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Cheguei na escola e já me apressei para ir para o meu lugar. Han Seo-jun já tinha chegado e todos os amigos dele das outras salas estavam lá em torno dele.
Escutei um pouco da conversa deles e eles só falavam besteiras. Assim que vi Ju-kyung passar pelo porta, me levantei feliz e fui até ela.
— Ju-kyung, me diz. Como foi o encontro em? —Perguntei curiosa.
— Olha só, Ju-kyung apaixonada. — Soo-ah entrou na conversa tambem.
— Não, não é nada disso não. — Ela riu fraco.
— Por que não? — Perguntei confusa.
— Achei que ia rolar de novo. Pensei que tivesse ido bem. — Soo-ah falou na mesma situação que eu.
— Olha, ele me mandou mensagem mais tarde e... ele era meio esquisito
— Esquisito como? — Perguntei a cada segundo mais curiosa.
— O que ele disse? — O namorado da Soo-ah perguntou. Eu nem percebi que ele estava por perto ouvindo a conversa.
Ju-kyung entregou o celular na mão de Soo-ah que começou a ler a mensagem na hora.
— ''Eu retiro minha declaração. Na verdade eu tenho uma namorada. Sou um lixo que traiu ela com você. Me perdoe.''
— Meu deus. — Levei a mão à boca para pensar no que falar. — Pelo menos, ele sabe que é um lixo, né...
— Um fora? — Han Seo-jun praticamente gritou para todos da sala ouvirem.
— Ela já levou um fora? — Um dos amigos deles perguntou.
— Como ela levou um fora tão rápido.
— Qual é a de vocês? — Me levantei indo até eles. —Bando de intrometidos. Sai do meu lugar, urubu. —Empurrei um garoto que estava na minha cadeira e ele saiu. Só que os outros ainda estavam lá. — Mas vocês ainda estão aqui?
Os garotos começaram a se despedir de Han Seo-jun e a se retirarem aos poucos. Até que a minha ideia de livrar Ju-kyung disso deu certo.
— Aí, não fica tratando meus amigos assim, eu tenho coisas contra você. -- Seo-jun chutou minha cadeira e balançou o celular na minha frente.
Peguei o celular e vi que tinha fotos minhas. Uma enquanto eu comia e outras na loja da mãe de Ju.
— Não sei o que você pode fazer com isso. Eu to linda em todas mesmo. — Dei de ombros. — E além do mais... eu tenho o número do celular da sua mamãe.
— Eu ja mandei você apagar. — Ele falou tentando colocar a mão no meu boslo.
— Tira essa pata de mim. — Dei um tapa na mão dele, mas ele continuou tentando pegar meu celular.
Até que uma mão segurou a mão dele. Olhei para cima confusa e vi ele. Lee Su-ho estava ali segurando a mão do Han Seo-jun. Acho que nunca fiquei tão feliz.
Todos direcionaram os olhares para nós e ficou um silêncio pesado. Até ser quebrado por Han Seo-jun. Ele se soltou de Su-ho, empurrou a cadeira e saiu da sala. Antes que eu pudesse falar algo, Su-ho saiu dali e se sentou no seu devido lugar.
Sentei corretamente e acabei sorrindo para mim mesma. O que foi isso? Seo-jun não estava me incomodando, pelo contrário, é divertido. Mas mesmo assim... Lee Su-ho acabou de me ajudar?
*****
Pedi uma folga do trabalho hoje, para poder ir ao grupo de estudos e como eu nunca havia pedido antes meu chefe acabou cedendo.
Depois do ocorrido na sala de aula, Soo-ah me encheu de perguntas e todos começaram a inventar história igual fizeram com Ju-kyung, Queria que alguma delas fosse verdade.
Eu odeio atrasos. Então me apressei assim que sai da aula de dança. Fui correndo para minha casa, tomei o banho mais rápido da minha vida e corri até o local marcado de encontro. Quando cheguei la, peguei meu celular para avisar as meninas que já havia chegado. Olhei a hora e ainda faltava quinze minutos. Cedo de mais.
Entrei no local e peguei uma mesa em frente a porta. Enquanto ninguém chegava comecei a dar uma olhada no que iriamos estudar. Para não parecer tão burra. Quando a porta se abriu, tomei um leve susto, fez um barulhão. Me virei para ver quem era.
— O que você ta fazendo aqui? — Perguntei confusa para Lee Su-ho.
— Falei que não queria, não que não vinha. — Ele me respondeu com o jeito seco dele de sempre.
— É, faz sentido. Sendo assim, sente-se.
Ele caminhou até a mesa e se sentou na minha frente. Por que não do meu lado? Calma! Agora não é hora de ficar se lamentando, ele já fez muito por mim hoje.
Voltei a fazer o execerxicio que estava fazendo antes dele chegar em completo silêncio. Pelo canto os olhos observei ele pegando seus materiais e também começando a estudar.
— Por que essa merda tem que ser tão difícil? — Deixei meu pensamento sair pela minha boca assim que errei o exercicio mais uma vez.
— Deixa eu ver. — Su-ho pegou o caderno da minha mão e deu uma olhada. — É fácil.
— Você diz isso porque é o melhor da turma.
Su-ho deu um longo suspiro e começou a explicar cada passo do exercicio. Juro que tentei prestar o máximo de atenção, mas acabei me perdendo. Enquanto ele falava, minha mente começou a vagar observando cada traço dele. Nunca vi ele sorrindo, mas também deve ser lindo Será que agora as coisas vão começar a dar certo?
A porta se abriu e me tirou dos meus pensamentos. Me virei rapidamente e lá estava o resto do grupo, parados e todos confusos. Retiro o que eu disse antes. Nada começou a da certo.
— O que você ta fazendo aqui? — Kang Soo-jin quebrou o silêncio se direcionado à Su-ho.
O garoto me olhou, olhou para ela e depois me olhou de novo.
— Ele disse que não queria, e não que não viria. —Respondi por ele.
— Você entendeu? — Ele perguntou se referindo ao exercicio.
— C-Claro. — Eu não entendi merda nenhuma.
— Uau. Nosso grupo tem os três melhores alunos. — Tae-hoon falou e eu sorri. — Somos que nem os vingadores né?
— Talvez. -- Concordei. — Vocês vão sentar ou vão ficar ai parados?
Eles se sentaram nas cadeiras vagas e começamos a estudar. Não entendi muito bem a utilidade desse grupo de estudos já que cada um estava em silêncio lendo o próprio material. Não seria mais fácil cada um ficar estudando na própria casa? Da próxima vez eu não venho.
— Isso é o básico. Sério que não sabe? — Su-ho quebrou o silêncio falando com Ju-kyung.
— É que eu não sei o básico.
Antes que eu pudesse oferecer ajuda à ela, Su-ho pegou seu caderno e começou a explicar tudo pra ela, do zero. E novamente retiro o que eu disse nada vai dar certo.
— Como resolve problemas tão complexos com essa cabecinha? — Ju-kyung soltou depois que Su-ho terminou de explicar tudo e eu ri. — Qual é o seu QI? É mais do que cem?
— Não consegue se concentrar nunca né? Seu QI deve ser baixo. Os golfinhos tem oitenta de QI. Estuda pra ficar melhor que os golfinhos — Su-ho deu uma bronca nela ou só estava implicando. Espero que seja a primeira opção. Porque se eles já estiverem na fase da implicância eu to ferrada.
— Para de implicar com ela. — Soo-jin riu e jogou a borracha nele. Mas ninguém riu.
Depois disso, continuamos os estudos em completo silêncio durante uma hora. Até essa baboseira toda acabar. Com certeza nunca mais eu apareço aqui. Mas pensando bem, se tiver o Lee Su-ho eu com certeza vou vir.
— Gente, vamos celebrar o nosso grupo — Tae-hoon abriu a porta e praticamente se jogou pra fora.
— Karaokê? — Soo-ah perguntou apontando para mim, Soo-jin e Ju-kyung.
— Vocês já estavam querendo isso né? — Soo-jin perguntou.
Soo-ah e os outros partiram correndo, deixando eu Soo-jin e Su-ho para trás.
— Você não vem né, Su-ho? —Soo-jin perguntou.
— Eu posso ir um pouquinho. — Ele respondeu me surpreendendo. — Você vem? — Ele perguntou pra mim.
— V-vou. — Respondi tentando raciocinar o que tinha acabado de acontecer. Corri um pouco para ir caminhando ao lado dele.
Soo-ah, Tae-hoon e Ju-kyung foram na frente conversando e gritando, eu fui um pouco mais atrás com Su-ho em completo silêncio e Soo-jin estava por último caminhando sozinha.
Assim que chegamos, pegamos uma sala e subimos rapidamente. Soo-ah era a que mais estava cantando. Em uma determinada música ela chamou todos para cantarem, mas Su-ho foi o único antissocial que ficou lá sentado observando a gente. Então meio que nos apresentamos para ele. Para falar bem a verdade os olhos deles estavam fixos em Ju-kyung, mas não deixei isso me desanimar.
Quando a música acabou, eu praticamente me joguei para a garrafa d'água, cantar da muita sede. Eu ia me sentar, mas Soo-ah puxou meu pulso.
— Vem, Na-yeon. Só mais essa.
—Ta bom. — Concordei rindo e pegando o microfone de novo.
— Vem, Soo-jin. Ju-kyung, você também.
— Essa eu vou deixar passar. — Ju-kyung dispensou a gente.
Começamos a cantar e eu estava fazendo de tudo para não olhar para Su-ho. Mas é impossível, mesmo que ele não estivesse olhando pra mim.
Reparei que ele olhava para as pernas de Ju-kyung. Su-ho se levantou jogou uma almofada no colo de Ju-kyung e pegou uma garrafa de água para disfarçar. Mas que merda de pervertido. Deixei meu microfone cair no chão e aproveitei essa deixa para sair dali e correr até o banheiro. Escutei Soo-ah me chamar mas não dei ouvidos.
No banheiro, lavei meu rosto umas três vezes tentando segurar as lágrimas.
— Que merda é essa? Vai chorar por causa de um garoto? — Disse para mim mesma.
Dei leve tapinhas no meu rosto e sai do banheiro. Pronta para voltar para a sala. Quando cheguei lá, estranhei todas as luzes estarem acesas.
-- Já vão embora? -- Perguntei confusa.
— Já, minha mãe me quer em casa em cinco minutos. — Soo-ah explicou. — O que aconteceu pra você sair correndo?
— Nada de mais. Só senti uma tontura, acho que foi porque eu não comi direito. — Menti e fui pegar as minhas coisas.
— Na-yeon, você tem que comer direito. Vem, vamos pegar alguma coisa pra você comer. — Soo-ah me puxou e eu apenas fui.
No mesmo lugar do karaoke tem uma conveniência, então fomos lá. Soo-ah me mostrou várias opções de comida e eu peguei uma delas, mesmo que não estivesse com fome.
— Pega um docinho também, pra acompanhar. — Ela balançou um kit-kat na minha frente.
— E-eu não como doces. — Respondi e rezei para que ela não me enchesse de perguntas.
— Sério? Deve ser por isso que você é tão magra, no bom sentido. — Ela sorriu. — Queria ser igual à você
— Não queria não. — Eu ri.
— Aí. — Me assustei quando Su-ho me puxou para ficar de frente para ele. — Você viu a Ju-kyung?
— A-a Ju-kyung? Não vi. — Respondi gaguejando.
Ele concordou com a cabeça e esticou um suco na minha frente. Olhei confusa no começo mas depois sorri.
— Obrig...
— Entrega pra Ju-kyung. — E ele cortou meu agradecimento.
Concordei com a cabeça e peguei o suco da mão dele. Ele saiu dali e eu esperei Soo-ah e o namorado dela sairem. Soo-jin já tinha ido. Deixei bem claro pra eles que eu odeio segurar vela, ou empatar alguma coisa, mas fui com eles metade do caminho, com medo de ir sozinha até a minha casa.
— "Da pra Ju-kyung" — Imitei a voz do Su-ho. — Que dar pra Ju-kyung o que. — Abri o suco e virei inteiro na boca de uma vez.
*****
Suho para de iludir a menina, tadinhaaaa.
Provavelmente a hora que eu postar esse cap a fic já terá batido 1k (vou esperar bater pra postar...) e agradeço a todos vocês que estão lendo e também a maria mariana que tá vendo a série só pra ler.
Obs: não esperei
Outra coisa, tô indo pra praia, ou melhor já cheguei, e talvez fique meio complicado pra escrever, mas já tenho alguns capítulos prontos então vou soltando eles.
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