𝙏𝙝𝙚 𝙥𝙚𝙤𝙥𝙡𝙚'𝙨 𝙡𝙤𝙫𝙚𝙧
A amante do povo
A arvoré-coração.
Desde de quando eu era uma criança ela me intrigava, por que tinha um rosto nela? E por que ela sempre chorava?
Ela já deve ter visto tanta coisa, deve ter presenciado Aegon I se casar com suas duas irmãs e dominar Westeros criando um império para Casa do Dragão. Ela viu Maegor o Cruel manchar a coroa do conquistador e trazer caos ao povo. Ela viu Jaehaerys, o Conciliador criar uma nova coroa dourada para simbolizar e retrazer a paz aos Sete Reinos. Viu meu avô Viserys tomar o trono de minha avó Rhaenys II apenas por ela ser uma mulher e então continuar o legado de paz que estavamos vivendo.
Agora ela nos assiste se destruindo entre sí, dragão contra dragão. Aegon II e Rhaenyra Targaryen, quem vai sair vitorioso nessa guerra que nossa própria Casa se afundou?
— Ela também me intriga. — A voz de meu marido me fez virar para observa-lo, o vendo com minha espada em mãos o que me fez correr até ele.
— Eu achei que a tinha perdido! —Peguei a espada da mão do mais velho a análisando cuidadosamente com um sorriso no rosto.
— Um soldado Baratheon a encontrou e me entregou, acho que já perdi as contas de quantas vezes você perdeu essa espada. — Eu dei risada de sua fala.
— Que tal... Uma luta? Ou você tem medo para perder para uma garota? — Dessa vez foi ele quem deu risada de minha fala.
— Você não anda com um bom histórico de lutas ganhas senhorita Rhaenys. — Eu abri a boca indignada com sua fala, mas logo o vi roubar um beijo meu. — Hoje você vai treinar com o Sir Criston, ele vai voltar a te aulas, dai sim eu e você teremos uma luta digna.
— É justo. — Nós começamos a caminhar pelos corredores até termos que ir para caminhos opostos.
— Bom dia princesa. — Falou o moreno assim que cheguei na area de combate.
— Bom dia Sir, na verdade essa é uma pergunta que eu iria te fazer, eu ainda te chamo de Sir Criston? O você prefere "Lorde Mão"?
— Admito que ainda prefiro ser chamado de Sir, mas me chame do jeito que desejar. — Eu assenti o vendo pegar sua espada e vim em minha direção. — Me lembro bem de ter visto o corpo de um cavaleiro da patrulha da cidade com a garganta cortada no dia da coroação de Aegon. Isso significa que você usou o que aprendeu.
— Pois é, mas em compensação a acabei com essa cicatriz aqui. —Leventei levemente a blusa mostrando a grande marca que eu tinha na barriga.
— Que eu saiba foram três contra um, e você matou dois deles, então isso é mais que ótimo. Mas então, hoje vamos trabalhar sua defesa igual iamos fazer antes de tudo acontecer. — Eu concordei levantando a minha lâmina logo recebendo ataques do mais alto.
Sir Criston sem dúvidas é um ótimo espadachin ele era forte e objetivo em seus golpes, certeza que ele em uma luta de verdade deve ser fatal para alguém que não sabe usar uma arma.
Nós treinamos por mais ou menos uma hora, sem distrações e sem muita conversa, apenas paramos quando estavamos completamente esgotados e por isso nos sentamos ne uma mesa de madeira que havia ali perto, vendo uma moça nos trazer água em dois copos de cristal.
— Sir eu posso te fazer uma pergunta? Mas é algo meio... Pessoal. — Perguntei tomando um belo gole de água.
— Claro princesa.
— Por que o senhor nunca gostou da minha mãe e dos meus irmãos? — Ele me olhou surpreso e rapidamente desviou o olhar.
— Eu sabia que um dia me perguntaria isso.
Digamos que a muito tempo eu fui o Guarda pessoal de sua mãe, nós eramos jovens e eramos bons amigos. E eu não vou mentir para você Rhaenys, você já bem grandinha pra saber como as coisas são... Eu me apaixonei por ela, mas sua mãe preferiu a coroa. — Falou com a voz vacilante sem olhar em meus olhos.
— Me desculpe se te fiz ficar desconfortavél.
— Está tudo bem. É normal ter curiosidade, mas mudando de assunto, o que tem achado da espada? — Perguntou de modo simpático tentando afastar suas próprias memorias.
— Ah, ela é perfeita, acho que foi o melhor presente que já recebi. Mas eu devo lhe contar que toda hora alguém tenta tira-lá de mim. — O homem se levantou colocando a mão em meu ombro.
— Aço Valíriano é algo que atrai muitos olhares. Mas agora se me der licença, tenho que me preparar para partir. — Franzi o cenho o encarando.
— Para onde vai?
— Irei marchar para Pouso de Gralhas com um exército. — Me levantei o esperando continuar mas o mesmo se calou ainda me olhando. — O Aemond disse que conversaria com você sobre isso mais tarde.
— Eu entendo Sir. Obrigada por me falar, e tome cuidado em sua batalha. — Falei o abrançando de leve logo voltando para dentro do castelo.
[...]
Eu gostava do jeito que a água fazia tudo se calar ao meu redor, e concerteza se não fosse pela falta de ar que tomou meus pulmões eu ficaria ali submersa por todo o resto do dia. Eu sai de dentro da banheira me vestindo e secando meus cabelos com uma toalha, ouvindo o som da porta ser aberta revelando Aemond com sua tipíca cara fechada.
— Sua presença foi solicitada no concelho. — Eu assenti o vendo estender a mão para eu o acompanha-lo. — Imagino que Sir Criston já comentou sobre o ataque.
— Sim. — Nós adentramos a grande sala com uma mesa no centro que continha o mapa de todos os Sete Reinos, vendo todos já reúnidos a sua volta.
Todos presentes debatiam estrategias da batalha, Sir Arryk era objetivo e um bom estrategista assim como Aemond que planejavam tudo até nos minimos detalhes, e com a ajuda de Otto foi decido fazer uma emboscada. Sir Criston marcharia com todo o exército dos Lannister até os portões de Pouso de Gralhas, eles levariam um grande arsenal de armas e bestas que tinham o poder de abater grandes dragões, eles criariam uma distração para que depois Vhagar e Sunfyre derrotassem seja lá qual fosse o montador que aparece-se, o pegando de surpresa.
Era um bom plano sem dúvidas.
— Rhaenys você cuidara da capital enquanto estivermos fora, queime qualquer coisa que aparecer voando nos céus, você está no comando até retornarmos. — Disse Aegon e eu concordei. — Então está decidido. Partimos amanhã ao nascer do sol. — Disse a Mão do Rei nos dispensando.
— Você vai ficar bem não é? —Perguntei ao platinado de cabelos cumpridos enquanto saiamos da sala.
— Gosto da sua preocupação, mas sim eu vou ficar bem, a Vhagar é um dragão de guerra, ninguém passa por ela. — Eu assenti o vendo passar a mão pelo meu ombro. — E enquanto a você? Da conta de cuidar da capital?
— Sim, mas o povo está divido e com medo, já estou pensando em um jeito de lidar com isso. — Nós continuamos nosso caminho até o quarto, o sol já estava se pondo e isso fazia com que a última luz do dia entrasse de uma bela maneira no comôdo.
O silêncio tomou conta do local assim que Aemond trancou a porta lentamente, me fazendo apenas ouvir sua respiração pesada em minha nuca e suas mão irem até a minha cintura.
— Não consigo me controlar perto de você... — Falou deixando um selar no meu pescoço e subindo sua mão até a alça do meu vestido.
Eu me virei para ele analisando seu rosto genuinamente logo tomando seus lábios o sentindo me empurrar levemente até o sofá que mais estava perto de nós.
Quando o ar faltou em nossos pulmões e o calor subiu por nossos corpos pude sentir suas mãos segurarem meu quadril com força me virando de costas para ele.
A sensação do meu vestido sendo rasgado...
Era nesses momentos que o tempo parecia parar e a dopamina me domiva fazendo eu me entragar tão fácil a ele. O sentir dentro de mim me fazia arfar e agarrar os lençois com força sentindo cada movimento seu.
Ele era como um animal faminto que nunca estava completamente satisfeito e sempre queria mais e mais.
Mas isso era bom, tão bom que fazia eu me anesteziar em prazer conforme ele almentasse a velocidade de seus movimentos me fazendo eu gemer alto quando finalmente cheguei em meu apice, o sentindo continuar ainda mais forte até também chegar ao seu limite.
Era ele, era tudo sobre ele.
— Eu amo você sabia. — Falei ao vê-lo se deitar ao meu lado.
— Eu também te amo minha princesa. — Disse me puxando para um abraço e deixando vários selares em meu rosto.
[...]
A manhã seguinte foi marcada pela partida de Aemond e Aegon, junto de um grande exército que tinha força militar para destruir tudo que estivesse em seu caminho.
Admito que ao mesmo tempo que eu estava animada por ser a regente do reino enquanto eles estavam fora eu também estava com medo, alguns dos lados sairia vitorioso nessa batalha. E temo qual seja.
— O povo teme que a Casa do Dragão os destruam também. — A voz de Otto HighTower ecoou por meus ouvidos enquanto eu observava a marcha dos guerreiros pelas janelas.
— O povo é não significa muita coisa.
— A significa, eles são o que mantem a coroa de pé, são a mão de obra que precisamos. E controlamos essa mão de obra com a ideia de que o trabalho os libertará. — Falou se pondo ao meu lado.
— "É perigoso libertar um povo que prefere a escravidão". Daemon me disse isso uma vez, ele estava certo?
— Sim, ele está certo, se temos os cidadãos temos poder, não devemos subestima-los. E nesse momento eles estão com medo e isso deixa a coroa fragilizada. — Eu o encarei sentindo uma ideia surgir na minha mente.
— É isso Otto, você tem razão. — Ele arqueou as sombracelhas sem entender, e eu sai andando deixando a sala e indo até a saida da fortaleza.
— Sir, quero que me acompanhe até a Baixada das Pulgas. Leve ouro e comida para uma boa quantidade de pessoas. — Falei a um cavaleiro que me olhou confuso, logo vendo uma criada correr até mim.
— Princesa, você não pode sair assim do nada. — Disse Joanna minha dama de companhia que tinha os cabelos escuros como carvão e os olhos preocupados.
— Vamos Jo vai ser divertido! — Puxei a mão da moça para fora dos muros vendo três guardas nos seguirem junto de um carroça, atraindo os olhares de todos por onde passavamos.
— Princesa, você vai sujar todo o seu vestido. — Falou a morena ao chegarmos ne um beco que dava para o um lugar onde havia diversas crianças sem teto.
— Eu tenho outros! — Sorri indo até as diversas crianças sendo recebi com animação e surpresa.
Eu as alimentei, dei um pouco de ouro, e fiz isso com diversar outras pessoas por toda cidade, até chegar um ponto onde já tinha uma multidão a minha volta.
— A princesa salvadora! — Algumas pessoas gritavam em animação, e eu logo senti um guarda me colocar em seu ombro me fazendo ver todos os rostos felizes a minha volta, me fazendo sorrir também. Foi tão fácil os conquistar.
Eles comemoraram e festejaram com o pouco que eu havia lhes dado, eles me doutrinaram em exitação com aquele mero ato.
Mas meu sorriso desmanchou ao eu olhar para além dos rosto felizes vendo um pequeno garotinho sozinho na entrada de um dos becos, ele tinha os cabelos prateados...
Com dificuldade eu me afastei da multidão indo até o garotinho me agaixando e ficando da sua altura, o vendo me olhar com medo e inocência.
— Olá meu bem, como você se chama?— Perguntei.
— Me chamo Gaemon Palehair princesa. — Passei as mãos em seus cabelos gentilmente os arrumando vendo que sem dúvidas, o pequeno era um bastardo. Mas de quem, era a grande pergunta.
— Você é adoravél Gaemon, e onde está sua mão? Como ela se chama?
— Minha mamãe se chama Flea Bottom. — Respondeu de um jeito adorável, quase me fazendo o rouba-lo para levar ao castelo.
— E onde ela está agora? — Perguntei gentil para a criança.
— Na Casa dos Beijos. — Eu sorri para ele o entregando um pão doce para o garotinho que abriu um sorrisão, mas logo tive que deixa-lo ao ver novamente que povo estava me cercando. Quem era o pai dele?
Eu fiquei mais algumas horas ne uma pequena comemoração que os cidadãos criaram nomeando o dia como "A Tarde da Paz", voltando só ao anoitecer devolta para Fortaleza Vermelha com um sorriso satísfeito no rosto.
— Você não tem sua mãe, seu pai, nem ninguém Rhaenys. Mas você tem povo!— Falei para mim mesma saltitando pelos corredores.
Ao adentrar a sala do banquete dei de cara com Alicent que não parecia ter gostado muito da minha fasanha.
— Pelos deuses, parece que você estava rolando na lama. Não pode se arriscar assim Rhaenys! Você foi imprudente, poderia ter sido atacada ou coisa pior por aquelas pessoas. — Falou a moça de verde vindo até mim.
— Nós temos o povo agora. Eles lutaram ao nosso nome, e agora apoiam ainda mais o Aegon.
— Ela tem razão Alicent, a nossa princesa é esperta, e com sua simples bondade e charme agora eles a amam. — Disse Otto sem se levantar da mesa de jantar.
— Sim pai, você até pode ter razão, mas não faça isso novamente Rhaenys! — A ruiva saiu da sala ainda indignada com meu ato e eu apenas olhei para o senhor a minha frente.
— Será uma grande Rainha um dia princesa. — Falou levando um pedaço de carne ao lábios.
E eu não pude deixar de dar alguns pulinhos de alegria satisfeita com o dia de hoje, logo me sentando ao lado do HighTower para jantar.
[...]
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