Acabe Logo Com Isso

    Eu engordei uns 10kg essa semana. Tenho quase certeza disso depois de passar sete dias comendo besteira — nada de novo — enquanto esperava meu tornozelo melhorar. Não foi apenas o tédio que me faz ter essa crise de comer tudo o que vê pela frente.

O outro motivo tem1,90 de altura, olhos azuis escuros como o céu a noite e colocou uma aliança em meu dedo há meses atrás.

Fui obrigada a dar entrada na papelada do divórcio. Eu não estava esperando, há uma semana, que ele aceitasse. Eu sei que disse a Liam que era isso que eu iria fazer, mas não estava sendo 100% verdadeira. Mesmo com o que aconteceu, as mentiras... Eu ainda não estava pronta. Não queria estar.

Mas são os papéis do divórcio que estou segurando agora depois de deixar o advogado que contratei cuidar de tudo. Eu já assinei. Demorei uma madrugada inteira para fazer isso, mas daqui há uma hora quando eu encontrar Dominic e ele assinar, serei uma mulher divorciada.

Solto um longo suspiro e enrolo os papéis para que formem um tubo em minhas mãos e finalmente saio do quarto.

Estou usando sapatilhas porque são mais confortáveis, mesmo meu pé já estando bom. Elas combinam com o vestido preto e justo que estou usando. As mangas são curtas, mas o comprimento do vestido é até os joelhos e não há nenhum decote.

Checo meu celular outra vez, lembrando que estava conversando com Karen ontem. Ela e Beatrice voltaram da lua de mel, porém, as coisas não estão bem. Beatrice, como melhor amiga de Dominic, sabia sobre Kristine. Karen descobriu quando Liam contou a elas o que tinha acontecido e Beatrice não parecia nem um pouco surpresa.

— Não fique brava com ela — eu aconselhei ontem. — Não era ela quem tinha que me contar.

— Eu sei, mas ela deveria me contar pelo menos — Karen retrucou. Eu estava ouvindo  um barulho familiar, então presumi que voltou para a Davenport Company.

— Aí você teria me contado — falei e nós duas sabemos que eu estava certa. — Não brigue com ela, está bem? Liam já deu alguns socos em Dominic, então você pode fazer isso também para aliviar um pouco a raiva.

— Isso parece uma boa ideia.

Ficamos conversando por mais um tempo até ela precisar ir para uma reunião, comprovando que estava mesmo trabalhando.

Hoje ela me mandou uma mensagem de bom dia e eu respondo ao entrar no elevador.

Tem algumas mensagens dos meus irmãos, mas não respondo ainda. Eles não sabem de nada do que está acontecendo, mas assim que esses papéis forem assinados, darei a notícia.

Daqui há uma hora, serei uma mulher divorciada.

Esse pensamento me acompanha por um bom tempo.

Ao chegar na mansão, pergunto por Lena assim que encontro Lucy. Eu não esqueci da minha cachorrinha, mas não podia levá-la para o apartamento do Liam. Ele já está sendo legal o bastante ao me deixar ficar lá, não vou retribuir isso levando a minha cachorra destruidora de móveis e sapatos.

Lucy diz que ela no quintal então deixo para vê-la quando for embora. Assim que encontrar um lugar para ficar que não seja a casa ou apartamento de alguém, levarei ela comigo.

Lucy também diz que Dominic está lá em cima e eu agradeço, indo até lá.

Achei que ele estaria em seu quarto, mas vejo a porta no fim do corredor aberta e já sei que ele está lá.

Ao me aproximar, percebo o motivo: o quarto está decorado.

O quarto escolhido por ele para acomodar Christian é muito espaçoso, com cores em tons de azul e amarelo que tomam conta do ambiente dando um ar calmo e tranquilo. O berço sofisticado se encontra na parede central. De cada lado, algumas pratileiras com brinquedos e intens pessoais. Do outro, uma poltrona espaçosa e muito confortável com um descanso de pé a sua frente e ao lado oposto uma pequena estante com um relógio. No outro lado do quarto, atravessando pelo vasto tapete branco no chão, uma estante bem maior se encontra, com gavetas e um abajur em cima. Há mais duas outras portas onde presumo que sejam o closet e a outra, o banheiro.

Dominic parece estar arrumando a estante, indeciso se põe um urso na prateleira de baixo ou de cima.

Olhando em volta outra vez, fico grata por estar fazendo terapia, pois seria muito provável que eu não reagiria bem a tudo isso. Durante aqueles dias, eu me imaginei decorando o quarto do meu bebê na casa nova, então estar vendo Dominic fazer isso agora talvez – com certeza – iria mexer comigo.

— Eu prefiro na prateleira de cima — digo, ainda parada na porta.

Dominic olha por cima do ombro, surpreso ao me ver.

— Ei — ele sorri, colocando o urso onde eu falei e virando-se para mim.

— Está lindo — comento. Dá última vez que nos vimos, eu fui o mais fria que pude, mas percebi que não podemos continuar assim. Não se teremos que conviver por causa do Christian.

— Fico feliz que você tenha gostado — Dominic volta a sorrir, dando uma olhada no quarto. Eu detesto que temos que agir naturalmente apesar do meu pensamento anterior e detesto muito mais que ele fique sorrindo assim. É muito mais fácil esquecer o que ele escondeu de mim quando está sorrindo ou parado em um de quarto de bebê decorado por ele mesmo.

Pare de olhar para ele assim.

— São os papéis do divórcio? — Dominic pergunta, apontando para a minha mão.

— Uhum. — Tenho vontade de apertar esses papéis até que eles fiquem amassados o suficiente para não ser mais legível, mas consigo me impedir.

— Certo. — Dominic pigarreia, colocando as mãos nos bolsos. — Vamos para o escritório, não tenho uma caneta comigo aqui.

— Tudo bem — murmuro e rapidamente lhe dou as costas sem contar a ele que tenho duas canetas na minha bolsa.

Dominic rapidamente me alcança e andamos silenciosamente até o seu escritório. Sento-me em uma das cadeiras de frente para a sua, a mesa de carvalho nos separando.

Lhe entrego os papéis.

Recosto na cadeira acolchoada e encaro minha aliança que irei tirar em poucos minutos enquanto ouço Dominic folhear a papelada.

Eu deixei que o advogado lidasse com tudo, mas fiz questão de vir aqui pessoalmente. Eu digo a mim mesma que foi apenas para poder entregar a aliança, o anel de noivado e  as chaves da boutique a ele e não para esperar que algo aconteça.  Como... Não sei, alguém vir servir café e derrubar nos papéis?

Isso é patético, pois o divórcio é a coisa certa a fazer, mas quando ergo os olhos e vejo-o assinar sem hesitar, isso acaba um pouco comigo.

— Bom, acho que é isso — Dominic diz, ficando de pé. Faço o mesmo.

Tiro as chaves da bolsa e ponho na mesa com a aliança e o anel.

— Você não leu os papéis? — Dominic pergunta, olhando para os três itens que pus na mesa.

— Não — respondo, encarando a sua aliança que ele não tirou do dedo.

— Tudo bem. — Pigarreia. — Charles vai cuidar do resto, se você estiver de acordo — ele se refere ao advogado da família. — Mas o que está feito, está feito.

— Que bom, então — murmuro, não soando tão firme quanto eu queria.

Eu não sei se ele vai falar mais alguma coisa ou se eu vou, mas somos interropidos antes que um de nós vá em frente.

Ambos viramos para olhar para Liam quando o mesmo invade o escritório.

— Acharam Finn. Ele está no anexo

    Abby e eu seguimos Liam para o anexo, as palavras dele pairando entre nós três. Finn está aqui. Eu finalmente vou matar aquele desgraçado por tudo que fez a Abby.

Olho para a mulher em questão, notando como ficou pálida desde o momento que Liam deu a notícia.

Não quero pensar muito no momento. Mesmo que me dê dor cabeça ignorar o fato de termos acabo de assinar o divórcio.

Assim que entramos no anexo eu deixo esses pensamentos para lá ao encarar o homem sentado na cadeira, as mãos amarradas para trás.

— Parece que ele não quis cooperar, então demos um jeito — Liam explica quando olho para ele com a sobrancelha arqueada.

Não posso dizer que sinto muito por Finn estar com um olho roxo e sangue pelo rosto.

Liam manda os outros homens no cômodo saírem e ficamos apenas nós quatro. Não precisamos de telespectadores.

Quando Abby dá um passo a frente, Finn ergue o rosto para olhá-la e apenas isso já me faz querer matá-lo agora mesmo.

— Abby. — Finn parece, para o seu crédito, assustado. Sua respiração fica rápida, fazendo com que eu me pergunte qual a expressão Abby tem no rosto. De costas para mim, eu não posso saber.

Começo a ficar nervoso quando ela chega mais perto dele e fecho as mãos em punho para não puxá-la para longe. Ela com certeza me mataria.

— Eu sinto muito — Finn tem a coragem de dizer. — E-eu não queria machucá-la... Eu...

Mas ele não termina de falar. Não porque Liam ou eu interferimos, mas porque as mãos de Abby então em sua garganta.

Pelo canto do olho, vejo Liam dá um passo a frente como se fosse impedí-la de continuar. Eu, no entanto, não deixo que ele faça isso. Abby tem todo o direto de matar Finn se quiser. E apesar de que eu não irei deixá-la fazer isso porque ela não precisa sujar suas mãos com o lixo que ele é, lhe darei um momento – o que é muito pouco comparado ao que ele fez.

— Ela irá matá-lo — Liam diz, olhando de mim para ela. — Faça alguma coisa.

Eu conto os segundo, ouvindo Finn sufocar e seu rosto ficar vermelho, já mudando para roxo, os olhos esbugalhados. É satisfatório.

— Dominc — Liam chama a minha atenção.

— Você está se tornando chato, irmão — murmuro para ele, mas me aproximo de Abby em seguida, pondo a mão em seu braço. — Deixe-o respirar um pouco antes de continuar. Fazer tudo de uma vez pode ficar chato.

Por um momento, acho que ela não me ouviu, mas então ela solta Finn, cambaleando e se apoiando em meu corpo quando passo o braço em sua cintura.

Finn arqueja, buscando todo o ar que consegue e eu lamento. Deveria ter esperado um pouco mais.

— Você me fez perder o meu bebê — Abby diz, a voz tremendo de raiva e dor. — Sua obsessão doentia podia ter me matado, mas matou matou o meu bebê.

— Eu sinto...

Não. Você não sente, Finn. Você é um monstro. De tudo o que você fez, eu poderia ter esquecido, mas isso... Você tirou algo de mim para sempre e eu não posso ter piedade de você agora nem se eu me esforçasse.

— O que você quer dizer com isso? — Seus olhos se arregalam mais, mas Abby não lhe dá um resposta ao virar para mim, o rosto devastado.

— Acabe logo com isso, por favor — sussura, a dor da perda voltando com força total.

Ergo a mão para Liam, meu ódio ficando maior a cada segundo. Quando sinto o toque frio do revólver em minha mão, dou boas-vindas a isso.

Abraço Abby e ela apoia a testa em meu peito, as lágrimas molhando minha camisa.

Encaro Finn por cima do ombro da minha esposa – ex-esposa – e murmuro no ouvido dela:

— Não olhe.

Apontando para Finn, não lhe dou a chance de implorar por sua vida miserável quando disparo.

De novo.

De novo.

De novo.

E de novo.

Cinco disparos e ninguém mais é capaz de distinguir o seu rosto.

— Acabou, Abby. — Sussuro, passando a mão por seu cabelo. — Acabou.

— Eu irei cuidar para que o corpo não seja encontrado — Liam me diz. Estamos na sala, Abby sentada no sofá bebendo whisky enquanto meu irmão e eu permanecemos em pé perto da janela. — Como ele foi demitido e despejado do apartamento antes que estivéssemos atrás dele e ficou escondido por tantos meses, ninguém sentirá sua falta. E mesmo se isso acontecer, a forma como ele saiu do emprego dará a entender que ele apenas se mudou ou algo assim.

— Obrigado — digo ao meu irmão mesmo que essa única palavra não compense nem o terço do que ele está fazendo.

— Você fez a coisa certa. Eu mesmo o teria matado — é a sua resposta e eu não duvido que esteja falando a verdade.

Eu matei alguém, mas não me sinto diferente ou com culpa, provavelmente é porque Finn era um ser humano tão desprezível que não merece meu arrependimento nem se eu quisesse.

— Onde ele estava? — ouvimos Abby perguntar. Eu estava pensando nisso, na verdade.

Olho para Liam quando ele não responde de imediato e percebo seus ombros tensos. Abby também nota, pois fica de pé, deixando o copo de whisky de lado e vindo até nós.

— O que você não está nos contando, Liam? — minha esposa – ex-esposa – pergunta.

Meu irmão olha para mim como se pedisse ajuda.

— Fale — peço. Ele respira fundo e eu sei que nada bom sairá da sua boca depois.

— Mandei que vigiassem o antigo apartamento dele, o trabalho e até o apartamento que Anne morou, mas ele nunca aparecia. Investiguei a vida dele à procura de amigos, mas o cara não tinha um sequer. — Respira fundo outra vez e olha para Abby. — Foda-se. Ele estava na casa da sua família.

— Você tem certeza? — Involuntariamente, ponho a mão nas costas de Abby porque sei o quanto essa revelação irá afetá-la.

— Sim. — Apesar de eu ter feito a pergunta, ele diz olhando para Abby. — Naquele dia, na casa do seu irmão, ouvi o que você disse a sua mãe e me ocorreu que nunca cogitamos a casa da sua família. Foi apenas um chute de sorte que deu certo, pois depois de semanas vigiando a casa, um dos nossos homens encontrou Finn tentando se esgueirar, então trouxeram ele.

Passo a mão pelo rosto e por um momento me ocorre matar a minha sogra – ex-sogra. Às vezes eu me pergunto como Abby pode ser filha dela sendo que são tão completamente diferentes.

Quando minha minha esposa – ex-esposa – se afasta sem falar nada, eu sei que está planejando alguma coisa principalmente quando pega a bolsa.

— Onde está indo? — pergunto.

Mas Abby não responde e sai andando.  Vou atrás dela, me despedindo vagamente de Liam pois se eu estou certo, Abby e eu estamos prestes a dar uma volta de carro.

Eu a alcanço do lado de fora, descendo as escadas da mansão.

— Abby — chamo, mas ela não me ouve e continua andando, chegando ao carro de Liam. — Ei. — Seguro seu pulso, fazendo com que vire para mim.

Pela segunda vez hoje, tenho vontade de matar a mulher que lhe deu a luz. Abby está chorando enquanto me encara e não precisa falar mais nada. Mesmo com o que ela disse há semanas atrás sobre sua mãe estar morta para ela, é óbvio que o que acabou de saber está mexendo com ela. Seu olhar é diferente da mágoa que vi em seus olhos quando eu a magoei. Isso — o passado com a mãe dela — é uma ferida muito mais profunda.

— Eu quero matar a sua mãe — digo e não estou sendo nem um pouco engraçado.

Abby estremece, engolindo em seco e eu enxugo seu rosto, aproveitando para afastar a franja do seu rosto.

— Eu vou com você, ok? — digo a ela. — Você não está sozinha.

O caminho até a casa dos Peterson é silencioso. Abby parou de chorar, mas seu rosto ainda está vazio e eu odeio isso pois me lembra daqueles dias logo após a perda do bebê.

Quando chegamos na casa, ela sai do carro sem pensar duas vezes e eu me preparo quando lhe sigo, ela entrando na casa sem mesmo tocar a campainha.

— Como você teve coragem? — Eu a ouço perguntar a alguém lá dentro.

Confirmo que está falando com sua mãe quando entro na casa. Abby está parada no meio da sala, sua mãe nas escadas, como se tivesse parado ao notar a filha.

— Abby, o que está acontecendo? — seu pai pergunta, vindo da cozinha com Steve.

— Você sabe o que ele fez comigo? — Abby continua, ignorando seu pai. — Sabe que ele me perseguiu por meses? Me amedrontou... E mesmo assim você o escondeu aqui? Mesmo sabendo o monstro que ele é?

— Você está falando de Finn — sua mãe parece finalmente tomar consciência.

— E quem mais seria? Quem mais a senhora escolheu além da própria filha?!

— Abigail...

— Não. Eu não quero ouvir o que tem a dizer. Você nunca se desculpou por todas as outras coisas que fez comigo, não espero que comece agora. Eu queria vir aqui olhar para essa sua cara sínica e dizer o quanto eu te odeio. Eu estava disposta a perdoar você, esquecer o passado mesmo me matando, mas isso...

Abby balança a cabeça e eu me aproximo dela, sabendo que está chorando. A dor e raiva dela é tanto que a sinto tremer.

— Eu tinha superado — continua, a voz embargada quando ela apoia seu corpo no meu em busca de apoio. — Você. Os anos de abuso psicológico, seu desprezo por mim. Eu tinha superado ou achei que tinha, pois nunca achei que você fosse capaz de acobertar a pessoa que mais me machucou e me quebrou...

— Eu conversei com ele — Heyley desce as escadas, vindo até Abby. — Ele estava disposto a mudar, mas ficou sabendo do seu casamento...

— Você está tentando me culpar? — minha ex-esposa sussurra. — O que eu deveria fazer? Adiar a minha felicidade para que Finn pudesse "mudar"? Ele é um psicopata! Pessoas como ele não mudam.

— Você não deu uma chance...

— Ele tentou me estuprar! — Abraço sua cintura quando parece que ela vai desmoronar, suas palavras me fazendo desejar que Finn estivesse vivo para eu poder matá-lo outra vez. — Por causa dele, eu perdi o meu bebê e você continua tentando justificar as ações dele?

Hayley parece não ter mais certeza da índole de Finn agora pois fica sem reação.

— Mas sabe de uma coisa? — Abby pergunta. — Você se esforçou muito para manter Finn escondido, talvez mereça um prêmio. O que você acha da cabeça dele? Acho que eu posso mandar dentro de uma caixa de presente para você.

Os olhos de Heyley se arregalam e ela olha de mim para Abby.

— Onde ele está? — pergunta.

— Ah, eu quase esqueço: o rosto dele talvez seja um pouco difícil de reconhecer agora.

— O que você fez, Abigail?

Mas Abby não responde a pergunta da mãe, virando-se para a saída. Eu ainda permaneço, tendo consciência de Steve e August indo atrás de Abby. Isso me dá a oportunidade de dizer uma ou duas coisas a sua mãe.

— Ela não fez nada, mas eu sim — digo, olhando nos olhos de Hayley e sorrindo um pouco com a expressão de medo em seu rosto. — Você sabe, cinco tiros no crânio de alguém faz um belo estrago.

— Você o matou. — Hayley dá passos para trás, completamente assustada. Eu não lamento nenhum pouco.

— Eu dei a ele o que ele merecia. Na verdade, acho que ainda fui um pouco generoso. — Isso é verdade, eu deveria ter mantido Finn por mais alguns dias. — Mas essa generosidade não está estendida a senhora.

— Está me ameaçando? — Hayley parece incrédula e assustada. Dou risada, pegando uma flor de um arranjo próximo.

— Estou apenas dizendo, Sra Peterson. — Olho para ela, mas seus olhos estão em minhas mãos, meus dedos amassado a flor. — Eu não costumo ser gentil com quem faz mal a minha família. E a senhora faz muito mal a minha esposa, entende? — Não me corrijo sobre Abby não ser mais minha esposa. Isso não vem ao caso agora.

— Eu sou a mãe dela...

— E você acha que eu me importo, porra? — Jogo a droga de flor em pedaços longe, assustando-a. — Faça mais alguma coisa a ela, apenas uma e eu juro pela minha vida que mato você e dou seus restos aos cães.

Hayley dá passos para trás, esbarrando no abajur. Eu me agacho, pegando o objeto e estendendo para ela, que segura, as mãos tremendo.

Sorrio.

— Espero que tenha me entendido.

Ela não responde, ainda me olhando como se eu fosse sacar uma arma e atirar na sua testa... Bem que eu queria.

Com um aceno de cabeça, deixo ela para trás e saio da casa.

Abby já está entrando dentro do carro e tenho a impressão que ela estava conversando com seu irmão e seu pai já que eles não me abordam por explicações.

— Tem certeza que está bem? — pergunto a Abby quando estaciono na frente do prédio de Liam.

— Sim. — Pigarreia, pegando a bolsa. Antes de sair, olha para mim, um pequeno sorriso em seus lábios. — Obrigada... por estar comigo hoje.

— Sempre — respondo, minha voz rouca enquanto tento sorrir.

Ela pigarreia outra vez, desviando os olhos.

— Eu vou indo. — Abby hesita por um segundo, mas sai do carro. Após bater a porta, ela se agacha até a altura da janela e acena. — Adeus, Dominic.

— Até mais, Abby.

Depois que ela entra no prédio, eu dou partida.

•••

Primeiramente: tenham paciência.

Eu sei que não era isso que vcs queriam e devem estar me odiando, mas – não estou querendo ser grosseira – mas eu sei o que estou fazendo. Eu já tenho a história planejada do meu jeitinho e apesar de amar os comentários e sugestões de vcs, não posso mudar.

Para que vcs se acalmem, já aviso: sim, o casal VAI CONTINUAR JUNTOS. Mas não terá segunda temporada como queriam. Acontece que eu tô escrevendo esse livro há mais de um ano e por mais que eu ame a história da Abby e do Dominic, não posso prolongar pois pode se tornar um peso para mim, mas isso n significa q vou fazer o final de qualquer jeito, ok?

Então já fiquem ligadxs que estamos nos Capítulos finais! Vcs tem pedido maratona e eu queria muito fazer, mas para isso precisaria de alguns dias para poder escrever, então se eu ficar sem postar, é por isso!

Enfim, esses eram os avisos importantes!

Agora vai a sinopse do conto q eu escrevi, mas esqueci de postar aqui.

~ANTES QUE A LUA VÁ EMBORA~

Mary Ann Della Veccia está à procura de um namorado depois do fracasso que foi o seu último relacionamento. Por isso, ela entra em um aplicativo de namoro e conhece um cara misterioso e sedutor, mas que tem um problema: se chama Peter, como seu ex (fodido) namorado.

Ignorando esse fato catastrófico, Mary Ann resolve dar uma chance ao cara, afinal, todos os homens chamados Peter não devem ser cafajestes como seu ex, certo?

Peter Jones-Scott é odiado por todas as suas ex-namoradas e casos de uma noite. Existem vários adjetivos que podem descrevê-lo, e entre eles estão: cafajeste, mulherengo e estupidamente romântico. Mas Peter promete que será diferente quando entra em um aplicativo de namoro e conhece a engraçada e envolvente Mary, que seria perfeita se não tivesse o primeiro nome da ex-namorada histérica, com quem ele se envolveu há um ano.

Quando Mary e Peter chegam ao encontro e percebem a peça que o destino pregou, Mary é a primeira a querer ir embora, enquanto Peter percebe que, durante os meses em que conversaram, conheceu uma garota completamente diferente daquela que ele namorou, por isso uma ideia surge: reconquistar Mary Ann antes que a lua vá embora.

Será que Peter terá o coração dela de volta? Mary Ann será capaz de perdoá-lo por parti-lo em pedacinhos?


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2bjs, môres♥

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