𝟶𝟹𝟹
Eu finalmente consegui convencer a Lim Ju-kyung a voltar para a escola. Depois de muita insistência, é claro. Eu sei porque ela não quer voltar e eu gostaria de poder dizer que entendo o que ela ta sentindo, mas não posso, já que nunca passei por algo aparecido.
Tentei ao máximo tranquilizada dizendo que as fofocas passam rápida, eu sei que ela nunca vai esquecer disso, mas as outras pessoas vão e vão parar de perturbá-la. Se bem que ninguém vai mexer com ela de novo, já deixei bem claro o que vai acontecer se alguém pensar em falar algo.
A fofoca que está rolando é de que eu estou arrumando briga com todos, e bom, não é mentira.
Passei por um grupo de garotos que encaram até a minha alma, fazendo eu revirar os olhos irritada.
— Deixa isso quieto, se não ela vai dar uma surra em você. — Escutei um deles falar e me virei rapidamente.
— É bom calarem a boca mesmo. — Fingi que iria para cima deles, fazendo-os recuar. — Babacas. —Resmunguei me virando novamente.
Assim que passei pela minha sala, vi todos os alunos encarando um ponto fixo. Tive que empurrar algumas pessoas que estavam na porta para conseguir passar, mas assim que entrei, me deparei com Ju-kyung parada de frente para todos.
— Ju-kyung! — A chamei enquanto sorria. Fui até ela e a abracei, fazendo com que tranquilizasse o clima tenso da sala.
Para a minha surpresa, todos olhavam para Ju-kyung admirados. Quase todos, Soo-ah a encarava de cara feia. Assim que a garota me soltou do abraço ela caminhou até sua carteira e várias pessoas se aproximaram dela.
— Ju-kyung você veio, você ta bem? — Ahn Hyu-kyu perguntou sorrindo.
— Você é uma mulher muito forte. — Outro garoto fez joinhas para ela.
Me sentei no meu lugar um pouco mais animada, realmente não era a reação que eu esperava, era muito melhor. Mas como nem tudo é perfeito, de repente Soo-ah se levantou e partiu correndo.
— Soo-ah. — Ju-kyung a chamou antes de sair correndo atrás dela.
— Gente, me esperem. — Me levantei para ir atrás, mas antes quase caí por uma leve tontura.
No caminho, acabei perdendo as duas de vista, porque esbarrei com as valentonas do outro dia. Então me direcionei para o banheiro e me tranquei em uma cabine.
— Vocês viram que a Ju-kyung veio sem maquiagem? — Assim que escutei o nome dela arqueei uma sobrancelha e comecei prestar ainda mais atenção na conversa.
— Mas ela ta realmente namorando o Lee Su-ho? Eu a vi mais cedo e é pior que nas fotos. — Outra garota falou.
Dei descarga e abri a porta, logo em seguida gritando e me apoiando na porta. Fazendo todas as garotas se assustarem.
— Meu deus. — Coloquei a mão no coração dramaticamente. — Que susto!
— O que foi, garota? — A líder do grupo perguntou, cruzando os braços e se aproximando de mim.
— É que... vocês são tão feias que eu pensei que eram monstro, desculpa aí galera. — Ri fraco e caminhei até a pia. Enquanto isso, todas as garotas se viraram para mim com caras nada boas.
— Você ta ficando maluca? — Uma garota perguntou.
— Quer levar uma surra? — A líder me empurrou de leve enquanto eu caminhava até o papel para secar minhas mãos. — A gente já te deixou escapar uma vez quando você começou a namorar o Han Seo-jun.
— E o que isso tem a ver? — Me virei para ela, começando a ficar irritada de verdade. — Eu sei que você queria pegar ele, mas não conseguiu. — Ri fraco e passei por ela, rumo a saída do banheiro e trombei em seu ombro propositalmente.
Caminhei lentamente pelo corredor, pensando em o quanto é bom arrumar confusão uma vez ou outra. Da até uma vontade a mais de viver. Mas preciso parar, antes que o colégio me expulse, ou pior: ligue para a minha mãe.
— EI! Retirem o que disseram. — Escutei Ju-kyung mandar e me virei para trás rapidamente, ela estava falando com as valentonas. De onde ela saiu? -- Retirem tudo que falaram da Na-yeon e do Su-ho. Não vão? Eu namoro o Lee Su-ho!
— O que ta acontecendo? — Ju-young me puxou, fazendo eu me assustar um pouco.
— Eu não faço ideia. Acabei de sair do banheiro e a Ju-kyung apareceu. — Expliquei sem dar muitos detalhes.
Olhei para trás e vi Su-ho caminhando tranquilamente pelo corredor, com fones de ouvido, provavelmente planejando passar reto pela confusão.
Mas eu fui mais rápida e o puxei pelo casaco, tirei os fones de seu ouvido e incentivei ele a ir na direção certa, enquanto Ju-kyung falava coisas boas sobre ele.
— Além disso, ao invés de ficar julgando os rostos das pessoas, deviam estudar. Quem vei depois do grande rei Sejong? Sabem? — Ju-kyung perguntou com um tom ameaçador e eu ri. Nem ela sabia a resposta à umas quatro semanas atrás. — Vocês são burras. Vazem! — Ela empurrou as garotas e só assim percebeu que o Su-ho estava ali.
Su-ho caminhou até ela, segurou seus braços e deixou um beijo em sua testa, fazendo todos gritarem de choque.
Ju-young agarrou meu braço e começou a dar alguns pulinhos de felicidade enquanto me chacoalhava. Acabei rindo e comemorando também.
— O que tá acontecendo aqui? — O coordenador apareceu fazendo o sorriso que estava em meu rosto sumir. — Vão já pra sala de vocês!
Fiz Ju-young voltar para o andar dele e caminhei até a minha sala dando alguns saltinhos. Assim que passei pela porta, vi que Seo-jun já estava sentado em seu lugar.
— Han Seo-jun! — O chamei, fazendo o mesmo me olhar surpreso e abraçar minha cintura, enquanto eu abraçava o seu pescoço.
— Bom dia. — Ele sorriu de canto. — Por que você tá assim? Não era você que queria...
— Cala boca. — Coloquei minha mão na boca dele, revirando os olhos, o fazendo ficar indignado. — Que se dane esse pessoal da escola. — Dei de ombros, abraçando ele ainda mais.
— Que bom então. Tava com saudades do seu namorado, né? — Ele perguntou de um jeito convencido enquanto se aproximava do meu rosto.
— Calma aí. — Segurei suas bochecha e empurrei seu rosto para o lado. — Você é muito exagerado. — Me separei dele e me sentei na minha cadeira, mas logo me virei para ele novamente.
— Você comeu? — Ele perguntou, fazendo eu revirar meus olhos, odeio esse tipo de perguntado.
— É claro que sim. — Respondi como se fosse óbvio, mas estava mentindo. — Vai ficar me perguntando isso todo dia?
— Eu vi você ficando tonta antes de sair. — Ele segurou minha mão e colocou um sanduíche natural nela. — Pode falar, eu sei que sou o melhor namorado do mundo. — Seo-jun mexeu no blazer de uma forma convencida e eu ri.
Gritos começaram a ecoar pela sala, fazendo eu virar completamente a minha atenção para a porta, onde Ju-kyung e Su-ho entravam de mãos dadas.
— Aí, vocês voltaram? — Ahn Hyu-kyu se aproximou, já perguntando, fazendo eu dar um pulo da cadeira.
Eu e Han Seo-jun trocamos olhares sem saber o que fazer. Eu sei que eu falei "Que se dane o pessoal da escola." mas não quero contar à eles que "voltamos", já que tecnicamente para eles nós namoramos de verdade e eles nunca vão saber que era tudo falso. Antes que um de nós dois pudesse dizer mais alguma coisa:
— Hyu-kyu, sente-se no seu lugar, por favor. — O professor Han pediu fazendo eu suspirar aliviada. — Vamos começar. — Ele avisou sem nenhum ânimo, até parar seus olhos em Ju-kyung. — Você não é dessa turma, então vai pra...
— Professor, mas é a Lim Ju-kyung. — Hyu-kyu explicou.
— Claro que é. — O professor concordou ainda confuso. — Ju-kyung?
— Sim. — Ela respondeu.
— É você, Ju-kyung?
— Sim.
— Ju-kyung... bem vinda de volta. — Os olhos do Senhor Han se encheram de lágrimas, fazendo eu soltar uma risada fraca. — É que eu tava tão... É que tava tão preocupado com você. — Ele virou o rosto para o quadro, para esconder que estava chorando. — A Ju-kyung finalmente voltou. — Ele sorriu antes de se debruçar na mesa.
— Não chora! — Os alunos começaram a falar repetidamente enquanto tudo que eu conseguia fazer era rir.
—Eu sinto muito pessoal! A Ju-kyung voltou. — Ele falou antes de sair da sala de cabeça baixa, deixando todos confusos.
— Ele ficou mais emocionado que eu. — Comentei rindo.
Minutos depois o professor Han voltou para a sala de aula, um pouco mais calmo e com um copo de água nas mãos. Diz ele que ficou tão emocionado porque a Ju-kyung passou por momentos muito difíceis. Não que eu discorde, mas não acho que seja motivo para um professor chorar tanto.
Aqui no colégio temos um pequeno intervalo à cada duas aulas, então assim que as duas primeiras acabaram eu fui para o banheiro com Ju-kyung, digamos que eu estou muito animada com a volta dela.
— Você precisa me passar o conteúdo que eu perdi. — Ela comentou enquanto lavava as mãos e eu me sentei em cima da pia e comecei a balançar as pernas.
— Até parece que eu consegui fazer alguma coisa. —Resmunguei revirando os olhos. — Por sua culpa eu não consegui prestar atenção em nada.
A porta do banheiro foi aberta por Soo-jin. Fechei meus punhos com força tentando controlar a minha raiva enquanto as outras garotas que estavam lá se retiravam.
— Você realmente veio pra escola assim? — e Foi a primeira coisa que ela falou ao parar ao meu lado na pia, começando a lavar as mãos.
— Como é que é? — Eu e Ju-kyung falamos ao mesmo tempo, mas o meu tom de voz saiu muito mais provocante que o dela.
— É como se você tivesse dando um show pra todo mundo. — Soo-jin falou se virando para Ju-kyung. —Queria tanto assim chamar atenção?
— Eu acho que quem quer chamar atenção aqui é você. — Ri ironicamente balançando a cabeça negativamente. Soo-jin apenas me lançou um, ignorando minha fala e se voltou para Ju-kyung para continuar falando besteiras.
— Ter o Su-ho do seu lado te ajudou a ter coragem por acaso?
— Escuta aqui, Kang Soo-jin! — Desci da pia pronta para enfrentá-la. Talvez eu devesse deixar a Ju-kyung resolver isso, mas tudo que essa garota consegue fazer é me deixar cada vez com mais raiva.
-- Ei Kang Soo-jin. -- Escutei a voz de Soo-ah adentrar o banheiro na mesma hora em que eu abri minha boca para falar umas boas verdades para Soo-jin. A garota de cabelos curtos se aproximou de nós e jogou um suco de caixinha em Soo-jin. — Eu não acredito! Kang Soo-jin, você é a pior. Você devia tá de joelhos implorando por perdão.
— Por que eu devia implorar o perdão dela? — A garota perguntou o óbvio.
— Porque foi você que mandou as fotos e os vídeos pro fórum! — Soo-ah gritou enquanto lágrimas se formavam em seus olhos. — Eu ouvi tudo naquele dia. Eu até tentei te dar o benefício da dúvida. "Talvez ela tenha feito isso por ciúmes do Lee Su-ho. Mas ela deve estar arrependida agora. Ainda mais com a Ju-kyung faltando desse jeito, ela já deve ta muito arrependida do que fez." Era o que eu achava. Eu tava esperando você se desculpar com ela primeiro. Mas, você foi sempre assim?
— Sim. Sempre fui exatamente assim. — Confesso que a fala de Soo-jin fez meu coração se partir.
Sem dizer mais nada, Soo-ah nos deu as costas e saiu correndo para fora do banheiro.
— Soo-ah!. — Ju-kyung a chamou depois de dar uma última olhada em Soo-jin e saiu correndo atrás da amiga.
— Você é uma pessoa horrível. — Comentei a olhando de cima a baixo com certo desdém. Me retirei do banheiro, pronta para ir atrás de Ju-kyung e Soo-ah pra fazer elas se resolverem de qualquer forma.
Segui os olhares da multidão, que me levaram até a quadra. Me deparei com as duas abraçadas no meio do jogo de basquete dos alunos do terceiro ano. Acabei rindo sozinha da cena enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.
Corri até elas, deixando as lágrimas saírem e as abracei, logo sendo retribuída, pelas duas que também choravam. Um círculo se formou entre nós, feito de garotos impacientes que esperavam para poderem voltar ao jogo.
Me separei delas e rapidamente e pedi várias desculpa para os garotos e arrastei as duas até as arquibancadas. Nós sentamos nos bancos, Soo-ah ficando entre eu e Ju-kyung.
— O que será que fez ela ficar daquele jeito? — Ju-kyung quebrou o silêncio que estávamos, enquanto eu assistia o jogo atentamente.
— Nada fez isso. Ela escolheu ser daquele jeito.
— Cesta! — Gritei me levantando assim que o menino do time que eu estava torcendo marcou um ponto, isso fez com que as duas garotas ao meu lado me olhassem confusas. — Ah, desculpa. — Me sentei novamente. — Eu acho que ela sempre foi assim, só escondeu esse lado psicopata por um tempo.
— Sua opinião não conta, vocês já estavam meio brigadas à um bom tempo. — Soo-ah apontou o dedo no rosto. — Mas como ela pôde fazer algo assim? Foi a própria Kang Soo-jin que deixou a gente. No fim das contas, era tudo o que a gente significava. Deixa eu ver o seu rosto. — Ela segurou o rosto de Ju-kyung e deu uma analisada. — Não pode ser tão ruim assim pra você fazer tanto...
— Ela só tem algumas espinhas. — Dei de ombros voltando a minha atenção para o jogo.
Soo-ah deu algumas dicas para Ju-kyung de como cuidar da pele e coisas do tipo. Logo em seguida ela se virou para mim novamente e puxou minhas orelhas, apertando meu brinco, fazendo eu reclamar de dor.
— Você enlouqueceu? — Perguntei indignada, levando a mão à orelha e percebi que ela havia feito o mesmo com Ju.
— Vocês duas precisam me contar tudo do início ao fim. Você, senhorita Na-yeon — Soo-ah se virou para mim e agarrou minhas bochechas. — Eu ouvi tudinho aquele dia. Que história é essa de namoro falso?
Olhei para Ju-kyung com os olhos arregalados, sentindo minhas bochechas começaram a doer. Sei que devo contar a verdade, mas não to pronta para ouvir as mil perguntas de Soo-ah.
-- Acontece que eu gostava do Su-ho... e pedi para Seo-jun namorar comigo de mentira, patético eu sei, mas acabei gostando do Seo-jun de verdade. -- Expliquei de uma forma simples e retirei as mãos da garota das minhas bochechas. -- Mas a senhorita não pode contar para ninguém, nem para o seu namorado, entendeu? -- Dessa vez eu que apertei as bochechas de Soo-ah. -- Eu já vou indo. Não se odeiem.
Saí da quadra e voltei para os corredores do colégio. Em qualquer lugar que eu pisava havia muitas pessoas, por ser o horário de almoço. Uma mão segurou a minha, fazendo eu me assustar e me virar na direção da pessoa rapidamente. Mas me tranquilizei ao ver Han Seo-jun.
— Assustou? — Ele perguntou soltando uma risada fraca. — Você tava chorando? — Sua feição mudou em segundos quando ele me olhou nos olhos.
— É que a Soo-ah e a Ju-kyung se resolveram, só me emocionei. — Dei de ombros enquanto sorria. — Como você percebeu? — Perguntei confusa, eu já tinha averiguado antes e meus olhos não estavam nem um pouco vermelhos.
— Seus cílios estão molhados, então eu deduzi. — Ele explicou e eu o olhei surpresa. Isso foi tão específico e tão fofo. — Vem aqui. — Seo-jun agarrou minha mão com firmeza, surpreendendo-me. Antes que eu pudesse protestar ou mesmo questionar suas intenções, fui arrastada até um banheiro mais afastado, que até pouco tempo estava interditado e por isso os alunos pararam de usar.
— O que está acontecendo, Seo-jun? — Perguntei confusa e curiosa, enquanto Seo-jun se aproximava com os olhos vidrados em mim.
Antes que eu pudesse processar totalmente o que estava acontecendo, ele se aproximou ainda mais e seus lábios encontraram os meus em um beijo completamente inesperado.
Suas mãos rapidamente agarraram minhas cinturas, enquanto eu depositei as minhas em seu pescoço.
— Você disse que tinha que ser ao contrário. — Ele se separou brevemente para falar e sorriu de canto, logo colocando a mão direita na parte de trás de minha coxa nua por causa do comprimento da saia e me ergueu, logo me colocando em cima da pia.
Me lembrei do dia em que eu fui praticamente sequestrada pelo namorado maluco da Se-mi e quando o Seo-jun chegou ele levou um soco que fez seu nariz sagrar e eu o ajudei com isso.
Ele juntou nossos lábios novamente, me fazendo sentir sua respiração irregular misturar-se com a minha. Suas mãos saíram de minha cintura e começaram a explorar minha pele, traçando caminhos de arrepios, enquanto nossos lábios se moviam em perfeita harmonia.
Seo-jun pressiona seus lábios contra meu pescoço com uma intensidade que me faz arquejar de surpresa e puxar levemente seus cabelos para trás. Sua boca quente e macia desliza pela minha pele, enviando ondas de calor através de mim.
Ele desliza seus lábios suavemente pelo meu pescoço, deixando um rastro de arrepios por onde passa. Sua respiração quente contra minha pele faz com que eu me arrepie de prazer, enquanto ele continua a traçar beijos delicados ao longo do meu pescoço.
Seus lábios encontram o ponto sensível embaixo da minha orelha, e um gemido escapa dos meus lábios involuntariamente. Seo-jun sorri contra minha pele, saboreando a reação que ele provoca em mim. Seu hálito quente contra minha pele só aumenta a intensidade do nosso contato, tornando cada instante ainda mais eletrizante.
Mas uma onda de pensamentos invadiu minha mente. Lembrei-me dos dias em que Seo-jun estava apaixonado por Ju-kyung, e de como ele a ajudou quando o verdadeiro rosto dela veio à tona.
De certa forma, no dia em que eu fui "sequestrada" Ju-kyung também estava lá, e a ligação que ele atendeu foi a dela e não a minha.
Com um nó na garganta, afastei-me abruptamente de Seo-jun, interrompendo o beijo. Meus olhos encontraram os dele, mas rapidamente desviei o olhar sentindo meu rosto queimar de vergonha e inseguranças.
— Me Desculpa. — Murmurei, abaixando a cabeça. — Eu... Eu não posso fazer isso.
Seo-jun olhou para mim com uma expressão confusa, buscando respostas para minha mudança de comportamento repentina. Ele começou a pedir desculpas, sua voz carregada de preocupação, como se temesse ter me pressionado a fazer algo que não queria.
— Não é isso, Seo-jun. — Murmurei rapidamente, tentando criar coragem para ser verdadeira com ele enquanto segurava suas mãos. — É... É que... Eu me lembrei de algumas coisas. Lembrei de quando você gostava da Ju-kyung. — Minha voz um saiu mais como um sussurro. — E de como você respondia os comentários do post do fórum.
— Na-yeon... — Seo-jun tentou dizer algo, mas eu o interrompi.
— Eu só fiquei insegura, sei lá. — Dei de ombros enquanto levantava a cabeça para finalmente encará-lo com um sorriso falso.
— Na-yeon, escuta — Ele começou, me fazendo soltar um longo suspiro. — Eu já te disse que nunca senti nada por Ju-kyung, só confundi meus sentimentos. E o fórum... eu só queria ajudar ela... como amigos. E eu sei o quanto você ficou mal por causa de tudo e eu só quis acabar com aquilo logo, então não se preocupa.
Seo-jun entrelaçou nossos dedos e um sorriso tímido surgiu em meus lábios. Ele colocou as mãos e me desceu da pia, logo em seguida me envolvendo em um abraço.
— Promete que não vai pensar mais nisso? — Perguntou enquanto nos separava. Apenas concordei com a cabeça.
— Prometo. — Disse por fim, quando percebi que ele não se contentou apenas com um aceno de cabeça. — Desculpa. — Pedi mais uma vez, abrindo a porta do banheiro.
— Ta tudo bem. — Ele sorriu passando a mão pelos meus fios de cabelo e cada um seguiu seu caminho.
Confesso que fiquei um pouco aliviada, mas também frustrada por não ser capaz de me expressar do jeito que eu queria. Me virei para trás brevemente e nossos olhares se encontraram por um breve momento antes de nos afastarmos ainda mais.
Acho que não sou boa em cumprir promessas, prometi que não pensaria mais nesse assunto, mas tenho certeza que ele não vai sair da minha cabeça por uns bons dias.
*****
Oioi gente, como vão?
Me digam o que acharam do capítulo...
Amo quando a naynay estragada tudo, brincadeirinha, não me odeiem.
Eu fiquei com um pouca de vergonha da cena 😈, mas mesmo assim eu gostei
Eu tenho uma pergunta muito importante, vocês preferem a escrita em primeira ou terceira pessoa?
Love game vai continuar em primeira, claro, mas nas futuras eu não sei qual usar.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top