𝙏𝙝𝙚 𝙩𝙝𝙞𝙣𝙜𝙨 𝙄 𝙙𝙤 𝙛𝙤𝙧 𝙡𝙤𝙫𝙚

As coisas que eu faço por amor

O dia amanheceu aos gritos de minha mãe.

Eu me levantei com difículdade indo me vestir e logo quando fui caminhar até a saida do quarto, minha porta foi aberta por minha avó que estava com um semblante sério e ao mesmo tempo meio nervoso.

— Sua mãe precisa de você. — Eu assenti, andando lentamente pelo corredores, sendo ajudada em um certo momento por Jace e Luke que também estavam indo ver a mais velha.

— O miestre falou para você não levantar da cama! — Falou o moreno mais velho.

— Os gritos da nossa mãe já estavam começando a me pertubar. Tem algo errado, é cedo demais para o bebê nascer.

— Nós sabemos que você quer ajuda-lá Rhaenys, mas você ainda está ferida, se ficar fazendo esforço logo vai ser a sua barriga que vai abrir denovo. — Falou Luke, logo indo abrir a porta da onde vinham os gritos agoniantes da loira.

A Targaryen estava em um estado deplorável, sua camisola inicialmente branca estava com manchas vermelhas a mulher suava frío e estava tendo leves tremores pelo corpo, mas ao notar nossa presença ela arrumou sua postura tentando parecer forte para nós.

— Hoje iremos reúnir o conselho, já se passaram três dias desde a coroação de Aegon, mas não iremos começar uma guerra civíl por isso. Quero que você,  Jace, impeça Daemon de colocar seus planos em prática pelo bem dos sete reinos. Por ordem de sua Rainha. — O mais velho concordou logo saindo do quarto sendo seguido por Luke e eu continuei lá observando minha mãe, até finalmente caminhar até ela.

— Sai daqui Rhaenys! Não era para você ter levantado da cama. — Minha me deu um leve empurrão.

— Ela não está nos deixando ajuda-lá princesa. — Falou a parteira mais nova.

— Ah saiam daqui! Saiam todas daqui... — Minha mãe gritou e então vimos algo vermelho escorrer por suas pernas, e um grito ainda mais alto ser solto pela loira que retirou a criança com suas próprias mãos de dentro de tí.

Mas não havia choro, minha irmã, ela nunca respirou e dessa vez os gritos foram trocados por lágrimas da mais velha, que se agarrou ao corpinho sem vida de Visenya e eu apenas abraçei a mais velha tentando lhe trazer um pouco de conforto, mas foi em vão.

Minha mãe me afastou levemente e me encarou.

— Ela se parecia com você, você também era tão pequena. Tão frágil que eu nem achei que poderia sobreviver. — Meu olhar se desviou para a porta onde pude ver Daemon parado com um olhar distante.

Eu me levantei deixando um beijo no topo da cabeça de minha mãe logo indo até o mais velho, onde eu apenas coloquei minha mão em seu ombro. Então caminhei em direção a praia onde me sentei em uma rocha observando as ondas que iam e vinham. Senti meus olhos começarem a encher de água e me permiti finalmente chorar.

Aquela sensação ruim havia voltado, voltado ainda mais forte do que antes e creio da dessa vez ela tivesse vindo para ficar.

[...]

O enterro conseguia ainda ser a pior que a visão do nascimento de Visenya, Daemon e minha mãe estavam visivelmente abalados, assim como eu e meus irmãos que observavamos tudo cabisbaixos.

Mas então a imagem de Sir Erryk invadiu minha vista, os guardas os empediram de se aproximar, mas ele logo continuou seu caminho.

— Para minha Rainha. — Ele retirou a coroa de meu avô da bolsa, logo a entregando para Daemon.

O Sir se ajoelhou jurando fidelidade a minha mãe, prometendo a proteger até mesmo com sua vida.

E então Daemon colocou a coroa dourada sobre a cabeça de Rhaenyra Targaryen e aquele momento onde todos estavam abalados, se tornou um momento de esperança fazendo todos nós nos curvarmos perante nossa nova Rainha.

Todos em seguida seguimos para a sala do conselho, onde discutimos sobre nossos aliados e vantagens.

— Os verdes tem apenas três dragões adultos, nós temos o Caraxes, Syrex, Bailalua, Canibal, Meleys, Vermax e Arrax. Forá o Seasmoke em Driftmark, e alguns dragões selvagens sem montador aqui em Pedra do Dragão. — Daemon falou fazendo todos nós entendermos o motivo de sua fala.

— Não irei queimar todo o reino. Além do mais grande parte dos nossos dragões nunca estiveram em uma guerra.

— Mas eles vão aprender.

— Voltando a falar dos nossos aliados. Os Baratheon, Starks e Arryn juraram fidelidade a mim. E tenho esperança que possamos convence-los a lutar ao nosso lado. Enviem corvos a eles o relembrando de sua verdadeira lealdade. — Falou a platinada após cortar a ideia de Daemon.

— Nós envie mãe, dragões são mais rápidos do que corvos.

— E pessoas são mais convincentes do que pergaminhos. — Falei completando a fala de meu irmão.

— Além do mais, Jeyne Arryn tem um filho, Jon Arryn que está solteiro, e temos o Borros Baratheon que além de suas filhas tem um pretendente para você Rhaenys. Então, já que seu noivado com Aemond foi por água abaixo, você prefere a Casa dos Passáros ou a Casa dos Cervos? — Daemon perguntou me encarando, assim como todos na sala.

— Creio que a decisão pertence a Rainha. — Falei encarando minha mãe.

— Os Baratheon são uma Casa forte, mas creio que o Ninho da Águia possa ser um bom ponto estratégico, além do mais Jon Arryn é seu primo distante, já que sua avó pertencia a essa Casa. — Eu concordei sentindo uma leve pontada em meu peito.

— Um barco foi avistado na costa. Com um brasão de um dragão de três cabeças verde se aproximando. — Sir Erryk falou chamando nossa atenção.

A Rainha e Daemon sairam pelos portões ordenando que ficassemos no castelo e logo Luke veio até mim segurando minha mão.

— Estou nervoso, nunca viajei até outro lugar sozinho, ainda mais ne uma situação dessas.

— Vai ficar tudo bem, precisamos apenas ir e fazer o que temos que fazer. Depois é só voltarmos para casa. — O menino sorriu de leve me encarando.

— Por que não vamos juntos? Vamos primeiro até o Ninho da Águia e logo depois para Ponta Tempestade. A mamãe vai entender, é só eu convênce-lá. — Eu soltei um leve risada anasalada logo bagunçando os cabelos do garoto.

— Seu medroso.

Os dois loiros Targaryen voltaram a adentraram a sala com expressões nada boas, fazendo eu e o menino mais novo se afastarmos. Otto HighTower esteve na ilha, e por algum motivo minha mãe não o executou. Isso fez com que uma tensão fosse criada entre ela e Daemon, que logo ordenaram que saissemos da sala para deixa-los asós.

Eu pretendia falar com minha mãe após a conversa deles e por isso esperei do lado de fora.

— Ouvir a conversa dos outros é algo muito feio Rhaenys. — Falei para mim mesma após notar que dava para ouvir tudo o que discutiam do lado de fora. E então por curiosidade espiei pela fechadura, vendo Daemon agarrar o pescoço de minha mãe o que me fez se assustar de leve.

E assim que o homem saiu pela porta, retirei rapidamente minha espada da bainha a colocando em seu pescoço.

— Toque nela novamente, e eu mesma cortarei sua garganta Daemon. — O homem me olhou sério.

— Você me mataria por sua Rainha?

— Eu o mataria por muito menos, mas pode apostar que se eu souber que a machucou eu não terei pena de você pai.

— Que humilhante da sua parte Rhaenys, fazendo tudo por amor. Sem nunca pensar em sí mesma. — Ele empurrou a lâmina para longe de seu pescoço e eu o encarei por alguns minutos vendo-o me dar as costas e sair pelos corredores escuros.
Então guardei minha arma, voltando a adentrar a sala onde vi minha mãe abalada olhando para a lareira.

— Os Arryn não são pessoas ruins. E Ninho da Águia apesar de alto é um bom lugar para morar. — Falou a mais velha se virando para mim.

— Eu irei junto de Luke, não quero que ela vá sozinho, ele é apenas uma criança e eu vou acompanha-lo.

— Isso só vai te atrasar.

— Não, não vai, seremos rápidos e objetivos. — A mais velha assentiu em acordo e veio em minha direção pegando minhas mãos.

— Sabe, ele veio me pedir para se casar com você, e eu admito que se ele não já estivesse noivo eu iria dar minha benção a vocês.

— Eu entendo...

— Você queria que fosse o Aemond não é? Eu sinto muito por isso. — Soltei minhas mãos da mulher e me encostei perto da lareira observando o fogo brevemente.

— Lembra daquele surto que tive King's Landing? Eu lembro de estar tão assustada sobre me casar com meu tio que nem havia percebido como eu me sentia segura com ele. Mas agora eu vejo como fui uma tola, eu achava que ele era um desconhecido. Como eu poderia imaginar que na verdade eu o conhecia bem mais do muita gente.
Sendo sincera com você minha mãe, farei isso por devosão a tí, e não por amor.

Falei saindo do salão deixando a mais velha para trás.

[...]

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