04. CHAPÉU SELETOR
O trem estava desacelerando, nós deixaríamos a bagagem no trem e ela iria ser levada posteriormente para escola. Lisa apertou a mão claramente nervosa, apertei os nós dos seus dedos. Ela forçou um sorriso para mim. O trem finalmente havia parado, os alunos se empurravam para à porta e descer na pequena plataforma escura. Estremeci com o ar frio da noite, seguimos os outros alunos do primeiro ano. Hagrid que nos guiava, ele era tão alto que seria impossível não enxerga-ló. O caminho estreito se abria de repente na margem de um grande lago escuro. Encarrapitado no alto de um penhasco na margem oposta, as janelas cintilando no céu estrelado, havia um enorme castelo com muitas torres e torrinhas.
— Quatro em cada barco! — Hagrid gritou, tinha flotilha de barquinhos parados à margem.
Estava andando quando esbarrei em um garoto baixinho, ele me olhou torto. Franzi o cenho, ele segurava a mão de uma garota loira da minha altura que estava encolhida ao seu lado.
— Me desculpe. — Falei, ele revirou os olhos e virou a cabeça. Lisa me puxou para o seu lado.
— Se eu fosse você, ficaria longe dele. — Sussurrou no meu ouvido, ela arrumou sua franjinha.
— Por que? — Indaguei um tempo depois, ela olhou de soslaio.
— Ele é bastante popular, mesmo estando no primeiro ano todos os conhecem por causa dos pais dele. — Ela disse em um murmuro, me aproximei para escuta-lá melhor. — A família Park é muito renomada, o pai dele é um funcionário de alto escalão no ministério da magia. Todos na família são de Sonserina, não existe um Park que seja de outra casa.
— Sério? — Não sabia que isso era possível, mas pelo visto é.
— Sim, não me entenda mal. Eles não são do maus, pelo menos não os que estamos nós referindo. Mas tem muitos na família que acabaram indo para o lado das trevas, Jimim é famoso por ser o filho mais talentoso e mais jovem.
— E a quem era a garota ao lado dele? Eles estavam de mãos dadas. — Lisa sorriu.
— Aquela é a Roseanne, ela tem sobrenome Park. Mas não é parente do Jimin, eles são melhores amigos. — Então ela entortou o nariz. — Ouvi dizer que os tios de Jimin não gostam dela, provavelmente pela família dela ser mais simples e também por nenhum deles serem de Sonserina.
— Que bobagem! Só por causa da casa dela? — Falei um pouco mais alto que imaginei, Lisa colocou o dedo indicador na boca.
— Sim, eles tem implicância principalmente porque acham que o Jimin irá se casar com ela no futuro. — Ela deu os ombro. — É como lhe disse, todos da família dele são de Sonserina.
— Pelo que eu saiba ainda não sabemos a que casa pertencemos, então como sabem que ela não será de lá? — Entramos no barquinho, meu irmão e Hoseok também conversavam.
— Jennie, essa menina pode ser tudo. Menos sonserina, ela tem uma personalidade muito contrária de alguém de lá.
— Ainda acho uma bobagem, não é como se a família dele pudesse escolher com quem ele vá ficar. E temos quatorze anos, ainda não sabemos dessas coisas direto. — Disse indignada, essa regra é idiota.
Lisa gargalhou.
— Não pode, Jimin não dá a mínima para regras. Os pais dele desistiram de tentar evitar a amizade deles, Jimin sempre dava um jeito de quebrar a regra e se encontrar com Rosé.
Sorri satisfeita, agora mais que ninguém, eu esperava que eles ficassem juntos para ver essa família se remoendo de raiva.
— Quero que eles acabem juntos também, já imaginou? Ia ser hilário a cara de insatisfação dos Parks.
🚂 quebra de tempo...
A porta abriu-se revelando uma bruxa com vestes pretas, estava com a feição fechada.
— Olá alunos do primeiro ano, eu sou a diretora Minerva McGonagall. — Apresentou-se e abriu a porta, revelando um enorme saguão, o teto era alto demais. As paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes. Olhei para o lado e percebi que Rosé estava ao meu lado, contive um sorriso. Jimin estava ao seu lado, eles eram realmente próximos.
— Bem-vindos a Hogwarts. — disse a diretora Minerva. — O banquete do ano letivo irá começar daqui a pouco, mas antes vocês serão separados por casa. — Vi a feição da Rosé vacilar, Lisa faltou pular de emoção. Vasculhei a multidão atrás do meu irmão, nós separamos assim que saímos do barco. — A seleção é uma cerimônia importantíssima porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistiram aulas com o restante dos alunos da sua casa, dormirão no dormitório da sua casa e passaram o tempo livre na sala comunal.
"As quatro casas chamam-se: Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua honrosa história e cada uma produz bruxos e bruxas extraordinários. A cerimônia de seleção vai começar em alguns minutos na presença de toda escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam."
O olhar dela contornou todos os alunos, demorando em mim e Taehyung.
— Voltarei quando estivermos prontos para a cerimônia. — Disse ela. — Por favor, aguardem em silêncio.
Ela se retirou da sala, alguém cutucou meu ombro. Virei para trás e encontrei um par de olhos castanhos, era Taehyung. Aproximei de Lisa e perguntei em um sussurro: — Como eles vão nos selecionar para casas?
— Com um teste, se eu não me engano. — Falou baixinho, Taehyung arregalou os olhos.
— Um teste? Na frente da escola inteira? — Falou exasperado, bati no seu ombro. Jimin riu ao nosso lado.
— Não acho que seja o estilo de teste que vocês estejam pensando, já que tem muitos filhos de trouxas. Não daria para saber com os feitiços. — Jimin disse entediado.
— Trouxas? Vejo vocês falando assim e ainda não entendi. — Taehyung disse.
— São não-bruxos, chamamos de trouxas. — Rosé disse delicadamente, sua voz era baixinha. — Vocês estão nervosos também?
— Um pouco. — Lisa disse timidamente, Taehyung e Hoseok assentiram.
— Nem tanto, só estou curiosa. — Falei, Jimin também parecia não se importar.
— Todos da minha família são de Sonserina, então eu também serei. Não vai ser nenhuma supresa. — Jimin disse, mordi meu lábio. Ele não parecia ser malvado, era até um pouco gentil. — Mas que merda! — Ele ofegou, apareceu alguns fantasmas que passavam por nós. Alguns estavam conversando entre si, outros discutindo. Os fantasmas pararam e nos olharam.
— Os alunos novos chegaram! — Disse um deles.
Na mesma hora a diretora Minerva voltou, ela olhou primeiramente para os fantasmas e depois para os alunos.
— Vamos, a cerimônia irá começar. — Nós enfileiramos e todos saímos da sala, atravessamos as portas duplas que nos levaram ao grande salão.
O lugar era surreal, me empolguei. Era iluminado por várias velas flutuantes sobre quatro mesas compridas, onde já estavam os estudantes veteranos. As mesas estavam estavam postas com com pratos e taças dourados. No outro extremo do salão havia mais uma mesa comprida onde sentavam-se os professores. Espantei-me quando olhei para o teto aveludado e negro cheio de estrelas.
— Esse feitiço é muito bonito. — Escutei Rosé sussurrar, inacreditável o leque de opções que tínhamos quando se tratava a magia.
Minerva silenciosamente colocou um banquinho de quatro pernas diante dos alunos do primeiro ano. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado esfiapado e sujíssimo, totalmente fora de moda. Um tempo depois de um longo silêncio o chapéu de moveu, fazendo-me dar um pulinho para trás. Um rasgo junto a aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar:
— Ah, você podem me achar pouco atraente, mas não me julguem só pela aparência. Engulo a mim mesmo se puderem encontrar um chapéu mais inteligente do que o papai aqui. Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos; Suas cartolas altas de cetim brilhoso Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts . E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu. Não há nada escondido em sua cabeça que o Chapéu Seletor não consiga ver, Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer em que casa de Hogwarts deverão ficar. Quem sabe sua morada é a Grinfinória, Casa onde habitam os corações indômitos. Ousadia e sangue-frio e nobreza Destacam os alunos da Grinfinória dos demais; Quem sabe é na Lufa-lufa que você vai morar; Onde seus moradores são justos e leais Pacientes, sinceros, sem medo da dor; Ou será a velha e sábia Corvinal A casa dos que têm a mente sempre alerta, Onde os homens de grande espírito e saber Sempre encontrarão companheiros seus iguais; Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa E ali vira seus verdadeiros amigos, Homens de astúcia que usam quaisquer meios Para atingir os fins que antes colimaram. Vamos, me experimentem! Não devem temer! Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos! (Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos) Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!
O salão inteiro prorrompeu em aplausos quando o chapéu acabou de cantar. Ele fez urna reverência para cada uma das quatro mesas e em seguida ficou muito quieto, outra vez.
Esse era o nosso teste? Quis perguntar, mas fiquei calada.
— Só vamos precisar usar o chapéu? — Indagou Lisa, ela estava supresa. — Imaginei que teríamos que duelar usando as varinhas, ou responder um monte de perguntas sem sentido.
— Eu falei que provavelmente não era o que vocês pensavam. — Exibiu-se Jimin atrás, revirei os olhos.
A diretora Minerva limpou a garganta, ela segurava um longo pergaminho.
— Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. Jason Kell!
Um garoto gordo, pálido saiu tropeçando até o chapéu. Pós o chapéu e se sentou no banquinho. Uma pausa momentânea.
— GRIFINÓRIA! — Anunciou o chapéu, a mesa ao meio o recebeu com palmas.
— Kim Namjoon! — Minverva chamou novamente, um menino bochechudo e alto caminhou até o chapéu. Ele usava óculos, e parecia ansioso.
— CORVINAL! — Anunciou o chapéu outra vez, desta vez foi a segunda mesa à esquerda que levantou e o recebeu com gritos e palmas.
A próxima garota foi para Grifinória, eu ouvi maravilhas desta casa. Uma das casas mais populares de Hogwarts, soube que meu pai era de Sonserina. Não quero ser igual a ele, não quero ser má. Então a ansiedade me atacou, não queria seguir os passos dele.
— Jennie Kim! — Chamou-me despertando dos meus devaneios, tropecei no caminho. Vi os olhos do meu irmão brilharem, ele sorria encorajador.
Coloquei o chapéu e me sentei, minhas mãos estavam trêmulas e gélidas.
Não quero seguir os passos do meu pai, talvez por isso que estou ansiosa para saber a casa que irei ficar. Pareceu demorar mais que o normal.
— SONSERINA! — Meu olhar vacilou, o sorriso do meu irmão ficou menor. Levantei ainda trêmula e caminhei até a mesa no centro a direita e me sentei, Lisa era de Grifinória. Hoseok Lufa-lufa, juntamente com Rosé. Eu escutava, mas não conseguia prestar atenção.
— Kim Taehyung! — Minerva chamou, meus olhos ergueram-se acompanhando meu irmão. Ele estava nervoso, provavelmente pelo fato de eu ter sido escalada para Sonserina.
Houve uma pausa, essa pausa foi perturbadora. Eu via o desespero na sua face.
— GRIFINÓRIA! — Anunciou, meu irmão relaxou. Mas então seus olhos encontram os meus, forcei-me a sorrir.
— Park Jimin! — Chamou Minerva mais uma vez, suspirei e olhei. Jimin caminhou confiante e com um ar "não me importo com nada".
— SONSERINA! — Anunciou. Jimin deu os ombros e olhou para Rosé lançando-lhe uma piscadela.
Ele se sentou ao meu lado e sorriu, eu ainda estava em choque.
— Então, sonserina. Não esperava que você fosse vir para cá. — Disse me encarando, estava encarando o prato.
— Nem eu. — Murmurei.
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