Às vezes você tem que desviar os olhos quando se vê olhando para ele por muito tempo, só para que ele não veja esse olhar em seus olhos. O olhar que ele afirma estar sempre em seu rosto quando você está olhando para algo que você inegavelmente ama.

E você está inegavelmente apaixonada por ele.

Mas mesmo o pensamento envia um calafrio na espinha e uma sensação de medo se instala em seu cérebro. Esse menino, esse menino incrivelmente doce e amoroso que é seu namorado há pouco mais de seis meses, ainda não ouviu essas três palavrinhas saírem de seus lábios. Peter não pôde deixar de dizer as palavras em seu aniversário de quatro meses. Quando ele as disse, sua mente ficou em branco e você ficou completamente em silêncio. O medo instantâneo o percorreu, apenas o pensamento de fazer você fugir ou ficar chateada com ele faz seu sangue gelar. Você se sentiu horrível, então pegou a mão dele e beijou as costas dela, assegurando-lhe que não era o que ele pensava.

Você simplesmente não podia dizer isso de volta, pelo menos não ainda. Você não estava pronta para dizer algo que tivesse tanto significado. Talvez para algumas pessoas fosse fácil, algo que elas pudessem dizer sem pensar duas vezes, mas você, você não diz isso a menos que esteja falando sério.

Você já teve namorados antes de Peter, mas eles não estão nem perto de serem tão bons quanto ele. Você escolheu dizer essas palavras para eles, deixá-los saber do seu amor e como seu coração só pertencia a eles, apenas para que eles o esmaguem no final. Partindo seu coração em mil pedaços, deixando você ser o único a pegar os restos despedaçados e deixar um pedaço atrás de você todas as vezes. Desde o último, o garoto que você amou por mais de um ano e que você acreditava ter amado você com todas as partes de seu ser, mas que você pegou com outra mulher em sua cama, você se fechou. Você disse a si mesma que nunca mais se apaixonaria.

Mas então, você conheceu Peter.

Peter, a pessoa sempre amorosa e compreensiva que ele é. Aquele que te abraçou e beijou sua testa, te dizendo que entendia que você não estava pronta e que esperaria o tempo que você precisasse. Mas que, enquanto isso, ele lhe contaria todas as chances que tivesse.

Depois de conhecê-lo, você disse a si mesma que não o veria novamente. Após o seu primeiro encontro, você disse a si mesma que era uma coisa única. Depois que você o beijou pela primeira vez, você disse a si mesma que não iria se apegar. Depois que ele te pediu em namoro, você disse a si mesma que isso não duraria e ele partiria seu coração. Mas depois que ele disse que te amava, tudo o que você disse a si mesma voou pela janela.

Você tem certeza de que o amou desde o minuto em que seus olhos encontraram os dele. Os cachos castanhos e fofos que pousavam em sua cabeça e os olhos castanhos mel que perfuravam os seus, junto com o sorriso encantador e doce que cruzava seus lábios, eram apenas algumas das coisas que tinham um lar em seu coração. Ele passava todos os dias dando a você tudo o que tinha, e você tentou o seu melhor para mostrar a ele que o amava mesmo sem dizer isso. Mas você sabia que não ouvir essas palavras de você estava afetando ele. Cada dia, cada semana que passava onde ele não ouvia, o fazia perder cada vez mais a esperança, de que talvez você nunca o amasse como ele te ama.

Mas quão longe isso está da verdade.

Hoje era quinta-feira, algumas semanas longe de sete meses juntos. Ele tem estado ocupado ultimamente e vocês não têm conseguido passar tanto tempo juntos. Então, quando você acordou esta manhã com seus beijos gentis e suas mãos percorrendo seu corpo para tirá-la do sono, ele a informou que estava levando você para jantar e que seriam apenas vocês dois o dia todo. Essa informação trouxe um sorriso aos seus lábios e você não pôde deixar de beijar o rosto dele e dizer a ele que nada a faria mais feliz. Ele havia dito o mesmo. Mas havia uma coisa que ele não estava disposto a admitir que o faria mais feliz, embora ele nunca a forçasse a dizer antes que você quisesse. Ele apenas colocou um sorriso no rosto e se deixou aproveitar o dia com sua garota.

E ele tinha, muito mesmo. Você usava um lindo vestido de seda que era seu tom favorito de verde e ele usava um terno preto, ambos chiques o suficiente para entrar em um restaurante caro a cerca de meia hora de seu apartamento. O jantar foi adorável, nada além de barrigas cheias e sorrisos de adoração quando vocês saiam do restaurante para o táxi que os levaria de volta ao apartamento dele.

Apesar de seus protestos, você ainda riu e o puxou para mais perto de você quando ele sufocou seu rosto e pescoço com beijos, alguns chupões meio formados foram deixados em seu pescoço. Quando o táxi parou na frente de seu apartamento, Peter não perdeu tempo e jogou seu dinheiro no motorista, nem ficando para ouvir a risada chocada do cara ao ver que havia lhe dado muito mais do que precisava. Ele te puxou para fora do carro, e correu para a frente onde ele fez seu caminho para as escadas. Não demorou muito para que vocês dois estivessem na porta dele e ele a puxou para dentro.

Você riu. "Eu sei que você está ansioso, mas você poderia ir mais devagar?"

"Nunca!" ele sussurrou em seu ouvido antes de morder seu lóbulo de brincadeira, ganhando um suspiro para escapar de sua boca, fazendo-o sorrir para si mesmo. Todas as luzes estavam apagadas, exceto a pequena luz que vinha do micro-ondas na cozinha, e ele a levou até lá enquanto você tropeçava em seus próprios pés e as mãos dele percorriam para cima e para baixo da sua cintura até a parte inferior das costas. Ele apertou seus quadris e levantou você no balcão, abrindo suas pernas para que ele pudesse caber no meio. Uma mão descansava em seu joelho enquanto a outra segurava sua nuca, inclinando-a para o lado para que ele pudesse acessar o que quisesse. Seus braços foram jogados em volta do pescoço dele enquanto ele chupava um pouco mais forte do que antes, fazendo você jogar a cabeça para trás contra o armário e soltar um gemido. Ele gemeu ao som de você, puxando a cabeça para cima e deixando seus olhos vagarem sobre o trabalho que ele fez. "Deus, eu não consigo ter o suficiente de você!" ele elogiou ganhando outro gemido e ele beija o lado de sua boca.

"Eu te amo tanto." ele sussurrou. Ele queria ignorá-la, mas ele não pode perder o jeito que você fica um pouco tensa e seus olhos se abrem, encontrando seu olhar. Você vê a forma como sua boca se formou em uma linha, e ele deu um passo para trás, afastando as mãos para apenas deixá-las descansar suavemente em seus joelhos.

"Peter-"

"Eu sei..." ele disse calmamente. "eu sei que você não pode dizer isso agora, mas quando?" Quando sua voz falha no final, lágrimas se formam no canto de seus olhos e seu coração se parte por ele. Há tanta dúvida e medo em sua voz que quase faz você ceder ali mesmo.

"Eu não sei." você sussurrou. "desculpe."

"Você não precisa se desculpar por algo que não pode controlar. Você não pode forçar o amor que não existe..."

"Não é isso não-"

"Então você sente alguma coisa?" ele estremeceu.

Uma lágrima escorre pelo seu rosto. "claro que sim, Peter."

Ele riu, mas é tão triste. "então o que estou fazendo de errado?"

"Nada! Nada eu-sou eu..." você disse rapidamente, sua mão estendendo e embalando o lado de seu rosto. Ele se inclina para ele, seus olhos se voltam para baixo e ele olha para você com um olhar questionador. "Peter... eu só-"

"Apenas o quê?" ele pediu baixinho, pegando sua mão.

"E-eu estou com medo." você chora baixinho. Ele franze a testa e te puxa para mais perto de seu peito, beijando o topo de sua cabeça.

"Por que você está com medo, baby?"

"Eu sinto que toda vez que dou meu coração a alguém, e digo a eles que eu-" sua voz falha. "e-que eu os amo... eu sempre os perco." Peter não parece tão confuso agora, ele olha para você com mais compreensão. Ele sabia que seu último namorado a traiu, mas você nunca contou a ele a extensão de seus relacionamentos anteriores. Seu polegar acaricia sua bochecha suavemente e você soluça: "Eu realmente não quero perder você."

"Querida... isso nunca vai acontecer. Ouça-me, sim?" Seu dedo levanta seu queixo para que você olhe para ele, e você acena com a cabeça, fazendo-o dar um sorriso suave. "Isso nunca vai acontecer, ok? Você é a única pessoa para quem eu quero voltar para casa no final do dia, e a única pessoa que quero ver quando estou feliz ou chateado. E quero ser a única pessoa para você também, porque quero que você venha até mim no final do dia, e quero que você venha até mim quando estiver feliz ou chateada. Isso é tudo que eu poderia querer." ele disse suavemente. "Eu quero que você fale comigo quando você se sentir assim, me dói que você tenha guardado isso todo esse tempo. Por que você não veio até mim?" ele perguntou.

Você fungou: "Porque... eu estava com medo que você me deixasse."

Ele abriu um pequeno sorriso, pegando seu rosto em suas mãos. "Querida, eu nunca vou deixar você. A única maneira de você se livrar de mim é se quiser que eu vá embora, e espero que isso nunca aconteça."

Você balança a cabeça rapidamente. "Isso nunca vai acontecer."

Ele beija sua testa, descansando a dele contra a sua. "Bom" Então ele fica quieto por um momento. "Sinto muito por ter feito você se sentir pressionada, por favor, não se esforce. Estarei aqui quando você estiver pronta."

"Você não fez isso, Pete. Você sempre foi tão amoroso e paciente, nunca pense que não está fazendo o suficiente porque está. Você significa muito para mim..." você enterra sua cabeça em seu ombro, quase para se esconder do que você está prestes a dizer. "Eu te amo, Peter." você diz tão baixinho que ele quase perde, mas quando ele registra o que você disse, suas mãos param de esfregar suas costas e ele se afasta de você. Você ainda tem lágrimas escorrendo pelo seu rosto, mas você tem um pequeno sorriso adorando seus lábios e o olhar no rosto dele é tudo. Ele honestamente parece que está prestes a começar a chorar, sua boca caiu aberta em choque e ele está segurando seus braços com força.

"O que você acabou de dizer?" ele perguntou, olhando para você tão ferozmente que você sente que pode desmoronar sob seu olhar.

"Eu te amo, Peter." De repente, ele ri, e sua boca se transforma em um sorriso largo que cobre todo o rosto e ele está envolvendo você em seus braços, beijando você por toda parte.

"Diga isso de novo."

"Eu amo Você."

"Novamente."

"Eu amo Você."

"Novamente-"

"Peter!" Você riu, golpeando o braço dele enquanto o rosto dele se enterrava em seu pescoço. "Eu te amo tanto." Quando ele levanta o rosto, você beija seu nariz, sua bochecha e o lado de sua boca. "Você merecia ser informado meses atrás, me desculpe por não ter lhe dado isso. Mas não estou mais com medo, Pete. Eu estou tão apaixonada por você e eu vou te dizer todos os dias se eu precisar."

"Oh meu amor." ele sussurrou. "você não tem ideia de como você me faz feliz." Desta vez, ele te beija nos lábios e suas mãos apertam seus lados com força. Seus braços envolvem o pescoço dele mais uma vez, puxando seu cabelo na nuca, fazendo-o gemer contra sua boca. "Diga mais uma vez?"

Você ri novamente contra ele, agarrando seu rosto e puxando-o para mais perto, você disse: "Eu te amo tanto!" Você o beijou três vezes na boca antes que ele te pegasse e te levasse para o quarto dele, te deitando gentilmente na cama. Ele imaginou que vocês seriam lavados juntos mais tarde, agora, ele só queria segurar você em seus braços, e nunca esquecer o momento que ele mais aprecia. Peter coça sua cabeça suavemente, fazendo você se aconchegar mais perto dele e começar a cochilar um pouco. Quando ele percebe que você adormeceu, ele fecha os olhos.

"Eu sempre vou te amar."

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