Os dedos de Harry agarraram a argamassa entre o piso de cerâmica do banheiro do hotel, suas costas apoiadas na parede de papel manilha e os joelhos puxados até o peito. Sua respiração era superficial e frenética, os pensamentos nublados por uma fina camada de névoa.

"Baby?" Uma batida suave veio do outro lado da porta fechada. "Você quer que eu pause o filme?" A voz de S / N foi abafada ao passar pela madeira grossa da porta do banheiro, embora ainda suave e mansa. "Você apenas-" ela gaguejou, "...você está aí há um tempo e não quero que você perca as partes boas."

Com a garganta apertada, o homem no chão suspirou, afastando-se ainda mais da porta e resmungando um " não " quebrado para a namorada. Ele ouviu os passos dela de volta para a televisão que eles estavam assistindo juntos minutos atrás. Ela suspirou enquanto pressionava as costas contra o outro lado da porta, deslizando lentamente para o chão. "Você não tem que esperar por mim."

"Eu sei." S / N percebeu os tremores em suas palavras. Os dois ficaram sentados em um silêncio confortável, uma porta fechada os separando. Eventualmente, S / N falou, sua voz não mais alta do que um sussurro. "Posso entrar?" O clique da maçaneta da porta foi sua deixa, a porta se abrindo levemente. Ela ficou de joelhos e suavemente alargou o caminho de entrada.

Os olhos vermelhos e inchados de Harry encontraram os dela, "por favor, me abrace." S / N sentiu seu coração quebrar ao ver seu namorado perturbado sentado no chão, com lágrimas manchando seu rosto e ranho escorrendo de seu nariz. Ela imediatamente pegou Harry em suas mãos, os braços em volta de seu torso trêmulo, os lábios depositando beijos gentis onde seu pescoço e ombro se encontravam enquanto ele soluçava em sua camiseta. "Eu não posso fazer isso, S / N," Harry soluçou.

"Não pode fazer o quê? Estou bem aqui, querida, fale comigo. Diga-me o que você está pensando. "

Ele estava cansado de estar em turnê - sim, ele adorava se apresentar para milhares de pessoas todas as noites, fazendo o que ele mais amava, mas ele estava quase tão com saudades de casa quanto quando fez turnê aos 17 anos.

Harry estava exausto, ele não sabia quanto mais ele poderia aguentar. "Estou exausto. Eu quero ir para casa, eu preciso ir para casa. Sinto falta da minha mãe, sinto falta da Gemma. Eu sinto falta de você." Harry arrastou seus pensamentos através de soluços quebrados, o rosto ainda pressionado no ombro de S / N.

"Eu estou bem aqui." S / N repetiu sua declaração anterior. "Estou sempre bem aqui. Mesmo quando estou em casa, estou bem aqui, cara." Ela sentiu seu namorado balançar a cabeça com suas palavras, enrugando a camisa manchada de lágrimas.

"Eu não posso fazer isso, S / N."

O coração de S / N continuou a quebrar em um milhão de pequenos pedaços quanto mais tempo Harry falava. Ela parou de esfregar seus braços quando o sentiu se afastar de seu abraço. Suas orbes verdes tremeluziram para encontrar as dela. Ela falou timidamente enquanto Harry soltou a respiração fechada, "você vai ficar bem, H. Vou ligar para meu chefe e sair correndo para o resto desta perna. Eu não estou indo a lugar nenhum." Harry balançou a cabeça novamente, abrindo a boca para protestar, sendo rapidamente silenciado pela sensação dos lábios de Y / N pressionando os seus, salgados de lágrimas.

Seu corpo relaxou instantaneamente quando as mãos de Y / N encontraram o caminho para seu cabelo, bagunçado e emaranhado. O beijo deles foi curto, mas doce, S / N sabendo exatamente como acalmar o homem em seus braços. Enquanto eles se afastavam, Harry engoliu em seco, afundando de volta no amor de sua vida.

"Por que não convidamos Gemma e sua mãe para um show, certo?" A garota continuou a brincar com os cachos bagunçados de Harry, espalhando beijos quando ela não estava falando.

"Isso... isso pode ser bom." Ele fungou.

"Não seria? Poderíamos todos almoçar juntos, talvez fazer as unhas. O que você acha disso, baby? "

"Parece..." Harry parou enquanto fechava os olhos, deleitando-se com a sensação das pontas dos dedos suaves de Y / N em seu couro cabeludo, "perfeito".

Mais tarde naquela noite, Harry e S / N se encontraram de volta à cama onde começaram o dia, apenas uma pilha de membros sob os lençóis. Nenhum dos dois ousou falar uma palavra, absorvendo os sons de respirações profundas e beijos nas bochechas. A mão de Harry migrou para a bochecha de S / N, o polegar acariciando a pele macia de bebê. Ela sorriu e fechou os olhos, cílios tremulando contra o polegar circulante de Harry.

"Onde quer que eu vá," Harry começou, puxando a mulher para mais perto dele, pele contra pele, "você me traz para casa."

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