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" Primeiro encontro com meu namorado ou noivo?"

Uma escolha. É tudo que eu tenho agora. Casar com um homem que eu mal conheço, um homem que é dono da máfia de Los Angeles, ou posso recusar suas propostas e viver com as retaliações do meu pai para o resto da vida. Mas qual a porcentagem de eu está caindo na mão impiedosas, mãos piores que do meu pai.

Ja ouvi muitas histórias de mafiosos e sei que nenhum deles sentem um pingo de remorso, eles machucam, torturam, estrupam e matam. Vinnie quer alguma coisa. Sei que quer. Com tantas mulheres no mundo por que diabos ele me escolheu? Será para saciar seu ego? Será uma ambição? Possessão, diversão ou... Alguma vingança?

Não tenho nada a oferecer a ele, eu roubei sua carteira, levantei minha voz para ele, o derrespeitei, o desafiei, não sou atraente como qualquer mulher da minha idade. Por que eu? Justo eu?

Eu estava no meu quarto, sentada do peitoril da janela para fora. Alguém mexeu no trinco da porta me tirando dos meus pensamentos.

- Espero que esteja pensando na proposta de Vinnie. - disse papai ao entrar no meu quarto com uma bandeja de comida. Ele praticamente a jogou na minha mesinha de estudos.

- É, estou. - falei olhando para janela.

- Você irá concordar, não é? - ele perguntou se aproximando de mim.

- Eu não o conheço. Não o amo. - disse baixinho.

- Está brincando com minha cara garota? - ele fechou a cara e seu maxilar travou.

- Ele é um mafioso, um criminoso. Seria capaz de me dá assim para um perigoso? - olhei em seus olhos indignada.

- Ele foi o único que se dispôs a nos ajudar. - papai avançou em mim e agarrou meus braços. - Tem sorte de um homem olhar pra você, não desperdice essa oportunidade.

- Ele pode me machucar, me estrupar, o senhor não liga? - franzi o cenho.

- Não se faça de inocente agora, sei muito bem o tipo de mulherzinha que você é. - ele quase cuspiu no meu rosto de tão perto que estava. - Eu não ligo o que ele fará com você entre quatro paredes, depois que se casar, você não será mais problemas meu.

Não sei porquê eu ainda esperava um pouco de afeto por parte do meu pai, se é que ele pode ser chamado assim. Era nítido que ele estava pouco se fudendo para mim, apesar do nosso mesmo sangue estarem correndo pela nossas aveias, ele não era meu pai e eu não era sua filha.

- Negue a proposta de casamento e estará morta para mim, você não viverá mais debaixo desse teto, vou te deixar na rua, como deveria ter feito quando você nasceu.

Aquelas palavras ainda tinha um grande efeito sobre mim,meus olhos ameaçaram me trair, mas eu era forte e não derramei nenhuma se quer lágrima.

- Vinnie quer jantar com você, as oito ele estará aqui para buscar você. Coloque uma roupa elegante, de preferência que chame a atenção dele. - meu pai disse antes de sair do quarto e me trancar de novo.

Por que eu sinto que isso não foi um convite e sim uma ordem? Pelo que eu estou vendo não tenho a opção de escolher. Ainda não tenho dinheiro o suficiente para me sustentar sozinha, apesar dessa casa não ser um lugar agradável, eu me acustumei, como seria me mudar para uma casa que não conheço com um homem que não conheço. Ele me dá arrepios, não me sinto a vontade no mesmo ambiente que ele. O que eu faço?

• • •

Eu não tinha nenhuma roupa para combinar com a ocasião, como Vinnie disse eu parecia uma criança ou uma freira com meus vestidos. Porém ele tinha razão. As roupas que eu tinha ou era cheia de flores, cores claras,algo mais infantil ou era algo que cobria meus pés até o pescoço.

Me sentei na cama e comecei a pensar no que fazer, em hipótese nenhuma eu poderia pegar uma roupa emprestada da minhas irmãs, elas ficariam ainda mais malucas, eu já roubei os pretendente delas ,agora roupas? Seria de mais. Então me lembrei de uma peça de roupa que peguei uma vez no guarda roupa de mamãe. Meu pai iria jogar todas as suas coisas fora, e eu queria ter algo dela, pelo menos pra mim está mais perto dela, eu mal entendia o que estava fazendo, só tinha cinco anos de idade.

Peguei a caixa onde o vestido estava escondido e o tirei da caixa. Por incrível que pareça o vestido ficou ótimo no meu corpo, até parece que foi feito sob medida, ele não era vulgar, mas também não me deixava parecida com uma freira, e cobria os hematomas na minha costas, então era perfeito.

Quando se passou algumas horas comecei a me arrumar, tomei meu banho, arrumei meu cabelo, não passei maquiagem porque eu não tinha esse costume. Coloquei o vestido da cor vermelha, e um salto não fala muito alto. Antes de ficar pronta papai disse que sairia antes de Vinnie chegar, segundo ele para nos dá mais privacidade. Nojo, o que ele espera que nós fizéssemos?

Assim que ouvi o carro de Vinnie ser estacionado, corri imediatamente para o andar de baixo e depois para fora, não queria ficar em casa sozinha com esse homem. Logo quando sai o olha de Vinnie caiu sobre mim, fiquei um pouco constrangida devo admitir, é estranho tudo isso.

- Preciso falar com seu pai antes de irmos.

Será que será uma boa ideia de falar que meu pai não está em casa?

- Não vai dá. - disse rapidamente.

- Qual o problema? - perguntou desconfiado.

- Acontece que ele não está em casa.

- Por que ele te deixou sozinha sabendo que iria sair comigo?

- Eis a questão... - eu ainda não consegui olhar em seus olhos. Ele franziu o cenho e deu um suspiro pesado.

- Ok vamos. - ele disse sem mais e sem menos.

Vinnie abriu a porta do seu Audi R8 vermelho para eu poder entrar, me acomodei no banco admirando a beleza do carro pode dentro, era extremamente lindo, e com certeza muito caro, garanti que minha mãos ficassem bem quietinhas para não mexer em nada. Vinnie entrou no carro logo depois, ele me observou admirar o seu carro.

- Gostou? - ele perguntou.

- Se eu gostei? Tem como não gostar? - franzi a sombrancelha.

- Ele combina com sua roupa. - disse sem olhar pra mim, ainda bem, ele ia perceber meu nervosismo. - Aliás você está muito bonita. - ele pegou as chaves do bolso.

- Obrigada. - disse baixinho.

- Você fica bem no vermelho.

- É chamativo. - admitir. - Mais era a única roupa que eu tinha descente no guarda roupa.

Assim que ele ligou o carro eu me assustei com o barulho do motor, era ensurdecedor, mas me agradava. Nunca andei em um desses, só admirava esses carros luxuosos e me imaginava dirigindo e ver o seu limite. Mas nunca pude, meu pai nunca me deixou dirigir, se ele soubesse que eu fiz a carteira de motorista sem ele saber ele me mataria. Vinnie deu seguida com o carro e fomos direto para o restaurante.

Preparados para o capítulo a seguir?

Vermelho é uma cor tão>>>

Escrevi escutando "Pray For Me"

Será que Diana casando com Vinnie, irá ser uma boa escolha?

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