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Depois de mais um dia cansativo de aula e aula de dança, ainda falta o trabalho. Sinceramente eu estava cansada de fazer tudo isso todo dia. Mas como eu disse, minha mãe tenta me manter ocupada de todas as formas.
Já fiz aulas de violão, ballet, violino, inglês, dança, taekwondo, teatro. Tudo isso ao decorrer da minha vida desde de os quatro anos, mas o único que eu nunca desisti foi e sempre será a dança.
Depois que eu sai do taekwondo, ela inventou essa história de trabalho, ou aulas de piano. E não sei por qual motivo eu escolhi o trabalho.
Mas não é tão ruim. É bem pouco movimentado, principalmente no meu turno. Então eu posso ficar mexendo no celular ou lendo algo. Na maioria das vezes eu leio o conteúdo que foi passado na aula.
As vezes tem algumas confusões na rua que são até interessantes. Uma vez deu até polícia.
Pelo vidro observei um homem jogando a latinha que estava na mão em alguém. Rapidamente sai do caixa e fui até lá para ver o que estava acontecendo.
— Sua cara é um desastre completo né. — Um dos caras disse para a garota que estava na sua frente.
Me aproximei mais, tendo a visão de que era Ju-Kyung. Ela estava toda molhada e com uma feição triste.
— Ju-kyung. — A chamei. Ela me olhou rapidamente e saiu correndo. — Ei espera! — Andei um pouco para tentar ir atrás dela, mas ela logo sumiu de minha vista, então me virei para os três homens. — Aí, seus babacas. Vem pegar isso aqui. — Falei me referindo a latinha.
— A gente? — Um deles riu. — Você que é a mulher aqui. Pega isso aí e joga no lixo.
— Como é que é? — Me irritei. Fui até a latinha com todo meu ódio, apaguei e arremessei no homem que estava no meio. Bem na testa! — Saiam daqui.
— E você tá pesando que é quem pra tirar a gente?
É por esse e outros milhares de motivos que homens mais velhos e bebados me irritam. Fui até uma vassoura que estava escorada na porta e a peguei. Fui em direção aos caras e eles riam mais ainda.
Será que eles acham que eu não tenho coragem? Me aproximei do primeiro e dei duas vassouradas nele fazendo os três ficarem furiosos. Mas segui firme e fui para o segundo, batendo nele várias vezes.
Quando chegou a vez do terceiro, quando bati pela primeira vez ele veio para cima de mim e me empurrou, eu cai no chão.
— O que está acontecendo aqui? — Olhei para trás assim que ouvi a voz. Era meu chefe. — Ta tudo bem criança? — Ele me ajudou a levantar.
— Não tá nada bem senhor. Eles estavam humilhando uma amiga minha. — Respondi ameaçando eles com a vassoura mais uma vez. — Eu pedi para que eles gentilmente se retirarem, mas eles não fizeram isso. E... eles também jogaram coisas na minha amiga e quando eu mandei pegarem eles disseram que era pra eu fazer isso por ser mulher.
Contei tudo ao chefe e entrei atrás dele, com medo de um dos homens tentar me bater de novo.
— Isso é sério? — O Senhor perguntou olhando para as pessoas ao redor que estavam lá como testemunhas e elas concordaram. — Seus moleques! Como ousam tentar bater na minha criança? — Ele pegou a vassoura da minha mão e avançou nos caras. Por sorte eles saíram correndo.
Ser a favorita do chefe tem suas vantagens.
— E se pisarem aqui de novo, eu mato vocês! — Ele gritou. — Vem criança, vamos entrar. Você se machucou?
— Não senhor. E obrigada.
Me despedi do chefe e ele voltou lá pra dentro. Olhei para a minha mão que ardia, acabou ralando um pouco. Mas não é nada de mais, vai sarar logo.
A porta se abriu bruscamente e meus olhos foram em direção à ela. Mas murchei quando vi Lee Su-oh entrar desesperado e ir até a sessão de primeiro socorros.
Lim Ju-kyung acabou me contando que Su-oh sabia sobre seu rosto e que estava chantageando ela. Então essa foi mais uma das chantagens.
— Vai atrás da Ju-kyung ne? — Perguntei quando ele se aproximou do caixa com uma pomada e um curativo.
— Como você sabe? — Me respondeu seco.
— Por que eu sei que você fica chantageando ela. Acha que é legal ficar se aproveitando do medo que ela tem de ser descoberta, seu idiota? Hoje três caras ficaram humilhando ela aqui na frente e ela até se machucou por sua causa. Sinceridade, as vezes eu nem sei como eu consigo gost... — Mudei o rumo da frase assim que percebi o que eu iria falar. — como eu consigo... te considerar meu colega de classe, você não passa de um babaca!
Su-oh jugou o dinheiro na bancada e saiu apresado.
Era só o que me faltava.
*****
Depois de algumas aulas na parte da manhã, eu e as meninas fomos almoçar. Preferi não falar nada sobre ontem com a Ju-kyung, porque sei que ela não iria querer falar sobre.
Então só tô fingindo que nada aconteceu.
A opção de almoço era boa hoje, enchi minha bandeja feliz, já que é raro ter algo realmente bom, ou talvez eu só seja um pouco fresca.
— O que você fez na mão? — A pergunta de Soo-ah me tirou de meus pensamentos.
— É... — Eu tentei pensar em uma desculpa. — É que... ontem... eu cai dançando. — Menti.
Mas eu queria poder falar que defendi a Ju-kyung de uns caras e um deles me empurrou, mas eu não podia.
Ouvi um barulho e olhei na direção que o som veio rapidamente. Su-ho estava parado, tinha uma bandeja jogada no chão e Seo-Jun caminhava tranquilamente. Foi ele.
Mas por incrível que pareça. Ele caminhou até a mesa em que eu e as meninas estávamos, puxou a cadeira do lado da minha, me empurrou para o lado e enfiou a cadeira entre eu e Ju-kyung.
— Ei! — Chamei sua atenção, mas ele nem ligou e se virou para Ju-kyung.
— Olha, é sobre o capacete? — Ju-kyung perguntou quase sussurrando.
— Não. Vim aqui comer com você. — Ele respondeu simples.
— Han Seo-Jun. — Su-ho se aproximou da mesa apressado e o segurou pelo colarinho.
A fala sério. Senti meu coração apertar quando vi a cena. Su-oh não é o tipo de cara que se mete em brigas com facilidade. Então brigar com Seo-Jun por uma garota é algo totalmente novo.
Olhei para Ju-kyung tentando decifrar no que ela estava pesando. Não sei explicar o que eu tô sentindo. Talvez um pouco de tristeza com desapontamento.
— Olha só esse merdinha. — Seo-Jun soltou sério.
Seo-Jun tira os braços de Su-oh de seu blazar e em troca, desfere um soco no rosto dele.
Su-oh cai no chão. Levei a mão na boca de tanto choque. O que essa escola está virando? Estava tudo tranquilo antes da Ju-kyung aparecer e o Seo-jun voltar.
Su-oh se levantou com pressa e ameaçou bater em Seo-jun. mas antes que ele pudesse realizar o ato o diretor apareceu.
— O que pensam que estão fazendo? — Ele perguntou furioso. — Parem com isso. Pra minha sala agora!
Coloquei a mão na testa e ri, voltando a comer.
— Do que você tá rindo? — Soo-ha me olhou como se eu fosse maluca.
— É só que... — Ri mais um pouco. — A quer saber? Deixa para lá.
Assim que o intervalo acabou, me levantei e comecei a andar em direção a sala. Um pouco mais à frente estava Soo-jin ao lado de Su-oh.
Ela conhece o Su-oh desde de que são crianças. Mas agora ele não conversa direito com ela, a coitada acaba falando sozinha na maioria das vezes. Era só mais uma que tentava dar em cima do Su-oh mas falhava miseravelmente.
Sem que eu percebesse, acabo esbarrando em algo.
— Não cansa de trombar em mim não? — Han Seo-jun me perguntou.
— Tenho que fazer a mesma pergunta pra você. — Comecei a caminhar em direção a sala, mas senti ele vindo atrás. — Ele devia ter te batido sabia?
— Tá maluca? Ele não tem coragem de estragar esse rostinho lindo.
— Se ele não tem, eu tenho. — Fingi que ia dar um soco nele e ele recuou para trás. — Ficou com medinho?
— Não enche.
Entramos na sala e a conversa que estava se cessou. Estavam todos em volta da Ju-kyung mas voltaram para os devidos lugares rapidamente.
Logo em seguida Su-oh entrou. A porta que ficava atrás de mim se abriu bruscamente fazendo eu me assustar.
— Lee Su-Oh. — Cho-rong o chamou. — Me encontra lá fora cara.
Assim que a ganguezinha saiu Su-oh se levantou e foi atrás. Não se passou nem um minuto, Seo-jun se levantou e também foi.
*****
Ai genre que ódio sinceramente
Eu planejei passar o dia inteiro escrevendo, mas tô passando as férias no meu condomínio e hoje a energia resolveu parar de funcionar e depois a internet caiu. eu precisava ver a série pra escrever. Mas enfim, o importante é postar né
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