Até Breve
— Majestade está tudo pronto para sua viagem.
— Ótimo, onde está minha esposa?
— Na sala do trono junto de vosso pai. Responde o criado. Jungkook segue caminho até lá, enquanto ambos conversam sobre a ida do mesmo para a fronteira.
— Tem certeza que é isso que quer ?
— Sim, será melhor para nós dois. Responde a rainha suspirando profundamente.
— Eu conheço o filho que tenho, ele não irá concordar com sua decisão.
— Concordar com o quê? O mesmo chega curioso ao encará- los.
— Acho melhor deixá-los conversar a sós, com licença. O velho rei se retira.
— Pode-me explicar ? Jungkook pergunta encarando sua esposa, que se aproxima do mesmo. — Sua viagem, Jeon.
— O que tem ela? Aliás, não se preocupe, ficarei fora só por dois meses, logo voltarei para você e nosso filho. O afastando Bia responde. — Pelo contrário, você ficará fora por dois anos inteiros.
— Dois anos? Isso é muito tempo.
— Deveria ter pensado nisso, antes de dormir com aquela víbora.
— Eu não concordo.
— Isso é de menos, já foi decidido.
— Eu sou o rei, você não tem o direito de decidir por mim o que devo fazer, muito menos…
— Muito o menos o que? Eu sou a rainha, mãe do herdeiro do trono, esposa do rei que por sinal não teve nenhuma responsabilidade ao se deitar com a esposa do próprio cunhado, colocando o nosso reino em perigo novamente.
— Isso não tem nada haver com ela, não tente culpá-la por um capricho meu.
— Capricho seu? Já que a defende tanto, então porque não decorre para cancelar o nosso casamento, o deixando livre para ela, se a quer como sua, deveria renunciar meu título e a colocar no meu lugar.
— Eu jamais faria isso?! O que seria de você e nosso filho?
—Eu voltaria para eclipse como princesa, já que sou de lá.
— Seu pai não aceitaria tal coisa , sabe muito bem disso .
— Então deveria ter consciência dos seus atos, embora eu não seja a mulher que desejou , eu fui a única que te ajudou contra aqueles que tentou te derrubar. Bia suspira enquanto tenta se acalmar. — Essa viagem é a melhor decisão a ser tomada nesse momento, acredito que você sabe o porquê, as pessoas não param de falar nem um segundo sobre o ocorrido.
— Você quer se ver livre de mim, para correr pros braços daquele elfo? Jungkook enfurecido pergunta.
— Espera, o que … Bia o encara .
— Vaiola tinha razão, você nunca o esqueceu.
Bia se aproxima o máximo, o encarando nos olhos. — Eu nunca o esqueci? Quer saber mesmo a verdade? Então irei te dizer, eu amo apenas uma pessoa, e ele está aqui na minha frente me acusando de algo que jamais irá acontecer, suas hipocrisias a meu respeito me deixam completamente de coração partido jeon, eu jamais faria o que você faz comigo, vê-lo exposto com aquela mulher foi pior que a marca que carrego por sua causa, por causa dela, acha mesmo que se eu amasse o Thran eu estaria aqui discutindo com você? Com lágrimas escorrendo em sua face, e com a voz já fraca Bia recua para trás deixando o mesmo sem saber o que falar.
— Senhor, a carruagem está pronta. Fala o criado. Ao ouvi-lo Jungkook recua em querer tocar sua esposa. — Você deve ir. A mesma fala já mais calma.
— Fique bem, e diga ao meu filho que eu o amo. Jungkook fala antes de se retirar, deixando a mesma de costas sem vê-lo sair com o criado.
Jungkook em um instante para no caminho e decide voltar, já no salão Bia que se senta no chão chorando sente uma mão na sua a levantando devagar. — O que faz aqui? A mesma pergunta.
— Já que não responde minhas cartas, vim vê-la pessoalmente.
— Vai embora, não é uma boa hora. A mesma se afasta.
— Ele não serve para você, ela ainda vai destruí-la.
Sem perceber, Jungkook observava tudo na porta.
— Isso é… Bia falava até ver o mesmo se aproximar. — Jeon… Ela ressalta.
— O que faz aqui?
— Que mania vocês tem de perguntar a mesma coisa, toda hora. Thran revira os olhos sarcasticamente.
— Vá embora, Thran.
— Não, eu quero saber porque ele veio. Jungkook responde já mais sério.
— Para vê-la, já que você partiu o coração dela novamente.
Jungkook olha sério para a mesma, e a puxa pela mão. — Espera…
— Vamos. Ele a leva até o corredor,deixando Thran sozinho que os encara.
— Jungkook você está me machucando… Para… Bia o empurra o afastando.
O mesmo para no caminho, suspirando profundamente.
— O que deu em você? Bia pergunta o fazendo olhá-la.
— Ele… Ele estava esperando eu sair pra vim até você, acha isso pouco?
— Eu não o chamei aqui.
— Como se ele fosse ligar.
— Jeon, você está com ciúmes? Bia pergunta com os braços cruzados o vendo andar de um lado para o outro.
— Eu? Não… não estou … só estou cuidando do que me pertence.
— Agora virei um objeto?
— Claro que não, você é mãe do meu filho e…
— Eu já entendi. Não precisa dizer mais nada.
— Bia… eu…O mesmo tenta se explicar.
— Agora pode ir… Enquanto ela se vira de costa, Jungkook a puxa para si a abraçando por trás.
— Desculpa, eu te amo e não quero te perder de novo, sei que sou um tolo, e mereço meu castigo, mas não consigo controlar a fúria de ver aquele… perto de você. Sem dizer nada, Bia apenas acaricia as mãos do mesmo. Minutos depois de partir, ambos se despedem, com o coração apertado, Bia apenas o deseja boa sorte por pensamento.
Na fronteira…
— Senhor, em breve o Rei Jeon estará aqui, ele já partiu de lunar.
— Ótimo, aliás não deixe que Ayla saiba.
— Saber do que ? A mesma pergunta ao entrar na tenda.
— Quem mandou você entrar?
— Nossa que mal humor, me diga … não quer que eu saiba o que?
— É… eu … eu preciso ir. Fala Jhope saindo às pressas.
— Que estra…
— Deixe minhas maçãs aí.
— Deixe minhas maçãs aí. Ayla repete resmungando.
— Você não tem o que fazer não? Jimin a pergunta enquanto a encara .
— Tenho, mas antes preciso conversar com você.
— Então fale logo, que eu estou ocupado.
— Sim senhor. Ela revira os olhos até ver que o mesmo a olhava a fazendo ficar sem jeito.
— Então?
— Então… é… ahhh… A fronteira do leste foi invadida por soldados de eclipse, o que se sabe é que há muitas pessoas feridas.
— E quem está no comando?
— Vaiola, um dos soldados sobreviventes disse que avistou ela em meio ao campo, já que o Duque havia retornado para o próprio palácio às pressas.
—Anne deve ser o motivo de sua volta. O mesmo resmunga. — Certo, entregue essa carta ao mensageiro, mande enviar as pressas para Leon.
— Sim senhor. Ayla se curva e saí.
— Eu ainda vou te pegar. Jimin fala ao quebrar o pincel de tinta em sua mão fazendo respingar algumas gotas de sangue em seus papéis, quando pensa em Vaiola.
Enquanto Ayla caminhava, ela ouve uns sussurros e se aproxima.
— Souberam?
— O que ? Diz logo.
— O rei de Lunar vai chegar hoje, disseram que ele ficará aqui por dois meses.
— Não, não é dois meses, são dois anos.
— E quem decidiu isso?
— A própria rainha, quem mais.
— A general?
— Sim, ela mesmo.
— Espera, ela não é rainha?
— Claro que é, mas quem conviveu com ela na guerra chama ela de general por respeito.
— Ahh sim…sim…
— Coitada da chifru… digo… da rainha.
— Tá querendo morrer? Diz Ayla com os braços cruzados.
— General, você por aqui? O mesmo gagueja ao vê-la.
Ayla os encara profundamente fazendo os mesmos, sair correndo .
— Aí… isso dói. Fala um dos homens que recebe um tapa. — Quer nos matar seu idiota.
— Então era isso que não queriam que eu soubesse, Senhor Jeon, estou ansiosa para conhecê-lo.
— Majestade, majestade. Um dos homens corre até Jimin.
— O que foi agora. Jimin suspira olhando sem expressão.
— Sem querer, deixamos escapar que o rei Jeon está vindo. O homem de joelhos diz tremendo.
— Deixe eu adivinhar, a general Ayla ouviu. Os homens concordam com a cabeça.
— Eu deveria jogá-los aos leões, pela burrice que fizeram, sabem o que ela irá fazer?
— Tenha piedade senhor, não foi por mal.
— Saiam. Os homens concordam e saiam se curvando.
— E agora? Pergunta Jhope.
— Vamos esperar, teremos um show em breve.
Jhope o encara enquanto Jimin comia uma de suas maçãs sorrindo.
Jungkook se aproximou da fronteira com urgência, carregando o peso de seus erros em seus ombros. Com a cabeça baixa, ele passou por alguns soldados que se curvaram ao ver o rei, respondendo com um simples aceno, sem perceber que estava sendo observado por Ayla à distância. Assim que seus olhos se fixaram em seu alvo, a general cerrou os punhos e concentrou-se ao máximo. Ele estava prestes a receber uma lição merecida. O homem foi conduzido até sua tenda, onde deixou seus pertences e, em seguida, dirigiu-se à tenda de Jimin para anunciar sua própria chegada. Enquanto caminhava entre as vielas formadas pelos pertences dos soldados, ficou surpreso ao deparar-se com uma figura encapuzada.
— Saindo sorrateiramente? Questionou a figura encapuzada.
— General, não devia chegar sem se anunciar. Jeon disse, ainda surpreso. — Veio me escoltar até a tenda do rei? Preciso vê-lo, ou terei problemas.
— Acredite, ele é o menor de seus problemas. Ouvi dizer que você gosta de associar-se aos piores tipos de répteis que existem.
— O quê?
Mas Jeon não teve tempo de elaborar a pergunta. Ayla saltou sobre ele, imobilizando-o e arrastando-o para o meio da floresta.
— Que diabos está fazendo? ME LARGA! EU ORDENO!
Ao longe, Jimin largou sua maçã com um sorriso enigmático nos lábios.
— Que confusão é essa? Questionou J-Hope.
— Você está lento mesmo. Isso foi Ayla dando as boas-vindas a Jeon. Jimin levantou-se e seguiu para a floresta, sendo seguido por J-Hope.
Ambos encontraram Ayla ainda com sua presa imobilizada.
— Do que você está falando? Jeon, finalmente se soltando dos braços da general. Ao se virar para ela, pôde ver um ódio imenso em seus olhos.
— As notícias se espalham rápido, sabia? Fez da minha amiga motivo de chacota, e logo com aquela lombriga sem graça?
— E… eu sei que não tem perdão, mas...
— Nada mais! Ela pode até te perdoar, mas eu sou rancorosa demais para isso, e hoje você vai aprender o que pessoas como eu fazem com gente sem caráter ou respeito como você.
Ayla avançou com determinação em direção a Jungkook, os olhos faiscando de raiva. Ela desferiu um chute rápido em direção ao peito dele, que mal conseguiu desviar a tempo. Em seguida, ela lançou um soco preciso em sua direção, acertando seu ombro. Jungkook sentiu a dor, mas não reagiu.
Ayla continuou atacando, desferindo uma série de golpes ágeis. Ela rodopiou e lançou uma rasteira, fazendo Jungkook cair no chão. Enquanto ele tentava se levantar, Ayla o atingiu com uma série de golpes poderosos, sua fúria evidente em cada soco e chute.
— Você é tão medíocre. Tão fraco. Tão dependente daquela cobra manca assim? Encontrou o que no meio das pernas dela? Ouro? ‐ Ayla disse enquanto batia sem dó.
Jungkook tentou se proteger, mas seu corpo estava fraco, e ele não oferecia muita resistência. No fundo, ele acreditava que merecia aquela punição pelos erros que havia cometido. O rei Jimin assistia a cena, seu rosto impassível, sem interferir.
A luta prosseguiu, com Ayla demonstrando sua força e habilidade, enquanto Jungkook continuava apanhando, sua mente cheia de culpa.
— Ela estava grávida seu cretino. - Mais um soco. — Carregando o seu herdeiro. - Outro soco com mais força. — Seu filho vai crescer com um pai sem honra. - Nessa hora Jungkook tirando forças de onde não tinha, se defendeu e começou a rolar pelo chão com Ayla.
— O QUE QUER DE MIM? EU SEI QUE SOU TUDO ISSO. MAIS VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE... - Ayla estava por cima de Jeon quando o mesmo em meio a sua própria fúria puxou o véu que cobria o rosto da mesma.
Percebendo o que estava prestes a acontecer, Jimin rapidamente interviu na situação e tomou a moça em seus braços ordenando que Jhope cuidasse dos ferimentos de Jeon, desaparecendo na sequência para dentro da floresta com Ayla em seus braços.
Ayla só se deu conta do que tinha acontecido quando já estavam longe. Por algum motivo nos braços de Jimin ela se acalmou.
— Agora pode me soltar. Diz a mesma vendo o rei caminhar.
— Você não me dá ordens, a soltarei assim que eu quiser.
— Eu estou bem, pode me soltar no chão vossa Majestade… por favor?
Jimin para por um instante satisfeito com o que acabava de ouvir. — Está bem. Ela a solta a fazendo cair sentada. — Isso dói. Ela resmunga.
—Você pediu para soltá-la, foi o que eu fiz. O mesmo se agacha diante aos olhos de Ayla que fica sem jeito, aí vê-lo tão perto, sentindo sua respiração, ela sente seu coração acelerar. —Eu… eu peço desculpas, mas eu…
— Não precisa se desculpar, ele bem que mereceu aquela surra, se bem que …
— O que? Ayla pergunta vendo o mesmo segurar seu lenço em mãos, cobrindo sua boca ela tenta pegar para cobrir sua face.
— Deveria ter mais cuidado. Jimin desvia, a fazendo se aproximar mais e mais até escorregar e cair em uma de si.
— Majestade eu…
— Você é mais linda do que eu podia imaginar. Jimin a puxa pela nuca a beijando profundamente enquanto ainda permaneciam deitados, sem se esquivar Ayla retribui da mesma forma, sem fôlego os dois
param por alguns minutos.
— Isso é… Ayla tenta falar mais é interrompida. — Errado… é… eu sei , mais não pude controlar meu desejo por você, guarde esse beijo como um lembrete para a próxima vez. Jimin se levanta, para retornar sem dar explicações.
Ayla ainda o encarando,faz o mesmo até pra de andar. — Como assim para a próxima? Explica isso… Eu , espera… majestade espera aí… Ayla o seguia , enquanto o mesmo sorria sem dar a mínima.
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