018
"Não sabia que anjos faziam tatuagens".
Oh, finalmente esse casamento acabou. Quem não estava mais aguentando as pessoas dando sorrisos falsos para nós, era eu. Como uma simples festa pode ser tão exaustiva do que torturar alguém? Quando as pessoas acharam que ia ter o momento de dança, um dos meus funcionários avisou que a festa estava encerrada. Não sou regioso, mas, glória a Deus!
Eu e Diana subimos para o quarto para trocar de roupa do casamento e colocar uma outra confortável e já partimos para Londres. Assim que chegamos no cômodo havia algumas malas com as roupas habituais de Diana. Ela olhou confusa.
- Como minhas coisas vieram parar aqui tão rápido? - disse ao abrir uma de suas malas.
- Eu pedi para que pagassem suas coisas. Mas não acho que precisará de tudo isso. - ela me olha. - Você terá roupas novas assim que chegarmos em Londres.
- O quê? Vinnie... - ela ia me questionar, mas eu a interrompi.
- Leve apenas o nescessário. - digo.
- Seus gatos são desnecessários. - ela diz me desaprovando.
- Suas roupas são desnecessárias. - ela revira os olhos.
Observo Diana separar uma peça de roupa branca, que eu imaginei ser um daqueles vestidos que cobrem até os seus pés. Fiz uma expressão de tédio só de imaginar. Olhei pra ela que estava parada apertando os lábios.
- Algum problema? - perguntei.
- É... - ela fica um pouco sem graça. - Não consigo tirar o vestido sozinha.
- Quer ajuda? - ela olha pra mim.
- Melhor chamar a Add. - franzi o cenho.
- O que acha que vou fazer? Suas costas não vão me deixar exercitado.
- Ok... - ela assente, mas percebi seu constrangimento e desconforto pela minha frase.
Me aproximou dela, ficando atrás de seu corpo que se enrijece na mesma hora. Pego seus cabelos que estão soltos com vários cachos e tem um cheiro delirante - Isso me agrada um pouco. - coloco-os para o lado deixando sua nuca a mostra. E puta merda. Ela tem uma tatuagem! Como eu nunca reparei nisso? Deve ser porque ela sempre está de cabelo solto, sou tão idiota!
- O que aconteceu? - ela perguntou me tirando dos meus pensamentos.
- Você tem uma tatuagem? - fiz uma cara de confuso.
O problema não é nem a tatuagem em si. É que estou surpreso por ela, a Diana, a mesma que aos meus olhos parecia uma freira, uma santa. Quem diria que por baixo de todo aquele pano tinha uma rebelde em série.
- Não só uma. - ela me deixa ainda mais surpreso.
Caramba, acho que ela foi a única a muito tempo que me surpreende desse jeito.
- Existe mais que uma? Quantas?
- Não sei. Não me lembro. - ela dar de ombros.
- Puta merda. Deve ter muitas para você não se lembrar. - rio sozinho. - Eu não esperava por isso.
- Por que parece surpreso? Você tem algum preconceito com mulheres tatuadas? - oh não, muito pelo contrário. Mulheres tatuadas me atraem e muito, mas Diana não precisa saber disso.
- Nunca. Você é livre pra fazer o que quiser. - digo ainda olhando fixamente para tatuagem na sua nuca. - Não precisa mais fazer escondido, já que não está mais na responsabilidade do seu pai.
- Não pretendo fazer mais. Por enquanto... - ela deixa a dúvida no ar.
- O que significa Choros?
- É... É um tipo diferente de amor. É o que normalmente sentimos por aquele lugar que chamamos de lar.
- Por que tatuou isso?
Essa conversa me deixou curioso.
- Eu não sei... Só... Acho que sou minha única casa. Onde deveria está arrumada e limpa mas normalmente está uma bagunça. - ela diz como se aquilo não fosse importante para ela. Como se estivesse... Acostumada. - Aposto que você tem tatuagem também. Que tipo de mafioso não tem uma tatuagem significativa?
- Bom, eu tenho, mas você verá raramente. Não quero que soe pervertido, a tatuagem fica na minha costas e outra no meu peito.
- Legal. O que é?
- Nas costas um anjo e no peito uma aranha com uma palavra verzi.
- O que significa verzi?
- "Claro como cristal".
- Interessante...
Assim que o assunto se encerra, eu faço o que Diana pediu. Lhe ajudo a descer o zíper que parava no começo de sua bunda, e deixava suas cicatrizes expostas.
E que bunda, por sinal.
Paro de encarar feito um pervertido e vou ao banheiro me trocar também. Assim que saio Diana já está vestida com a roupa que ela separou e uma sandália. E por incrível que pareça ela não está não freira assim. O vestido da cor branca vai até a metade de suas pernas, ele é justo, realçando suas curvas. Ela desfez o penteado deixando seu cabelo totalmente solto mas ainda com os cachos.
- Olha você não está parecida com uma freira. - digo em um tom de brincadeira. Ela levanta as sombrancelha.
- Imaginei que seria isso. Eu comprei ele para usar depois do casamento. Esse foi o vestido menos ousado que encontrei. -bom, pra mim parece bem ousado, já que deixou sua bunda maior.
- Espero que não esteja olhando para minha bunda. - ela diz enquanto se olha no espelho.
- Como comprou? - pergunto, mudando de assunto.
- Ué, com dinheiro. - ela sorriu sem mostrar os dentes. Ela gosta de ser sarcástica.
- Com que dinheiro?
- Seu que não é. - ela me olha com a sobrancelha franzida. - É meio óbvio, não é?
- O dinheiro que você roubou.
- Bom, eu tinha que usá-lo de alguma forma, já que não consegui fugir. - ela dá de ombro.
- Quero que pare de usar esse dinheiro. - ela franze o cenho.
- Você é bem mandão. Você ganhou essa dádiva com o tempo, ou veio no combo?
- Eu adoro seu sacarmos, você não sabe como me deixa feliz. - digo ironicamente com a cara fechada.
- Sério? Então preciso ser sarcástica mais vezes, pois você é muito ranzinza.
- Vamos, ou iremos perder nosso vôo por sua culpa. - digo encerrando o assunto, porque já estou ficando nervoso.
Ela pega apenas uma mala e as outras ficam pra trás, então devemos para o andar de baixo, ainda há algumas pessoas. Poucas mais ainda tem. Acho que eles não entenderam que a maldita festa acabou?
Entrego as malas ao meu motorista que leva tudo para o carro. Enquanto isso vejo Roger se aproximar de nós. Achei que esse cara já tinha ido embora.
- Estava tudo maravilhoso. - ele diz com um sorriso falso. - Uma pena que acabou, não é? - nossa você não sabe o quanto estou triste por isso.
- Uma pena mesmo. - digo.
- Então eu já estou indo, tenham uma ótima viagem. - ele aperta minha mão. - Tchau querida. - Roger foi até Diana para dar um abraço, mas ela não parece contente com o ato dele. Então me colocou na frente dela. - Calma, só quero me despedir da minha filha.
- Não. - digo lhe encarando.
- Não é porque você colocou um anel em seu dedo que significa que ela deixou de ser minha filha.
Aposto que Diana deve está rindo agora.
- Claro que não, mas sabe como é? Eu sou um pouco possessivo, com o que é meu.
- Tudo bem então. - ele levanta a mão em rendição. - Até logo filha. - ele olha pra Diana que não está nada com a cara agradável.
Quando ele vê que não terá uma resposta se afasta indo até seu carro. Saio da frente dela.
- Obrigada. - ela agradece com um sorriso sem graça.
- Irmãzinha! - sem mais nem menos Bella aparece do além abraçando Diana. - Você estava tão linda! - esse gesto é tão falso do que os brincos de pérolas que ela está usando.
Bella deveria ter feito como a outra irmã, passado reto sem olhar na nossa cara. Eu agradeceria imensamente.
- Eu estou tão feliz por vocês dois. - ela me olha tentando flertar comigo. Eu mantenho minha expressão serena. - Infelizmente tenho que ir, mas vejo vocês em breve.
Eu espero que esse dia nunca chegue.
Não sei se eu ria da atuação forçada de Bella, ou da expressão debochada de Diana.
A simpatia que ainda restava para sua família, acho que acabou, pois ela nem consegue disfarçar o quanto odeia seu pai e suas irmãs.
- Tchau irmãzinha! - ela abraça Diana novamente e infelizmente não tenho como imprimir. Diana me olha como de estivesse pedindo socorro com os olhos.
"Eu não posso fazer nada" digo sem fazer nenhum som. Ela arregala os olhos. Assim que as duas se separam Bella vem até mim me abraçar também.
- Tchau cunhadinho! - ela vem em minha direção, eu me esquivo para trás.
- Tchau Bella. - digo, balançando sua mão assim que desgrudo pego na cintura de Diana e a trago para mais perto.
Sei o que Bella está tentando fazer. Na verdade ela tenta me seduzir desde da vez que as conheci, e ela faz isso de propósito só pra irritar a irmã.
- Nos veremos em breve, disso você pode ter certeza. - digo sem expressar nenhuma emoção. - Vocês estão convidados para irem a nossa casa em Londres, não é mesmo Angel? - olho para Diana que está com um sorriso convencido no rosto.
- Claro que sim meu amor. - ela confirma.
- Mando alguém vim buscar vocês quando vocês quiserem.
A cara que Bella fez foi tão satisfatória.
- Tchau cunhadinha! - me despeço dela com a mesma frase que ela disse.
- Até logo irmãzinha! - Diana faz o mesmo.
Ela se afasta de nós indo até o carro onde seu pai lhe esperava, então vemos o carro partir. Solto Diana que está disfarçando um riso, ela me olha balançando a cabeça.
- Você é muito sacana. - ela diz.
- Eu sou sacana? Tinha que ver sua cara de deboche para sua irmã. - digo.
- Como alguém consegue ser tão falsa?
- Mais falsa que ela, só nós dois mesmo. - digo e ela rir mostrando os seus dentes branquinhos e retos. Céus que sorriso lindo. Primeira vez que vejo ela sorrir de verdade.
- Tchau cunhadinha. - ela me imita fazendo uma voz grossa. Solto um sorriso de canto.
- Gostei do "meu amor". Deixo você me chamar assim mais vezes. - ela revira os olhos.
- Nossos carros já estão estacionados na frente de casa, só esperando por nós. - diz Jaden se aproximando.
- Bryce e Addison estão prontos? - pergunto.
- Sim, já estão até no carro. - ele responde.
- Então vamos.
A tatuagem de anjo do Vin >>>>
Daí que vem o "Angel"!
"Mulheres tatuadas me atraem e muito" fazer uma tatuagem quando for casar com o Vinnie, anotado!
Eles no final KKK GLOBO CONTRATA!
Essa viagem para Londres promete, prontos e preparados?
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