🐍Draco Malfoy- Vizinhos
TROSLEEEEI KKKKKK
Mentira gente, o que eu falei no cap anterior é verdade, mas como eu tenho dó de deixar as minhas leitoras maravilhosas sem imagine, decidi postar (tem esse e mais um, que é do Olivio Wood e pretendo postar amanhã mesmo) uns que eu já tinha feito mas que não havia gostado o suficiente para postar. Aí taquei o fds e decidi postar de qualquer jeito, porque sou assim, movida pelo impulso yay
Enfim, esse imagine foi a pedido de
Stranger_11__ e ErikaLovegood, muito obrigada meus cupcakes <33
Se passa bemm no futuro, onde Draco já tem Scorpio (meu neném ain) e perdeu a esposa recentemente. E enfim, espero que gostem, apesar de eu mesma não ter gostado ksksks
Ah e acima se encontra um compilado do Tom Felton sendo o cara perfeito que ele sempre foi. Aconselho que assista, caso queira melhorar o seu dia :)
. . .
- O que é aquilo?
Draco Malfoy olha em direção ao que Scorpio apontava, através da janela. Os dois estavam na sala, o pai lendo um dos seus livros de alquimia e o filho deitado no tapete, entediado até ver um movimento estranho do lado de fora.
- Humm- Draco semicerrou os olhos, olhando o veículo estacionado na casa ao lado. Estava caindo aos pedaços, e ele não lembrava da casa ter sido ocupada desde que nasceu- Acho que é um caminão.
- O senhor quer dizer caminhão.
- Sim- ele fala dando de ombros. Não tinha o mínimo interesse na vida dos trouxas que moravam em seu bairro- Tanto faz.
- Será que alguém finalmente vai ocupar aquela casa?- pergunta o garoto, levantando-se e se encostando no parapeito da janela- Quem será que é?
- Não fique bisbilhotando, Scorpio.
- Mas eu quero ver quem é!
Draco suspira. Seu filho estava ficando um tanto teimoso nos últimos anos, e ele não estava sabendo como lidar com aquilo. Se Astoria estivesse ali, ela saberia o que fazer...
Ela sempre sabia.
Seu coração se quebrava mais a cada vez que lembrava dela, então afastou esses pensamentos e voltou a ler.
- Ah, estou vendo ela! É uma mulher aliás, pelo menos eu ACHO que seja... E uma trouxa com certeza- fala animado- Podemos ir falar com ela?
- Não.
- Por que não?
- Porque não.
- Por que ela é uma trouxa?- pergunta, cruzando os braços de cara feia.
- Claro que não!- Draco se apressa em dizer, ofendido. Mas sente as bochechas corarem, pois no fundo seu filho estava certo. Apesar de tudo o que apreneu com Astoria, que os trouxas e nascidos trouxas não eram inferiores de maneira alguma, não é como se ele simplesmente conseguisse apagar todos os anos em que seu pai lhe ensinou o contrário.
E Draco se pegou ficando irritado pelo fato de que teria um deles como seu vizinho. Não os odiava ou desprezava, mas também não lhe agradava viver ao lado de alguém tão diferente.
. . .
S/n Souza estava MUITO empolgada.
Desde que havia se mudado do Brasil e se afastado de tudo o que ela conhecia e amava para tentar uma vida na Inglaterra, pela primeira vez as coisas estavam conspirando ao seu favor. Havia conseguido um bom preço por uma casa em Wiltshire, e tudo bem, ela estava caindo aos pedaços, mas assim que recebesse os créditos pelo seu livro recém publicado começaria a investir em concertos.
Assim que desceu do caminhão de mudança, respirou fundo, sem conseguir tirar um sorriso idiota do rosto.
Então teve a impressão que estava sendo observada, e confirmou isso quando olhou para o lado e viu que um garoto loiro a observava, apoiado na janela da casa vizinha a sua.
Era uma mansão surpreendente, e somente pela arquitetura ela soube que era muito antiga, do tipo que era passado de geração para geração. Ficou interessada em conhecer seus vizinhos, por isso acenou para o garoto empolgada.
- Olá!- gritou ela. Normalmente não estaria agindo feito uma maluca e gritando no meio da vizinhança, mas estava feliz demais para se importar.
O menino arregalou os olhos surpreso, e levantou a mão para acenar de volta.
Até que alguém por trás dele apareceu. S/n prendeu o fôlego. Era um homem, mais ou menos da idade dela, com um porte esguio, roupas escuras e cabelo tão louro quanto o garoto.
S/n foi tomada por vários pensamentos de uma única vez. Se perguntou se ele era o pai do menino, e se era casado. Se fosse o caso, seria uma grande pena, porque meu deus ele era sexy. Não um sexy que você descreveria algum galã de novela, estava mais para um... drácula moderno.
"Tipo um Edward da vida" pensou.
E ficou empolgada pensando que o homem sorriria e quem sabe a convidasse para entrar e se conhecerem melhor -sem malícia, por mais que ela não fosse reclamar se ele desse em cima dela.
Mas em vez disso, ele permaneceu com uma expressão fechada e fechou as cortinas bruscamente.
S/n continou parada por um tempo no lugar, surpresa. Depois suspirou longamente.
- Que ótimo, meu vizinho é um babaca.
. . .
S/n queria ter se enganado. Disse a si mesma que talvez ele estivesse só em um dia ruim.
Mas o Sr Malfoy -não era difícil descobrir seu nome em uma cidade pequena- provou-lhe o contrário.
Assim que se acostumou a mudança, ela tentou fazer uma lasanha pela internet e pegou um pouco para levar a eles. Precisou tocar umas 10 vezes na campainha até que alguém finalmente atendesse e, assim que deu de cara com aquela cara pálida e mau humorada, forçou um sorriso.
- Sinto muito incomodá-lo, Sr Malfoy, mas acho que nós não tivemos a oportunidade de nos conhecer e eu fiz um pouco de lasanha e...- ela se interrompeu, sentindo o rosto corar ao perceber que estava falando de maneira histérica. Então pigarreou- ...Pensei se vocês gostariam de provar um pouco?
Draco a olhou de cima para baixo, lentamente. S/n estremeceu, tendo total consciência de seu corpo. Mesmo aquela distância podia sentir o calor emanando dele.
- Não, obrigado. Nós já almoçamos- foi o que disse por fim, antes de fechar a porta na sua cara.
Depois disso, ela concluiu: Draco Malfoy era o homem mais indelicado que já conheceu.
. . .
Semanas depois...
S/n reconhecia que não era lá uma adulta muito responsável. Mesmo assim, ela conseguia lembrar das coisas essenciais pelo menos. Como pagar as contas, fazer compras, não deixar acumular cup noodles pela casa -como fazia em seu antigo apartamento- esse tipo de coisa.
Mas assim que ela se encontrou em frente a sua porta, enquanto procurava sem sucesso a chave em seu bolso, percebeu a burrada que havia cometido.
- Merda, merda, merda- choramingou, procurando mais uma vez, e então outra, e então outra... Até que desistiu e teve que aceitar: havia esquecido a chave em casa e estava trancada do lado de fora.
Pensou nas possibilidades. Ela poderia arrombar a porta, chamar os bombeiros, ou tentar entrar pela janela. Tentou a primeira opção, mesmo sabendo que era fraca demais para isso.
Enquanto isso, não muito longe dali, Scorpio estava escrevendo cartas para seu melhor amigo Alvo quando ouviu um barulho estranho do lado de fora. Curioso, foi até a janela ver o quer era, e precisou segurar o riso.
Lá estava sua nova vizinha, chutando a porta da frente de sua casa. O garoto se perguntou se todos os trouxas eram assim, meio surtados.
Então, aproveitando que o pai havia ido até Gringotts, saiu de casa e foi até a mulher. Ficou em frente ao jardim, esperando que ela notasse sua presença, e se divertia enquanto isso não acontecia a observando chutar a porta diversas vezes.
- Ham... Com licenca?
Ela deu um pulo e soltou um grito de susto, virando-se lentamente para ele e corando.
- A-ah, oi!- ela sorri sem graça, apoiando-se na parede- Você deve ser o filho do Sr Malfoy.
Ele sorri e assente.
- Me chamo Scorpio- diz, e ela sorri de volta, aliviada pelo filho não ter puxado a grosseria do pai.
- Sou S/n.
- Você, ham...- ele começa a perguntar, apontando para a porta da casa- Precisa de ajuda, S/n?
Ela pensa se deveria falar a verdade ou manter sua postura de adulta responsável. Logo concluiu que a primeira opção era a melhor, pois já havia perdido toda a dignidade quando o menino a viu lutando com uma porta.
- Na verdade, sim... Eu esqueci a chave no lado de dentro.
- Eu posso tentar abrir?- pergunta Scorpio, aproximando-se da porta.
S/n cruza os braços e arqueia as sobrancelhas, curiosa.
- Fique a vontade.
- Só deixe-me... Ué, o que é aquilo ali?- o garoto aponta para um lugar aleatório ao lado deles. Assim que ela desvia o olhar, aproveita para pegar sua varinha e sussurrar "alohomora" discretamente, e então a esconde novamente no bolso- Acho que consegui.
E então abre a porta, deixando S/n boquiaberta.
- M-mas como...?
- Segredo- ele sorri, dando de ombros e fazendo a mulher olhá-lo desconfiada.
- Um dia vou descobrir o que fez, rapazinho. Mas por ora tudo o que quero é me deitar e assistir netflix o dia inteiro.
- Netflix?- Scorpio pergunta confuso, e S/n o olha mais confusa ainda.
- Como assim, você não sabe o que é "netflix?".
Scorpio cora, se lembrando que não deveria mostrar que era diferente.
S/n por sua vez pensa se a família Malfoy era tão tradicional e rígida ao ponto de não usarem algo como Netflix. "Vida cruel" pensou, olhando o garoto com pena.
- Onde o seu pai está?
- Ele saiu- falou- Foi resolver umas coisas no banco.
- E ele te deixou sozinho?- perguntou surpresa, e Scorpio deu de ombros.
Olhou para aquele garotinho, tão gentil. Será que o pai era muito duro com ele?
- Quer entrar um pouco? Eu posso fazer uma pipoca e te apresentar a maravilha que se chama Netflix.
- Ah, não, não, o meu pai não vai...- começa a falar, sem graça.
- Ora Scorpio, cadê a sua rebeldia? Só um filmezinho, nada demais.
O garoto a olhou por um tempo, achando a proposta bastante tentadora, pois sempre teve curiosidade sobre essas coisas trouxas.
Então, sem pensar duas vezes, entrou.
. . .
Scorpio Malfoy havia adorado aquela mulher. Em menos de 3 horas, S/n lhe havia apresentado um milhão de coisas incríveis. Agora, eles assistiam uma série -pelo menos se lembra dela ter usado esse termo- sobre o fim do mundo onde a humanidade é contaminada por um vírus que deixa as pessoas com fome por carne humana.
- Qual o nome deles mesmo?- perguntou, os dois sentados no sofá e ele olhando maravilhado para aquele painel mágico que projetava imagens.
- Walkers- explica ela, empolgada- Eles são os principais inimigos no início, mas com o tempo você percebe que as pessoas que são os verdadeiros monstros.
Scorpio assente, admirado.
E é naquele momento que a porta abre, e um Draco furioso adentra a casa.
- Ei, como você conseguiu entrar?!- S/n perguntou alarmada e se levantando.
- Sua... Sua...- Draco aponta o dedo para ela, furioso- Sequestradora de crianças, de sangue poluído e...!
- Não fala assim com ela!- exclama Scorpio, se levantando e ficando a frente de S/n.
Draco olha para o filho furioso.
- E você, o que pensa que está fazendo aqui?
- Uma amiga- responde, cruzando os braços.
- Olha, Sr Malfoy eu entendo a sua preocupação, sinto muito eu deveria ter avisado de alguma maneira...
- Não quero ouvir nada de você- interrompe Draco, para então segurar com firmeza o braço de Scorpio.
- Pai, me solta agora!
- Você vai vir comigo, e nunca mais poderá voltar, está me ouvindo?
- Não!- grita o garoto, retirando seu braço bruscamante e fazendo o pai olhá-lo surpreso- Por que você é assim?! Não me deixa fazer nada, eu fico em casa o dia todo e você não dá a MÍNIMA para mim, aí quando finalmente encontro alguém que é divertido, o senhor estraga tudo!
Draco olha surpreso para o filho, sentindo que havia sido atingido por um balde d'água fria.
- E-eu não sabia que se sentia assim, Scor...
- Tá, vou fingir que acredito- bufa o filho, saindo em disparada para fora dali.
O olhar de Draco se encontra com o de
S/n, e ele se sente envergonhado e pequeno.
- Sinto muito- pede a ela, com as bochechas corando- Aquilo que falei sobre seu sangue...
- Não se preocupe, sei que foi no calor do momento, afinal ele é seu filho, tem o direito de ficar irritado... E, sr Malfoy- ela começa a falar, com pena, então sem pensar apoia a mão nos ombros dele- Não precisa se preocupar, seu filho é um bom garoto, tenho certeza que vão conseguir se resolver.
Draco a olha nos olhos com um misto de surpresa e admiração, sentindo o coração disparar, ao mesmo tempo em que suas bochechas coram levemente.
Isso tudo o deixa super confuso, e ele agradece constrangido para sair dali o mais rápido possível.
- E mais uma vez, sinto muito pelo infortúnio- faz questão de dizer, antes de fechar a porta.
. . .
Scorpio voltou a visitá-la. Para a surpresa de S/n, Draco permitiu.
A medida que ela se apegava cada vez mais ao garoto -quase como um irmão mais novo ou até um filho- Draco percebia que Scorpio andava bem mais animado, principalmente quando S/n começou a lhe mostrar suas tralhas trouxas. Sempre ia buscá-lo Draco tinha de ouvir ele falando sobre videogames, filmes, séries, musicais e outras baboseiras que não tinha ideia do que eram. No início desaprovava, mas aceitou a medida que percebia o quão seu filho andava mais sorridente.
De vez em quando o garoto pedia para ficar mais, e ele observava-o interagindo com a mulher, a maneira como ela bagunçava os cabelos loiros e ria com ele. Draco se pegou mais de uma vez fixando o olhar naqueles lábios rosados dela, em seu corpo atraente e risada melódica.
Então ele finalmente teve de admitir: estava encantado. Por uma trouxa. Sorriu consigo mesmo, pensando que seu pai ficaria furioso. Isso só fez com que ele ficasse ainda mais feliz.
. . .
S/n se levanta assim que ouve a campainha tocar, já sabendo bem quem era. Faz um beicinho assim que vê aquele par de olhos azuis.
- Por que tão cedo? Nós estávamos prestes a fazer uma sessão de cinema!
Draco mostra um sorrisinho sem graça, colocando as mãos no bolso de sua calça. S/n se perguntou como ele ficaria com uma roupa mais informal. "Absurdamente sexy, com certeza".
- Por favor pai, deixa eu ficar só mais um pouco- implora Scorpio, aparecendo por trás dela.
Draco cruza os braços, pensativo. Tempo depois sorri -fazendo o coração de S/n tropeçar uma batida.
- Tudo bem- fala, prestes a ir embora.
Sem saber o porquê, S/n o impede segurando seu braço. Quando seus olhares se encontram ela sente o rosto esquentando violentamente.
- P-por que não fica conosco?
- Eu?- ele pergunta, surpreso.
- Não não- ela ri- Óbvio que você. Meu sofá é grande o bastante para três pessoas.
- Mas eu tenho coisas para fazer...
- Ah vamos, papai, só vai ser um filme!- pediu Scorpio, e Draco mesmo sem entender começou a pensar a respeito.
Seu filho nunca pareceu tão animado. E S/n o encarava com aqueles olhos hipnotizantes...
Ele pigarreou, arrumando a gravata.
- Tudo bem, por que não?
. . .
- O brigadeiro está pronto!- anuncia S/n empolgada, segurando um prato com algo marrom e com cor de chocolate.
Seria mentira se Draco dissesse que não estava nervoso. Afinal aquele era um ambiente completamente estranho. Não sabia o que eram metade das coisas naquela sala, a maioria delas elétricas e cheias de botões.
O sofá era confortável, pelo menos. S/n fez questão que ele e Scorpio ficassem sentados até que preparasse a comida.
- Vocês vão adorar- fala, colocando o prato na mesa de centro e mais três colheres ao lado- É um doce típico do Brasil, onde eu nasci.
Ansioso, Scorpio pegou uma colher e comeu. Ele arquejou de surpresa, com uma expressão de puro deleite.
Hesitante, Draco fez o mesmo, e sua reação não foi muito diferente do filho.
- Isso tá incrível- fala, olhando embasbacado para S/n- Qual é mesmo o nome disso?
Ela ri com sua empolgação.
- Se chama brigadeiro.
- Briga... Derio.
Ri de novo, com um calor em seu peito ao ouvi-lo pronunciar com seu sotaque formal e inglês. Como era possível alguém ser tão fofo e sexy ao mesmo tempo?
- Um dia você consegue, Sr Malfoy.
- Draco.
- O que?
- Pode me chamar só de Draco, S/n- fala sério e a olhando nos olhos.
Era quase como se estivesse hipnotizada. Sentiu seu corpo se aproximando de maneira involuntária do dele, desesperada para sentir aquelas mãos grandes e másculas envolvendo sua cintura e explorando todo seu corpo...
- Então, vamos começar o filme ou não?- pergunta Scorpio, já acabando com metade do brigadeiro.
Ambos despertam do transe, e se afastam sem graça. S/n pega o controle e liga a Tv.
- Hoje vai ser uma escolha minha, já que fui eu quem fiz a comida- diz, enquanto procurava um dos seus filmes prediletos- E será de princesa, antes que reclamem.
- Princesa?- Scorpio faz careta, e naquele ponto já havia se arrastado do sofá até o tapete, deitado e apoiando o rosto nas mãos- Isso não é para garotas?
- Claro que não- S/n diz indignada- Garotos também podem assistir filmes de princesas, assim como garotas podem assistir filmes de carros ou super heróis, ou seja o que for.
Draco solta uma risadinha, e S/n o olha.
- Por que tá rindo?
- Nada. É só que você fica fofa assim, irritada.
Silêncio.
Os dois olham para ele, igualmente surpresos, enquanto Draco percebia que tinha falado aquilo em voz alta e sentia o rubor subindo as bochechas.
- D-digo, você fica engraçada! É isso o que quis dizer. E-eu... Me expressei mal...
Scorpio solta uma risadinha, murmurando um "sei" irônico, enquanto S/n inicia o filme, com o coração acelerado e um sorriso bobo em seus lábios.
Assim que a trilha sonora começa, fala empolgada:
- Ainda não acredito que vocês nunca ouviram falar de "A Bela e a Fera", era meu filme preferido da infância. Ainda é para ser honesta. Ah, e é a animação claro, mesmo que a Emma Watson tenha arrasado no live-action...
Draco assentiu, mas sem ter ideia de quem fosse essa tal de Emma.
Ele admitia que era um tanto surpreendente a maneira como trouxas manipulavam a eletricidade para fazer imagens surgirem em uma tela. Com uma vida sem magia, eles precisavam arrumar uma maneira de se entreterem, afinal.
Sem perceber, estava imerso na história, e se pegava sorrindo sempre que ouvia S/n cantando as músicas.
- Desculpe- pediu ela uma vez, constrangida quando percebeu que Draco a olhava admirado- Não posso evitar, esse filme é tudo para mim.
- Por que gosta tanto dele?
- Não sei bem... Por vários motivos. O fato de eu me identificar com a Bela, por exemplo, sendo obcecada por livros e procurando achar alguém que a entenda e goste dela por quem é de verdade. E o romance é tão doce, também...
Draco faz uma careta.
- Não me diga que ela vai acabar com aquele caçador.
- Não! Ela vai ficar com A Fera.
- A Fera? Mas ela não sequestrou a garota?
- Isso é só no começo!- diz S/n na defensiva, e Draco sorri implicante- Depois que a fera a defende dos lobos, ela fica por conta própria.
- Que decepção, S/n, não me diga que o seu filme preferido é sobre uma garota que se apaixona por seu sequestrador.
- Cala a boca e assiste o filme- S/n exclama, fingindo irritação e o empurrando. Os dois riem logo depois.
Tempo depois, ela tinha ido pegar um cobertor, e apesar de Draco falar que não precisava ela insistiu, e logo estavam envolvidos no sofá, com seus corpos perigosamente próximos e os corações batendo rapidamente.
Scorpio por sua vez, começou a dormir assim que Bela chegou ao castelo enfeitiçado.
S/n suspirou, ouvindo o início de "something there". Olhou para o homem ao seu lado pelo canto do olhar.
De fato, ela estava vendo alguma coisa acontecer.
. . .
Quando o filme terminou, S/n pergunta alegre:
- E então, o que achou?
- Nada mal- Draco da de ombros.
- Que difícil- ela diz rindo- O que é preciso para te impressionar afinal?
Ele da de ombros novamente, com um sorriso travesso. Olha para o filho desacordado no chão.
- Estou com pena de acordá-lo...
- Deixe-o dormir um pouco, o coitado deve estar exausto.
O loiro suspira, e então apoia o canto da cabeça no sofá, olhando para S/n agradecido.
- Obrigado... Por tudo, e principalmente por recebê-lo. Faz tempo que não o vejo sorrir desse jeito.
- Não precisa agradecer. Ele é um bom garoto, gosto de ficar com ele.
Draco assente, e então um silêncio perdura o ambiente, até S/n decidir fazer a pergunta que tinha há semanas na cabeça.
- Draco... O que aconteceu com sua esposa? Não precisa responder se não quiser, eu só...
- Não, tudo bem- ele fala, com o olhar distante. S/n quase pode sentir sua tristeza- Ela nunca foi uma pessoa saudável. Quer dizer, Tory fazia o possível para demonstrar alegria, mas depois que ela teve Scorpio, ficou ainda mais doente, até não suportar mais.
- Ah, Draco...- S/n apoia a mão na dele, com os olhos ficando úmidos- Eu sinto tanto...
- Obrigado- ele suspira- Tory foi minha salvação. Meu pai nunca foi um exemplo de boa pessoa, sabe? Temia ficar como ele, mas ela me motivava a ser alguém melhor. Só que aí, quando a perdi... Tudo desmoronou, e senti como se tivesse voltado a ser aquele garoto mimado e arrogante de minha infância.
- Não diga isso! Você não é mimado nem arrogante.
Draco solta uma risada amarga.
- Como pode dizer isso, depois da maneira que eu a tratei?
- Bem, admito que você não foi uma das pessoas mais agradáveis no começo- ela solta uma risadinha, e então sussurra- Mas não demorou para eu perceber quem é de verdade: um pai dedicado, amoroso, um homem divertido e... Bem, muitas outras qualidades- ela falou rapidamente, com as bochechas coradas.
Ele a olha, admirado, sendo atingido por uma onda intensa de paixão.
Pois era isso o que sentia, percebeu assustado: paixão. Pela segunda vez em sua vida, Draco Malfoy estava apaixonado, e desejava como nunca ter aquela mulher em seus braços naquele exato momento.
Então, decidido, fala:
- Ham, pode vir comigo um instante?
- Para onde?
- Qualquer lugar que não seja aqui- fala nervosamente- Com Scorpio presente.
S/n pisca, surpresa, então sem ter certeza do que ele estava dizendo se levanta.
- A cozinha serve?
- Serve, com certeza.
. . .
Assim que eles entram no cômodo e S/n fecha a porta, ela vê ele se aproximando dela, deixando seus rostos perigosamente próximos.
- O-o que está...?
- Me perdoe, S/n- ele pede com a voz rouca e o olhar encoberto de luxúria- Mas eu simplesmente não consigo me segurar por mais tempo.
Antes que ela pudesse responder, os lábios dele se colam aos seus. S/n prende o fôlego surpresa, para segundos depois fechar os olhos e o abraçar, colando seus corpos.
Sente as pernas bambas, enquanto as mãos dele passeiam por seu corpo, sua cintura, suas costas, seu pescoço... E ela solta um suspiro de satisfação. Draco faz um mesmo, a agarrando como se tivesse medo que pudesse perdê-la, e então a levantou. Logo S/n estava sentada na mesa, sua pernas envolvendo a cintura dele e sentindo o corpo cada vez mais quente.
Solta um gemido baixinho ao sentir os lábios atacarem seu pescoço, e passa a mão por debaixo de terno dele, sentindo os músculos rígidos e a região se arrepiar com seu toque.
Céus, ele era mesmo um deus.
Mas antes que continuassem, ouvem alguém bater na porta. Imediatamente se afastam alarmados.
- O que estão fazendo aí?- pergunta Scorpio, por trás da porta.
- E-espera só um pouquinho Scorp, nós vamos abrir, só estamos, ham... Lavando a louça- diz S/n, enquanto se segurava para não rir da cena de Draco refazendo a gravata e ajustando o terno agora amassado e o cabelo embaraçado.
Mordendo o lábio inferior, ela passa o dedo pela boca dele. Malfoy paralisa, com os músculos tensos e esquecendo por um segundo de tudo a sua volta.
- O-o que está fazendo?- sussurra.
- É que eu estava com gloss, e sujei sua boca- ela solta uma risadinha constrangida. Draco ri também.
- Eu já estava me perguntando se você tinha mesmo gosto de morango.
Eles se beijam uma última vez, antes de Draco abrir a porta e ver Scorpio com as sobrancelhas arqueadas e uma expressão desconfiada.
- Pra alguém que estava com pressa de ir para casa, você tá parecendo muito que quer ficar mais tempo, pai.
- Vamos, Scorp- fala de maneira repreendedora, assanhando os cabelos dele. Então, eles se despedem. S/n vai até a varanda e fica acenando para eles, seu olhar sem desviar do de Draco.
O mesmo pragueja.
- Quer saber? Que se dane- resmunga, e então corre até ela.
S/n o olha surpresa e está prestes a lhe perguntar o que estava fazendo quando ele a beija apaixonadamente. Quando se separam, com as respirações ofegantes, ele sorri constrangido.
- Isso sim é uma despedida apropriada.
- Não poderia concordar mais- ela sorri de orelha a orelha, com as bochechas vermelhas.
Então, Draco a solta a contragosto e vai até o filho, agora com um sorriso malicioso nos lábios. Ele sente as bochechas corarem.
- Scorpio, eu...
- Antes que pergunte: não, eu não estou chateado. A s/n é SUPER legal. Mas o senhor sabe que se começarem a namorar vai ter que contar a ela uma hora ou outra não sabe? Sobre sermos bruxos e tudo o mais.
- Tudo tem seu tempo, não precisamos nos preocupar com isso agora- responde, sem conseguir tirar um sorriso enorme dos lábios, e então repete- Tudo tem seu tempo...
Mal sabia ele que no dia seguinte S/n iria lhe fazer uma visita surpresa, com mais uma lasanha em mãos, e iria vê-lo no exato momento em que invocava um livro da estante até suas mãos.
Então ela deixaria a lasanha cair no chão -gastando uma boa porção de comida, infelizmente. E não pararia de falar histericamente e surtar enquanto Draco precisava lhe explicar tudo umas quinhentas vezes, até que finalmente acreditasse.
. . .
Olha que gif meu pai
Pois é meu anjo, chegamos ao fim, o que acharam? Ksksks (rindo de nervoso ui)
E de verdade, me perdoem por qualquer errinho idiota, como sempre não revisei ainda :v
Vejo vocês na próxima, corujinhas que eu amo🦉
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