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Me joguei no chão assim que a música acabou, meus pulmões buscavam por oxigênio. Alcancei minha garrafa de água e respirei fundo tentando regular minha respiração.

Corri meus olhos pelo estúdio e sorri ao me lembrar de como era antes. Por incrível que pareça, eu tenho lembranças muito boas de cada canto dessa sala.

É estranho pensar que eu provavelmente passei mais tempo aqui do que na minha própria casa.

Quando eu era criança e brigava com a minha mãe, eu fugia para cá planejando me esconder para sempre, mas a professora sempre me dedurava e eu a odiava por isso.

Infelizmente, não consigo odiá-la mais, foi ela quem me treinou a vida toda e eu sou grata por tudo e cada coreografia que eu aprendi.

Fechei os olhos por um momento e respirei fundo. As lembranças vieram em uma enxurrada. Os ensaios até tarde da noite para as apresentações anuais, as coreografias criadas com tanto cuidado, as brincadeiras com minhas amigas também dançarinas. Lembrei-me de quando Seo-jun veio me ver dançar pela primeira vez. Ele estava sentado na primeira fila, e quando terminei minha apresentação, ele estava lá fora com um buquê. Foi um dos momentos mais especiais para mim, mesmo que nós não tivéssemos nada ainda.

Olhando ao redor, senti uma mistura de nostalgia e tristeza. Eu não queria pensar muito nisso, não queria dar nome aos meus sentimentos. Em vez disso, deixei-me ser inundada pelas boas lembranças, pelas sensações que cada canto daquele lugar me trazia.

De repente, a porta do estúdio se abriu e minhas colegas entraram, rindo e conversando animadamente. Elas pararam ao me ver sentada no chão e trocaram olhares significativos.

Percebi a presença de uma nova pessoa que eu nunca tinha visto antes. Normalmente durante as aulas, nós separamos em grupos para a determinada coreografia durante uma semana e depois trocamos e na da vez, elas eram o meu grupo, mas parece que elas já acharam uma substituta.

— É hoje, né, Na-yeon? — perguntou Ji-woo, com um sorriso animado.

— O grande dia finalmente chegou! — acrescentou Hye-jin, piscando para mim.

— É sim... — Tentei disfarçar meu nervosismo e dei um sorriso sem graça.

— Ah, não tente esconder sua animação, Na-yeon! —disse Hye-jin, se aproximando e me puxando para levantar. — Todos sabemos o quanto você estava esperando por isso.

— Vai ser incrível! — continuou, os olhos brilhando de excitação. — Mal posso esperar pra te ver nas telonas.

— Vocês são impossíveis, sabia? — Senti meu rosto ficar quente, mas continuei a sorrir. Não queria que elas percebessem a confusão em meus pensamentos.

Pelos menos elas eram as únicas que sabiam e não me julgariam por nada, além disso ficaram mais felizes que eu mesma.

— E você ama a gente por isso — Respondeu Ji-woo, rindo.

— Vai nessa. — Ri fraco e desviei meu olhar para a menina desconhecida.

— Ah, ela é a Eun-bi. — Hye-jin respondeu sem eu nem mesmo abrir a boca para perguntar. — Ela vai te substituir... — Disse meio sem jeito e eu concordei com a cabeça pesando em algo para dizer sem parecer grosseira.

— Oi, é um prazer. — Ela disse, fazendo uma pequena reverência.

— E aí, Eun-bi. — Respondi, tentando soar o mais amigável possível.

Ela sorriu, parecendo aliviada. Mas quem não estava aliviada era eu. Elas foram tão rápidos em achar alguém para me substituir.

— Na-yeon, vamos praticar uma última vez juntas? — Ji-woo sugeriu com os olhos brilhantes enquanto esticava a mão em minha direção.

— Não, só quero assistir hoje. Não era nem para eu estar aqui, para falar a verdade. — Ri fraco negando com a cabeça.

— Você tem certeza? — perguntou Hye-jin, com um olhar preocupado. — Vai ser divertido, e é a última vez...

Antes que eu pudesse responder, a porta do estúdio se abriu novamente e minha professora entrou, com uma expressão surpresa.

— Você aqui de novo, Na-yeon? — ela perguntou, com uma sobrancelha arqueada.

Eu suspirei, sabendo que agora não tinha mais escapatória. Desde de que o Su-ho viajou eu venho aqui todos os dias e fico olhando outras pessoas dançarem enquanto encho minha mente de pensamentos e mais pensamentos. Mas na realidade, só estou fugindo de tudo.

A professora olhou para mim com uma expressão compreensiva e depois se virou para Eun-bi.

— Eun-bi, tá dispensada por hoje. Mas pode ficar pra assistir se quiser. Na-yeon, você veio até aqui, então vá dançar — Ela ordenou, apontando para o centro do estúdio.

Por mais que eu quisesse negar e me sentisse mal por Eun-bin ter ido até o estudo à toa, eu não consegui dizer não.

Senti meu coração acelerar. Não queria dançar, não queria encarar a realidade, mas algo na voz da minha professora me fez levantar. Caminhei lentamente até o centro do estúdio, sentindo todos os olhares sobre mim.

— Tudo bem, vamos começar — Disse minha professora, com um sorriso encorajador.

Enquanto a música começava a tocar, fechei os olhos e deixei meu corpo se mover, mergulhando nas memórias e nas emoções que o estúdio sempre trouxe para mim. Por um momento, tudo parecia como antes, e eu me permiti esquecer do que estava por vir.

Assim que a música acabou, decidi que já estava na hora de eu ir. Enquanto me despedia das minhas amigas, trocamos abraços calorosos e palavras de incentivo, pela primeira vez. Cada uma delas expressou sua confiança em mim e desejou-me sucesso.

Em seguida, virei-me para minha professora, cujo olhar era uma mistura de orgulho e nostalgia. Aproximei-me dela com um sorriso tímido nos lábios, sentindo-me profundamente grata por tudo o que ela havia feito por mim.

— Obrigada por tudo, professora — Murmurei, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar.

— Não há necessidade de agradecer, querida —
Ela sorriu e deu-me um abraço apertado — Você sempre foi uma aluna excepcional e sei que alcançará grandes coisas no futuro. E lembre-se — ela acrescentou com um brilho travesso nos olhos, — não se esqueça de dizer a todos quem foi sua professora quando você se tornar famosa!

— É claro. — Sorri, enquanto a abraçava pela última vez.

Dei meus primeiros passos para fora do estúdio sentido as lágrimas que eu tento segurava escorrerem pelo meu rosto.

*****

Eu estava no aeroporto, tentando me misturar com a multidão. Cada anúncio de voo parecia ecoar dentro de mim. Tentei ao máximo ficar tranquila, mas a ansiedade fazia meu coração bater mais rápido do que o normal.

Foi então que vi Ahn Hyu-kyu, o maior fofoqueiro da escola, caminhando em minha direção com um ponto de interrogação estampado na testa. O pânico tomou conta de mim. Não podia falar com ele, não podia explicar.

Sem pensar duas vezes, virei-me e comecei a caminhar rapidamente para longe dele, quase correndo. Hyu-kyu chamou meu nome, mas eu não olhei para trás e rezei para que minha mãe não contasse nada à ele.

Encontrei um banheiro e me trancafiei em uma das cabines. O pânico e a ansiedade culminaram em uma onda de náusea. Sem conseguir evitar, vomitei o pouco que tinha comido. As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, e eu senti meu corpo tremer.

Minha mãe entrou no banheiro segundos depois, só me fazendo derrubar mais lágrimas.

— Você está sendo ridícula, Na-yeon. Para de fazer drama. — Ela disse, sem um pingo de compaixão. — Limpe-se logo e venha para fora. Não temos o dia todo. Se você perder esse voo eu te ir até lá a pé.

Minha mãe nunca foi uma pessoa amorosa comigo, não sei porque pensei que em um momento como esses ela seria. Me recompus e me olhei no espelho vendo meus olhos vermelhos. Já perdi as contas de quantas vezes chorei hoje.

Saí do banheiro e encontrei minha mãe sentada em um banco próximo, sua expressão tão implacável quanto antes. Caminhei até ela, ainda me sentindo fraca e enjoada.

— Você não contou para ninguém, não é? — Ela perguntou, com uma voz que era mais uma ordem do que uma preocupação.

— Não, não contei. — Respondi, tentando manter a voz firme.

— Eu avisei que você deveria terminar com o seu namorado antes disso tudo. — Ela continuou, sem um pingo de compaixão. — E agora fica aí, fugindo de tudo.

Preferi nem responder minha mãe, estava evitando o máximo pensar em Han Seo-jun e ocupei minha mente pensando em Min-soo. Nem consegui me despedir, já que o mesmo estava em uma viagem de negócios. Ele prometeu que iria me ver sempre que pudesse, mas mesmo assim, queria ter dado um último abraço.

O voo foi chamado pelo alto-falante e senti um frio na espinha. Levantei-me lentamente, ajustando a alça da bolsa no ombro, já que minha mala já havia sido despachada. Minha mãe permaneceu sentada, olhando para mim sem expressão. Não havia palavras de despedida, nenhum gesto de carinho. Eu sabia que ela não esperava nada de mim, e, naquele momento, percebi que também não esperava nada dela.

Sem olhar para trás, caminhei em direção ao portão de embarque. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, como se meu corpo estivesse resistindo a deixar tudo para trás. Quando entreguei meu bilhete e passei pela segurança, uma parte de mim queria correr de volta, mas não tinha como e eu precisava pensar no meu futuro.

Enquanto esperava o avião decolar, senti meu celular vibrar no bolso. Olhei para a tela e vi o nome de Han Seo-jun. Meu coração acelerou, e, por um momento, pensei em não atender. Mas algo dentro de mim decidiu que ele merecia uma explicação.

— Oi. — Disse sem nenhuma animação.

— Na-yeon? O que você está fazendo no aeroporto? -- A voz de Seo-jun soou normal do outro lado, o que me deixou mais tranquila. — Está esperando o Min-soo? Ele só volta na semana que vem, não é?"

— Não, não estou esperando o Min-soo. — Engoli em seco, sabendo que era hora de contar a verdade. — Eu vou sair de Seul.

— Sair de Seul? Do que você está falando? — Ele perguntou confuso depois de um tempo em silêncio. Senti as lágrimas se formarem em meus olhos novamente e respirei fundo, tentando manter a calma.

No início do ano eu acabei fechando um contrato com a Cube Entertainment para dançar em uma turnê de um de seus grupos que se iniciaria um pouco depois do fim do ano letivo. Por meses eu fui a pessoa mais feliz do mundo já me imaginando no palco, mas com toda essa história do Lee Su-ho e depois do Han Seo-jun eu simplesmente esqueci do contrato e da promessa que eu fiz a mim mesma de que não me envolveria com ninguém, para não acontecer exatamente isso.

O grupo treina nos Estados Unidos, que é para onde estou indo e eu não planejo voltar para Seul tão cedo a não ser que seja para um show. Quando eu e minha mãe assinamos as papeladas eu não contei a ninguém a não ser para as minhas colegas de dança, naquela época eu não tinha alguém tão próximo que realmente me faria falta, mas acabei conhecendo e me aproximando de Soo-ah e Ju-kyung.

Também não contei para nenhuma delas, tive medo da reação que as duas poderiam ter, o mesmo motivo para Han Seo-jun.

Posso ser considerada a pessoa mais babaca do mundo por isso, mas a única coisa que eu consegui fazer foi chamá-lo para a minha casa e aproveitamos a noite toda.

— Eu consegui um contrato pra dançar em uma turnê como dançarina de fundo.

— Mas por que você não me contou antes? — Ele exclamou com frustração evidente na sua voz.

— Eu queria, mas não consegui. Tudo aconteceu tão rápido, e minha mãe... Ela disse que eu deveria terminar com você várias vezes, mas eu não percebi que era por isso. Que seria mais fácil assim. — A minha voz falhou, as lágrimas começando a escorrer pelo meu rosto.

— Então você simplesmente vai sumir assim?

— Me desculpa, eu...

— Foi por isso que me ligou ontem não foi? Tá parecendo que você só quis me usar. — Seo-jun cortou minha fala e eu fiquei em silêncio. — Olha só, tá tudo bem. Eu posso esperar por você. Quando você volta? Você já embarcou?

— Eu não vou voltar tão cedo e eu não posso te prender. Não é justo. Eu não queria que fosse assim...

— Então ta terminando comigo? — Sua voz soou em um tom rude e eu fechei os olhos força.

— Senhorita, precisa desligar o telefone agora. — A aeromoça pediu gentilmente, tirando a minha atenção das outras coisas que Seo-jun falava.

— Olha, eu vou sentir sua falta, mas não posso abandonar minha carreira por você. — Disse de uma forma rude, tentando dar um fim em tudo.

— Por que ta agindo como se tivesse uma carreira?

Desliguei o telefone sem nem responde-lo, sentindo um vazio enorme no peito. Olhei pela janela enquanto o avião começava a se mover, e uma sensação de despedida final tomou conta de mim. Estava realmente deixando tudo para trás.

*****

Foi como se o mundo inteiro desabasse sobre mim quando recebi aquela ligação. A voz trêmula do meu irmão ecoava no telefone, anunciando a notícia devastadora da morte de minha mãe em um acidente de carro. Naquele momento, o tempo pareceu parar.

Eu estava literalmente do outro lado do mundo e Min-soo esperou o show acabar para me dar a notícia. Me lembrei de todos os momentos bons que passei com ela, mesmo que tenham sido poucos.

Voltar para Seul foi como entrar em um pesadelo vívido. A cada passo em direção ao local do velório, o peso da realidade se tornava mais opressivo. O coração apertado, as lágrimas ameaçando transbordar a qualquer momento. Eu estava longe quando minha mãe mais precisava de mim, e a culpa me consumia.

Minha mente estava turva, meu coração pesado e tudo que eu conseguia fazer era dizer a Min-soo que tudo iria ficar bem, já que ele estava mais abalado que eu.

Tudo estava me incomodando, desde de a minha roupa até os olhares de pena e das risadas baixas que os outros soltava. Eu só queria que apenas eu e Min-soo ficássemos ali com ela.

Ao avistar Seo-jun, Soo-ah, Ju-kyung e outros colegas que estudaram comigo atravessando a sala, um turbilhão de emoções tomou conta de mim. Eu estava ali, tentando manter a compostura, mas a visão deles fez meu coração acelerar e minhas mãos tremerem.

— Na-yeon...— Murmurou Soo-ah, aproximando-se com um abraço acolhedor.

— Como você está se sentindo? — perguntou Ju-kyung, com os olhos cheios de compaixão.

Tentei responder, mas as palavras pareciam presas na minha garganta, afogadas em um mar de tristeza e angústia. Em vez disso, respondi com um simples aceno de cabeça, deixando que meus olhos expressassem o que as palavras não podiam.

Seo-jun permaneceu ao lado delas em silêncio, seu olhar transmitindo uma mistura de tristeza e apoio. Eu queria agradecer por sua presença, mas as palavras pareciam fugir de mim naquele momento.

— Vai ficar tudo bem, Nay. — Cho-rong estranhamente me abraçou, desviei meu olhar rapidamente para Seo-jun enquanto retribuída.

Apesar de não ter tido a chance de me despedir de cada um individualmente, por egoísmo da minha parte, o encontro ali, naquele lugar me trouxe um certo alívio.

— Eu sinto muito, gente. — murmurei, tentando conter as lágrimas que ameaçavam transbordar. — É um péssimo momento para nos reencontrarmos... e eu... eu nem me despedi...

As palavras saíram num sussurro entrecortado, carregadas de arrependimento e pesar. Eu queria poder voltar no tempo e fazer as coisas de forma diferente, mas agora só restava a tristeza e a dor da perda. Para eles eu realmente desapareci sem  nenhuma explicação, não sei ao certo o qu Seo-jun disse para eles, provavelmente me deixou como a vilã da história e talvez eu realmente fosse.

Seis meses. Passaram seis meses desde de que eu tinha ido embora, não respondi ninguém que me mandou mensagem, nenhum deles. O único que eu manti contato foi Lee Su-ho, talvez pelo fato de que eu não teria que encará-lo tão cedo.

— Não se preocupe com isso agora, Na-yeon. — Soo-ah colocou a mão sobre meu ombro gentilmente. —Estamos todos aqui por você, não importa o que aconteça.

Corri os olhos por todos e eles pararam em Seo-jun por uma fração de segundos. O mesmo não falou nada até agora e mantia uma feição de alguém que teria sido arrastado até o local.

— Nós vamos dar nossas condolências ao Min-soo. —Ju-kyung avisou lançando um olhar rápido para Seo-jun e saindo.

Com todos os outros partindo, o ambiente ao nosso redor parecia ainda mais silencioso. Me escorei na parede e desci me sentando no chão apenas esperando o momento em que Seo-jun ficasse desconfortável o suficiente para sair dali, mas surpreendentemente el se sentou ao meu lado.

Por um momento, o único som que ecoava na sala era o ritmo de minha unha cutucando a pele sensível de meu dedo, até que, involuntariamente, uma gota de sangue pingou no chão.

— Nay, eu... eu não sei o que dizer... — Foi então que Seo-jun finalmente quebrou o silêncio. — Mas estou aqui para você, apesar de tudo.

Levantei o olhar para encontrá-lo, meus olhos embaçados pelas lágrimas que ameaçavam cair a qualquer momento. Seo-jun passou o braço por cima de meus ombros e eu voltei a chorar novamente.

Perdi completamente a noção do tempo, aninhada no abraço de Seo-jun. O som de passos me trouxe de volta à realidade. Soo-ah, Ju-kyung e os outros voltaram, suas expressões misturando solidariedade e tristeza.

— Vamos indo, Nay. — disse Soo-ah suavemente. — Precisamos deixar você descansar.

Seo-jun se levantou esticou a mão para que eu pudesse me levantar também.

— Me esperem lá fora. — Ele pediu antes de se virar para mim novamente.

— Obrigado por terem vindo. — Sorri fraco me curvando para eles, antes que eles saíssem, deixando apenas eu e Seo-jun sozinhos novamente.

— Você vai voltar para Seul agora? Quero dizer, você pretende ficar por aqui? — Ele perguntou meio receoso e eu abaixei a cabeça.

— Eu não vou ficar, Seo-jun. — disse, minha voz firme apesar do nó na garganta. — Volto amanhã à noite.

Ele me olhou incrédulo, os olhos cheios de preocupação e confusão.

— Mas você não pode... Na-yeon, você não pode simplesmente ir embora assim de novo.

Minha paciência estava no limite. Sentia a dor da perda, o peso do reencontro, e agora a pressão dele. Respirei fundo, tentando manter a calma.

— Acho que é o mínimo que eu poderia fazer pela minha mãe agora, eu sei dançar, mas se não fosse por ela eu não teria nada disso. E eu preciso construir uma carreira, já que você disse que eu não tinha uma. — Ele abriu a boca para responder, mas eu não dei chance. — A vida não acaba só porque uma coisa ruim acontece.

— Na-yeon, eu não queria dizer aquilo... Eu só... — Seo-jun deu um passo para trás, o choque evidente no rosto.

— Eu sei. — interrompi, tentando suavizar minha voz. — Mas você disse.

O silêncio entre nós era pesado. Ele parecia querer argumentar, mas sabia que eu falaria de tudo para sair por cima independente da minha situação.

Em vez de me despedir, apenas virei as costas para ele e caminhei até Min-soo. Não olhei para trás, não queria ver a dor em seus olhos. Cada passo era um lembrete de que eu precisava seguir em frente.






*****

Oioi gente, como vão? Não me xinguem! Amo vcs

Eu tava apagando umas coisas na galeria e achei isso que eu fiz para um vídeo (que flopou)

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