Emprego Novo

     Dormi o resto do dia todo. Dominic foi embora com seu ar arrogante e fiquei pensando na proposta que aceitei. Não acho que me meti em uma enrascada. Esses dois meses serão divertidos...

Passo meu domingo basicamente na cama. Pedi comida mexicana para o almoço e assisti The Vampire Diaries. Não me julguem, eu era doida por essa série na adolescência e já perdi a conta de quantas vezes reassisti.

A noite minha mãe liga para saber se estou viva e me pergunta sobre Dominic. Contei a ela apenas que talvez eu consiga um emprego, mas não contei nada sobre o acordo ou o que fizemos antes. Satisfeita com isso, minha mãe me deixou em paz e eu pude dormir novamente.

Acabo de acordar quando alguém bate na porta. Vou atender, ainda escovando os dentes e quando abro...

— Hora ruim? — Dominic arqueia a sobrancelha, seus olhos descendo para minhas pernas. Estou usando uma camiseta e uma calcinha.

Levanto a mão, indicando que ele espere e corro para o banheiro. Termino de escovar os dentes e lavo a boca, enxugando meu rosto em seguida e volto para sala.

— Bom dia e o que faz aqui? — sento ao seu lado no meu sofá, onde ele se acomodou.

— Vim buscá-la. Vamos acertar o emprego e o contrato. Gostaria que começasse hoje mesmo. — Dominic dá de ombros. São 7h da manhã de segunda feira. Eu não planejava fazer nada mesmo.

— Meia hora e estou pronta. — levanto-me animada e corro para o quarto.

Tomo uma banho menos demorado que o normal enquanto penso no homem na minha sala. Ele poderia ter me ligado, mas resolveu vir pessoalmente aqui me buscar... Talvez esse acordo seja sério mesmo.

Uma coisa que não entendi nisso tudo, é por quê ele quer esses dois meses para me conquistar e me dá um conselho de não me apaixonar por ele... Vai entender.

Quando saio do banho, já sei que roupa vou usar: blusa de cetim, cor ametista, saia justa, acima dos joelhos, cor azul escuro e um blazer da mesma cor. Calço meus saltos pretos e faço um rabo de cavalo simples em meu cabelo. Passo um batom vermelho vinho e muita máscara de cílios.

— Como estou? — pergunto a Dominic quando entro na sala com minha bolsa pendurada no ombro. Ele está de pé, mexendo no celular e ergue os olhos para mim. Seus olhos fazem um caminho demorado por minhas pernas até meus seios fardos.

— Perfeita. — ele sorri e guarda o celular, erguendo a mão para mim.

A Davenport Company é tão elegante que me tira o fôlego. Apenas o saguão me deixou extasiada. Tem luz solar entrando por todo lugar. Achei que seria mais rústico... Não sei.

O elevador abre e saímos no vigésimo sexto andar. A área da recepção tem sofás de couro e um uma mesinha com revistas acima. Atrás de um balcão, uma mulher se levanta quando avista Dominic. Ela está usando quase as mesas coisas que eu, mas sua camisa é social e sua saia vai abaixo dos joelhos.

— Bom dia, Sr Davenport. — seu sorriso é largo e talvez um pouco forçado demias.

— Bom dia, Grace. Charles já chegou?

— Não. O Sr Willians ligou dizendo que deve se atrasar um pouco.

— Ok... — Dominic vira para mim e põe a mão em minhas costas. — Grace, essa é a Abigail Peterson. Ela será minha assistente pessoal de agora em diante. Abby, essa é a Grace Simons, minha secretária.

— Prazer, pode me chamar de Abby. — sorrio para ela e ergo a mão para cumprimentá-la, mas seus olhos castanhos estão encarando o homem ao meu lado e eu recolho a mão.

— Sua... Assistente pessoal? — Grace me olha com desdém. — E quanto a mim?

— Continuará sendo minha secretária. Mas as coisas pessoais eu lidarei diretamente com a Srta Peterson.

Antes que Grace possa contestar, Dominic segue cominho para as duas portas escuras no fim do corredor, me levando junto. Ele abre a porta e acena com a cabeça para que eu entre primeiro.

— Uau! É enorme! — digo impressionada. Deve ser maior que o meu apartamento. Uma mesa bem grande está posicionada no grande escritório, com uma cadeira atrás e duas na frente, brancas e acolchoadas. Dois sofás estão espalhados pelo cômodo. Mas o que mais chama atenção mesmo a "janela" de vidro que toma a parede toda atrás da mesa, deixando toda a luz do dia entrar e dando uma vista perfeita da cidade.

— Sinta-se a vontade. — ouço a porta bater enquanto caminho pelo escritório, olhando para todos os lados. O escritório do meu antigo patrão não passava nem perto disso.

A mesa dele está perfeitamente arrumada e limpa. Não esperava menos.

Deixo minha bolsa em uma das cadeiras brancas e vou até a cadeira dele, sentando-me nela. Não é de couro, mas é muito confortável.

— Dá uma sensação de poder, não é? — Dominic vem até mim e se apoia na mesa com as mãos dentro dos bolsos.

— É legal. — me recosto na cadeira, sorrindo e cruzando as pernas. Os olhos azuis de Dominic disparam para elas e ele também sorri.

— Quero levá-la para jantar hoje a noite — ele diz de repente. Arqueio a sobrancelha e ele dá de ombros. — Se quero fazer você se apaixonar por mim, tenho que fazer coisas desse tipo.

— É claro... — franzo as sobrancelhas para minhas roupas. — Terei que passar em casa antes.

— Já resolvi isso.

— Ah?

Mas ele não diz mais nada, apenas sorri. Suspiro de forma pesada e balanço minha perna. Ele provavelmente deve ter pedido que comprassem algo para mim e esse pensamento me leva a ele.

— Então é isso? — pergunto depois de um tempo. — Enquanto esse jogo durar, eu serei paparicada?

— Isso incomoda você?

— Nem um pouco.

Quando esse acordo acabar, eu terei um novo emprego com um salário de igual valor (e é muito); não posso me envolver com ninguém nesse período de dois meses e Dominic também não; não posso recusar quando ele quiser me levar para sair, menos aos sábados; ele pagará toda e qualquer despesa referente a mim; irei morar com ele nessas próximas semanas, mas o aluguel do meu apartamento será pago até que eu volte para casa; esse contrato não poderá ser mencionado com ninguém; se eu quebrar esse acordo, terei que pagar uma multa de valor sobrepujante e ele também.

Esse é o contrato que tenho em mãos. Todas as cláusulas foram escritas detalhadamente e demorei meia hora parar ler tudo. Por fim, encaro Dominic.

— Não disse que precisaria me mudar para sua casa. — estou sentada de frente para ele com a mesa entre nós. Seu advogado e amigo, Charles Willians, está sentando na cadeira ao meu lado.

— Isso incomoda você? — é um desafio, então. Ele acha que se eu for morar com ele e ficarmos mais próximos, terá mais chances de me conquistar... Eu adoro um desafio.

— Pelo contrário, irei adorar viver no luxo por dois meses. — dou de ombros e assino o contrato.

Ele também assina e entrega para o amigo que irá registrar no cartório. A ideia do contrato foi minha, então tudo bem. Vou arcar com isso.

Charles sai, nos deixando sozinhos.

— Onde eu vou ficar? — como sua assistente pessoal, devo ter uma mesa perto da Grace.

— Vou arrumar isso depois. — misterioso... Dominc é tão misterioso...

— O que faço agora? Você não devia estar em alguma reunião ou coisa do tipo? — fico de pé, já cansada de ficar sentada nessa cadeira. Vou em direção a janela, para ver a vista, passando pela mesa de Dominic quando ele puxa meu braço, fazendo-me ir parar no seu colo, com as pernas por cima do braço da cadeira.

— Já está entediada? — seus olhos são tão azuis que é fácil se perder neles.

— Estou começando a ficar. — sorrio quando ele encara meus lábios. Não nos beijamos mais depois de ontem, não sei como ele quer me conquistar assim.

— Permita-me distraí-la. — ele sussurra em meu ouvido. Sinto seu nariz roçar em meu pescoço para logo depois seus lábios deixarem beijos demorados em minha pele.

Sua mão sobe por dentro da minha blusa e ele brinca com meu mamilo. Não reclamaria se ele substituísse a mão pela boca... Dominc continua os beijos em meu pescoço, chupando e mordendo. Contraio as coxas em seu colo e ele percebe, pois sinto-o sorrir, ao mesmo tempo que sua mão desce até elas, abrindo-as um pouco.

Dominc finalmente me beija, sem um pingo de carinho, apenas desejo. Sua mão faz carinho em minha intimidade, me provocando e eu acabo gemendo nos lábios dele, querendo que pare de enrolação.

Ele está prestes a por a mão dentro da minha calcinha quando a porta é aberta.

— Sr Dav... Ah... Eu... Desculpe... — Grace para ao nos ver, os olhos arregalados. Não faço menção de levantar e Dominic muito menos me pede isso.

— Estou meio ocupado agora, Grace. — Dominic parece estar fazendo de tudo para não rir da cara da mulher.

— Claro... Volto depois... — Grace sai, se atrapalhando na hora de fechar a porta.

Dominc e eu caímos na risada.

— Você viu a cara que ela fez? — pergunto ainda rindo.

— Pareceu que tinha visto uma assombração! — ele continua rindo e percebo que nunca o vi rir assim. Gosto da sua risada...

Merda!

O que acabei de pensar? Como posso gostar da risada dele? Não deveria gostar dele... Não, eu não deveria me apaixonar por ele, mas não vejo nada demais em gostar dele apenas, né?

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2bjs môres ♥

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