Avisos: menções de pesadelos, tortura e morte e spoiler de dunas

Paul não consegue se lembrar de quando começou a acordar gritando. Ele, sua mãe e Y / N estavam hospedados com os Fremen havia algumas semanas. O próprio sietch era diferente de tudo que ele já vira antes, mas era simples e as pessoas, embora cautelosas, eram gentis. E, mais importante, eles estavam igualmente ansiosos para depor os Harkonnen. Planejar a melhor maneira de fazer isso, no entanto, estava se mostrando muito mais difícil do que ele pensava. Ele está ficando mais estressado a cada dia, e quando está estressado, a única pessoa em quem pensa é no pai.

O pai dele...

Ele sonha com seu pai. Mais especificamente, ele sonha com o que eles podem ter feito a seu pai. Se Leto morreu lutando ou se eles tiraram essa honra dele. O que ele teve que suportar antes de morrer? Essas são as noites em que ele acorda gritando.

Esta noite não é diferente.

"NÃO!" Ele se senta na cama, estendendo a mão para o pai, que não está lá. É então que vêm as lágrimas, enquanto ele se senta ofegante, com a sensação de que seu coração está batendo forte. Ele só consegue pensar em uma coisa: S / N.

Ele luta para ficar de pé com as pernas trêmulas enquanto as lágrimas continuam a cair. Ele mal consegue ver quando chega à porta, mas isso não importa; ele fez isso muitas vezes recentemente. Antes que ele perceba, ele está abrindo outra porta. Ele range horrivelmente quando abre.

"Paul?" A voz dela é o que quebra o resto de sua compostura.

A porta range ao se fechar atrás dele quando ele cai no chão enquanto os soluços atormentam seu corpo. Então, de repente, há braços ao redor dele. Ele a agarra como se ela fosse sua tábua de salvação. Ela apenas o segura enquanto ele chora em seu ombro.

"Está tudo bem, está tudo bem." Ela passa os dedos pelos cabelos dele. "Vamos, vamos sair do chão."

Ele a ajuda enquanto ela o puxa, saboreando a maneira como seus polegares enxugam as lágrimas sob seus olhos quando ela o põe de pé. Ele percebe então que ela acendeu a lâmpada antes de vir até ele. Ele pode ver a preocupação em seus olhos. Ele quer dizer a ela que está bem, que está bem, mas as palavras ficam presas em sua garganta. Ele deixa que ela o leve para a cama e pega o copo d'água que ela oferece a ele com uma mão trêmula.

S / N se senta de lado na cama ao lado dele, colocando uma mão em seu joelho e descansando a outra nas costas de seu pescoço, deixando os dedos dela se enredar em seu cabelo. "Oque aconteceu?"

"Basicamente o mesmo." Sua voz falha.

"Não havia nada que você pudesse ter feito, ele não gostaria que você fizesse. Paul, mais do que tudo, ficaria feliz por você e sua mãe estarem vivos. Que você está planejando revidar."

"Eu sei." Ele a olha nos olhos. "Eu só queria que ele estivesse aqui para ajudar."

"Todos nós queríamos. Eu acho que você deveria dormir aqui esta noite." Ela move a mão para o lado do rosto dele e lhe dá um meio sorriso.

Aí está, a mesma coisa que ela diz cada vez que ele vem até ela. E como antes, ele quer recusar e voltar para sua cama. Porque ele sabe que se ficar, será isso. Todos os sentimentos que eles têm evitado por anos irão transbordar no pior momento possível, quando eles estiverem prestes a ir para a guerra. Mas esta noite foi a gota d'água que quebrou os camelos. Ele não quer mais contornar isso. Ele quer o conforto e a segurança e não dormir sozinho.

Mas sua voz falha novamente, então tudo o que ele pode fazer é acenar com a cabeça. Não que isso importe, ela o conhece melhor do que isso.

Ele segue seu exemplo e sobe na cama enquanto ela o faz. Quando eles estão acomodados, ele se pega estendendo a mão para ela e puxando-a para perto. Ela tira o cabelo dos olhos dele e dá um beijo em sua testa. Seus olhos se fecham ao toque de uma pena.

"Durma um pouco bem, estou bem aqui se precisar de mim." Ela deita a cabeça no travesseiro para olhar para ele.

"Eu sei." Ele sorri e fecha os olhos. Todo o resto pode esperar até de manhã, por enquanto, ele está em paz.

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