𝟶𝟷𝟸
— Hambúrguer? — Abri meus olhos assim que escutei.
— Daqui cinco minutos. — Respondi Min-soo enquanto me levantava da cama correndo.
— Três minutos. Não mandei ninguém acordar meio dia.
Corri para me arrumar e coloquei literalmente a primeira roupa que vi pela frente, uma blusa de moletom cinza e uma calça de ursinhos. Normalmente eu me importo com o tipo de roupa que as pessoas vão me ver usando, ainda mais por hoje ser sábado, o dia em que os adolescentes do Saebom se reúnem em bando para fazerem alguma coisa, mas resolvi não ligar, e nem tá tão ruim assim, só parece que eu acordei e fui, mas tudo bem.
Quando escutei o carro ser ligado, desci as escadas correndo e nem precisei abrir a porta para entrar, pulei a janela.
— Ta com tanto medo assim de ficar? — Min-soo me olhava espantado.
— Nunca se sabe, né? Você é meio maluco. — Respondi colocando o cinto.
Sempre morro de medo de andar com Min-soo, agora mesmo ele está em um racha imaginário só porque o carro ultrapassou a gente.
— Oppa, ele não ta apostando corrida com você. —Avisei me segurando ainda mais no apoio e começado a rezar mentalmente.
— Tá sim! Ele piscou pra mim. — Min-soo soltou uma risada maquiavélica e acelerou mais ainda.
Quando chegamos na hamburgueria, Min-soo entrou no estacionamento cantando os pneus. Assim que ele destravou a porta, eu praticamente me joguei para fora do carro.
— Socorro. — Falei me apoiando no carro e buscando por oxigênio. — Você é maluco, garoto.
— Até parece que você não ta acostumada. — Ele riu.
— Acha que você tá vivendo velozes e furiosos Tokyo drift versão Coreia? — Perguntei cruzando os braços.
Min-soo passou o braço pelos meus ombros e entramos. Por sorte não ta com fila, já fui direto pro caixa.
— Eu vou querer dois. — Sorri olhando o cardápio.
Quando o Min-soo ta de folga — O que é bem raro. — e a nossa mãe não ta em casa, ele sempre me leva pra comer besteira. Já que se a minha mãe sonhar que eu coloquei algo assim na boca, ela me deserda.
Me sentei em uma mesa ficando de costas para a porta e esperei meu número ser chamado. Meu irmão que pagou tudo, obviamente, eu nem tento pagar mais nada porque ele nunca deixa.
Assim que o pedido ficou pronto, Min-soo foi buscar e eu esperei ansiosamente na cadeira. Quando finalmente peguei o lanche na mão e mordi, fiz uma dancinha de tão bom.
— Você é esquisita. — Min-soo comentou antes de morder seu lanche.
— É que você não é controlado pela mamãe.
Alguns adolescentes entraram, olhei para trás disfarçadamente para ter certeza de que não é ninguém da escola. São só algumas garotas de outro colégio.
— Acho que elas estão implicando com aquela garota. — Meu irmão comentou olhando para a direção em que as garotas estavam.
— Para de ser fofoqueiro. — O repreendi. — Vai ficar se intrometendo em fofoca de adolescente agora?
— Desculpa aí, vovó. Mas se quer saber, ela parece aquela sua amiga que eu vi no sábado. — Olhei estranho para ele. — Vish, ela caiu!
Me levantei na hora e fui até as garotas, que estavam em volta de uma garota jogada no chão.
— Aí, Ju-kyung, me passa seu número. — A que parecia ser a líder mandou.
Senti meu sangue ferver. Fui até a garota e empurrei a mão dela, fazendo o celular cair no chão.
— Foi sem querer. — Sorri pra ela.
Me abaixei até Ju-kyung e tentei ajuda-la a se levantar, mas ela recusou minha ajuda e saiu correndo.
— Quem é você, vagabunda? — A garota perguntou se aproximando de mim. — Quebrou a tela do meu celular.
— E? Não sei o que eu tenho a ver? — Dei de ombros vendo a feição dela mudar.
A garota me deu um empurrão e por sorte não cai no chão, me aproximei dela e a empurrei de volta, logo sentindo uma de suas amigas puxar meu cabelo. Reclamei de dor e tentei dar algumas cotoveladas no rosto da garota para ela me soltar.
A terceira segurou meus braços e a de cabelo claro ergueu uma das mãos para me dar um tapa. Mas uma mão impediu.
— Su-ho? — Olhei para ele confusa.
Pelo menos isso fez as garotas me soltarem. Parti para cima da líder puxando seus cabelos e a derrubando no chão. Antes que pudesse continuar, braços me seguraram me fazendo remexer rapidamente para me soltar.
— Me solta, Min-soo. — Tentava tirar as mãos dele de mim, mas ele é bem mais forte.
Su-ho pegou a carteira que Ju-kyung deixou cair e saiu correndo atrás dela. Min-soo me arrastou para fora à força.
— Isso ainda não acabou! — Avisei antes da porta se fechar e meu irmão finalmente me soltar.
— Não da nem pra ter uma refeição em paz com você. — Meu irmão resmungou.
— Ela me chamou de vagabunda. Você devia ir lá e dar surra nas três.
— Não, valeu. Não to afim de ser preso.
— Que belo irmão você é em. — Fiz uma careta, enquanto seguia o caminho até o estacionamento. —Olha, é o Han Seo-jun. — Comentei vendo o garoto passar junto com o Kim Cho-rong.
— E quem é esse? Seu namorado? — Min-soo demonstrou ciúme no tom de voz e eu ri.
— É só meu amigo.
— Você gosta de me perseguir, né? — Seo-jun se aproximou da gente. — Ta descabelada porque? Geralmente sou eu quem te deixo assim.
-- Han Seo-jun! — O repreendi arregalando os olhos.
— Que história é essa? — Min-soo olhou para ele furioso.
— Não é nada disso não... Esse maluco tem uma tara de bagunçar meu cabelo com a mão. — Expliquei enquanto alisava meus fios e percebi que estava com um pequeno nó. Mas ele continuava confuso e bravo. — Tipo, ele passa a mão assim. — Baguncei o cabelo dele.
— Ela tava brigando. — Meu irmão me entregou e eu revirei os olhos.
— Brigando? Por que? — Seo-jun perguntou.
— ai Por causa daquela amiga dela, como é o nome mesmo... Ju...
— Do que você ta falando? — Me fiz de sonsa para preservar a identidade da Ju-kyung. — Foi por causa de uma menina do meu antigo colégio. E nem foi briga de verdade, ele não deixou eu bater nelas.
— Aí, Han Seo-jun. — Uma voz masculina chamou e ele e eu me vire para olhar. As mesmas garotas de antes junto com três homens.
— Ah não! Ela chamou o namorado dela para me bater! — Empurrei Min-soo para ficar ao lado do Han Seo-jun e me escondi atrás deles.
— Você brigou com a Park Se-mi? — Seo-jun me perguntou mas nem deu tempo de responder.
— Que sorte te encontrar. — O grupinho se aproximou da gente e eu me apoiei no ombro do Seo-jun para observar melhor, mas ainda me escondendo.
— Deixa o hambúrguer pra uma próxima. — Seo-jun se virou para ir embora mas o garoto o puxou de volta.
— Aí, porque sempre corre de mim? A gente costumava ser amigos. Agora ta me evitando? Eu fico magoado. — O garoto fez seu drama dando leves tapinhas no ombro do Seo.
— Não vamos fazer cena não, ta bom?
— Quando esse idiota aí se faz de bobo ele até da medo. — O garoto que estava apoiado na menina que puxou meus cabelos comentou fazendo os outros rirem.
— Foi mal. — Cho-rong jogou uma garrafinha nele e eu tentei segurar os risos. — Você acredita que eu te confundi com uma lixeira.
— Eu vou te matar. — O ''líder'' avisou antes de tentar partir para cima deles, mas Seo-jun o segurou pelo colarinho.
— É você que tem que vazar, se gosta da sua vida. —Seo-jun brigando na rua? Essa personalidade é nova. — Eu já to cansado de ter que lidar com gente baixa igual você.
— Seu... — O garoto tentou dar um soco nele, mas a menina que tentou me bater impediu.
— Para, Sung-yung. É melhor a gente ir embora.
— Quer brigar quando? — O tal de Sung-yung perguntou dando leves batidas no ombro do Seo-jun.
Olhei para Min-soo esperando que ele também estivesse apavorado e me tirasse dali o mais rápido possível, mas pelo contrário, ele ta prestando atenção em cada detalhe da briga.
— Veremos. — Seo-jun falou antes de se virar para ir embora.
Mas novamente o garoto o puxou e tentou desferir um soco. Mas antes de acertá-lo, Min-soo empurrou o garoto e tentou desferir um soco, mas eu impedi.
— Você não quer ser preso. — O lembrei.
Ele soltou o garoto e deu mais um empurrão fazendo o mesmo cair no chão. Nos viramos e saímos andando dali junto com Seo-jun e Cho-rong.
— E depois eu que sou barraqueira. — Comentei fitando o chão ainda tentando absorver o que aconteceu.
— Aí, que roupa é essa? — Seo-jun rio me olhando de cima a baixo.
— São ursinhos. Não ta vendo não, cara? Tá precisando ir no oculista. — Cho-rong respondeu e me tirou uma risada sincera.
— É oftalmologista. — Corrigi ainda rindo. — Amaram minha calça, né? Vou comprar uma pra vocês.
— Querem carona? — Min-soo perguntou destravando o caro.
— Claro. — Eles concordaram.
— Lembre-se, você não está em um filme com o Dominic Toretto. — Avisei antes de abrir a porta da frente e me sentar.
******
O Min-soo é um ícone, amo ele
E esse negócio da racha eu vi um vídeo de um cara correndo com um cachorro KKKKKKKK
Tem uma coisa que eu quero saber
Qual a opinião de vocês sobre a personalidade da Nayeon? to realmente curiosa.
E o que vocês acham sobre o tamanho dos capítulos? Acha que tá muito grande? Muito curtos? Eu acho que estão em um tamanho bom, mas se quiser eu posso diminuir ou aumentar
Acabei de acordar e já vim revisar o capítulo pra postar, então se tiver algum erro me perdoem, é o sono 🙏🏻
Aaaaa e me sigam no ttk, tenho duas contas paodemel.wp e honeymoon.wp
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top