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— A gente devia fazer alguma coisa diferente como namorado e namorada. — Han Seo-jun falou pelo telefone,  eu ri ficando de barriga para baixo e balançando meus pés na cama. — A gente nunca fez nada normal, pra começar você me pediu em namoro falso, depois terminou comigo e só aí gente começou a namorar de verdade. E a única coisa que a gente fez foi ir no cinema e defender a Ju-kyung. Eu nunca te levei pra jantar nem nada do tipo.

— É verdade, bom então o que você sugere senhor Han Seo-jun?

— Não sei, decide aí — Tenho certeza de que Seo-jun deu de ombros como se isso não fosse nada.

— Eu? Não não, já me esforcei de mais planejando o namoro falso. — Meu tom de voz saiu como se eu tivesse indignada, e talvez eu realmente estivesse.

— Nossa, como você é chata! — Ele resmungou e eu respirei fundo para não me estressar.

— Isso é jeito de falar com a sua namorada — O repreendi

— Desculpa amor da minha vida, razão do meu viver

— Achei muito falso, não gostei.  — Brinquei revirando os olhos para mim mesma — Agora para de ser chato e decide o que você quer fazer.

— Fica pronta amanhã cedo. Vai passar o dia inteiro comigo. — Seo-jun avisou antes de desligar.

— O que? Ele desligou na minha cara? — Tirei o celular da orelha para verificar. — Eu vou matar ele. Mas, antes, vou esperar para ver o que ele vai planejar. — Me virei de barriga para cima e balancei as pernas completamente animada.


*****

Eu imaginei um almoço elegante em algum restaurante chique, mas meus pensamentos foram todos para o ralo quando Seo-jun pegou o caminho contrário de onde ficava os melhores restaurantes da cidade.

— Seu plano era passar o dia vendo crianças brincarem na frente do rio Han? — Perguntei assim que ele retirou meu capacete e tentou arrumar meus cabelos.

— Não é só pra ver as crianças. Eu quero passar um tempo com você sem ter que fazer nada. — Seo-jun sorriu passando os braços e começamos a caminhar.

— A gente faz isso todo dia. — Dei de ombros. Nós nos víamos todo dia na escola, e se por acaso eu faltasse, ele dava um jeito de ir até a minha casa. Agora com a chegada das férias, sinto que ele vai aparecer em casa todo dia, nem que seja apenas para me ver da janela. — O que? Você já sentou? — Olhei para ele indignada quando o vi em um banco. — Levanta daí e vamos andar.

— Já to cansado, senta aqui.

— A gente mal chegou, Han Seo-jun. — Resmunguei me sentando ao seu lado.

— O que os casais fazem em dias assim? —Ele perguntou passando o braço pelo meu ombro e me puxando para mais perto.

— Não sei. — Dei de ombros sem encará-lo. — Você já namorou mais gente que eu. O que você fazia com as outras, em? — Semicerrei os olhos enquanto me virara para ele, o fazendo arregalar os olhos.

— Que outras? — Seo-jun riu nervoso, me tirando uma risada sincera. — Anda, Na-yeon, fala algo que a gente pode fazer.

— Eu já sei. — Sorri de canto. — Vamos correr em volta do rio Han pra eu poder gastar todas as calorias das coisas que eu vou querer comer depois.

— Você é maluca. Vamos fazer algo de gente normal.

— Eu não sei, Seo-jun. — Dei de ombros pelo o que parecia ser a milésima vez enquanto bufava. — Quer ir ver um filme?

— Não. — Seo-jun revirou os olhos e eu me desgrudei dele. — A gente já viu um monte de filmes, vamos fazer algo diferente. As pessoas saem e se divertem em encontros e é isso que a gente vai fazer. — Ele aumentou o tom de voz, me fazendo levantar uma sobrancelha.

— Isso é patético. Não é suficiente a gente só ficar junto? Precisa estar fazendo alguma coisa? — Me levantei do banco e cruzei meus braços, também aumentando meu tom de voz.

— Passar tempo comigo é patético?

— Não foi isso que eu quis dizer. — Balancei a cabeça negativamente, soltando uma risada nasalada. Nós nunca tínhamos discutido depois de começar a namorar de verdade e eu não imaginei que a primeira vez seria por um motivo tão besta.

— O que é aquilo? — Minha atenção foi toda para onde Seo-jun apontava após fazer a pergunta.

— Acho que é uma bicicleta de casa. — Dei de ombros olhando o casal que estava nela quase cair. — Olha que idiotas, isso é tão fácil.

— Na-yeon! — Ele se levantou do banco rapidamente e segurou meus ombros. — A gente tem que andar naquilo.

— O que? Não. — Neguei com a cabeça.

— Anda. Vamos logo. — Seo-jun segurou minha mão antes de puxar até onde alugaríamos a bendita bicicleta.

Depois de muita insistência para eu comandar, acabei aceitando e me sentei no primeiro banco. Enquanto pedalávamos ao longo do rio Han, sentia a agradável brisa que batia em meu rosto.

— Você nem ta pedalando. — Resmunguei enquanto dava a minha vida para manter a bicicleta em movimento.

Mas tenho que confessar que estava sendo mais difícil do que eu pensei, mas não deixei que Seo-jun percebesse e continuei com um sorriso no rosto. A não ser no exato momento em que uma criança entrou na frente. Instintivamente, desviei a bicicleta com tudo, mas a manobra brusca nos desequilibrou e acabamos caindo juntos.

O impacto foi rápido e repentino, e logo me vi deitada no chão, com Seo-jun ao meu lado.

— Mãeee! — Escutei a criança gritar com uma voz de choro.

Uma mistura de surpresa e risos escapou de meus lábios enquanto eu tentava processar o que acabara de acontecer.

— Você está bem? — Seo-jun perguntou, preocupado, enquanto se levantava e me ajudava a me sentar.

Respirei fundo, sentindo uma pontada de dor no joelho, mas nada sério.

— Acho que sim. — Assegurei, esboçando um sorriso para tranquilizá-lo. — Isso é culpa sua, sabia? Você não estava pedalando direito. — Acusei, apontando para ele enquanto eu me levantava do chão.

— Ah, então agora a culpa é minha, é? E você, que acabou de dizer que era fácil? Seo-jun provocou, balançando a cabeça em descrença.

— E daí. — Mostrei a língua para ele. — Não quero mais andar nesse treco.

— Mas ainda não acabou o tempo. — Ele bateu o pé no chão, fazendo birra e eu apenas o encarei com uma sobrancelha levantada. — Ta bom, vou devolver. O que vamos fazer agora?

— Eu quero tomar sorvete.

— Você? — Seo-jun colocou a mão na minha testa, fingindo estar chocado e indignado. — Kim Na-yeon querendo um docinho?

— Não enche muito o meu saco se não eu desisto. — Resmunguei enquanto bufava.

Ao chegarmos na sorveteria mais próxima, analisamos o cardápio em busca das melhores opções. Seo-jun sugeriu experimentar um novo sabor que ele havia visto em um programa de televisão, mas como não sou grande fã de experimentar coisas novas, escolhi o de arco-íris, que na verdade é azul e para mim o gosto é indecifrável.

Nós sentamos nas cadeiras e Seo-jun soltou uma tosse falsa, antes de começar a falar e logo pude perceber que ele estava sem jeito.

— Sabe, Na-yeon, a irmã da Ju-kyung me procurou outro dia... — Ele começou, tentando achar as palavras certas. — Ela disse que eu preciso voltar a cantar.

— Isso é incrível, Seo-jun. — Arregalei os olhos de pura surpresa e sorri. — Você tem talento, então volta. O Se-yeon ia querer isso . — Afirmei, olhando diretamente em seus olhos.

Seo-jun permaneceu em silêncio por um momento, absorvendo minhas palavras. Finalmente, ele sorriu, um sorriso genuíno que alcançou seus olhos:

— Obrigado, Nayeon. Vou pensar no caso. — Ele disse, enquanto piscava para mim.











*****

Oioi gente, como vão?

Depois desse dia a Na-yeon escreveu moonligth kakakakaka

mas assim, vocês não acham que os capítulos estão muito felizes?

Alguém tem alguma ideia de edit pra eu fazer desses queridos? Tô com MUITA vontade de editar eles mas não acho nada

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