𝟶𝟸𝟾

Depois de muitos dias e indo e vindo do hospital, o Han Seo-jun finalmente recebeu alta, no final de semana ele me contou que passaria um tempo com o Su-ho, então não falei nada, só deixei eles passassem esse tempo juntos, eu esperava que ele pelo menos me mandassem uma mensagem falando que estava vivo, mas isso não aconteceu.

Nesse meio tempo o pai de Su-ho decidiu se aposentar e pediu desculpas para a família do Se-yeon, o que foi ótimo. Eu até estava no hospital quando a notícia saiu.

Quando a segunda feira chegou e os dois finalmente voltariam para a escola. Eu fiz uma maquiagem para me deixar mais pálida e com um rosto triste. No último dia que vi Han Seo-jun pedi para que ele fosse até à minha casa na segunda feira, para podermos discutir o meu plano.

Na verdade é um plano bem simples, mas não quero que nada pareça suspeito. Só espero que ele não tenha esquecido.

Minha maquiagem ficou tão boa que até Min-soo perguntou se eu estava bem e olha que ele é um cara bem esperto.

Assim que terminei meu café da manhã caminhei até o portão na esperança de ver Seo-jun parado bem em frente e por sorte isso aconteceu.

— Bom dia. — Ele falou rapidamente assim que me viu pisar pra fora e sorriu de canto enquanto guardava o celular no bolso. — Nossa, você ta bem?

— É só maquiagem. — Sorri fazendo joias com os dedos. — Você sabe o que fazer né? — Perguntei começando a andar.

Na verdade, nem eu sei exatamente o que fazer. Única coisa que eu fiz até agora foi enviar uma mensagem no grupo das meninas — que só tem eu, Ju-kyung, Soo-ah e Soo-jin — contando que eu tinha terminado. Não deu nem um minuto e Soo-ah já tinha perguntado o motivo.

Mas para isso minha criatividade não funcionou, não conseguir pensar em nada além de traição, mais especificamente que ele me traiu com o Su-ho enquanto estavam no hospital, mas não quero que nenhum de nós seja chamado de corno manso caso precisemos voltar algum dia.

Então só falei para Soo-ah que não estava preparada para falar.

— É claro. Além de ser lindo, cantor e modelo, eu também sei atuar. — Seo-jun piscou para mim e eu ri.

— Você não falou comigo desde de que saiu do hospital. — Me arrependi no momento em que comecei a falar, então fui abaixando o tom de voz rezando para que ele não tivesse escutado nada.

— É que eu fui visitar o túmulo do Se-yeon com o Su-ho e quando a gente tava voltando uns otários jogaram um cigarro na gente, então eu arrumei uma pequena discussão que resultou em: a gente caindo em um monte de cocô.

— Que nojo. — Ri fraco fazendo uma careta.

— Você deveria ter me ligado... — Ele soltou no ar e eu fitei o chão sem saber o que falar.

— Não quis te incomodar. — Falei baixo. — Mas olha, você entra primeiro e depois eu vou, entendeu? — Perguntei só para mudar de assunto.

Passamos o resto do caminho falando sobre o dia em que ele foi visitar o Se-yeon, ele me contou cada detalhe da confusão que ele arrumou. 

Assim que chegamos no colégio eu fui para o banheiro e me escondi lá por alguns minutos. Respirei fundo e sai da cabine. Fui em direção à sala e quando cheguei Han Seo-jun já estava lá. Caminhei até o meu lugar de cabeça baixa e me sentei.

Como esperado Soo-ah e outras meninas vieram em minha direção, eu nem sabia o nome da maioria, mas elas vieram me consolar. Eu sabia que a Soo-ah contaria para todo mundo, nem sei porque duvidei.

— Na-yeon, você ta bem?

— Que pergunta besta, olha a cara dela.

— Fala baixo ele tá atrás dela.

— Pode trocar de lugar comigo se quiser.

— Por que vocês terminaram?

Todas falaram praticamente ao mesmo tempo e eu abaixei a cabeça para segurar a risada.

— Deixem ela gente. Você não precisa contar Na-yeon, mas conta com a gente. — Soo-ah falou colocando a mão sobre meu ombro.

Confesso que fiquei surpresa, estava esperando mil e uma perguntas dela.

— Obrigada, gente. — Falei em um tom baixo e fazendo de tudo para a minha voz parecer triste.

— Coitadinha. Você tá até pálida... — Uma garota que eu julgo nunca ter visto na minha vida passou a mão pelos meus fios de cabelo.

Deixei algumas lágrimas escaparem e as limpei rapidamente. Mas obviamente era tudo falso, até porque não deixo qualquer um me ver chorando de verdade e eu teria faltado se a situação fosse real. Para conseguir algumas lágrimas eu pensei em muitos filme de cachorros que eu assisti durante a minha vida inteira.

— Acho que não era para ser. — Falei limpando as lágrimas que não paravam de cair.

Abaixei a cabeça deixando o som do "choro" escapar, mas na verdade eu estava dando risada. As garotas estavam estão interessadas na fofoca que nem perceberam.

De repente me levantei, empurrando a cadeira em minha frente e saí da sala correndo, não tão rápido só para poder ver a reação das pessoas. As meninas tentaram vir atrás de mim, mas Seo-jun foi mais rápido e as impediu de vir.

Corri para fora da escola onde não tinha ninguém e apoiei as mãos nos joelhos buscando o ar enquanto ria. Seo-jun logo me alcançou e sinceramente ele estava pior que eu.

— Você. Corre. Demais. — Ele disse pausadamente tentando respirar.

— Você é muito sedentário. — Brinquei o empurrando com os ombros. — Acho que vou largar a dança e virar atriz.

— Sua atuação foi meia boca tá. — Seo-jun falou e eu olhei indignada. — Mas eu arrassei.

— Se enxerga. — Resmunguei. — Você não fez quase nada.

— Já que agora estamos oficialmente solteiros... quer sair comigo no sábado? — Ele sorriu de canto e eu rapidamente desviei o olhar sem conseguir expressar nada. — Mas sem filmes de terror, pra você não ficar com medo.

— Eu não tava com medo não. — Cruzei os braços e voltei a encará-lo, vendo uma expressão triste se formar em seu rosto.

— Mas se você não quiser ir tudo bem... — Antes que Seo-jun terminasse completamente de falar, eu criei coragem e me dei um passo a frente.

Pressionei meus lábios contra os deles, depositando um selinho. Me separei rapidamente sentindo minhas bochechas corarem e Seo-jun não estava muito diferente de mim.

— Até sábado. — Sorri e saí correndo, quando já não estava tão perto me virei para olha-lo e ele permanecia na mesma posição, fitando o chão.

Assim que cheguei perto da sala parei e verifiquei se ainda estava muito corada, por sorte não, então entrei na sala de cabeça baixa. Soo-ah já veio em minha direção dessa dessa vez junto com Ju-kyung.

— Vocês conseguiram se resolver? — Soo-ah perguntou em um tom baixo.

— Ela me contou tudo o que aconteceu. Ta tudo bem? — Ju-kyung perguntou e eu concordei com a cabeça.

— Acho que não tem mais volta. — Dramatizei passando a mão de baixo dos olhos para limpar uma lágrima que nem se quer caiu.

Por sorte o professor da vez entrou, me livrando de continuar com esse teatrinho ridículo.

Quando o sinal para o almoço tocou, fui até o banheiro rapidamente e refiz quase toda a minha maquiagem, dessa vez me dando um ar de saúde. Fui até o refeitório junto com Soo-ah e pegamos nossa comida.

— A Kansu guardou o lugar. — Ela anunciou indo até a mesa junto com seu namorado e Ju-kyung.

Mas quando eu me aproximei não tinha um lugar para mim.

— Ela ficou com o seu lugar, tem problema? — Soo-jin abriu um sorriso falso, enquanto isso reparei em uma garota desconhecida ao seu lado. Mas tenho certeza que o meu lugar não ficou sobrando só por causa disso.

— É claro que não. — Sorri mais falsamente ainda.

— Ta tudo bem, Na-yeon, a gente abre um espacinho. — Soo-ah sorriu colocando a cadeira mais para o lado.

Fui até outra mesa onde tinha uma cadeira sobrando e a peguei. Coloquei ao lado de Soo-ah, ficando de frente para Soo-jin.

— Kansu, quem é? — Soo-ah perguntou se referindo à garota nova.

— Ah, é a Hye-min. — Soo-jin respondeu. — Tivemos uma aula juntas, depois almoçamos.

— Olá. — A tal Hye-min nos cumprimentou de um jeito tímido.

— Aliás eu nunca te vi, você foi transferida? Era de onde? — Soo-ah começou com suas perguntas.

— Ela foi transferida do Yongpa. — Soo-jin responde. Ela vai começar a falar pelos outros agora?

— Credo. O Yongpa de novo? — Soo-ah fez uma careta, nem tentou disfarçar. — Limju, o povo wue te sequestrou era de lá.

— Olha só, Ju-kyung, você também era transferida, né? De onde é que você era? Ah, nunca contou para ninguém? — A pergunta obviamente veio de Soo-jin me fazendo revirar os olhos e apertar meus punhos com força por de baixo da mesa.

— Verdade. Acho que nunca contou pra gente. Limju, de onde você era? — Soo-ah perguntou em um tom inocente, bem diferente de Soo-jin.

— Eu sou de bem longe. — Ju-kyung respondeu.

— Ah, eu lembro, que você me disse o nome uma vez. Minha prima estuda lá. — Inventei uma desculpa para livrar Ju-kyung dessa. Eu nem conheço as minhas primas.

— Não me conhece? — Hye-min perguntou para Ju-kyung. — Também tinha uma antiga Lim Ju-kyung no meu antigo colégio. E você parece com ela.

— Sério? Limju, você era do Yongpa? — Soo-ah perguntou curiosa.

— Não. Eu não te conheço. — Ela finalmente respondeu Hye-min. — Eu não sei o quanto a gente é parecida, mas eu não fui transferida de lá, então para com isso.

— Sério? Desculpa. — Hye-min abaixou a cabeça.

— Aí, isso foi meio grosseiro. — Soo-ah comentou colocando um pouco de comida na boca.

— Eu não to me sentindo bem , licença. — Ju-kyung se levantou e se retirou do refeitório.

— Qual é a sua? — Perguntei para Soo-jin que tentava esconder um sorriso.

Me retirei do refeitório e tentei procurar por Ju-kyung, mas não estava vendo nenhum sinal dela. No caminho acabei esbarrando em alguém, se fosse qualquer outra pessoas eu pediria desculpas, mas como era o Han Seo-jun eu pensei em agir normalmente, mas mudei de ideia assim que vi que as pessoas nos corredores começaram a cochichar.

— Sai do meu pé! — O empurrei e saí andando. Mas logo peguei meu celular e mandei uma mensagem pedindo desculpa para ele.

*****

Estava saindo da escola com Ju-kyung e Soo-jin. Recentemente descobri que estava competindo em um concurso de Deusas no postagram, me lembro de Soo-ah falando algo sobre isso, mas estava tão preocupada com o Seo-jun no hospital que acabei não ligando muito. Infelizmente não ganhei, fiquei em segundo e Ju-kyung em primeiro. Sei que é uma boa colocação, mas agora já sei quem é a favorita do colégio.

Enquanto andávamos, três garotas entraram na nossa frente. Me lembrei delas na hora, Park Se-mi e seu grupinho e eu bati na hamburgueria.

— Oi. — Elas no cumprimentou com um sorriso claramente falso. — Eu sou a Park Se-mi. Tudo bem?

— Eu não te conheço. — Ju-kyung respondeu tentando passar, mas ela entrou na frente.

— Vi que vocês me passaram na competição da Deusa. — A garota me olhou de cima a baixo e eu revirei os olhos impaciente. — De algum jeito. Vocês são melhorsinha por foto, principalmente você. — Se referiu a Ju-kyung. Mas mesmo assim você é bem melhor que a Ju-kyung que eu conheço.

— Entendi. — Ju-kyung tentou passar, mas elas novamente a impediram.

— Você vai sair da nossa frente ou vou ter que puxar o seu cabelo de novo? — Perguntei cruzando os braços e me aproximando de Se-mi. Passei por ela, esbarrando em seu ombro de propósito.

— Você é a namorada do Han Seo-jun, né? — Ela me perguntou, fazendo eu me virar para ela.

— Sou. Por que?

— Por que ele não sai nunca? — Ela perguntou olhando para os portões da escola.

— Eu acho que não é da sua conta. — Falei da forma mais irônica possível. — Vamos. — chamei as outras.

— Olha só, a Joo Hye-min. — As três foram correndo até ela e eu parei para observar a cena.

— Vamos. — Ju-kyung me puxou para o lado oposto, enquanto eu assistia Se-mi perturbando a outra garota.

— Você vai deixar elas fazerem isso com a Hye-min mesmo? — Perguntei, já que eu não esperava essa atitude de Ju-kyung.

Elas suspirou algumas vezes e então, saiu correndo atrás delas, eu fiz o mesmo. Agora que as garotas estavam em um canto mais afastado, encurralando Hye-min.

— Descobre algum pobre dela, pra eu poder separar os dois. — Ouvi Se-mi falando quando eu me aproximei.

— Tira a pata, vadia. — Me aproximei das três quando eu vi que Se-mi iria bater nela, mas assim que me ouviram pararam.

— Vocês três estavam batendo nela? — Soo-jin perguntou, era bem melhor quando ela estava em completo silêncio.

— A gente tava só tendo uma conversinha. Por que? — Se-mi respondeu de um jeito falso.

— Nós temos que fazer a tarefa juntas. — Ju-kyung mentiu. — Você esqueceu?

— Mas, ela tem que ir para outro lugar com a gente. — Uma garota de cabelos cacheados apoiou a cabeça no ombro de Se-mi.

— Anda logo. — Puxei o pulso se Hye-min, mas Se-mi a segurou. — Solta. — Pedi soltando a garota e indo até ela para empurrar seu braço.

Eu, Ju-kyung e Hye-min começamos a correr para longe dali, mas Soo-jin continuou lá.

— Elas te machucaram? — Perguntei quando já estamos longe o suficiente.

— Não. Obrigada. — Ela abaixou a cabeça envergonhada.

— Relaxa. — Sorri e peguei meu celular para olhar o horário. — Merda! To atrasada. — Gritei começando a correr. — Até mais!









*****

Oioi gente como vão?

Me falem o que acharam do capítulo...

Gente juro, eu já tava sem tempo pra escrever né e agora eu  voltei pra academia, to mais sem tempo e além de tudo to morta.

Eu tenho uma dúvida... vocês sabem meu nome? Se não como vcs acham que é? KKKKKKKKKKK e como vcs acham que é a minha aparência?

Parem de chamar a Nay de burra, bjs.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top