030
"Por que a surpresa? Eu sou romântico e possessivo, Angel."
Enquanto Diana se trocava para irmos embora, fui pagar pelas roupas. No final decidimos levar os três último vestidos que está experimentou. Enquanto a funcionária da loja certificava se estraga tudo certo com as roupas, eu fiquei esperando no caixa.
Um casal de colegas meu entram na loja dando de cara comigo. Quer, dizer estão mais pra conhecidos do que colegas, não me simpatizo com ninguém a não ser meu irmão, o Bryce e agora, a Diana. Eles abrem um pequeno sorriso assim que me vêem, tento disfarçar minha cara de tédio quando eles vem em minha direção me cumprimentar.
Matias e Judith são casados a mais de dez anos, participei do seu casamento quando era adolescente, nunca gostei muito deles, ainda mais por se acharem a última bolacha do pacote por ser um dos casais mais ricos de Londres, tirando eu é claro.
- Senhor Hacker. - diz Judith, com um sorriso falso, aceno com a cabeça.
- Vinnie. - Matias me cumprimenta.
- Matias. - falo.
- O que faz em uma loja de vestidos? - ela pergunta curiosa, por que velhas gostam tanto de cuidar da vida dos outros? Será que elas fazem algum curso?
- Bom... - mostro a minha aliança de ouro na mão esquerda. Os dois ficam boquiabertos.
- Você se casou? Meu deus! Quando isso aconteceu? - a mulher pergunta.
- Á algumas semanas. - respondo.
- Meus parabéns. - Marias fala apertando a minha mão.
- Obrigado. - digo formalmente.
- Então está aqui para fazer um mimo a esposa? Que coisa fofa! - a mulher sorri. Fecho cara.
- Eu não mimo ninguém. - digo, logo a funcionária da loja chega com as três sacolas com a estampa do logan da loja, que não são nada chamativas.
- Aqui estão os vestidos, senhor. Ficou cento e trinta e cinco mil dólares. Gostaria de acrescentar algo a mais? - a moça coloca as sacolas no balcão. O casal olha pra mim com as sombrancelha levantadas, eu os encaro pelo canto do olho. Assim parece que estou querendo muito mimar minha esposa.
- Se você não está querendo mimar ninguém, então brigou com sua esposa. Cento e trinta e cinco mil dólares em vestidos? Olha... - Matias fica impressionado. Mas não era ele o mais rico da cidade?
- Nem nós pagamos isso tudo em um vestido. - Judith ri.
- Esse dinheiro não me faz falta, eu pago com prazer. - dou um sorriso convencido para os dois, depois olho pada a moça que está esperando que eu pague pelos vestidos. - Vai ser no cartão, no momento não preciso de mais nada, muito obrigado. - tiro o cartão do bolso e aproximo da maquininha. Logo Diana se aproxima ajeitando seu vestido para baixo toda desengonçada. Pego as sacolas do balcão e ela fica ao meu lado.
- Então essa é a sua noiva? - Matias a encara de cima a baixo, parecia que Diana era um pedaço de carne suculenta para ele. Velho nojento. Estreito meus olhos para ele e depois para Diana, percebo seu desconforto.
- Não, noiva não. Minha mulher. - agarro sua cintura e a trago para perto de mim.
- Ela é linda. Mas não é muito nova para você? - Judith diz, sendo totalmente incoveniente.
- E você não acha que está muito velha para ficar cuidando da vida alheia? Cuide do seu casamento, até porque seu marido não para de secar a minha mulher. - Diana engasga, dando a entender que ficou surpresa com a minha sinceridade.
Não dou tempo de ninguém dizer nada, agarro a mão de Diana e saio da loja caminhando até o carro, assim que chegamos perto do carro. Diana me encara com os olhos arregalados e eu continuo com minha expressão neutra.
- O que foi? - pergunto com indiferença.
- Você é maluco! Como que você diz aquilo, assim simplesmente?
- Odeio pessoas inconvenientes. - tiro a chave do carro do bolso e destravo ele.
- Mas não precisava falar daquela maneira. A mulher só fez uma pergunta, não foi nada de mais.
- Foi de mais pra mim. - abro a porta de trás e coloco as sacolas no banco, depois abro a porta da frente para que Diana entre. Vou para o meu lugar no banco de motorista.
- Você é chato, esse é o problema. Você precisa ser mais gentil com as pessoas.
- Diana, aprenda, gentileza não é o meu forte. Ser chato as vezes é nescessário, por exemplo com esse tipo de gente, se vocês é gentil com eles, vão te achar um bobo e irão montar em cima de você. - digo olhando em seus olhos. - Enfim, o que quer almoçar? - olho pra frente, ela demora pra responder. - Responda rápido, por favor!
- Não me pressione, estou pensando! - ela diz, franzindo a testa para mim.
- Pense rápido, se não, eu escolho.
- É... Talvez... - lhe corto.
- Restaurante francês. - perco a paciência, ligo o carro.
- Não sei porque perguntou pra mim se no final você que iria escolher. - ela revira os olhos.
- Não fique bravinha. Você irá gostar. Caso contrário, te levo a um restaurante italiano que eu sei que você gosta.
- Como sabe? - ela franzi o cenho.
- Eu só sei. - digo simplesmente.
Bom, imaginei que ela gostasse já que ela é italiana. Sei da sua vida a mais tempo do que nos conhecemos. Sua mãe falecida é prima de segundo grau de Pasquale Romero, o que era capo da máfia italiana, antes do seu filho Jacob Romero assumir, ele è um dos nossos fiéis aliados.
O caminho até o restaurante é silencioso, Diana só olha para a janela e curte a viagem. De vez em quando eu a encaro. E céus.... Aqueles cabelos encaracolados em movimentos pelo vento que batem neles, olhos verdes puxados, a boca naturalmente carnuda e rosinha. Ela parece um anjo. Tudo nela é angelical.
Queria tanto saber o que se passa em sua cabeça. Será que ela desconfia do meu plano? Bom, acho que não, a conheço o suficiente para saber que ela não ficaria sentada ao meu lado com tanta confiança se soubesse que estou tentando se vingar do seu pai, e descobrindo suas fraquezas em apenas uma conversa emotiva com ela.
Estaciono em frente ao restaurante, saio primeiro e abro a porta para Diana sair. O restaurante ficava em um prédio com dez andares, o décimo era onde ele ficava, pegamos o elevador junto com um casal, eles ficavam bem na nossa frente se agarrando e falando coisas melosas um para o outro, tenho certeza que vão para o mesmo lugar que nós. Olho para Diana que está apertando os lábios para não rir, obviamente do casal que está na nossa frente, ela olha pra mim e agora quem está apertando os lábios para não rir, sou eu. Que merda é essa?
- Docinho de coco, para onde você está me levando? - a menina fala com uma voz estranha.
- É surpresa, meu Moranguinho. - o menino acaricia o rosto dela.
Diana olha pra mim com o cenho franzido e diz algo sem fazer nenhum som, faço leitura labial e entendo : "Moranguinho? Tá de sacanagem?. Ela finge por o dedo na garganta para vomitar, eu faço uma expressão de nojo. Os andares parece infinitos, já estou ficando com náuseas do casal a nossa frente.
Finalmente as portas se abrem dando acesso direto para o restaurante, o casal vai para um lugar contrário nosso, escolho um lugar ao lado da sacada para termos uma vista perfeita da cidade. Diana olha a hipnotizada para onde seus olhos permitiam ver, ela sorri genuinamente. O garçom de terno se aproxima, faço nossos pedidos de comida e dois sucos de laranja para acompanhar, já que Diana não bebe nada alcoólico.
- Parece que aquele casal nunca namoraram na vida. Eca. - franzo o cenho quando avisto o casal do elevador.
- Oh docinho de côco como eu te amo, quero viver pra sempre com você! - Diana imita a voz da garota, tirando uma risada de mim.
- Qual o problema deles? - digo.
- Cara, ele chamou ela de Moranguinho. Moranguinho, meu? Isso é tão errado, eu só consigo lembrar do desenho que passava na tv com esse nome.
- Ele precisa de uma aula comigo de como dá apelidos carinhosos, não é mesmo Angel? - ela revira os olhos.
- Você é tão doente quanto eles. - ela balança a cabeça.
- Isso foi um insulto. - franzo o cenho. Nunca na vida que sou parecido com aquele casal.
Assim que terminamos o almoço, pago e vamos direto para o carro, o caminho de volta para casa é silencioso também. As vezes sinto que Diana diga desconfortável com a minha presença, ou ela não quer puxar assunto comigo. Ela ainda está com medo de que?
- Quero ouvir música. - ela diz du nada e liga o rádio do carro sem nem saber onde é botão, assim que rádio liga cai em uma música que Diana parece conhecer muito bem, Call Me Maybe era o nome.
Que merda é essa? Só pode ser brincadeira. Se alguém que me conhece me vê escutando essa música afeminada, irá me achar um beta, serei considerado um otário em todo lugar.
- Nada de música. - desligo o rádio.
- Como você é chato, aff! - ela revira os olhos e volta a olhar para janela.
Concordo com Vinnie, odeio gente que cuida da vida alheia do que a sua própria. Euem.
Vinnie vendo o casal na frente dele no elevador:
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