𝟶𝟶𝟻

Eu gosto de observar as coisas estranhas que o pessoal da sala faz. É um passatempo muito bom. Tipo, nesse exato momento, o namorado da Soo-ah entrou na sala dançando e ignorou totalmente ela para ir até o Su-ho e ser completamente ignorado mais uma.

Acabei rindo sozinha, é patético e engraçado ao mesmo tempo. Mas quem sabe um dia da certo.

Deitei a cabeça na mesa só aguardando outro alguém fazer algo de estranho ou a aula começar. A escola inteira está falando sobre a briga de ontem. Tem pessoa até inventando coisas. Falando que os dois chamaram a Ju-kyung pra sair e querendo saber quem ela vai escolher. Mas é tudo mentira. Pelo menos eu espero que seja.

Senti minha cadeira ser chutada e já sabia na hora quem era.

— Acorda. — Seo-jun disse fazendo eu levantar a cabeça. Ele pegou essa mania de me chutar toda vez que chega. — Qual é a primeira aula?

— Matemática. — Respondi simples.

— Ótimo. Vou dormir.

Logo o sinal bateu e a professora chegou e já passou toda a matéria. Eu prestei atenção em cada detalhe, mas posso jurar que escutei Seo-jun roncar atrás de mim.

— Bem, quem quer subir aqui pra resolver o próximo. — A professora perguntou a animada. Mas ninguém se voluntariou. — Ai, quem mandou eu perguntar. Nossos gênios SuSo venham aqui. Façam o um e o dois. — Ela chamou Su-ho e Soo-jin. — E também. Aluna transferida, faça o três. Pode vir.

Eles foram até o quadro e começaram a resolver, quer dizer, apenas Su-ho e Soo-jin, Ju-kyung estava parada pensando.

— Aí. — Seo-jun chutou minha cadeira levemente. — Me responde uma coisa.

— O que? — Perguntei sem olhar para ele.

— Acha que eles combinam? — Seo-jun apontou para Ju-kyung e Su-ho.

— Claro que não. — Disse tentando disfarçar meu ciúme.

— Não mesmo. Não faz o menor sentido. — Concordei com a cabeça e voltei a fazer o exercício.

Su-ho foi o primeiro a terminar o exercício e a professora ficou elogiando ele. Depois foi a Soo-jin. E Ju-kyung ainda estava lá tentando começar.

— Ju-kyung, é um outro problema, tá olhando o que? — A professora perguntou quando viu Ju-kyung tentando copiar a fórmula de Su-ho. Atrás de mim, Seo-jun não se aguentou e acabou rindo. — Parece que o Seo-jun tá sabendo. Vem no lugar da Ju-kyung e resolve. — Ele fingiu estar dormindo.

Mas a professora continuou insistindo até ele se levantar. Enquanto ele caminhava calmamente eu coloquei meu caderno um pouco para o lado para que ele pudesse tentar ver alguma coisa e não passar tanta vergonha assim.

— Professora, eu tenho que fazer uma coisa que a minha colega de classe não fez. — Todos olharam surpresos para o Seo-jun. — Ser honesto. Quero ser honesto com a senhora, não consigo fazer esse exercício. — Todos riram dele, já que eles estava claramente fingindo.

— Certo, Han Seo-jun. Obrigada pela honestidade. — A professora concordou. — Na-yeon? Você pode vir aqui? — Arregalei os olhos, mas logo depois sorri para a professora.

— C-claro. — Respondi me levantando enquanto Seo-jun voltava para o lugar.

Fui até o quadro e resolvi o exercício. Eu sei que está certo. Mas mesmo assim não queria ir na frente de todos para resolver. Quando voltei para meu lugar, me virei para Han Seo-jun rapidamente.

— Você é um fingido mesmo né? — Revirei os olhos.

— Eu? — Ele fingiu estar indignado. — Eu só estava sendo honesto.

Depois que o sinal bateu, indicando o intervalo. Fui até a mesa das meninas para podermos sairmos juntas. Fomos comprar algumas comidas e começamos a caminhar pela escola.

— Eu vou rodar em matemática no vestibular. — Ju-kyung se lamentou.

— É só se dar bem no resto. — Soo-jin tentou se animals.

— Não dá pra entrar em faculdade nenhuma assim.

— Relaxa, Ju-kyung. — Tentei acalma-lá. — Eu te ajudo a estudar.

— Você quer ir na academia? Os melhores alunos vão pra academia de matemática. — Soo-ah sugeriu.

— Eu devia? Minha mãe me disse pra fazer isso.

— Claro. Eu vou com você. — Falei.

— Tem um grupo de estudos depois da aula. Podem vir. — Soo-ah nos chamou.

— O Lee Su-ho, quer ir no grupo de estudos? Tem uma vaga sobrando. — Soo-jin o chamou quando passamos por ele, estava sentado em um banco sozinho lendo.

— Quero não. — Respondeu seco sem nem olhar para a gente.

— Vai lá, eu preciso que você participe pra minha mãe não reclamar. — Soo-jin implorou.

— Mente dizendo que eu vou. — Fechou o livro e se levantou.

— Você quer que eu minta? Vem com a gente. — Su-ho deixou ela falando sozinha e saiu. Eu quis rir, mas achei melhor segurar. — Ai, olha como ele é ridículo.

— Imaginei que não vinha. Vamos só nos cinco, incluindo o Hoon. — Soo-ah disse sem perder o ânimo.

— Ok. Assim que vocês duas se escreverem a gente começar a estudar. — Soo-jin apontou para mim e Ju. — Ah, vou te expulsar se você faltar aos estudos pra ir em um date.

— Eu já entendi. — Soo-ah disse levemente irritada, me fazendo rir.

— Você é fofa até brava. — Apertei as bochechas dela e ela riu.

— Limju, eu dei seu número pro cara do encontro às cegas. — Ela se virou para Ju-kyung.

— Ué, mas já? — Ela perguntou confusa.

— Sim, já já ele te liga. Olha, ele não é um gato?

— Até que ele é bonitinho. — Comentei olhado a foto que Soo-ah estava mostrando. — Mas o que importa é a personalidade.

— É, conhece ele primeiro. — Kangsu concordou.

— Eu não tô pronta pra isso. Ele pode ser melhor que os boatos.

— E que boatos são esses? — Perguntei curiosa.

— Não é nada de mais. — Soo-ah respondeu. — Ele logo se apaixonou nas suas fotos.

— Tá todo mundo saindo para encontros menos eu. — Soo-jin se lamentou.

— Relaxa, eu também não estou. — Disse tentando reconforta-lá.

— A Soo-jin não tá saindo com ninguém porque não quer. — Soo-ah deu praticamente uma bronca nela. — E eu vou arrumar alguém pra você, Kimna.

— Não. Eu tô de boa. — Neguei rapidamente.

Já é difícil gostar de alguém que não é recíproco e ainda não poder contar pra ninguém é pior ainda.

— Então tá bom. — Ela deu deu ombros. — Você vai fazer aquela prova que os super inteligentes vão fazer amanhã?

— Bom, eu ainda não sei. Me inscrevi, mas não sei se vou aparecer lá. — Respondi. — Minha mãe não se importa com essas coisas.

— Que sorte a sua. — Soo-jin respirou. — Queria ter uma mãe igual a sua.

— Acredita se quiser, mas ela é bem pior que parece. — Ri com a minha própria fala.

Meu celular vibrou e eu o peguei parar ver o que era. Uma mensagem do Han Seo-jun. Que estranho.

— Ah, agora eu entendi porque você não quer sair com ninguém. — Soo-ah falou bisbilhotando meu celular.

— Desde de quando você e o Han Seo-jun conversam assim? — Soo-jin perguntou também olhando.

— Não é nada disso. Eu nem falo com ele. Apenas respondo. — Me expliquei. — Não sei porque ele está mandando mensagem. Não vou nem responder. — Guardei meu celular na bolso sem nem ver a mensagem.

Me despedi das meninas e fui ao banheiro, já estava perto de bater o sinal.

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