Festa Com Cheiro De Perder a Virgindade

Eu não fui no piquenique da minha turma no dia seguinte para poder ir à gravadora passar o último ensaio com a banda antes do show de noite. A gente ia tocar no meu baile de formatura, assim como a banda do Lysandre. Como o Crownstorm ia abrir para a gente, eu acredito que o Castiel, Lysandre, Nathaniel e a Íris também tinham faltado na escola para ensaiar pela manhã.

A minha tarde ia ser muito turbulenta, e eu estive pensando nisso durante as pausas no ensaio.

Assim que finalizamos, eu pedi um Uber para me levar até a loja do Leigh pra buscar a roupa que a Rosa tinha separado para mim. Foi só contar: assim que o sininho da porta tocou, anunciando a minha entrada, dois segundos depois a própria Rosalya me puxou para um canto.

— Por que eu sinto que aconteceu alguma coisa que você precisa me contar urgentemente? — perguntei antes dela ter tempo de soltar o meu braço.

— Porque realmente aconteceu! — ela falou tão euforicamente que eu percebi que ela estava tremendo e segurando o seu celular com muita firmeza. — Eu passei no vestibular!

— É O QUÊ?

Eu gritei, chocada e animada pela minha amiga. Ela fez um sinal de silêncio, para que eu não chamasse a atenção dos outros clientes presentes na loja. Eu a guiei até um dos provadores e lá nos demos pulinhos de felicidade e nos abraçamos, tentando conter e abafar todos os gritinhos que queríamos soltar.

— Amiga, eu estou tão feliz por você! — e estava mesmo, eu mal conseguia conter a minha animação. — Você vai ser psicóloga!

— Eu sei, eu sei! — Rosa estava realmente muito eufórica, eu segurei em suas mãos para lhe passar firmeza. — Eu nunca imaginei que conseguiria!

— Eu imaginei. Sempre confiei no seu potencial.

A minha fala fez a minha amiga derramar algumas lágrimas de emoção, e eu a abracei, tentando me segurar para não chorar também. Depois que conseguimos nos controlar no chororô, ela me fez vestir o que me esperava: um macacão. Era um macacão lilás — como a cor dos meus olhos —, comprido, justo, decotado nos peitos e todo cheio de paetês. E quando eu digo decotado, quero dizer que ele era realmente muito decotado, o que ressaltava as curvas que eu nem sabia que tinha. Rosalya teve que fazer alguns ajustes nele por ter ficado comprido na barra e eu tive que esperá-la terminar. Depois fui ao caixa pagar pela peça e pedi um Uber para ir embora.

Eu ainda tinha que arrumar o meu cabelo, as minhas unhas e a minha maquiagem. Como eu não era boa em nenhuma das opções, optei por fazer coisas simples e deixar que o macacão me destacasse. Assim, lavei o cabelo, o escovei e ao invés de fazer chapinha, o prendi em um rabo de cavalo alto com baby hair e fiz babyliss em todo comprimento, deixando-o cacheado. Para as unhas, eu as lixei e pintei de branco — que era a cor do salto que eu ia usar. E quanto à maquiagem, preferi fazer algo bem clean: uma base, corretivo nos lugares que precisavam, delineado gatinho preto, cílios postiços, um pouco de blush e iluminador, e por último, claro, um batom matte — de cor vinho.

Como eu estava muito básica, eu optei por acessórios que me destacassem mais, senão eu ficaria muito apagada na multidão. Então coloquei um par de brincos de ouro, diamante e pérolas que os meus pais me deram nos meus quinze anos, anéis e braceletes. Quando terminei de me arrumar e olhei as horas, notei que ainda estava muito cedo, então fui à cozinha fazer um lanchinho antes de sair de casa. 

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A Colação de Grau demorou mais do que o esperado. A gente queria começar a nossa festa às nove da noite, porém começamos perto das dez. Para compensar, nos liberaram a ficar uma hora a mais no ginásio fazendo a farra.

Os meus pais queriam ver a minha banda tocando, só que ainda estávamos na abertura do Crownstorm — a banda do Lysandre e dos meus amigos. Diante disso, o meu pai decidiu beber "um pouquinho" enquanto curtia o som deles. Resultado: antes mesmo do meu show começar, a minha mãe teve que o levar embora. Ela ficou chateada, é claro, e pediu que eu encontrasse alguém para gravar a apresentação para ela ver depois. E eu pedi para a Rosalya, é claro!

Eu estava animada para os meus pais me verem ao vivo, porém, mesmo assim, tentei dar o meu melhor no show. Afinal, eu não ia fazer feio, né? O Stars From Nightmare estava começando a se tornar famoso na França. Futuramente nós iríamos querer expandir as fronteiras e levar a nossa música para outros países, também! Então eu precisava ser uma boa vocalista, que dava o seu melhor em cada show, independente do que acontecesse.

Acabamos nos animando tanto que até extrapolamos o tempo esperado de apresentação: de uma hora e meia, passamos para duas. Quando eu desci do palco, já estava beirando as uma e vinte da madrugada.

O DJ contratado assumiu assim que o nosso show acabou, e, por sinal, o povo ainda estava super animado para mais música — o que eu julgo ser efeito da cachaça. Eu ia comer alguma coisa, porém não pude porque alguém me puxou para um canto isolado assim que pisei fora do palco. Era o Lysandre. E ele me barrou entre si e a parede, para que eu não fugisse dali.

— O que foi? — perguntei, observando-o tão perto de mim a ponto de me deixar desconcertada.

Seus penetrantes olhos de cores diferentes fitavam os meus de uma forma que eu nunca tinha visto em toda a minha vida.

— Eu não sei… — foi o que ele disse. — Mas eu preciso te enfatizar o quanto você está linda.

Imediatamente um calor invadiu o meu peito, de forma que eu não conseguia me conter. Era um calor bom, muito bom. Não sei se foi o calor e o cheiro dele tão próximos que me envolveu, mas eu sentia que precisava o envolver, também. Eu não consegui me controlar, a princípio. Então eu o fiz: fiquei bem nas pontinhas dos meus pés para o beijar. E ele me retribuiu da forma mais louca que eu podia imaginar.

Eu fui erguida do chão, e sem que eu pensasse muito, envolvi minhas coxas ao redor da sua cintura. Nós não nos separamos em nenhum momento, enquanto isso. Não sei o que deu em mim, eu nem percebi quando deslizei as minhas mãos da sua nuca para as suas costas. Só fui notar depois, quando ele deixou escapar um gemido baixinho e rouco. Foi aí que percebi que eu meio que extrapolei uma barreira e decidi afastar os meus lábios dos dele.

— Desculpa. — falei assim que pude observar a sua face, um tanto quanto confusa naquele momento. — Eu não quis te incomodar.

— Mas não me incomodou! — ele protestou. E não falou mais nada, depois.

Mesmo que as luzes do local estivessem baixas, eu podia notar as suas bochechas coradas. Para mim, isso, junto ao fato dele ter gemido, só podia indicar uma coisa: ele tinha ficado excitado. Mas tinha um porém: nenhum de nós dois tínhamos perdido a virgindade, ainda. Acham que já não tivemos essa conversa antes?

Só que eu não posso negar que eu estava sentindo uma espécie de fogo que nunca senti antes. Julgando que aquilo fosse excitação, eu queria saber como era fazer sexo. E queria muito. Então, por mais que aquela pergunta me fizesse ficar com vergonha futuramente — e talvez até receber um "não" como resposta, visto que estávamos no meio de uma festa, em um local público e que ele provavelmente tinha bebido enquanto eu cantava — eu preferi arriscar e fazê-la, mesmo assim:

— Você acha que está pronto para ter a primeira vez?

A sua face ficou ainda mais corada, o que me fez pensar — por um breve momento — que ele riria sem graça da minha pergunta e diria que não, não naquela hora. Porém a resposta que eu recebi me pegou de surpresa (um pouco), também.

— Eu acho que sim.

Aqui os nossos papéis se inverteram: quem ficou corada, agora, fui eu. O seu tom de voz enquanto respondia era grave, mais grave do que o normal — e muito sexy. Tão sexy que, apesar de envergonhada, eu fui seduzida e tentada a descer do seu colo. Sem desviar os nossos olhares, eu comecei a tirar a minha roupa — e ele foi fazer o mesmo depois que me viu nua.

Naquele dia nós dois tivemos a nossa primeira vez. Em um local público; sem preservativo; porém de forma especial. Sim, mesmo com todas as maluquices de adolescente cometidas, não deixou de ser especial. E gostoso. Eu não imaginava que fazer sexo fosse tão bom (pobre de mim, era apenas uma menininha virgem e inocente), e eu soube que o "tempero" que fez o ato ficar melhor ainda foi o fato de eu estar o fazendo com o meu primeiro namorado — e o tanto que eu amava o Lysandre duplicou depois do nosso ápice.

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Rosalya e Alexy ficaram vidrados para saber tudo o que rolou, dois dias depois, quando eu os encontrei no shopping. Eu já tinha adiantado a conversa pelo WhatsApp, porém os detalhes deixei para contar só enquanto tomávamos um sorvete juntos.

Eles quase surtaram. Nenhum dos dois tinha perdido a virgindade ainda — mesmo apesar da Rosa namorar a anos com o Leigh. Eu fui a primeira do nosso trio — e não sei se isso me dava alguma espécie de privilégio ou qualquer outra coisa… Porém eu me sentia uma mãe contando para os filhos como foi.

Acho que, sem querer, acabei os motivando a procurar um jeito de fazerem também. Porém, deixo bem claro pra vocês, aqui, que os avisei que não é seguro repetir os mesmos passos que eu, ou seja, não serei responsabilizada caso alguém faça algum filho por aí!

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Êêêê, a menina Flaysa fez coisas de adulto! E ela gostou, hein? O que será que a espera?

Fiquei um tempo sumida daqui, não é, gente? Não me xinguem, por favor!

Não foi bloqueio criativo e nem nada — até porque já tenho essa história toda escrita —, mas eu estava realmente sem tempo para postar. Meus livros geralmente passam por 3 revisões: a primeira logo após que eu escrevo (no Word ainda), a segunda quando passo a história para o Wattpad e a terceira quando o livro está concluido (aí eu reviso todos os capítulos). Porém, com o meu corre-corre por causa de TCC e vestibular, eu acabei não conseguindo revisar nada — e eu não ia postar um capítulo sem revisar, não é?

E eu também tinha outra história concluída na plataforma com a revisão em andamento. Eu não ia pegar para revisar duas de uma vez só, aaaaa! Por isso dei uma pausa dessa aqui, para terminar a outra.

Mas a parte boa é que agora eu terminei tudo o que eu precisava terminar! Aliás, agora só preciso esperar os resultados dos vetibulares, enquanto isso eu vou ficar aqui com vocês, hehe.

Mas me digam, o que acharam deste penúltimo capítulo do primeiro livro da Flaysa? Quais são as suas expectativas para o último capítulo?

Vejo vocês no próximo domingo, hein! Beijinhos e se cuidem! <3

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