Você está quase competindo com Lena quando ela faz cara de cachorro sem dono.
Dou risada outra vez. Aqui está a Abby que entrou na minha vida como um furacão: com suas piadas, seu sarcasmo e a sua ironia, fazendo com que eu ria mais do que eu já ri antes de ela voltar para a minha vida, meses atrás.
— Você se esquece que eu sou antisocial. — Sento-me na cama e pego Lena quando Abby me entrega.
— Mas é o seu aniversário — argumenta, indignada que eu não dê a mínima para a data de hoje.
— Tudo bem, o que você quer fazer?
— Confesso que eu esperava algum clube — digo, referindo-me ao dia que fomos aquela boate.
Sentada atrás do volante, Abby sorri.
— Quem sabe no seu próximo aniversário?
Estamos – ela está – dirigindo há quase uma hora e sei que não vamos para aquela boate porque acabamos de passar pela placa que indica que estamos saindo de Seattle. Não faço ideia de para onde estamos indo, mas Abby parece animada.
É verão em Seattle, mas sem surpresa alguma, o céu está nublado e eu tenho a impressão que vai cair uma chuva bem forte hoje. Só espero que já tenhamos chegado no nosso destino até lá.
— Eu encomendei o seu terno ontem — Abby avisa.
— Obrigado.
O casamento de Karen e Beatrice é essa semana. Para a surpresa de todos, Karen não se transformou em um pilha de nervos e tem conseguido conciliar o trabalho na Davenport Company com os preparativos para o casamento.
Elas não disseram onde vão morar, mas a Karen sempre gostou daquela casa e eu presumo que irá continuar lá, o que significa que Abby e eu precisamos sair logo. Conhecendo as duas, não irão se incomodar se continuarmos, mas que casal recém casado não quer um espaço apenas para si?
— Eu vou ligar para o corretor essa semana — digo, um pouco cauteloso. A última vez que falamos de comprar uma casa foi quando Abby estava grávida, foi por esse motivo — Eu acredito que minha irmã e a
Trix irão querer ficar com a casa e como nunca planejamos morar lá, de qualquer forma... — Dou de ombros, mesmo que eles estejam tensos. — O que você acha?
— Acho que será uma boa ideia.
Estudo sua expressão e só relaxo quando tenho certeza que ela está bem com isso.
Eu não sou idiota, sei que ela não está cem por cento bem. Abby pode estar sorrindo agora e voltando a ser ela mesma ao poucos, mas a dor ainda está lá, assim como a minha está. Apesar disso, estou feliz que ela esteja indo para terapia.
— Você poderia me dizer para onde estamos indo — tento, talvez pela décima vez, fazer com que Abby me conte onde está nos levando.
Ela me ignora murmurando a música baixa que está tocando e eu apenas sorrio, observando quando começa a chover.
— Droga. — Ouço Abby murmurar enquanto vira o mapa em seu colo. Eu disse para ela usar o GPS, mas ela não quer que eu saiba o nosso destino, então optou pelo mapa.
— Você quer ajuda? — Ofereço, preocupado que ela bata o carro já que está dividindo sua atenção.
— Não. Está tudo bem. Eu só não sou muito boa com mapas. Você viu alguma placa por aí?
— Não.
Abby suspira, mas cede, me entregando o mapa.
— O que estou procurando? — Viro o papel, não deixando de notar que estava de cabeça para baixo.
— Uma cafeteria. Larry's Coffee.
Olho para ela, finalmente entendendo para onde estamos indo.
— Minha mãe me levava a essa cafeteria quando eu era criança. Para comemorar o meu aniversário — digo, sentindo a emoção em minha garganta.
— Eu sei. — Abby sorri para mim antes de voltar a atenção para a estrada. — Eu perguntei a Karen ontem se tinha algum lugar especial para você e ela me contou que a Lauren levava você a essa cafeteria em seu aniversário. Era para ser uma surpresa, mas eu sou péssima com essas coisas. Sinto muito.
Eu a encaro, me perguntando se ela sabe o que isso significa para mim, se Karen também contou que nossa mãe me levava aquele lugar porque foi a aonde ela trabalhou nas férias da faculdade para não precisar depender dos pais, então o dono, senhor Larry, a deixava fazer doces em sua cozinha e minha mãe me deixava ajudá-la. Nós ficávamos lá o dia inteiro, cozinhando e se empanturrando também. Victor nunca soube ou se sabia, não se importava. Pelo menos ele não conseguiu estragar isso também.
Eu beijo Abby, que começa a rir enquanto tenta me beijar de volta e dirigir ao mesmo tempo.
— Nós vamos causar um acidente! — Sua risada me faz sorrir e eu finalmente me separo dela.
Volto-me para o mapa.
— Bem, segundo esse mapa, nós deveríamos ter virado aquela curva. — Aviso, tentando puxar da memória o trajeto que minha mãe tomava, mas eu não prestava muita atenção e faz muito tempo desde a última vez que fui lá.
— Tem certeza?
— Hã... Sim... Espera. — Franzo as sobrancelhas. — Deveríamos ter virado antes dessa, na verdade.
— Eu não vi outra curva.
Nem eu, mas está chovendo e há um pouco de neblina na estrada.
Estou prestes a ligar o GPS para que temos certeza quando o carro começa a perder a velocidade.
— Fala sério. — Abby murmura acompanhada de um monte de xingamentos antes de guiar o carro até o acostamento.
— Eu vou. — Aviso, já abrindo a porta do carro.
Eu já suspeito o que aconteceu e não fico surpreso quando vejo o pneu furado.
Volto para dentro.
— O pneu furou, mas eu posso trocar. O reserva está no porta-malas, não está? — Passo a mão no meu cabelo molhado.
Abby pigarreia, se mexendo no banco do motorista.
— Eu tinha comprado umas coisas para a loja essa semana e eu precisava de espaço, então... — Ela dá de ombros.
— Por que eu não estou surpreso? — pergunto, sorrindo mesmo que a nossa situação seja meio crítica agora. — Certo, vamos ligar para o reboque.
— Está sem sinal no meu celular.
Eu verifico o meu e a situação não é diferente.
— O.K, então estamos perdidos no meio do nada com um pneu furado e sem sinal. — digo.
— O que vamos fazer?
Pego o mapa outra vez.
— Tem uma pousada a poucos quilômetros daqui. Podemos ir lá. Com certeza deve haver algum telefone.
— Ou podemos ficar aqui e esperar algum carro passar. — Abby sugere, estremecendo ao olhar para a chuva.
— Teremos mais chances de sermos sequestrados assim.
— Eu não vou sair nessa chuva, Dom. Estou falando sério.
Trinta minutos depois estamos entrando na pousada de aparência rústica, ambos encharcados depois de Abby finalmente ceder após quinze minutos e nenhum carro passar.
A primeira coisa que noto é a falta de luz elétrica no lugar. Só que ao invés disso, há velas e eu sinto um arrepio.
A recepção, assim como o próprio hotel pousada, é rústica mas sofisticada. É inteiramente feita de madeira, tábuas bem firmes e pedaços de tronco em fileiras. Na parte principal que fica no primeiro piso, a decoração é composta por poltronas listradas, tapetes com diversas ilustrações e mesinhas com abajures em cima. Acima das poltronas há uma escada feita de troncos cortados alinhadamente que presumo dar acesso para o segundo piso onde fica os quartos.
— Isso está parecendo um episódio de série criminal. — Abby sussurra, segurando mais forte minha mão.
Eu tenho que concordar com ela.
Vou até o balcão e toco a sineta.
Nós esperamos...
— Ah, olá. — Um homem mais velho aparece, carregando uma caixa pequena. — Prazer, Donald. Vocês estão aí há muito tempo?
— Dominic. Essa é Abby, minha esoosa. Acabamos de chegar — digo, apertando a mão que ele me oferece. Olho ao redor. — Economizando energia?
— Quem dera. A energia acabou. — Donald põe a caixa no balcão e tira dela mais velas.
— Aqui não tem sinal também. — Abby murmura, o celular na mão.
Só temos uma opção então.
— Você tem algum quarto vago?
O que muda no cômodo é a decoração, uma confortável cama feita à moda antiga, janelas com cortinas listradas, alguns quadros com réplicas de antigas pinturas, uma poltrona e uma pequena lareira. Donald acendeu velas e nos deu lanternas também.
— Pelo menos temos uma lareira. — Eu digo, dando uma olhada na sopa que Donald trouxe quando veio pegar nossas roupas após se oferecer para colocá-las para secar.
— Não acredito que consegui estragar o seu aniversário. — Minha esposa suspira, enxugando o cabelo. Está apenas de toalha depois de tirar a roupa molhada, ficando apenas com as de baixo, assim como eu.
— Eu já falei que não me importo.
— Mesmo assim, eu queria que fosse especial.
Ao terminar, sento-me na cama e puxo Abby pela cintura.
— Nós nos perdemos, ficamos encalhados na estrada e viemos parar em um hotel meio assustador — falo — Você acha que vou conseguir esquecer disso?
Abby tenta, mas não consegue esconder seu sorriso.
— Eu espero que não.
Eu decidi forrar um cobertor no chão, perto da lareira e estou encarando o fogo há um tempo. Dominic estava andando pelo quarto para ver se conseguia sinal, mas desistiu e joga o aparelho na cama.
— Você não está cansada? — Pergunta, sentado atrás de mim e puxando meu corpo contra o seu.
— Um pouco e você? — Apoio-me em seu corpo, dando-me acesso ao meu pescoço e ele me dá um beijo.
— Não.
Ficamos em silêncio observando o fogo, a mão de Dominic distraidamente acariciando minha coxa enquanto ele deixa beijos leves em meu pescoço. Eu sei que não é o fogo quando começo a ficar quente, sentindo a umidade entre minhas pernas.
Olho por cima do ombro, para Dominic, para ter certeza que não estou imaginando coisas e encontro seu olhar faminto. Ele não faz nada até que eu mesma tomar a inciativa e acabe com essa tortura ao unir nossos lábios.
Não é um beijo delicado ou suave, é desesperado e faminto. Minha mão vai para sua nuca enquanto monto em seu colo. O nó que estava na toalha se desfaz permitindo que meus seios fiquem contra o peito de Dominic, sentindo seu coração disparado. Ou é o meu?
As mãos de Dominic acariciam minhas costas antes de ele afastar meu cabelo para o lado, beijando meu pescoço, lambendo minha pele. Eu fecho os olhos, jogando a cabeça para trás e apreciando a sensação por um momento antes de Dominic voltar a tomar meus lábios.
Com um cuidado que faz meu coração transbordar, Dominic me deita nas cobertas, de frente para a lareira e eu preciso dizer que o fogo que crepita próximo de nós não é o motivo por eu estar ardendo de desejo por esse homem sobre mim.
Passo a mão por seu rosto, perdendo meus dedos em seu cabelo logo depois e sorrio, tendo certeza que meus olhos devem estar brilhando não só com a emoção que é impossível esconder mesmo que eu quisesse, mas pelas lágrimas em meus olhos.
— Eu amo você. — Sussurro, porque precisava desesperadamente dizer essas palavras a ele.
— Abby... — Dominic apoia seus braços ao lado do meu rosto, nossas toalhas já há muito tempo longe de nossos corpos, fazendo com que eu o sinta em minha entrada e estremecer com o desejo.
Selando nossos lábios, abraço seu pescoço quando sua mão passeia entre nossos corpos e segundos depois, ele está dentro de mim. Entrelaço minhas pernas em sua cintura e arqueio as costas quando ele vai profundamente.
— Olhe para mim, amor — Dominic pede. Eu faço, vislumbrando todas as emoções em seu rosto, maravilhada com ele. Com o amor em sua face, o desejo transmitido não só em suas investidas, mas em seus olhos também. — Eu amo você, Abby. Eu amo tanto você.
— Eu sei, meu amor. Eu sei. — Sussurro e ele apoia a testa na minha.
Nós nos movimentamos como um só, perdidos no prazer e no amor. Tanto amor que tento manter meus olhos abertos para continuar admirando as expressões de Dominic. Ele, por outro lado, me beija perdidamente e faz aquilo que sempre faz, provando o quanto me conhece, além de me fazer gozar com tanta força que cravo minhas unhas em suas costas.
Gemendo, Dominic continua com as estocadas e eu assisto maravilhada quando ele sai de dentro de mim a tempo de gozar em meu estômago e seu rosto relaxa. Dominic faz esforço para não desabar em cima de mim, quando está óbvio que isso aqui foi mais que uma transa. É como se tivéssemos nos reencontrado e feito disso inesquecível.
Meu marido pega um toalha jogada ao nosso lada e limpa o líquido em minha barriga antes de jogá-la de volta aonde estava e deitando nas cobertas. Ele me puxa para seus braços e eu deito a cabeça em seu peito enquanto observo a chama, sentindo seus dedos em minhas costas.
— Abby, eu...
— Eu sei. Podemos falar sobre isso depois.
Em reposta, ele beija o topo da minha cabeça e deixa de ficar tenso.
Ainda não conservamos sobre tentar novamente outro filho, então eu entendo que ele fique preocupado com o que eu poderia pensar quando ele gozou fora.
Nem eu mesma pensei sobre engravidar de novo ainda, então foi bom assim.
— Você sabe que ainda é de tarde, não é? — Dominic pergunta, provavelmente percebendo que eu estou quase dormindo.
— Cale a boca. — Murmuro, abraçando-o mais forte.
Adormeço com a risada de Dominic e um sorriso em meu rosto.
~•~
A margarida apareceu 🙃🤭
Antes de tudo, quero avisar que POSTEI UM CONTO. Então vão lá dá uma olhada, pfvr ❤️😔
Eu não tava conseguindo escrever um hot e mesmo esse não ficando bom, é o que temos pra hj.
Vou postar regularmente durante a semana para compensar o sumiço.
Mas enfim, gostaram do Capítulo??
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2bjs, môres♥
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